Contrat D'amateurs escrita por Becca


Capítulo 2
Surpresa - capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, eu quis fazer uma coisa mais fofinha pra eles, mas depois, eu garanto, a coisa meio que desanda, ou não hehehe
So, no more words... Enjoy!



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O caminho para o estacionamento foi feito em silêncio, afinal, nenhum dos dois queria dizer algo sobre o comportamento exagerado de Wolfe. Já perto do carro, Castle correu na frente, abrindo a porta do passageiro para Kate. Ela, antes de entrar, deu um sorriso tímido para ele, entregando-lhe as chaves em seguida. Depois de certificar-se de que ela estava bem e confortável, ele correu para o outro lado, sentando-se no banco e ligando o carro.

– E então, detetive... – ele sussurrou – Aonde vamos?

– Não sei, Castle. – ela respondeu – Ainda são... – consultou o relógio – Sete e meia, e eu já estou começando a ficar com fome.

– Certo, nós podemos ir ao Dinner. – ele disse, começando a manobrar o carro.

– O quê? Castle, se vamos levar isso do Wolfe realmente a sério, então, esse é praticamente o nosso primeiro encontro, você vai mesmo me levar ao Dinner?

– Ah, sim, desculpe! – ele disse – Achei que você não ligasse para esse tipo de coisa...

– Só porque não saio muito, Castle, não significa que eu seja... Fria. – ela murmurou, com a voz baixa, voltando a olhar para a janela.

– Kate, eu sinto muito. Desculpa-me, não foi isso o que eu quis dizer – ele puxou a cabeça dela para o lado, para que ela pudesse olhá-lo – Você não é fria, aliás, você é até bem quente. – ele riu – Sabe, acho que acabo de ter uma ideia, mas você vai precisar de roupas mais quentes.

Os olhos dela cintilaram na expectativa de fazerem algo mais se não beber ou comer no Dinner. O sorriso dele ampliou-se, apenas olhando-a criando expectativas.

– Por quê? – ela perguntou, recompondo-se – Aonde vamos?

Ele lançou um olhar divertido para a policial, indicando-lhe que não iria dizer aonde pretendia levá-la.

– Não vai me dizer, hm? – ela riu – Está certo, senhor Castle... Está certo...

– Vou te deixar no seu apartamento para que troque de roupa, certo? – ele indagou, sorrindo para ela.

Kate assentiu, ligando o rádio do carro. Encostou a cabeça na janela, olhando a movimentada Nova York passando rapidamente na frente de seus olhos. E assim foi o resto do caminho: ambos sem pronunciar uma palavra, apenas ouvindo a rádio. Nada de muita relevância.

°°

No prédio, ela o convidou para subir, e ele aceitou. Enquanto jogava uma água no corpo, para tirar o ranço do dia corrido, ele esperava na sala, olhando as estantes de livros de literatura americana que a detetive tinha em casa. Ao chegar à metade da segunda estante, viu um amontoado de papel grampeado, e, com isto, a curiosidade clamou alto, o que o influenciou a pegar os papéis, olhando fixamente para a capa: apenas branco, sem nenhuma palavra.

Virou-a, dando de cara com laudos de um psicólogo, datado. O ano 2009 estava sublinhado com caneta vermelha, e marcado com amarelo.

“(...) Em minha opinião, eles trabalham em perfeita harmonia, e uma das coisas que mais aumenta o nível da tensão sexual entre esses parceiros são: a exposição a momentos perigosos, que causam um grande aumento de endorfina no sangue, fazendo com que eles sintam mais a presença do outro. Nesse caso, o único jeito de abaixar a tensão sexual entre eles seria separando-os. Porque eles sempre se sentirão ligados ao dever de proteger um ao outro nesses momentos, e nem sempre conseguirão...(...)”

Ele continuou passando os olhos pelas palavras do psicólogo que os avaliou no início de sua parceria, ignorando qualquer tipo de orações a favor de separá-los. Ouviu a porta se abrindo, vendo-a com uma blusa de lycra preta, colada, o que o fez perder o controle, certamente. As calças eram nada mais do que jeans, e as botas usuais. O cabelo moldava o rosto mais do que ele sempre notara, e isso o fez sorrir.

– O que acha? – ela perguntou, dando voltas pela sala, mostrando as roupas coladas.

Ele gaguejou, pondo os papéis sobre a mesinha de centro, assentindo com a cabeça e engolindo em seco. Ela riu, passando as mãos pelos cachos perfeitos, percebendo o amontoado de papel. O sorriso se desfez.

– O que é isso? – ela indagou, pegando-os antes mesmo que ele tivesse qualquer reflexo – Onde você encontrou?

– Na sua estante de livros. – ele disse, envergonhado – Na segunda.

– Fazia tempo que eu não olhava isso... – ela suspirou – Ainda não acredito que eles disseram isso de nós há tão pouco tempo, e, agora, querem nos separar novamente.

Ele assentiu em silêncio, olhando para o amontoado de folhas, que, àquele ponto, eram completamente insignificantes, porque eles conseguiriam. Provariam ao psicólogo que não precisariam ser separados, que conseguiam lidar com “o alto nível de endorfina”.

– Então! – ele gritou, deixando os papéis caírem aos seus pés – Vamos logo, senão chegaremos atrasados!

Ela riu, deixando que ele segurasse sua mão, pegando seu casaco, enquanto saíam do apartamento.

°°

Assim que os dois chegaram ao tão misterioso lugar, Castle entrelaçou seus dedos, e ela deixou. Olhando-a de cima, ele via o sorriso infantil que ela tinha nos lábios, a felicidade expressa em seus olhos, mostrando claramente a felicidade que ela tinha ao estar ali.

– Boa escolha, Castle! – ela riu, beijando-o na bochecha.

– Eu sei fazer surpresa, não sei? – indagou, beijando-a na testa.

– Sabe... – ela murmurou, soltando-o e encostando-se no corrimão gélido.

Ele se aproximou dela, fazendo o mesmo. Observou um casal patinando livremente, rindo dos tombos que tomavam, já que eram – ou esperavam ser – os únicos ali presentes. Castle olhou-a, vendo o sorriso bobo que ela tinha no rosto.

– Obrigado. – ele suspirou, voltando a olhar o casal.

– Pelo o quê? – ela perguntou, olhando-o.

Ele sorriu, fitando-a de volta.

– Por estar aqui como Kate, minha namorada, e não Kate, a policial. – ele acariciou a bochecha dela.

– Qual é a diferença, sendo que ambas somos a mesma pessoa? – ela indagou, ainda meio confusa com o raciocínio.

Sua bochecha, no local onde ele tocava, parecia latejar, e ela tentou conter o rubor.

– A Kate, policial, nunca admitiria que sou bom com surpresas, ao mesmo tempo em que negaria que valeu a pena todo aquele suspense – ele sorriu –, e a Kate, minha namorada, diria isso.

Ela riu, entrelaçando seus dedos novamente, levando-o para perto do balcão. Lá, ele se sentou, esperando que ela pedisse seus patins. Observou o casal trocando um beijo caloroso antes de saírem do ringue.

– Castle, como eu não sabia o seu tamanho, pedi um quarenta e três, serve? – ela indagou, ele assentiu – Ah, que bom!

Sentando-se ao lado dele, ela pôs-se a calçar o patins branco (que já estava bege por conta do uso prolongado). Foi ele quem quebrou o silêncio:

– Sabe, Kate, apesar de eu querer fazer essa surpresa ótima para você... – ele suspirou novamente – não sei se você sabe... Mas as minhas habilidades de patinação são... Questionáveis...

Ela sorriu, terminando de calçar o patins que faltava. Depois, ajoelhou-se, pondo-se a ajudá-lo com os patins, que estavam completamente abertos nos pés envoltos por meias do escritor. Terminado, ela pôs-se de pé novamente, estendendo o braço para ele, ajudando-o a se pôr de pé.

Quando ele entrou no ringue sozinho, dispensando ajuda, ela foi atrás, patinando como há muito, muito tempo, não fazia. Ele, com medo de cair, apoiou-se no corrimão, observando-a dando piruetas múltiplas.

– Uou! – o grito gutural preencheu o ringue, e Kate virou-se para vê-lo.

– Castle! – ela riu.

Patinou para perto dele, estendendo seu braço e ajudando-o a levantar, mas à medida que ele perdeu o equilíbrio, puxou-a para baixo, e ambos riram, sem conseguir levantar.

– Sabe, Kate... – ele riu – Sua teoria de mais cedo era falha.

– Como assim? – ela indagou, olhando-o, apoiada no peito dele.

– Você disse que, contanto que eu estivesse perto de você, eu não cairia, mas eu caí. – ele suspirou.

– Mas mesmo assim, cair comigo foi melhor do que cair sozinho, não foi? – ela indagou, e ele riu, assentindo.

– Sim, foi...


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Notas finais do capítulo

Nhaiii, esses dois *-* Paixãozinha eterna, só isso *------------*
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