The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee


Capítulo 5
V - Maryse Frost


Notas iniciais do capítulo

Então gente, com muita vergonha... não pensem que abandonei vocês! Meu PC é hater de fanfics e sempre que vou escrever ele BUGA!

Bom, espero que gostem do capitulo amores! *-*



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Jack Frost

Jack entrou no quarto escuro com todo seu corpo tremendo.

Primeiro não conseguiu ver muita coisa, só o escuro e um pouco de luz num ponto alto da parede; uma janela circular e bem pequena. A única coisa que Maryse Frost deveria ver do mundo lá fora.

Depois ele viu uma movimentação no extremo canto da sala. Não conseguiu controlar o medo que sentia. Gostaria que um daqueles seguranças fosse com ele, mas pareciam tão assustados com a bruxa quanto qualquer pessoa normal.

– Quem está aí? – uma voz rouca disse, fazendo a pergunta se repetir no eco da sala vazia.

Jack engoliu em seco. A voz dela não mudara. Estava mais cansada e velha, mas continuava a mesma voz que o assombrava pela infância. Ele recuou um passo.

– Sou eu... Maryse – disse.

Os olhos de Jack foram se acostumando com o escuro, e ele viu a mulher (que vestia uma roupa toda branca) franzir o cenho ao ouvir sua voz.

– Vicent? – perguntou.

Vicent era o pai dele. Um homem que não se parecia nada com Jack, exceto talvez pelos cabelos branco-prateados e pela voz. Mas o jovem sonserino sabia muito bem que seu pai era um assassino cruel, e isso é algo que Jack definitivamente não pretendia ser.

– Não – ele respondeu – é o Jack.

Ele pôde ver a mulher sorrir. Um sorriso largo, mostrando seus dentes que sempre pareceram afiados para Jack.

– Meu bebê? – ela se balançou em sua camisa de força – é você mesmo?

– Sou eu.

A mulher tossiu um pouco. Uma tosse seca que espirrou um líquido vermelho na camisa branca de Maryse. Jack desejou com todas as forças estar à quilômetros daquele lugar.

– Veio me visitar? – ela perguntou – Veio, Jackie?

Ele respirou fundo.

– Sim. Mãe. – a palavra pesava em sua boca, como chumbo – e gostaria de falar com você sobre uma coisa...

– Qualquer coisa, Jackie.

Ele demorou um pouco para formular a pergunta certa. Não sabia por onde começar, e estava assustado demais para sequer começar.

– É sobre... uma profecia. Sobre os Herdeiros.

Um sorriso assassino formou-se nos lábios de Maryse.

– Eu lembro... Lembro bem. As Trevas só podem ser expulsas pelos mais jovens Herdeiros do Sangue de Fogo, do Sangue da Água, do Ar e da Terra.

Jack franziu o cenho.

– Não eram os Herdeiros das Casas...?

Maryse ficou com a expressão impaciente.

– As Casas não cultuam cores, Jackie. Cultuam elementos. Cada um ativa a antiga força de Godric, Helga, Rowena e Salazar. Por isso são tão poderosos.

Jack assentiu. Começava a entender.

A Grifinória era o Elemento do Fogo, óbvio. Só de olhar para DunBronch dava para se matar a charada, até um trouxa saberia. A Terra deve ser dos Lufanos... Soluço não sabia, mas Jack conseguia ver como era bom em Herbologia. Não é por acaso que o sonserino procura sentar-se ao lado dele em todas essas aulas.

Mas e Corvinal e Sonserina? Jack não conhecia muito bem as qualidades de Rapunzel (quer dizer, além de conseguir curar ferimentos com o cabelo gigante e mágico dela).

E ele? No que era bom além de perturbar a vida alheia?

Olhou para o rosto adoidado e psicótico da mãe mais uma vez.

– Qual o Elemento da Sonserina? – perguntou.

O rosto de Maryse ficou sombrio.

– Não sei – ela cerrou os olhos – é frustrante. Os antigos acreditavam que era o Ar, mas tornou-se um mistério ao longo do tempo...

Sem que quisesse, a expressão do próprio Jack ficou sombria.

– Por isso me tacou de uma janela?

Maryse abriu os olhos. Por um momento seu rosto ficou arrependido, uma fração de segundos como a mãe preocupada que deveria ter sido por toda a sua vida, então ela sorriu de forma maníaca.

– Você conseguiu – disse – no último momento, meu menino flutuou.

Ele cerrou os punhos. Mesmo ali, pagando suas maluquices, ela achava que havia feito a coisa certa?

Por Merlin! Desde quando é certo jogar uma criança da janela só por que ela pode guardar poderes magníficos? Ele ainda era uma criança!

Respirou fundo. Queria sair dali naquele momento, mas ainda precisava de informações.

– Eu flutuei de novo – ele não queria contar, mas se isso significava fazê-la abrir o bico, que seja – quando estava quase morrendo.

O rosto dela se iluminou, seus olhos brilharam de pura insanidade.

– Sabe o que significa?

Ele negou com um balanço de cabeça.

Maryse se remexeu, aproximando-se dele.

– Você precisa descobrir qual é o Elemento de sua Casa. Se não, como encontrará seu poder? Meu menino tem que ficar poderoso como disseram que ficaria...

– Espere. Quem disse?

Ela sorriu. Então seus olhos ficaram prateados, brilhando como o estandarte da Sonserina. Os cabelos brancos e desgrenhados pareciam brilhar também, uma luz fantasmagórica e sinistra.

– Eu nunca lhe ensinei o que era amor – ela disse, mas não parecia se lamentar – infelizmente é preciso sentimentos fortes para descobrir sua magia interior. Só assim vai conseguir o que quer. Até lá, andará como um trouxa.

Os olhos de Jack se arregalaram.

O QUÊ?

A luz prateada envolveu toda a sala e depois... sumiu. A mãe de Jack caiu no chão frio e sorriu, cochichando coisas confusas consigo mesma. Exatamente como fazia quando ele era pequeno.

A porta do quarto se abriu.

Merida, Soluço e Rapunzel o observavam com expectativa. Mas, a julgar por suas expressões quando o viram, ele deveria estar com uma aparência nada legal.

A atendente magricela o esperava na porta, com um sorriso sarcástico no rosto. Parecia saber o que acontecera ali, de um jeito que nem ele entendia.

– Seu tempo acabou, sr. Frost. Passar bem.


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