A Feiticeira escrita por rkaoril


Capítulo 40
Ortros e o Abismo


Notas iniciais do capítulo

EU COMPREI UMA CAMISETA DO AC/DC! :DDDD



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XL

SABRINA

SABRINA TINHA QUE PENSAR. Em primeiro lugar, ela tinha que encontrar um jeito de passar pelo abismo entre o túnel e a plataforma onde o velocino estava, e depois tinha que descobrir um jeito de chegar na plataforma sem que o cão infernal – que ela tinha reconhecido como Ortros – os matassem no segundo em que pisassem nela.

Ela se sentou no chão e pensou. Ótimo, onde estava uma bruxa quando precisava dela? Ela tinha certeza que Elizabeth poderia fazer uma ponte para a plataforma em poucos segundos. Ela mandou o pensamento longe, principalmente por que isso a fez se preocupar e se sentir ainda mais culpada por deixar Elizabeth ir sozinha – sabia que às vezes parecia ter uma preferencia por Suzana sem querer, e deixar a garota ir sozinha numa missão no submundo estava cada vez mais pesando em sua consciência.

Ela bateu em sua cabeça e se forçou a pensar. Ok, ok, oque eu posso fazer que possa se tornar uma ponte? – ela pensou com sigo mesma. Então seus pensamentos foram vagando, e várias ideias aleatórias se juntaram em sua cabeça, como vários conceitos de uma mesma equação para formar um plano.

Ela se levantou, tinha uma ideia – uma ideia pobre, mas uma ideia.
– Certo – ela olhou para Suzana e Johnathan, que pareciam manter a expectativa nela – vamos fazer o seguinte: Johnathan e eu iremos voar juntos, e eu espero que você me ajude nisso John, para a plataforma e iremos distrair o cão, talvez até arremessá-lo pelo penhasco enquanto Suzana fica aqui e espera um momento oportuno. Quando for seguro, ou tão seguro quanto puder ser, você usa sua superforça muscular para pular para a plataforma e pega o velocino, só para pular de volta pra cá tão rápido quanto possível. Assim que você estiver desse lado com o velocino, nós iremos pular de volta e deixar o cão pastando enquanto fugimos e tentamos sair daqui. – eles pareceram concordar.
– Cães não pastam – disse John – mas me parece um bom plano.
– Não é bom – disse Sabrina – é só o único.

Ela assentiu para eles, prontos para colocar o plano em prática. Johnathan a pegou gentilmente pela cintura e deslizou com os ventos até a plataforma. Sabrina podia dizer que o cão infernal não estava nada contente com aquilo. Ele rosnou e avançou direto para eles, fazendo com que se jogassem em direção opostas. Infelizmente, Sabrina quase caísse pelo penhasco. Ela grasnou e se arrastou um pouco para longe, até que sentiu algo molhado cair em seu braço.

Ela virou para trás, um nojento (e enorme) pingo de baba deslizava de uma das bocas do cão infernal para em cima dela. Sabrina gritou e tentou enfiar a adaga em um dos pescoços do bicho, mas ele apenas rosnou e avançou para o braço dela, mordendo-o com força.

Sabrina sentiu o braço se rasgar debaixo da boca do cão infernal. Ela gritou enquanto tentava pegar a adaga com outra mão, mas então John apareceu atrás de Ortros e deu um golpe que deveria ser fatal em suas costas.

Apenas funcionou para que ele largasse o braço de Sabrina e latisse com as duas bocas para Johnathan, fazendo com que ele recuasse.

Sabrina aproveitou a oportunidade para tentar se arrastar para longe, tentando estancar o sangramento em seu braço que estava realmente péssimo. O sangue fez uma trilha no chão enquanto ela se arrastava para longe. Então ela viu que John estava realmente tendo problemas com as duas cabeças do cão infernal e se obrigou a levantar.

Ela seria inútil com o braço direito estraçalhado, então ela se forçou a pegar um dos pedacinhos de ambrósia que guardava no bolço e mastigar com força. Ela se surpreendeu quando sentiu o gosto dos biscoitos que seu pai fazia nas tardes, aquilo enviou calor por seu corpo e o braço parou de sangrar e doer. Ela comeu mais um, para curar o sangramento de vez e pegou a adaga correndo na direção da segunda cabeça.

Ela achou demais como tinha bons reflexos de luta corpo-a-corpo (talvez coisa dos filhos de Atena), não era muito forte, mas sentia que sabia exatamente onde atacar para provocar mais dor ou machucar mais. Ela desviou de mordidas, deu rolinhos e quase deu um encontrão em Johnathan, mas no momento no qual ela quase degolou o monstro ela teve algum tempo para se afastar junto com Johnathan.
– Esse bicho não morre. – disse ele. Sabrina estava prestes a sugerir retirada estratégia quando Suzana gritou do outro lado do penhasco, já no túnel.
– Eu peguei! – ela balançou o velocino dourado com alegria.

Sabrina e John se surpreenderam tanto quanto Ortros. O cachorro rosnou tão alto que Sabrina quase caiu em seus joelhos. Ela pegou a mão de Johnathan e saiu correndo na direção do abismo, apenas para pular de mal jeito, John chamar os ventos mal-porcamente e fazer com que eles batesse contra o chão do túnel.

Suzana os ajudou a subir para o túnel enquanto Ortros explodia os próprios pulmões. Quando estavam de pé, Suzana deu um grito.
– Johnathan sua barriga!

Johnathan – que só então Sabrina notara a palidez – olhou para baixo e viu que seu casaco cinza estava vermelho na frente e que estava pingando por tudo. Ele fez uma cara feia até que Sabrina pegasse o Velocino de Suzana e colocasse ao redor dos ombros dele.
– Você vai melhorar com isso – ela disse – vamos sair daqui.

Eles mal saíram do túnel quando algo bateu na cabeça de Sabrina.


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