P's Melanie

Atlanta - Georgia.

5:45 da manhã.

Estava tão profundo e sem cores, apenas o tom escuro de preto. É assim o meu sono, não, tem um som, um som distante...um som mais agudo agora, Meu telefone!
Desço da cama as pressas, tropeçando nas cobertas e derrubando o que estava em meu caminho, finalmente chego a mesa do meu notbook onde deixei meu Iphone antes de simplesmente cair na cama e desmaiar em meu sono sem sonho, eu realmente estava muito cansada e mal conseguia abrir os olhos direito de tanta exaustão. Leio o nome da tela “ Mel “ .
Carmel é minha melhor amiga a 5 anos, ela é alta seus cabelos são longos e pretos, pele morena e perfeita. Atendo ao telefone.
– Mei! – Tenho que admitir que levei um susto com o grito que ela deu, por deus eu estava quase dormindo , pra que tanta gritaria?
– Oi... – Eu ainda estava com sono, e ela provavelmente percebeu isso.
– Mei acorda! – Diz ela, sua voz ainda estava elevada e aquilo estava me fazendo querer a matar.
– Já acordei! – Era mentira..eu nem estava prestando muita atenção, estava morrendo de sono e só queria voltar para minha amada cama. – É bom mesmo, bem , advinha! – Não sei porque mais ela sempre tinha um “ Adivinha!” para me dizer, e eu não queria adivinhar nada, pelo menos não agora. – Fala logo... – Odiava quando ela me deixava curiosa, porque eu simplesmente não consigo esperar por algo, fico ansiosa e não gosto disso. – Se você não vai adivinhar, então vou contar pessoalmente. – Diz ela. Por isso eu odeio o “Advinha” ele sempre se prolonga me deixando ansiosa. – Então...então porque diabos me acordou!? – As palavras soaram mais altas do que o esperado, acho que gritei exageradamente pois Carmel desligou o celular de imediato. Caminhei até minha cama e deitei nela, mais isso não durou muito tempo pois foi só eu conseguir pegar no sono para o despertador tocar e me acordar novamente. Já eram 6:00 da manhã, preciso me apressar e me trocar para escola. Antes que se perguntem, sim eu sou uma boa aluna tiro notas máximas e desenho muito bem, talvez você me defina como convencida, mais não é isso , a verdade é que sou muito realista, não preciso ficar escondendo o que sei que é verídico. Passando pelo meu quarto um pouco bagunçado, com papeis e livros espalhados em minha escrivaninha e também as coisas que eu havia derrubado, chego ao banheiro,lá posso ver meu rosto sonolento, é, eu realmente precisava de um banho. Depois de soltar meus cabelos longos e tirar a roupa que eu estava usando, vou ao chuveiro, tomo um banho como todos os outros.
Retorno ao meu quarto e vou em direção ao armário, escolho roupas típicas minhas: coturno , calça Jens e uma camiseta da banda Nickelback , que é uma banda Canadense ao qual eu sou apaixonada. Pego também uma jaqueta de couro preta porque podia até não estar tão frio , mais para mim estava porque eu sinto um frio anormal comparado ao das outras pessoas, mais calma , eu não sou uma vampira sexy, apesar de o sangue ter um gosto agradável para mim.
Arrumo meu cabelo com mechas azuis, não demoro muito com isso, pois não preciso me preocupar alarmadamente com ele. Passando pela porta ando pelo pequeno corredor ao qual separava meu quarto do dos meus pais. Bem meus pais, esse é um assunto para se tratar mais tarde...
Pego as chaves do carro e minha bolsa, isso já era o suficiente para ir em direção a porta e trancá-la. Já em meu carro dirijo até a casa da Mel que não ficava tão longe da minha, quer saber também qual é meu carro? Bem, se quer, posso responder que é um Toyota Camry preto, não que isso seja muito importante , certo?

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Buzinei duas vezes para chamar a Mel que mais parecia surda. Vejo ela abrindo a porta e fechando novamente.
– Oi! – disse ela toda animada como sempre, enquanto caminhava até o carro e então entrou se sentando no banco ao meu lado.
– Oi... – a respondi. – Então o que queria me dizer? – Realmente eu estava curiosa.
– Calma apreçada , primeiro vamos passar na Chip’s Burguer. – diz ela com um sorriso no rosto.
– O que vamos fazer lá? – Perguntei , mais eu já sabia a resposta, foi mais para continuar com a conversa.
– Não tomei café. – Bom, como eu já sabia ,pois a Mel havia me dito antes, a mãe dela cozinhava muito mau.
Dirigi até a lanchonete e até lá Carmel não deu um pio se quer e logo já estávamos caminhando até o lado de dentro da lanchonete, que era muito agradável, a luz era baixa e os bancos não eram tipicamente vermelhos mais sim marrons , o lugar trazia um ar antigo e diferente , eu e ela amávamos passar nosso tempo lá , seja para sentar e ler um livro ou seja para simplesmente parar e comer algo. O garçom logo nos atende, ele não era desconhecido pois estudava no mesmo colégio que nós e ele sempre nos atendia quando visitávamos o lugar.
– Yoo meninas! O que vão querer? – pergunta o loiro, ele tinha olhos escuros e seu cabelo era liso com uma franja bem cortada, era bonito mais nada que me chame tanta atenção. -Yoo Tony – diz Mel. Eu fico quieta estava irritada e com sono.
– Não vai falar comigo Mei? – pergunta ele, é eu ia falar com ele sim.
– Ah, desculpa, Bom dia Tony. – Digo sem muita animação.
– Ela esta bem? – diz ele , mais sua pergunta era para Mel e claro referia-se a mim.
– Sim, só esta curiosa. – ela ri com a cara que faço para confirmar.
– Entendi, o que vão querer? – Pergunta Tony , não sei como ele não enjoava de tanto dizer isso.
– Um café com leite por favor. – Pede Carmel.
– Eu vou querer um daqueles cupcakes de morango. – Digo.
– Claro! – diz ele se retirando.
– Então não vai me contar? – olhei em volta, não estava muito cheio , haviam só um casal tomando café na mesa mais a frente, e uma mulher lendo mais lá pra trás, essas horas normalmente não é de ter muita movimentação. Carmel apenas me olhou e esse olhar já foi o suficiente para que eu entendesse o seu “não”, logo Tony aparece com os nossos pedidos.
– Aqui esta meninas. – disse ele, colocando as coisas na mesa e sentando ao nosso lado.
– Não deveria estar trabalhando? – Pergunta Mel o olhando de lado.
– Na verdade acabei por aqui, já estou dispensado para ir a escola, ei vocês souberam que chegaram dois alunos novos na colégio ? – continuo comendo meu cupcake , eu não sabia de nada, mais pela reação de quase cuspir o café nele, ela sabia.
– Não sabia disso. – eu disse, Mel o olhou com a cara fechada , como se o estivesse dizendo para calar a boca, mais se ela tinha uma novidade, provavelmente...
– Não abre a boca Tony. – sussurra ela, mais acontece que eu pude escutar mesmo assim.
– Porque? – perguntou todo assustado.
– Bem, então era isso o que eu deveria ter adivinhado? – falei como se não fosse muito importante, mais é claro que eu estava feliz e aliviada por tirar aquela sensação de curiosidade.
– Era, até uma certa pessoa estragar tudo. – Essa seria com certeza para o coitado do Tony.
– Desculpe. – disse ele se levantando, provavelmente correndo da Mel porque ela não deixaria aquilo acabar assim, e isso é algo que temos em comum, vingança.
– É melhor sumir da minha frente! – disse ela furiosa, eu apenas continuo com meu cupcake.
– Já são 6:40 tenho que ir porque se não chego atrasado. – Disse Tony, já tirando o avental que usava para trabalhar.
– Vai a pé ? – Perguntou Mel, que não deixa nenhum momento seu café de lado. -Não né, vou de skate. – Respondeu ele, pegando seu skate atrás do balcão.
– Você anda de skate? – Ela perguntou tão surpresa que até parecia ser a coisa mais difícil do mundo.
– Sim, e já faz tempo. – Tony pegou sua mochila levando-a até suas costas , logo depois pegou um boné verde que realçava a cor de seu cabelo e o colocou.
– Não quer vir com a gente? – Perguntei.
– É seria legal...ta ok, já que você insiste, eu vou. – Eu não estava insistindo, mais tudo bem. Pagamos a conta e fomos direto para o carro, assim que destravei o alarme Mel e Tony foram correndo para sentar no banco da frente.
– Pode saindo Tony, aqui sento eu! –disse ela o empurrando.
– Você sempre vai na frente, é a primeira vez que entro nesse carro. – disse puxando a porta que estava sendo fechada por Carmel.
– Por isso mesmo, como você disse, eu sempre vou. – Eu pelo menos estava dentro do carro e rapidamente tranquei a porta da frente e abri a de trás. Os dois pararam e olharam diretamente para mim.
– Ou vocês vão a pé, ou no banco de trás. – Falei, mostrando que eles não tinham outra escolha,logo os dois entraram e colocaram o cinto, foram até a escola de caras amarradas, sem dizer nada.- Qual é a sua primeira aula? – perguntou Mel, pegando suas coisas no armário.
– Química , e a sua? –eu realmente gostava da aula de Química e não via a hora de subir para o laboratório.
– Tenho...- Mel não terminou de responder, ela estava com sua atenção inteira para um outro lugar.
– Mel? Mel o que foi?! – ela me olhou em então jogou seu olhar para frente como se estivesse me mandando o fazer também, então eu olhei, e não me arrependi.
Dois morenos altos passavam no corredor, deveriam ser os alunos novos de que Tony falara antes. Um tinha olhos azuis aos quais me chamaram atenção era intenso como o mar e brilhante como um céu bonito num dia de sol, o outro tinha olhos castanhos, lá havia um brilho intenso era um tom que me lembrava Mel.
Mais, o que me impressionou nisso foi que os dois sorriam em nossa direção, sorriam e acenavam, e que sorriso lindo aquele do de olhos azuis. Enfim, eu não os conhecia e não me lembro de ter ouvido a Mel falar deles então porque caminhavam em nossa direção?
– Mel! – disse o de olhos castanhos, certo então eles a conhecia. – Eu não acredito que é você. – Ele a abraçava como um ursinho de pelúcia, que intimidade não? E porque eu não sabia deles?
– Como vocês...ah deixa pra lá – Mel realmente parecia surpresa, mais feliz ao mesmo tempo. - Mad? ...meu deus, como você mudou! – Tá! Ela realmente conhecia eles a muito tempo pelo que vejo.
Fico lá parada de frente ao meu armário, enquanto eles a cumprimentavam. Como vejo que estou sobrando pego minhas coisas para a aula de Química e começo a me direcionar ao laboratório.