A Bet escrita por Nick Montanari


Capítulo 14
Bebê Cullen


Notas iniciais do capítulo

Não me matem... Please!!
Eu sei que eu demorei de maaais e peço desculpas, mais é que minhas aulas já começaram e está uma loucuraaa...
Espero que gostem do capitulo...
Boa leituraa



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Os olhos castanhos analisam o quarto a frente.

Não é muito grande, mais certamente luxuoso. Uma cama king size no centro, com a cabeceira acolchoada marrom escura lembra um tablete de chocolate.

Duas poltronas no mesmo tom se posicionam de modo estratégico a frente a TV de LED na parede.

Ao lado uma porta entreaberta deixa a vista parcial para o banheiro.

Um armário embutido preenche a parede oposta por completo.

Então sua mente formula o fato de haver apenas uma cama ali.

Uma cama grande, na verdade bem grande... Mais é só uma.

Uma cama, para dois.

Pros dois dividirem...

Um calafrio percorre sua coluna. E o pensamento e ter o corpo quente e forte do grego ao lado do seu é... Excitante.

Morde o lábio inferior, descontente com suas reflexões.

Fecha a porta e se senta sob o colchão macio.

No fundo tem consciência de que sente um pouquinho de atração pelo Cullen.

Coisa mínima, apenas um leve desejo carnal que será totalmente esquecido assim que regressar a Londres.

Solta o ar pela boca, no mesmo instante em que a porta branca se abre.

Edward a atravessa e logo volta a fechá-la.

Lança lhe um breve sorriso, que faz seu coração martelar dentro do peito e um gelo toma conta de seu estômago.

–Gostou do quarto, mikró (pequena)?- indaga com a vos arrastada.
Arruma sua postura e responde firme.

–Não. Há apenas uma cama. Uma cama para duas pessoas.- ele ri e se agacha a sua frente.

–Uma cama de casal para um casal de noivos. Qual o problema disso, mo̱ró (bebê)?- os dedos ágeis retiram a franja da frente dos olhos.

–O problema é que esse casal em questão não está noivo. Tudo não passa de uma farsa.- cruza os braços, seu tom deixa claro a amargura.

–Você é muito complicada Isabela.- o loiro se põe de pé, e se afasta alguns passos dela. -Tem horas que eu me pergunto, por que eu me meti nisso?-

–Gostaria de saber também.- rebate cólera.
Os olhares dos dois se encontram por alguns segundos.

–Algum dia você irá me agradecer por isso, mo̱ró (bebê).-
Rolando os olhos, retira o casaco de frio lhe lançando ao divã ao lado.

–Agradecer pelo que? Pelo fato de você ter me arrastado com você pra Grécia? Por me mostrar como é bom ter um pai milionário? Ou será pela gloriosa experiência de poder dividir a cama com o poderoso Cullen?- um riso alquebrado e pudibundo saem da garganta dele.

–Pode ser... Mais as vezes, muitas coisas parecem mais não são. As vezes, agápi̱ (amor) o fim da história é surpreendente e você vê que o vilão era na verdade o mocinho.-

A cabeça da Swan dá voltas tentando interpretar as palavras dele.
O vilão era na verdade o mocinho

–O que você quer dizer com isso?- se põe de pé, o desafiando com o olhar.

–Nada.- sua resposta sai seca. -É melhor você deitar e tentar dormir, são 12h de viajem então descanse.-

Ainda conectada as palavras de Edward, a morena se assusta quando a porta é batida.

Nota que está sozinha no quarto. Um silêncio perturbador.

Bufando vai até o guarda roupas, as portas de madeira se abrem com facilidade, e exibem as prateleiras vazias.

As fecha, antes de ir até o banheiro.

Uma enorme estante de canto com toalhas de banho e roupões chama sua atenção.

Um banho... É um banho a ajuda a pensar.

Alguns chacoalhões obrigam-na a se segurar na pia branca.

Logo o avião corta o ar no céu escuro e frio de Atenas, rumo a cidade Mexicana.

Trancando a porta atrás de si, Bella se despe.

O simples vestido cinza de malha se junta à echarpe, pendurado em um gancho na parede.

Logo a meia calça é retirada assim como as botas pretas altas.

Apenas de Lingerie segue até o chuveiro.

O design consiste em uma cabeça quadrada presa no teto, e exibe um brilho cromado sensacional se encaixando perfeitamente com a decoração.

Aperta o botão de platina e instantaneamente a agua começa a cair.

Retira o sutiã e lança até suas botas, antes de se enfiar de baixo da água quente.

As gotas abochornadas descem pelas curvas de modo sensual, relaxando membro a membro da morena.

Fecha os olhos, prende a respiração e por longos segundos tenta entender a frase do grego, com a cabeça de baixo dagua.

O vilão era na verdade o mocinho

Retorna seus raciocínios ao início de tudo.

Do momento em que seu pai saíra de casa desde até as palavras marcantes.

Porém nada, nada lhe explica o sentido da tal sentença.

Solta o ar e o puxa de maneira sôfrega, com a face longe da ducha.

Por breves instantes lhe vem a mente a possibilidade de Edward não ser o mal da história.

Pode haver outra versão, ou algum detalhe absconso que faz com que o loiro se torne o vilão.

Seus movimentos se paralisam com a suposição.

Se por algum houver essa conjectura for real, pode estar agindo de modo errôneo com o Cullen.

A saliva desce pela garganta com dificuldade.

Não, não pode estar tão enganada assim... Ou pode?

Seu pai teria lhe dito claro que teria.

E por que Edward teria se calado e deixado se tornar o vilão da história?

De banho já tomado a morena sai do banheiro, um roupão preto e felpudo cobre seu corpo enquanto que com uma toalha também negra enxuga os longos cabelos ébanos.

Os devaneios ainda rondando a grande incógnita em sua cabeça.

Com uma leve aflição lhe dominando, mexe os ombros provocando leves estalos.

A toalha é posta sob a poltrona Herval, e com passos arrastados se põe a frente do guarda roupas.

Surpresa observa que as malas já estão corretamente postas no maleiro, e com um pouco de esforço puxa o malote preto de policarbonato.

Com dificuldade a leva até a cama, o zíper range audivelmente ao ser aberto.

Solta o ar pela boca enfarada, ao ver as peças de roupas masculinas.

–Saco.- exclama se sentando no divã.

Seus olhos encaram as camisas engomadas dobradas com perfeição dentro da mala.

Percorre com leveza os dedos no tecido macio, e sem se conter pega a peça branca.

Sente a suavidade do linho em suas mãos, o perfume do grego propagado na camisa.

Aspira fundo, uma duas vezes. Tentando memorizar com eficiência aquele eflúvio magnífico.

Com cuidado, volta a acomodar a roupa em seu devido lugar.

Frustrada, tampa a mala fechando em seguida o zíper.

Deixa seu corpo tombar para traz e colidir com o colchão macio. As mãos se entrelaçam e tapam os olhos.

O corpo cansado se deixa relaxar com o conforto.

Por instantes sua mente teima em voltar no assunto exaustivo, porém por fim a morena decide que deixaria pra mais tarde.

[...]

O coração bate freneticamente, o suor escorre pela testa.
As lembranças do horripilante pesadelo ainda a atormentam. Impulsiona seu corpo para frente, os olhos se abrem e encontram o quarto parcialmente escuro.

Por alguns segundos se sente perdida, até que tudo lhe volta a mente.
Reconhece o cômodo do avião, analisa em volta até perceber que esta sozinha.

Lágrimas ameaçam escorrer pelos orbes, porém a morena as detém bravamente, sentindo a garganta ser tampada com um nó.

A porta ao seu lado se abre, e a luz ilumina seu rosto parcialmente. Uma fumaça deixa embaçada a vista do grego.

–Bella? Você está bem?- com passos largos ele acercar-se da britânica. O braço longo alcança o abajur sob o criado.

–Estou.- responde ofegante.

–Tem certeza...- com delicadeza, lhe retira uma mecha dos cabelos ébanos aconchegando os fios por detrás da orelha. -Está pálida, agápi̱ (amor). O que houve?-

A preocupação no timbre rouco a faz encará-lo. Seus olhares se cruzam e se predem em milésimos.

Conectada a ele, recorda as terríveis cenas do sonho ruim as lembranças doídas do loiro a deixando, a abandonando são como facas em seu coração.

Foram imagens tão reais, ainda pode lembrar com perfeição a frieza daqueles afogueados olhos azuis.

Num soluço seco, o choro arrebenta sua garganta e as lágrimas escorrem livrementes pelas bochechas ainda cadavéricas.

–Hey, o que foi prinkípissa mou (minha princesa)?- o Cullen questiona sem entender o motivo do pranto da jovem.

Com carinho a pega em um abraço carinhoso, e surpreso sente as pequenas mãos o abraçarem com força.

Cela um leve beijo nos cabelos ainda húmidos de Bella, o corpo esguio sacolejando de contra ao seu por conta dos soluços altos.

As grossas lágrimas molham o peito definido de Edward, e com o ouvido colado a pele quente sente as batidas altas e arrítmicas do coração grego.

Por longos minutos lamúria sem pudor agarrada ao homem, que contínua sem entender as lágrimas desesperadas da Swan.

Com lentidão o choro vai se esvaindo, ficando por fim apenas profundos suspiros sentidos.

O cafuné feito pelo loiro a acalma ainda mais, junto com o cheiro gostoso de banho recém-tomado que sua pele exala.

–O que houve com você agápi̱ mou(meu amor)?- aconchega sua cabeça contra o peitoral dele, que vibra pelas palavras ditas. -Qual o motivo desse choro?-

–Tive um... Sonho ruim.- sussurra feito uma criança assustada.
Os braços fortes a apertam protegendo-a ainda mais.

–Um pesadelo?- de olhos fechados, assente minimamente. -Quer me contar?-

–Humhum..- resmunga em negação. Emitindo uma rizada fraca, o loiro se ajeita sob o colchão, a trazendo para mais perto.

–Não quer voltar a dormir? Precisa descansar prinkípissa (princesa), a viajem será longa.-

As palavras do grego se repercutem na mente da britânica que já se sente desesperada com a possibilidade daquele terrível sonho voltar.

–Não, ele vai voltar.- diz já derramando lágrimas.

–Ele quem?-

–O pesadelo.- diz baixo, como se lhe contasse um segredo. Sem se conter o moço gargalha. É incrível como Isabella consegue se transformar tão rápido.

Primeiro a jovem teimosa e resmungona, depois a mulher sexy e enciumada e agora a menina assustada com medo de um sonho.

–Não tem graça Edward.- rezinga entredentes.

–Certo.- concorda cessando ao riso. -Escute minha linda o pesadelo não vai te atormentar mais, pode voltar a dormir eu te garanto que não terá um sonho ruim.-

–Como tem certeza?- ergue os olhos, até se encontra com as safiras brilhosas de Edward.

–Tendo. Pode confiar em mim ómorfi̱ mou.- diz dando um leve beijo na testa húmida pelo suor. -Deite vou te contar uma história.-

A contra gosto se solta do loiro, e um estranho sentimento de vazio a domina. Chacoalha a cabeça ignorando a má sensação de seu coração.

Ajeita-se na cama, repousando a cabeça no travesseiro macio. Assim que o grego a cobre, percebe que ainda veste o roupão por breves segundos sente sua bochecha corada.

–Pronta pra ouvir sua história?- a voz arrastada chama sua atenção. Encara o Cullen que deita ao seu lado, o cotovelo apoiando a cabeça.

Tentando disfarçar percorre com rapidez os olhos por aquele físico magnífico, encarando os músculos bem formados de seu peitoral e braços, um calor lhe percorre dos pés a cabeça, os dedos apertam o edredom acetinado.

–Pro...- pigarreia quando a voz falha miseravelmente. -Pronta.- fala ainda falhante.

–Quando eu e meus irmãos éramos crianças, nossa mi̱téra (mãe) nos contava que quando tínhamos pesadelos era Hypnos que invadia nossa mente provocava os sonhos tão ruins.- as sobrancelhas escuras arqueiam em duvida.

–Quem que invadia?- indaga o fazendo rir baixinho.

– Hypnos.- responde.

–Quem é esse?- o moço não consegue disfarçar seu divertimento pela confusão da britânica.

– Hypnos, é o deus das trevas..- fala retirando com cuidado a franja dos olhos avelãs. -Mamãe nos contava que ele vinha até a terra para atormentar as mentes das criancinhas e leva-las até eu castelo atrás da caverna, onde morava.-

–E...?-

–E que pra espantar o medo, ela me contava que Morpheu o filho dele, iria nos acalmar, que ele sim traria sonhos bons.- completa.

–Edward tomara que você não precise contar histórias para seus filhos...- Bella diz rindo. -Sério você é péssimo nisso.- sem se conter se une a ela, dando boas rizadas.

–Sério, eu tentando te ajudar e você despreza assim minha história?-

–Não se fala de demônios das trevas para quem acabou de ter um pesadelo. Com que finalidade me contou isso...- o olha. -Pra eu ter mais medo?- solta uma rizada divertida.

–Não, só queria que soubesse o que minha mãe fazia quando eu era pequeno.- murmura de volta, fazendo um leve biquinho após as palavras ditas. -Mais é.. Mamá (mamãe) nunca foi boa com histórias também.-

Dessa vez suas rizadas soam mais alto, pelo canto do olho o loiro observa o longo bocejo da jovem que feito um bebe sonolento, coça os olhos com as mãos.

–Está com sono?-

–Não..- nega baixinho.

Permanece em silêncio sabendo que nem mesmo ele acreditara na resposta.

–Te contarei outra história então.- afirma a ela que sorri fraco. -Bom é sobre um deus que vivia cercado de helenas e ouro. Ele era lindo por isso sempre tinha tudo que desejava, porém mesmo com tudo isso ele se sentia só, como se precisasse de algo para completa-lo..-

Ao ouvir a voz baixa e rouca do Cullen Isabella mais ia relaxando sentindo o carinho gostoso em seu couro cabeludo.

–Até que um dia por mero acaso, esse deus se encontrou com uma jovem que fez sua vida mudar completamente. Ele se encantou por ela de cara, mesmo com o jeito marrento de ser a moça era incrivelmente linda.- faz uma pausa encarando o rosto adormecido da Swan. -E em semanas o deus se apaixonou por aquela linda morena..- com cuidado se debruça até ela lhe dando um leve beijo na testa. -Durma bem, agápi̱ mou(meu amor).-

[...]

Respira funda, antes de abrir os olhos. Boceja longamente vendo o quarto negrume do avião. Senta-se na cama com o corpo mole e preguiçoso. As mãos se embrenham no cabelo, os tacando para traz.

Ainda sonolenta se espreguiça esticando todo o corpo. Põe-se de pé esticando o roupão amassado, ates de seguir até o banheiro.

Um banho rápido seguido de sua higiene matinal a deixam despertam definitivamente.

De dentro do armário retira a mala com suas roupas dessa vez, encara as peças com tédio, não faz a menor ideia do que vestir, do que combinar.

Com desânimo separa uma calça jeans preta, e uma blusa branca simples. Fecha o zíper da mala, e volta até o guarda roupas onde os casacos estão divinamente pendurados.

Sem ao menos olhar retira um bege de lã, das mangas mais curtas. Com as roupas em mãos segue até o banheiro e se troca sem pressa.

Em seus longos cabelos faz uma trança simples, antes de calças umas botinhas pretas de cano baixo.

Sem se preocupar em guardar a mala sai do quarto ate o longo corredor vazio, segue a passos lentos até os degraus.

Na pequena sala de estar, Laurent conversa com Carlisle enquanto Kate chacoalha nos braços o pequeno bebe de Irina. As duas se encaram e trocam um pequeno sorriso.

–Bom dia Carlisle, bom dia Laurent.- os cumprimente timidamente.

–Bom dia Isabela.- o homem moreno a responde com demasiada seriedade.

–Bom dia querida, imagino que esteja procurando por Edward.- fala a abraçando pelos ombros. -Ele está na sala de jantar, junto dos outros.-

–Há, onde é?-

–Basta seguir em frente, depois da sala de poltronas.- a responde.

–Ok, obrigada.- se desvencilha do sogro, seguindo pela direção indicada.

Os barulhos de seus saltos pelo corredor são silenciados pelo carpete marrom escuro, o qual faz um belo contraste com as paredes chapéu de palha.

Uma pancada abafada chama sua atenção, olha sob o ombro para trás percebendo que não há ninguém atrás de si.

Cismada dá mais dois passos, ates de ouvir outro barulho. A porta branca se abre um pouco a sua frente, e surpresa fita Alice e Emmet saírem aos risos por ela.

–Den échete kanénan trópo, akómi̱ kai (você não tem jeito mesmo).- a voz fina da baixinha sai em outra língua a impossibilitando de saber as palavras pronunciadas.

–Se xéro̱...Bella. (Eu sei que você...)- os olhos claros do Cullen mais velho a encaram com apreensão. Alice até então de costas se vira, as pupilas arregaladas.

O casal troca um breve e suspeito olhar, antes de juntos pigarrearem.

–Bom.. Bom dia, Belinha.- com o olhar baixo a moça a cumprimenta tentando soar casual.

–Bom dia.- responda cruzando os braços, os analisando com o olhar.

–Ér... Eu... Eu vou ir falar com patéras (papai).- o grandão anuncia, novamente o casal troca mais um olhar antes do homem seguir a passos largos até a sala de estar.

–Bella me deixe te explicar oque..- aflita Alice vem até ela segurando suas mãos com força.

–Alice, pare. Não precisa me explicar nada.- murmura dando um leve sorriso. -O que for que estavam fazendo é assunto de vocês e eu não tenho o direito de me intrometer.-

A baixinha solta um longo suspiro, antes de puxá-la para um abraço apertado.

–Pode... Manter segredo sobre isso?-
De modo carinhoso esfrega as mãos nas costas da jovem.

–Relaxe, não direi nada a ninguém.- as duas se afastam trocando um sorriso. -Só sejam mais cuidadosos.- a alerta rindo.

–Obrigada cunhadinha.- a agradece visivelmente aliviada.

–De nada.- lhe lança uma piscadela tentando esvair a tensão do momento. -Vamos até a sala de jantar comigo?- pede a ela que sorrindo concorda com a cabeça.

–Então...- enlaça o braço fino no de Bella. -Gostei muito de suas roupas... Você tem um estilo bem diferente do meu, mas... É bem único. Combina muito com você.-

–Há, obrigada Alie.- gratifica sem jeito. -Você tem um bom gosto também.-

–Na verdade quem me veste é minha estilista, Ivette Chevalier.-

–Ela não é uma estilista francesa? Sério, já ouvi falar dela.- a Cullen ri tacando a franja para trás.

–Sim, ela apresentou um desfile de roupas na semana da moda em Paris, está muito bem conceituada atualmente.- faz uma pausa. -Um doce de pessoa, mais tem um ego gigantesco.- as duas riem juntas antes de entrarem na sala de jantar.

Na mesa de madeira escura o resto da família se reúne. Esme e Irina conversando nas primeiras cadeiras, enquanto ao lado Eliezer e Carmem tomam o desjejum.

Na ponta da mesa o grego. Seu grego. Sorri com o pensamento, antes de seus olhos se encontrarem com os dele.

É incrível como seu corpo reage instantaneamente a ele com um simples olhar.

Sem fôlego puxa o ar com força, sentindo o coração disparado.

Elegante como sempre, o loiro se levanta. Vestido com um blazer de veludo marrom escuro, com camisa polo bege, jeans escuros e docksider nos pés.

Aproxima-se lentamente, as mãos macias embalam o rosto alvo da morena que passa a pinicar.

–Bom dia, melachriní̱ mou (minha morena).- a voz rouca provoca um arrepio, que percorre toda sua coluna. Os cabelos de sua nunca se eriçam instantaneamente.

–Bom dia.- responde com a voz fraca.

Ele sorri torto, fazendo o coração da moça falhar algumas batidas. Com apenas um roçar de lábios, a deixa fervendo e implorando mentalmente por mais.

Respira fundo tentando se controlar.

–Bom dia querida.- Esme gentilmente a cumprimenta.

–Bom dia Esme.- responde se acomodando na cadeira ao lado de Alice. Eliezer, Carmem, Irina..-

–Bom dia.-

–Bom dia Bella.- as duas respondem consecutivamente.

Eliezer a cumprimenta com um aceno, levando a xícara branca aos lábios.

–Dormiu bem, Bella?- a sogra a questiona enquanto a moça se serve de iogurte.

–Dormi sim.- responde sorrindo. De repente as lembranças da noite anterior retornam a sua cabeça. Sente suas bochechas arderem ao lembrar-se do modo como agarrara Edward. Sou um pigarro, olhando pelo canto dos para ele, que sorri sorrateiro.

–Que bom meu bem.- sorri dentro de sua postura elegante.

–Quem não dormir bem fui eu.- Irina se pronuncia, a expressão cansada. Théo chorou a madrugada toda.-

–Pobrezinho deve ter estranhado, sentido falta do berço, da casa dele.- Carmem lamenta limpando os lábios com o guardanapo.

–Estou começando a achar que não foi uma boa ideia viajarmos, ele é muito pequenino. Laurent e eu não deveríamos ter vindo.- a loira fecha os olhos, e com os dedos os massageia.

–Se acalme filha, crianças novas estranham mesmo. Logo ele se acostuma.- o pai a consola, esfregando a mão no ombro da moça.

–Espero, pois se ele começar a trocar o dia pela noite eu não vou aguentar.-

–Emmet e Edward também eram assim, meu anjo.- Esme murmura. Era um sacrifício viajar com eles.-

–O que você fez pra eles se acostumarem Tia?- indaga seu tom meio desesperado.

–Não os deixava dormir de dia, ai a noite estavam cansados e dormiam.- conta a ela orgulhosa de seu trabalho. Tomara que o filho de vocês não puxe ao Edward Bella, pois nunca vi um bebe tão chorão como ele.-

A morena arregala os olhos com as palavras de Esme, tossindo engasgada.

–Mamá, eu sempre fui um amor.- o grego sibila comendo um morango.

–Eu quero ser Tia.- Alice diz a encarando. Agiliza um bebe pra gente Belinha. Imagina mamá, uma garotinha loirinha dos olhos azuis.... Ai que fofo.- animada a baixinha dá pulinhos na cadeira.

–Pode ser um menino também, dos cabelos escuros como os da Bella.- a mãe diz a ela com um sorriso enorme.

–Quem pode ter os cabelos escuros?- o marido a questiona entrando na sala de jantar.

–O filho da Bella e do Ed patéras.- Alice o informa sorridente.

–Filho? Está grávida Bella?-

–Hã... Eu... Eu, não..- começa a negar porém é interrompida por Emmet.

–Bella está gravida? Esta chegando um Cullen pirralhinho?- atordoada a moça fica sem saber o que falar.

–Emmet, tenha mais respeito com meu neto.- a mãe ralha a ele que sorri maroto.

–Nato? Vai ser avó Tia?- Tanya e Kate adentram o cômodo completando a confusão.
As vozes altas se misturam no ambiente deixando a loucura instalada.

–Está vendo agápi̱ mou (meu amor) oque um bebe Cullen faria com a minha família?- o grego sussurra em seu ouvido a deixando com raiva.

Olha em volta da mesa, os familiares. Alice narrando a decoração do quarto e as tendências para bebe, Emmet fazendo planos de levar o sobrinho para assistir lutas, Carlisle todo orgulhoso comentando que finalmente ganhara um herdeiro, enquanto Esme emocionada diz a irmã que finalmente será vovó.

Respira fundo e cobre o rosto com as mãos. Pobre Bebe Cullen.


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Notas finais do capítulo

Confusãooo instalada gentee!!
kkkkk
Vou falar uma coisa viu, tenho leitoras muito inteligentes aqui, fica até difícil responder algumas perguntas, mas... Christye, acho que esse capítulo vai te responder o que me perguntou..
Galeeraaa ée isso aii...
Proximo capítulos vamos desembarcar no México babys...=3
Aguardem porque essa viajem PROMETEEE...rsrs
Beijocas meus amores, atée mais..
='* ='*