A Bet escrita por Nick Montanari


Capítulo 3
Bem vinda a Grécia


Notas iniciais do capítulo

Oláa gente!
Voltei rapidinho!!! :D
Boa leitura pra vocês!!



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–Quem é você?- Bella gira seu corpo, e sente seus que seus músculos protestam.
Seus olhos param sob o homem forte a sua frente, e sua boca se abre levemente.
Um arrepio lento percorre desde sua nuca até o fim de sua espinha. É como se seu sangue fervesse em suas veias.
Ele não pode ser real. Ele é bonito de mais pra existir.
O cabelo de um loiro dourado, com um brilho espetacular. Os olhos, ah, que olhos.
De um azul profundo, como as águas de um oceano. As sobrancelhas bem desenhadas, na testa lisa. O nariz reto e fino, Bella nunca viu um tão lindo!
Seu rosto de maxilar quadrado, embelezado por aquela barba por fazer, que dá contraste com a boca de lábios finos e vermelhos.
–Sou Edward Cullen, ángelé mou.- a ponta da língua umedece os lábios, e a deixa em transe.
Isabella nunca achou nada tão sensual, como aquilo.
Respira fundo e chacoalha a cabeça.
–Me desculpe Sr. Cullen, mais eu não sou sua. Eu não tenho dono. Ninguém manda em mim.- diz convencida.
Um sorriso torto se abre no rosto do loiro, que está encantado com a delicada Swan.
–Agora tem, méli.- a raiva inunda Bella.
Como ela é tão estúpida por achar aquele ser bonito, quando ele praticamente a comprou de seu pai?
–Não, eu não tenho.- feito uma criança mimada ela bate o pé. Seus olhos se enchem de lágrimas, e deseja mentalmente que esse momento seja um pesadelo.
A pena invade o peito de Edward ao ver os olhos castanhos profundos marejados, e o brilho da dor ao lado.
Uma moça tão linda, não deve chorar nem sofrer.
–Edward, eu poderia conversar com Bella a sós?- Charlie pede receoso. Os mares azuis de Edward pairam sob ele, e meio exitante ele concorda com a cabeça.
–Não tenho muito tempo Charlie, então seja rápido.- sua voz deixa bem claro, que aquilo não é um pedido e sim uma ordem.
Isabella bufa, enquanto as lágrimas rolam soltas por seus olhos.
–Você me vendeu pra esse homem?- o pai abre a boca, surpreso pela pergunta. -Você não percebe o quão arrogante ele é?- o Swan respira fundo.
Conversar com a filha não será nada fácil.
–Filha eu sei que eu errei, ok? Mais eu tinha convicção de que iria ganhar. Poxa Bella, tinha 500.000 euros na mesa. Se eu ganhasse, nossa vida estaria salva pra sempre.- Isabella rola os olhos, e se senta no sofá. Não tem mais forças pra ficar de pé. -Por um triz, que eu não venço!- os olhos pretos de Charlie brilham por alguns instantes, porém logo voltam a ficar opacos. -Depois que eu perdi nossa casa, eu não soube mais o que fazer. Aquele homem nunca gostou de mim, sempre quis que eu parasse de frequentar o Montreal.-
–Nisso eu concordo com ele.- murmura irônica. Suas mãos se arqueiam, e limpam as lágrimas de seus olhos.
–Bella a única solução que eu encontrei foi essa. Como ele está sempre acompanhado de moças jovens....-
–Chega, eu não quero ouvir mais.- ela praticamente implora ao pai. Seus soluços são altos na sala. -Eu não quero pertencer a ninguém, droga!- espalma a mão na perna. -Ele.. Olha o que ele fez com você, como foi cruel. Imagine como será comigo!-
–Bella você entendeu tudo errado.- o pai começa a explicar, quando percebe seu engano. -Edward ele...-
–Chega!- grita. -Eu já pedi pra parar com essa maldita história.- completa em tom sôfrego.
–Mais filha..-
–Deixe Charlie.- Edward interrompe a fala do velho, que se cala. -Deixe-a quieta.- pede. -Bella, eu quero que você arrume suas coisas, pra podermos ir.- os olhos chocolates, encaram o belo rosto do loiro.
–Eu não vou a lugar algum com você.- diz pausadamente. Ele ri debochado. Dá dois passos em sua direção.
–Você vai.- murmura mandão.
–Não eu não vou.- Bella fica em pé, estufa o peito contrariando Edward, que a cada segundo a acha mais encantadora.
–Vai.- reafirma, elevando uma mão até sua face. Seu polegar alisa a bochecha cedosa da morena, que é pega de baixa guarda.
Seus olhos se fecham ao sentir aquele toque quente e eletrizante.
Um estalo, a acorda e percebe o quão ridiculamente está agindo.
Ela se afasta de Edward, com as bochechas vermelhas.
–Já disse que eu não vou com você.-
–Pelos Deuses, você é tão teimosa!- dá de ombros, fungando.
–É um dom.- replica com a voz embargada.
–Charlie..- Edward encara o pai da moça lhe pedindo auçílio.
–Bella é pro seu bem...- ele diz sem sucesso.
–Para o meu bem nada!- bate as mãos ao lado do corpo frustrada. -Vou repetir, pela última vez... Eu não vou com esse aí.- aposta para o grego com a cabeça. -Pra lugar algum.- completa, com um esforço enorme segura suas lágrimas.
–Théos! Peismatári̱s koríts...- Edward respira fundo encarando a morena. -Você vai comigo, por bem ou por mal. Você decide.- impôs feroz.
–Isso seria sequestro.- rebate indignada. Ele não tem coragem de levá-la a força, tem?
–Não meu amor, não seria.- as orbes azuis a encaram. -Seu pai sabe onde você estará e duvido muito que me ele me acusaria de sequestro. Não é Charlie?-
O velho engole seco ao ver os dois pares de olhos sob si. Os da filha, demonstrando tristeza e aflição, enquanto os do grego estavam imparciais.
–Bem... Eu.. Hã.- esfrega a mão em sua cabeça, e suspira fundo. -Sim. Não seria um sequestro.- confirma no fim.
Um sorriso presunçoso estampa os belos lábios de Edward.
–Ótimo. Vá arrumar suas coisas Isabella, precisamos partir.- ainda perplexa, a morena permanece estática com os olhos fixos no pai.
–Como pode fazer isso Charlie?- sua voz não passa de um sussurro. -Eu sou sua filha...- um soluço alto é emitido por ela. Mais lágrimas rolam por suas bochechas.
–Já disse que vai ser melhor pra você Bella. Pode não acreditar hoje, mais ainda vai reconhecer que isso é o melhor a ser feito.- um chacoalhar de cabeça, faz o coque frouxo de Bella se desmanchar.
Edward observa impressionado as longas madeixas chocolates dela.
–Você chega a ser patético.- bufa levando as mãos aos cabelos, aos quais enrola os pondo sob o ombro.
–Sem querer interromper mais... Nós temos quatro horas de voo até a Creta então por favor Isabella, vamos logo.- o loiro chama impaciente.
Aquela jeito mandão e arrogante dele, já está a irritando.
–Você não manda em mim.- reponde com fúria. -E eu não vou com você.- cruza os braços em frente ao peito, e o encara desafiante.
–Já chega!- exclama com a voz alta. -Você não quer me acompanhar? Ok, vocês tem meia hora pra desocupar essa casa.- diz. Uma troca de olhares ocorre entre o grego e o Swan.
–Mais..- o murmúrio sai dos lábios de Isabella.
Sem responder mais, Edward lhes dá as costas e caminha até a porta.
Assim que o corpo másculo atravessa o batente, um ofego é solto por Bella.
Ele está falando sério?A pergunta causa eco em sua cabeça.
Não pode ser.... Pode?
–Bella, vá atrás dele. Não podemos perder nossa casa! Lembra como sua mãe gostava daqui?- com o olhar turvo a morena encara o pai.
–Nós não estamos perdendo nada Charlie. Quem perdeu foi você.- aponta o dedo, com a voz falhante. -Eu juro que só vou fazer isso por causa da mamãe.- as palmas da mão sedosa limpam o rosto delicado de Bella, que após se recompor sai de casa correndo.
O grego encostado na limousine, é perfeição em pessoa. Nunca, nem na TV conseguiu ver um homem mais bonito que aquele.
Realmente lindo.
–Edward.- chama ofegante. A cabeça dele se levanta e com olhos triunfantes a encara.
–Diga, prinkípissa.- um arrepio corre pelo corpo esbelto dela, que tenta ignorar a reação.
–Eu... Eu vou com você.- a raiva doma seu corpo, ao ver o sorriso aparecer nos lábios vermelhos de Edward.
–Ótimo, mou ómorfi̱. Se despesca de seu pai, que já iremos partir.- manda e dá alguns passos na direção dela, que cerra os dentes.
–Eu preciso arrumar minhas coisas.- fala pausadamente com as lágrimas ainda caindo dos olhos.
–Não precisa levar nada, eu compro tudo o que precisar.- Isabella respira fundo e tenta se controlar.
–Não quero nada de você.- praticamente cospe as palavras sob ele.
–Não seja tão arisca, gatáki.- com cuidado, os dedos longos de Edward colocam a mecha da franja de Bella atrás da orelha.
Um leve queimor é emanado pelos corpos de ambos quando suas peles se roçam levemente.
Seus olhares se encontram, e como imãs ficam conectados.
Como se estivessem no vácuo. Existe apenas os dois.
–Eísai ómorfi̱ , mou Bella.- as palavras estrangeiras pronunciadas pelo loiro, despertam Bella do seu 'transe'.
Com uma raiva gigante no peito, ela se afasta de Edward.
–Pare de... Dizer essas coisas nessa... Língua estranha!- exclama frustada. -Diga em inglês, o idioma que eu entendo.- seus braços batem ao lado de seu corpo.
Uma risada divertida escapa de Edward. O que faz a raiva de Isabella apenas aumentar.
–Acha o grego uma língua estranha?-
–Se for esse idioma que você falou, então sim é bem estranho.- responde com um bico de irritação nos lábios.
–Você é engraçada.- o loiro comenta sem desviar os olhos dela, que mantém uma postura firme.
–E você é irritante.- replica com os olhos cerrados.
–Bom, logo não pensará mais isso de mim.- dá um sorriso torto. -Agora, vai se despedir do seu pai que já estou atrasado.-
–Você não manda em mim.- ela bate o pé na grama, firme.
–Não me faça te levar no colo.- adverte fingindo irritação.
Na verdade ele estava se divertindo cada vez mais. Isabella será uma ótima distração.
[...]
A limousine branca é certamente um colírios para os olhos. Isabella a admirou bastante por fora.
A lataria branca e bem limpa, os pneus de designer interessante.
Porém o melhor realmente está por dentro. Como toda limousine, além de comprida tem também muito luxo e sofisticação. No centro do salão, um confortável sofá em L dá as boas vindas aos sortudos passageiros, tendo logo acima no teto, um espelho iluminado por super Led´s que também existem próximos do assoalho, dando uma ótima impressão do interior.
Atrás do sofá, há uma tela de LCD de 15″ onde pode-se assistir filmes em DVD. O luxo está estampado em cada canto desta moderna e sofisticada limousine.
Outra tela num dos cantos do salão controla as funções do moderno sistema de som Hi-Fi. Na China, a Great Wall oferece 5 tipos de estilo e decoração para o π: Spirit, Homage, Commerce, Celebration e Tenancy.
A frente do sofá central, estão duas geladeiras conservadoras que certamente deixam no ponto as bebidas ou petiscos dos ilustres passageiros.
Ao lado está o luxuoso bar no melhor estilo e acabamento. Onde há espaço suficiente para as bebidas mais finas e claro, mais caras!
Edward com certeza pode dar uma festa ali dentro.
Bella morde o lábio, e se encolhe no banco branco. A vontade de chorar a domina novamente quando vê pela janela sua casa se afastar.
–Você irá gostar da Grécia.- os olhos mognos da morena se arregalam e o encara.
–Grécia?- questiona surpresa. Edward percebe sua voz embargada e os olhos vermelhos lacrimejados.
–Sim, eu moro lá. E você morará por um tempo também.- responde leve. -Moro em Creta, uma ilha, conhece?- com o rosto virado ela nega.
–Por que está fazendo isso?- volta a perguntar dessa vez deixando as lágrimas livres.
Edward a fita com pena. Não queria faze-la chorar.
–É complicado.- diz baixo.
Um suspiro triste sai de Bella.
–Você é igual ao Charlie, talvez até pior.- sussurra retorcendo seus dedos em seu colo.
–É realmente uma pena que pense assim.- sibila.
Seu celular vibra no bolso de sua calça.
Edward encara a tela touch screen, onde o nome do pai pisca constantemente.
–Patéras.- atende em grego.
Isabella permanece atenta, enquanto o loiro conversa no celular.
–Pei i̱ mi̱téra óti eímai kalá.- ainda com o rosto virado, ela chega a conclusão que a voz dele fica ainda mais aveludada em outra língua. -Nai ftáso̱ ekeí prin apó téssera. Entáxei, Ef̱charistó̱ , akómi̱ perissótero.- depois de desligar o celular, ele o guarda no bolso novamente. -Era meu pai.- explica a ela, que assente com o olhar baixo.
Edward solta um suspiro, e esfrega o cabelo com as mãos.
Algo em sua consciência lhe diz que Isabella não seria nada fácil.
[...]
Sentada em sua poltrona confortável Isabella imagina o quão rico Edward é.
Limousine luxuosa, e agora um avião inteirinho só pra ele.
Não que isso a impressione, por outro lado, apenas imagina o quão fútil é a vida daquele grego irritante.
Se debruçando no braço da poltrona de couro branca, ela o observa.
Com um notebook em seu colo, ele ostenta o peitoral definido com a camisa social branca.
Um copo de wisque na mão, que ele já encheu mais de três vezes.
Volta a se encostar no banco, respirando fundo.
Um deus grego, que é grego mesmo! Quanta ironia.
A aeromoça, sai da cabine do piloto até o corredor. Vai direto até Edward.
Seu decote tão grande, que os seios quase pulam pra fora do vestido azul.
–Faltam 10 minutos para o pouso. Deseja mais alguma coisa senhor?- a voz fina grita no ouvido de Bella que rola os olhos.
–Não estou bem.- responde educado. -Veja se a senhorita quer algo.- os saltos barulhentos da garota se aproximam dela.
–Precisa de mais alguma coisa senhorita?-
–Não.- murmura seca, sem olhá-la.
Sempre detestou mulheres atiradas.
Tamborila seus dedos em sua cocha coberta pela calça jeans, e vê pelo canto do olho Edward vir para seu lado.
O perfume inebriante se mistura com o cheiro de álcool emanado pelo wisque.
–Não seja mal educada, ómorfos.-
–Já disse pra não usar o grego comigo.- o encara duramente. -Não entendo nada.- bate as mãos em seu colo frustrada.
–Bom, eu traduzo pra você então.- sorri torto, o que faz o coração da morena acelerar. -Ómorfos, significa linda em inglês.- um queimor estamapa as bochechas da morena, e arranca risadas de Edward. -Não fique com vergonha, apenas disse a verdade.- com um chacoalhar de cabeça, Bella desvia o assunto.
–O que quer aqui?- pergunta ainda sem encará-lo. -Acho que não veio só me ensinar a tradução dessa palavra.- ele ri divertido com o humor negro dela.
–Não, não foi apenas por isso.- leva o copo até a boca, e toma um gole da bebida âmbar. -Vim lhe deixar apar de algumas coisas.- completa.
–Que coisas?-
–De como será sua vida a partir de hoje.- ela permanece em silêncio. -Bom, eu moro sozinho e você obviamente morará comigo.-
–O que?- sua voz sai abismada.
–Você vai morar comigo.- repete indiferente. Pega de surpresa, ela fica sem fala. -E se perguntarem o que somos, o que a minha família certamente perguntará, direi que somos noivos.- a saliva engasga Isabella, que pigarreia.
–Você está maluco, só pode.- fala com os olhos esbugalhados.
–Não, eu estou bem lúcido. Te garanto.- brinca com ela, que aperta as mãos com raiva.
–Eu não vou me casar com você.-
–É claro que não vai.- ele afirma debochado. -Seremos noivos de mentirinha, prinkípissa.- responde.
A careta de Bella o faz rir.
–Princesa.- traduz, a fazendo bufar.
–Pode inventar outra história Edward, eu não fingirei ser sua noiva.- afirma e cruza os braços frente ao peito.
–Você parece uma mula de tão teimosa.- as orbes azuis dele rolam entediadas. Os dois ficam em silêncio por alguns segundos.
A plaquinha verde apita mandando-os apertar os cintos.
Um leve tremor os abala quando o avião pousa na pista.
–Quatro horas de voo, me deixaram cansado então vamos discutir isso em casa.- pisca pra ela. Ele se põe de pé e ajeita a camisa levemente amarrotada. -Por enquanto, seja bem vinda a Grécia!-


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Notas finais do capítulo

E entãoo??
Gostaram?
Não gostaram?
Deixem sua opnião... ;)
Prometo voltar logo com nosso grego....
Beijinhoooos...