A Feiticeira escrita por rkaoril
XLVII
SABRINA
SABRINA E SEUS COMPANHEIROS chegaram no Acampamento Romano no momento em que tudo estava explodindo. Os gregos desceram a montanha e tiveram muitos problemas até que Sabrina pudesse chegar aos pretores – como monstros no meio do caminho. Foi um caos até que ela encontrasse Catherine – ela se mantinha atrás de um forte em Nova Roma usando a névoa para fazer lança chamas e queimar monstros até a morte, assim como criar alçapões e balas de canhão.
– Catherine! – disse Sabrina, correndo pra ela. Catherine a olhou com espanto.
– Sabrina o que você está fazendo aqui?
– Eu vim... – ela disse, respirando com dificuldade – ...com o meu acampamento... ajudar vocês. – Catherine parecia lisonjeada.
– Bem – ela disse, ondulando a névoa para fazer um escudo de última hora, impedindo uma flecha surpresa que irrompeu em seu forte – obrigado.
Os Romanos tiveram que correr até Nova Roma – ou seja, a coisa estava feia. Os postos militares estavam completamente destruídos. A principia era um monte de entulhos. Sabrina imaginou como eles estavam se protegendo até ali. Ela viu que alguns dos soldados estavam guiando filas enormes de pessoas para os subterrâneos, a maioria parecia assustado, desesperado ou lunático. Crianças se agarravam nas pernas de suas mães e pais. Alguns levavam enormes malas.
O exército a sua frente era de todos os tipos de monstros. A frente era de cães infernais, mais atrás Sabrina via coisas gigantescas que preferia não nomear.
– Não tínhamos muitos campistas. – disse Sabrina, gesticulando para o pessoal de camiseta laranja que veio com ela – Mas pode ajudar?
– Sim, com certeza. – disse Catherine. Ela e Sabrina discutiram sobre algumas coisas sobre a luta, decidiram que era melhor deixar os gregos e romanos em ataques separados, uma vez que Romanos usavam diferentes técnicas de batalha.
No meio de sua conversa, um vulto irrompeu entre elas e Sabrina viu John abraçando Catherine.
Catherine arregalou os olhos, mas quando reconheceu os fechou em alívio e o abraçou de volta. Johnathan recuou.
– Eu senti sua falta – ele disse. Catherine sorriu.
– Eu também.
Sabrina estava prestes a vomitar arco-íris, mas tinha que os impedir.
– Oi? Está acontecendo uma guerra aqui?
Um barulho ensurdecedor irrompeu em Nova Roma. Sabrina quase caiu para os seus joelhos, Johnathan tapou os ouvidos e apertou os olhos. Catherine parecia inabalável. Ela arregalou os olhos quando notou qual era o problema.
– S-sabrina. – ela gaguejou e então apontou para um monstro enorme, esguio e feito de escamas.
Era quase igual ao dragão de ferro estígio que Sabrina tinha visto Elizabeth enfrentar quando chegaram no acampamento – a diferença? Esse era real. Esse tinha escamas do tamanho de Sabrina e esse se arrastava pelo acampamento destruindo tudo ao seu redor. Esse cuspia ácido e fogo.
Sabrina olhou ao redor, todos estavam apavorados. Ela então tocou o ombro de Catherine.
– Eu vou enfrenta-lo. – Catherine arregalou os olhos pra ela.
– Sozinha?
– Alguém tem que fazer alguma coisa.
Sabrina correu em direção à batalha que a legião travava contra os monstros e agora o drakon. Enquanto corria, ela percebeu que Theo, o pretor, gritava os comandos aos legionários. Ela tinha que reconhecer que a legião era boa - mas não era boa o bastante: o drakon avançava sem qualquer parada, forçando os legionários a o deixar passar sem interferir na luta.
Quando estava se aproximando, Sabrina desdobrou sua lâmina em um escudo e bateu com o cabo da adaga nele.
– Eu largatixa! – ela gritou, fazendo o drakon parar de correr na direção de Nova Roma e focando nela.
Ótimo, o que ela faria agora?
Sabrina desviou tanto quanto pode dos golpes do drakon - era a primeira luta desde Ortros e seu braço voltara a doer. Além disso, outros monstros decidiram focar nela.
Ela ouviu alguém pisar ao lado dela e reconheceu David.
– Um draco deve ser morto por um filho de Marte – ele pôs a lança em posição, ela chious e avermelhou com calor – vamos lá, filha de Atena.
Sabrina sorriu pra ele e ficou costas-a-costas com o filho de Marte.
– Plano? – ele perguntou enquanto spartois tentavam os atacar.
– É claro – ela disse, parando para acertar um dos monstros esqueleto direto no coração – eu distraio, você o tosta.
– Parece um bom plano.
Sabrina não sabia exatamente como lutar com uma maça, mas guardou a adaga e transformou o escudo em uma. Devia ter algo com filhos de Atena terem a ver com combate, pois ela girou a maça e quase quebrou os pés do drakon.
Sabrina quase foi desintegrada, derretida, pisoteada, corroída por ácido, devorada e acertada pela própria arma – mas quando ela esmagou os pés dianteiros do drakon e David apareceu do nada em ceu pescoço e enfiou o ouro quente na base da nuca do monstro, ela soube que valia a pena.
O drakon virou pó e David caiu no chão. Sabrina ouviu gritos e então olhou para a colina – milhões de monstros desciam gritando por sangue.
– Droga! – ela disse – Nunca venceremos com esses números!
Sabrina olhou para trás e viu John, Catherine e os gregos e romanos que não estavam lutando. Ela reconheceu Clarissa preparando o arco, Raphael brandindo sua espada e mais outros campistas.
– Não importa. – disse Johnathan. Sua espada tinha se tornado uma lança e Sabrina sentiu vento frio e o céu da noite trovoar acima dela.
As mãos de Catherine ondulavam com a névoa.
– Hora de um pouco de diversão.
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Pra quem não sabe, draco é drakon em latim, então se David ia chamar o bicho ia ser de draco.