Tell Me That You Love Me Anyway escrita por Lola Styles


Capítulo 41
Era um silencio que dizia muitas coisas.


Notas iniciais do capítulo

O que começa bem... (terminem a frase nos comentarios)



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LANA

—Alo? -acordei ja atendendo o telefone.

—Bom dia raio de sol -era Grace. Depois eu a mataria por ter me acordado.

—O que você quer? -perguntei me enfiando debaixo das cobertas.

—Ja falei com o Charles e a Amy, eles adoraram a ideia -a pequena parte de mim que estava raciocinando se empolgou com ela.

—Hum... E ai?

—Ih... Parece que alguém acordou de mal humor.

—Não, continua, eu to -bocejei -interessada.

—Tudo beeeem -ela cantarolou -Domingo, o próximo, que é o dia do aniversario dele, so pra lembrar, você vai tira-lo de casa e eu vou arrumar tudo e chamar alguns amigos. E depois, é claro, você trás ele de volta.

—Você ficou com a parte fácil e eu com... -não completei a frase.

—Eu sei que você completaria essa frase com -ela mudou a voz -"a parte bonita".

—Vai cagar -ela riu.

—Pode negar, Lana, mas eu sei -virei os olhos -Acabou de fazer careta, não foi?

—Não, tecnicamente eu não fiz careta.

—Aham, me engana que eu gosto.

—Tchau, Grace, muito obrigada por ter me acordado essa hora.

—Beijooos gata, e calma ai, são so sete e meia, aproveita e vê o nascer do sol -ela riu e eu desliguei.

Eu não conseguiria voltar a dormir de novo, então nada melhor que comer alguma coisa.
Desci as escadas e parecia que estava tendo uma festa na casa! Como eu não tinha acordado antes? Minhas varias tias, meus primos, pessoas que eu não conhecia, tinha um carnaval na sala. E eu la, so de pijama.

Comecei a andar em direção a cozinha e me esbarrei em alguém. Típico de uma menina de pijama tentando esconder a bagunça que estava seu cabelo.

—Desculpa, Nick -sorri ao ver que era ele, pelo menos.

—A culpa foi minha -ele disse meio rápido -O que cê ta fazendo aqui? Quer dizer, caiu da cama? -riu.

—Grace me ligou um pouco cedo demais -fiz careta.

—Ta com fome? -anui e ele começou a me guiar ate a sala de jantar.

—Ue, por que pra ca? -me virei pra ele.

—La na cozinha ta a maior bagunça -ele soou cansado.

—O que todo mundo resolveu fazer aqui hoje? É domingo, pelo amor de Deus.

—E-eu não sei -levantou os ombros -Acordei a uns 10 minutos e ainda to tentando entender.

—Ai meu Deus -passei as mãos no rosto e ri -Ja ate imagino.

—Imagina o que? -ele falou rápido, mais uma vez.

—Ah, sei la -olhei pra porta -Minha mãe deve estar aprontando alguma coisa.

—Deve mesmo -riu -Ela não para quieta!

Eeeeita, será que era pro aniversario dele?! Droga! Ele não devia ter acordado cedo! E agora? Pensa, Lana, bola um plano!

—Ja tomou cafe da manha? -perguntei, ele pareceu pensar ou ficar confuso, não sei.

—Na-nao, nao ainda. Mas eu pego alguma coisa la na cozinha e nós dois... -o interrompi.

—Quer sair daqui? Quer dizer, tomar cafe da manha em algum lugar? -ele sorriu.

—Claro. Te encontro na porta da frente em 10 minutos, beleza?

—Hm... 15?!

—Tudo bem -ele sorriu e eu dei um beijo em sua bochecha. Eu não sei porque eu fiz isso, mas me senti radiante. É, talvez agora eu demorasse 10 minutos...

NICK

—E então, pra onde? -perguntei assim que entramos no carro.

—Vamos na Dunkin Donuts? To morrendo de vontade de comer la.

—Pra você, qualquer coisa -ela sorriu e eu dei a partida.

—Sabe -ela começou -Eu tava pensando... Seu aniversário ja ta chegando...

—To ficando velhinho -admiti.

—E como você vai querer comemorar?

—Se tiver bolo não precisa ter mais nada -ela riu.

—Ah, que fácil. Ta bom.

—Ei! -empurrei seu ombro -Eu tava sendo modesto. Quero bolo, quero festa, quero balão, quero presente -gargalhou.

—Tudo bem! Eu te compro um bolo, faço uma festa, compro seus balões e ate presente eu te dou -a olhei pelo canto do olho.

—Se eu não te conhecesse diria que você tá muito boazinha. To ate estranhando...

—Ah, qual é! E se eu não te conhecesse diria que você...

—Está fantasticamente mais bonito hoje?

—Não -virou os olhos -Eu diria que você ate que esta legal pra alguém que foi acordado no domingo de manha.

—Por favor, eu sou um poço de coisas legais.

LANA

—Com certeza! -eu disse fazendo ele rir -Se tem uma coisa que você é, é um poço de coisas legais.

Continuamos o resto do caminho em silencio, só ouvindo a musica. Não era um silencio ruim, era agradável, tranquilo. Era um silencio que dizia muitas coisas.

—Chegamos -ele disse desligando o motor -Vamos encher nossas barrigas de Donuts.

—Eu sou apaixonada... -comecei descendo do carro -Muito apaixonada mesmo...

—Por mim? -ele me interrompeu. Tenho certeza que devo ter ficado da cor de um tomate.

—Por esse lugar -ele fez cara triste -Vai dizer que você não é? -entrei.

—Sou por outra coisa -ele murmurou mas eu pude ouvir.

Assim, compramos nosso café da manha e em vez de comermos la mesmo, ele teve a ideia de irmos ate o píer e comer por la.

—Por que? -perguntei.

—Ah, amor, porque la é tão bonito -FOQUEI NO "AMOR" -Da pra ver o Big Bang, o London Eye. É um lugar agradável pra tomar cafe da manha.

Eu acabei topando. É claro.

NICK

—Então... -ela disse depois de nos sentarmos -Ta ansioso pro seu aniversario?

—Na verdade, não -fiz uma careta. Seu sorriso sumiu -Quer dizer, ate to mas...

—Eu ja entendi -ela completou.

—Entendeu o que? -tomei um gole do café.

—Você vai fazer dezoito anos, cara -seus olhos brilhavam

—Aposto que está com medo que agora a policia possa te prender.

—A policia é fraca demais pra mim -a olhei.

—Bobo -me empurrou com o ombro.

—To falando serio! Eles não são páreo para Nicolas Winchester.

—Nick -ela me olhou como se estivesse prendendo o riso, tentando ser seria.

—Lana.

LANA

—Nick -tentei ficar seria.

—Lana -ele olhou pra mim. Que olhos, meu Deus...

—Não viaja -olhei pra frente. E quando ele respondeu, percebi que tinha falado alto demais! Mas era um conselho pra mim, eu devia parar de olhar para aqueles olhos, se não...

—Chata -ele riu.

—E mesmo assim você me trouxe pro píer.

—É porque você é uma chata sem a qual eu não consigo viver -sorri instantaneamente.

Mas, como a vida nao é um mar de rosas, principalmente a minha, teve que ter, alguma coisa pra atrapalhar, ou melhor, alguma alguem.

—Nini? -o olhei e nós dois viramos em direção a voz.

—Lorany? 

—Ai, Nini! -ela pulou no pescoço dele. E ele estava sentado! 

—Tudo... Tudo bem? -ele perguntou enquanto se livrava dos braços dela. Eu observava a cena paralisada. 

—Claro, tudo bem, e com voce, bonitinho? 

—Eu to... é... to bem -ele estava meio desconcertado, parecia que nao acreditava que ela estava ali. Bom, eu nao acreditava mesmo. Ate ela virar pra mim e abrir a boca.

—Lara, ne? -eu nunca passei a odiar uma pessoa tão rápido. Nem a Selena foi rapido assim.

—Lana -forcei um sorriso -Tudo bom?

—Tudo, tudo maravilhoso -ela pareceu se dar conta da situação -Opa, eu nao estou atrapalhando, estou? Está rolando alguma coisa...? -ela trocava os olhares entre nós dois. Mas eu nao conseguia olhar pra ele, e sabia que ele nao olhava pra mim.

 

—Não, claro que não -falei primeiro -Somos so amigos -me levantei. 

—Como assim voce é so amiga desse gatinho aqui? -ela apertou as bochechas dele -Nunca rolou nada? Nem ficou tentada a experimentar esse... -a interrompi.

—Nós somos irmãos -pigarreei -Postiços, mas irmãos.

—Ah sim, claro -ela se levantou acompanhada dele -Entao você deixa eu roubar ele um pouquinho? Por favor? 

—Claro, fiquem a vontade -ainda não trocavamos olhares.

—Não quer que eu te leve pra casa? -ele perguntou evitando me olhar. Pelo amor de Deus, Nicolas! 

—Não, eu vou sozinha, tudo bem -peguei as coisas que eu tinha deixado no chão. 

—Lana...

—Ja disse que tudo bem -tentei soar despreocupada mas acho que fui grossa.

—Aiiii obrigada! Você é a melhor cunhada de todas -ela abriu a boca de novo -Prometo que vou cuidar bem dele. 

—Não se esforce tanto -cochichei -Então tudo bem, eu ja vou indo.

E antes mesmo de eu me afastar, ela o beijou.

A sacola e o café cairam da minha mão de uma vez no chão! Ah, e o meu queixo também. 

É, perdi uma coisa importante hoje. Adeus, café. 


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Notas finais do capítulo

EEEEITAAAAAAA



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