POV Thalia.

Quando acordei eu era abraçada por braços fortes e ouvia um choro baixinho no meu ouvido. Soluços sofridos e que me cortavam o coração, meus braços estavam banhados em sangue e doiam um pouco mais eu o abracei ignorando a dor aguda que atravessou meu corpo quando meus braços roçaram em suas costas.

Ele chorou em meus braços por mais um tempo e finalmente falou:

–Prometa que nunca mais vai fazer isso Lia, eu preciso que prometa, por favor... -ele afastou o rosto e me olhou nos olhos, sem soltar nosso abraço.

Estar nos seus braços me fazia esquecer todo o mundo ao meu redor, todo o sofrimento e dor desaparecia, tudo que eu sentia era amor e carinho, tudo o que eu queria era beija-lo e abraça-lo até o ultimo dia de minha vida, queria dormir ao seu lado e acordar em seus braços.

–Eu... eu não posso Luke... eu não sei se consigo...

Ele pegou em meus braços machucados me causando dor, mais eu sabia que ele não estava fazendo isso de propósito, eu via em seus olhos que esse foi um movimento inocente, felizmente eu o conhecia mais que a mim mesma.

Deixei um gemido de dor quando ele apertou um pouco mais forte:

–Me... me desculpe meu anjo... -ele beijou minha testa e acariciou minha barriga um pouco protuberante.

–Tudo bem...

Ele olhou em meus olhos e aproximou nossos rostos e roçou nossos narizes:

–Por mim Lia, jure por mim que não vai fazer mais isso... eu não posso suportar saber que você está sofrendo em silencio de novo, não posso deixar o canalha que fez isso com você vencer. Esqueça-o, lembre-se somente de mim, de nós, de nossos momentos felizes; de nossas aventuras. Lembre-se da Annie. Por favor, não faça mais isso...

–Eu... eu juro, juro pelo rio Estige.

Ele beijou minha testa novamente e acariciou meu rosto. Enxuguei todas as suas lagrimas e ele beijou minha mão que se mantinha fazendo carinho em seu belo rosto enquanto meu polegar contornava sua cicatriz sexy.

Luke se levantou e foi pegar algumas coisas na enfermaria. Ele voltou com esparadrapos, algodão, faixas e um pouco de álcool pra limpar meus braços.

Ele limpou todas os cortes com carinho, mais mesmo assim ardeu um pouco. Quando acabou ele deixou tudo de lado, pegou minhas mãos e se abaixou.

Ele beijou todas as cicatrizes e cortes, depois subiu minha camiseta, beijou minha barriga e disse:

–Hey bebê, eu sei que não me conhece, mais não importa o que aconteça, não importa se eu não sou seu pai de verdade, mais eu vou te tratar como se fosse ok, eu prometo cuidar de você e da sua mão ok?

E então ele sussurrou algo que eu não pude ouvir. Mas não dei importância, eu ja chorava apenas com aquelas lindas palavras, ele se preocupava comigo e com meu bebê.

Ele olhou em meus olhos ainda acariciando minha barriga e me perguntou o que houve pra eu estar chorando, somente respondi:

–Eu simplesmente não sei por que eu sou tão especial pra você Luke...

Ele respirou fundo e se aproximou novamente. Nossos narizes se tocando, nossos lábios a centimetros um do outro:

–Talvez porque eu te ame... -é claro, como amiga eu sei completei mentalmente.

–Eu também te amo Luke, você é meu melhor amigo.

–Você não entendeu Lia, eu não te amo como amigo, nunca senti somente amizade por você, na primeira vez que te vi percebi que você seria mais que uma amiga na minha vida, eu me apaixonei de primeira Thalia. Eu sou completamente apaixonado pro você desde que esbarramos a mais de 10 anos atrás, e o tempo só contribuiu pra que eu te amasse ainda mais, quando você vai perceber isso?

Deuses, ele me amava, do mesmo modo que eu o amava, isso era surreal!

–Só quando você perceber que eu também te amo...

Ele sorriu, um sorriso lindo, o meu sorriso, o sorriso mais perfeito que eu ja vi em toda a minha vida. E então ele acariciou meu rosto e colou nossos labios.

Um singelo selinho, que se tornou um beijo carinhoso e apaixonado quando ele passou a lingua por meu labio inferior. Permiti a passagem e levei minhas mãos ao seu cabelo aproveitando o meu primeiro beijo, o nosso primeiro beijo.

Separamos o beijo com pequenos selinhos:

–Por favor, me diga que não estou sonhando e quando abrir os olhos será somente meu travesseiro...- sussurrei

–Talvez isso ajude a descobrir.

E então ele me beijou novamente.

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