Ninguém está pronto para a vida escrita por Kori Hime


Capítulo 13
Ninguém está pronto para: Aventuras nos esgotos


Notas iniciais do capítulo

Sujeira, ew. Quem está pronto para isso?
Na capa: Hydra.



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Todos que estão lendo essa narrativa emocionante sabe que as missões são feitas em trio. Vocês sabem o motivo, certo?

Um semideus incomoda muito monstro, dois semideuses incomodam muito mais, três semideuses incomodam muitos monstros, quatro semideuses incomodam, incomodam, incomodam muito mais.

Imaginem então dois dos filhos dos três grandes. Uma poderosa filha de Afrodite. O único semideus que manipula fogo. Um filho de Ares e o filho mais descolado de Atena?

Seis semideuses podem destruir um bairro inteiro, no caso dessas crianças, afundar o sistema metroviário de New York.

Drew Tanaka sacou suas adagas especiais de dentro das botas. Ela correu na direção da Hydra que tirava um cochilo. Saltou agilmente, como fazia em suas competições de ginástica. Caiu em pé sobre um cano que poderia ser comparado com as barras de ferro, sua especialidade. Enfiou as adagas nos canos, torcendo para não serem algo como gás ou esgoto. Ela precisava apenas atravessar aquele cano e abrir a passagem do esgoto. Tudo isso, de preferência, sem acordar a Hydra.

Percy não queria apressá-la, mas as Harpias estavam muito perto agora e assim que os alcançasse, iria esganiçar até acordar o bichinho que cochilava. E daí, bye bye.

— Muito bem, Dedee. Você está quase lá. — Ele tentou incentivá-la.

— Cala a boca Jackson. — Ela não estava precisando de nenhum incentivo. Assim que Drew alcançou a passagem, ela cortou a fechadura e enfiou as adagas de volta no compartimento dentro das botas.

Ótimo. Ela abriu a passagem, as harpias se aproximavam, os meninos lá embaixo estavam escalando a Hydra com cuidado para não a acordar. Estava indo tudo de acordo com o plano. Mas é claro que sempre que um plano está dando certo, alguma coisa dá errado.

Ah! Você não acredita nisso? Então leia mais livros.

Drew segurou as mãos de Nico para ajudá-lo subir pelas costas da Hydra. Ela calculou que poderiam estar embaixo da Clinton Street. Alex e Leo subiram pelo outro lado, enquanto Percy e Dante vinham por último. Percy arremessou o livro para Drew, que o segurou.

— Vai, subam logo. — Ele ordenou, olhando para trás. As harpias chegaram no instante seguinte, fazendo grunhidos irritantes. — Façam o que mandei.

Percy e Dante trocaram olhares sérios.

— Não! Segure a minha mão. — Nico exigiu para Percy, estendendo sua mão para o namorado.

— Eu vou ficar bem. — Prometeu, dando um sorriso leve e, logo em seguida, falou sério para Drew. — Leva ele daqui, agora.

Drew segurou o braço de Nico, imobilizando-o com facilidade, tão magrinho que era. Ela deu uma última olhada na direção de Dante, mas nada disse, e então virou-se, puxando Nico contra sua vontade. A última coisa que viram foi uma verdadeira explosão dos canos da tubulação e a água espalhar-se. As harpias gritavam e a Hydra foi despertada. As paredes do esgoto tremeram ao som da besta.

A explosão da água causou um abalo maior do que Percy planejou. Se é que ele planejou isso.

Os quatro semideuses que corriam para fugir da Hydra subiram uma escadinha de metal. Leo e Alex removeram a tampa de ferro e saíram do buraco de esgoto. O filho de Atena esticou a mão para ajudar Drew e depois Nico.

— Você o largou lá para morrer! — Nico encarou Drew, com seus olhos negros tremeluzindo. A loucura estava estampada em seu rosto magro e pálido. Seu corpo contraía-se e o chão tremia ao seu redor, formando um círculo de aura negra.

— Ele não vai morrer, filho de Hades. — Drew deu de ombros. — Controle suas emoções antes que destrua todos nós. Onde estão as poções?

— No meu cinto. — Leo respondeu, preocupado com os amigos que ficaram para trás, mas também preocupado em onde eles estavam agora. Olhou em volta e encontrou as paredes de aço, o lugar parecia protegido e frio.

— Então me dá logo. — Drew pegou as pequenas garrafas com as poções.

— Isso não é hora de brincar de química. — Nico gritou amargurado, seus pés pisavam em um chão amolecido, como se ele estivesse derretendo em lodo negro. — O que você pensa que está fazendo?

— Estou fazendo o que deveria ter feito tempos atrás. — Ela caiu sentada no chão, com suas pernas dobradas, o vestido estava sujo e rasgado, mas a filha de Afrodite não precisa preocupada com a aparência naquele momento. — Nunca mais irei controlar a vida de outra pessoa.

— Drew! O que você vai fazer? — Alex sentou ao lado dela, tocando em seu ombro. O rapaz não obteve resposta, ele apenas viu as garrafas das poções esvaziarem e uma bolha colorida flutuar diante de seus olhos. Ela estourou e os resquícios que respingaram pareceu queimar quando tocou sua pele.

Drew se levantou e ordenou que Leo queimasse o livro das harpias.

— Tem certeza?

— Sim. Queime-o rápido, antes que eu mude de ideia.

Leo ateou fogo na capa dura, mas parecia que o livro possuía alguma proteção, pois as chamas se apagaram logo em seguida.

— Algo o protege. — Alex pegou o livro, mas ele estava muito quente, acabou deixando cair no chão. — O que tem nesse livro?

— As poções mais antigas que você pode imaginar. — Drew avaliou o livro no chão. — O único exemplar deste livro foi destruído junto com a biblioteca de Alexandria.

— Isso é incrível. — Alex olhou maravilhado, seu sangue por parte de mãe fervia em suas veias desejando por conhecimento. — Precisamos levá-lo para um lugar seguro.

— Certo, meu herói. Você cuida do livro. — Drew apontou para Alex, depois olhou por cima dos ombros para Leo. — E você, dê um jeito de nos tirar daqui.

— Sim senhora. — Leo bateu continência e procurou uma ferramenta em seu cinto. Tirou de lá de dentro um maçarico, mas não resolveu nada. A parede era dura como diamante. Marreta, alicate, dinamite. Nada abria um mísero buraco na parede.

Drew esfregou a mãos, estava com frio. Ela sentiu o chão tremer, mas isso não parecia coisa de Percy ou Dante. Havia algo demoníaco no ar. E quando olhou para trás, teve a certeza disso. Nico estava imerso em uma aura negra e o chão derretido aos seus pés.

Alex tentou conversar com ele, mas Nico não estava mais ali.

As coisas poderiam ficar pior? Sim, poderiam.

Os canos dos túneis subterrâneos não estavam mais aguentando a pressão e estouraram todos de uma vez só. Uma Hydra de cinco metros de altura, com três cabeças tomou conta de todo o espaço em que os meio-sangues estavam. Drew rolou pelo chão e caiu próximo da parede, onde bateu a cabeça com força e desmaiou. Do outro lado, Alex segurou Léo para que ele não caísse no buraco de onde a Hydra veio. Nico estava ainda inconsciente com seus mortos surgindo do pouco chão que restou após aquela explosão.

Em cima da Hydra estavam Percy e Dante. Percy Jackson escorregou pela cabeça número dois, como se estivesse em um escorregador do playground. Desesperado com a cena, ele afastou os mortos e segurou as mãos de Nico, pedindo para ele se controlar.

Os olhos de Nico se abriram, mas ele parecia imerso em um mundo paralelo. Percy o abraçou, sentindo seu corpo todo endurecer e esfriar com toda aquela aura negra.

— Acorda! Acorda. — Percy implorou, tocando o rosto gelado de Nico. — Vamos, não me deixa. Você não pode fazer isso, Sr. Eficaz. — Ele riu nervosamente conforme o corpo de Nico caía no chão e os mortos voltavam para seu lugar. — É, isso mesmo. Você não ficará livre de mim tão cedo.

Nico abriu os olhos e encarou Percy. Ele tentou se desculpar, mas Percy o calou com um beijo. Depois ajudou-o se levantar, mas Nico não estava se sentindo bem o suficiente para ficar em pé, por isso usou Percy como apoio. Foi um descontrole, apenas isso. Percy repetia para si mesmo que aquilo não era nada grave. Embora parecesse uma grande mentira.

— E agora? — Percy avaliou a parede e depois os amigos. A Hydra havia retornado para os esgotos por uma ordem de Dante. Ficou explicado quem domou a fera ali. — Valdez?

— Não consegui quebrar a parede. — Leo lamentou. — Mas já estou trabalhando nisso. Alex está lendo o livro das Harpias e talvez ele encontre um feitiço que abra portas ou crie um buraco nessa parede dura.

— Certo! Isso é bom. Porque eu sugiro não voltar para os esgotos. Vocês não vão querer saber o que tem lá embaixo... — Percy comentou baixinho e depois mudou de assunto, para não causar mais pânico. Perguntou para Drew se ela estava bem, mas foi ignorando.

Dante estava ajudando-a se levantar do chão, seu salto direito quebrado e os cabelos um ninho de mafagafos. O vestido rasgado mostrava suas coxas, e até um pouco mais do que não devia, só que ninguém ali se atreveu olhar por muito tempo, até porque, Dante tirou sua camisa de flanela e fez Drew vestir. A camisa era maior que o vestido, então tampava bastante coisa.

Ok, era melhor parar de olhar, ou o casal ternura iria se sentir acuados.

— Encontrei algo útil. — Alex se levantou, segurando o livro pesado nas mãos. — Parece um feitiço de desmaterializar. — Ele falou algumas palavras em grego e encostou na parede, sua mão transpassou a parede e retornou. — É, acho que funciona.

Leo comemorou e por isso Alex selecionou-o como cobaia.

— Porque eu? — Ele perguntou desanimado. — E se meu corpo não passar por inteiro e eu ficar preso nessa parede?

— Vamos descobrir já, já. — Alex e Leo estavam de frente a parede. O filho de Atena olhou para o lado. — Está pronto?

— Não.

— Ótimo. — Ele repetiu a frase do livro, tomando cuidado para não cometer nenhum erro, ou faria Leo se materializar na Irlanda. — Vai.

Leo esticou o braço e colocou primeiro o dedo na parede. Ele sumiu, depois a mão, o braço e uma perna. Ficou uma imagem bem bizarra, metade de Leo Valdez para lá e outra para cá.

— Olha só, meio eu. — Ele deu uma risadinha e saltou de vez para o outro lado. Depois retornou, só a cabeça, para onde Alex e os outros estavam. — Podem vir, está tranquilo.

Drew foi logo em seguida, depois Dante. Percy e Nico foram juntos e por último, Alex. Assim que todos se reuniram do outro lado, eles olharam ao redor e acharam o local familiar. Era grande e o chão de mármore. A decoração bem elegante com algumas poltronas e mesas espalhadas. Uma estátua grega no meio do salão principal e uma fonte próximo as portas de vidro que davam para a Clinton Street.

— Eu... eu conheço esse lugar. — Percy ajudou Nico sentar em uma das poltronas. — Estive aqui já. — Ele deu uma voltinha e então seu coração parou por um instante.

Drew já estava com seus olhinhos arregalados, ela também reconhecia aquele lugar. E logo depois Leo também reconheceu aquele enorme lugar frio e vazio.

— É o Banco Grego! — Ele exclamou. — Nós estamos no Banco Grego? Tantos lugares para se materializar, viemos parar em um banco? — Leo virou-se para Alex. — Qual o seu problema?

— A culpa não é minha. — Alex se defendeu. — Como eu iria saber que essa parede era de um banco?

— Como nós somos tão burros? — Leo caminhava de um lado para o outro. — É claro. A parede protegida. Só poderia ser de um banco. Vamos ser presos por invadir um banco. Pior, jogados para os leões. Literalmente.

— Fala baixo. — Percy ordenou e abaixou-se, todos fizeram o mesmo. — É o segurança.

— É? E o que é? — Alex engatinhou pelo chão, para conseguir uma visão melhor do que vinha andando pelo corredor.

— Um minotauro. — Drew também estava deitada no chão ao lado de Dante. Ela não disse nada, mas estava sentindo uma dor lancinante na cabeça devido a batida na parede. — Precisamos sair sem causar nenhuma confusão. Ou a previsão do Valdez vai se tornar realidade.

— As câmeras de segurança vão nos gravar. — Leo tirou de dentro de seu cinto o laptop. — Vou enviar um sinal para dar interferência, assim não saberão que somos nós. — Ele digitava rapidamente. — Quem sabe consigam capturar um ou dois. Então faremos um juramento aqui de que ninguém vai entregar ninguém.

Deitado na poltrona, Nico sabia que poderia ajudar os amigos, embora estivesse fraco por ter perdido o controle. Estava se sentindo inútil por ter causado problemas e queria contornar a situação.

— Posso tirar todos daqui, talvez com a ajuda do Alex. — Nico capturou a atenção de todos. Percy o olhou sério e preocupado, mas não era hora de fazer o papel de namorado manhoso que o proíbe de tomar decisões.

Coisas horríveis aconteceram aqueles que tentaram invadir o Banco Grego. Pior, Percy possuía uma bela dívida com o banco, se fosse pego ali dentro, poderia causar uma desgraça na família. E a última coisa que ele queria, era ver Sally sofrendo por um filho inconsequente.

— Eu posso ajudar sim. — Alex sussurrou, arrastando-se até a poltrona onde Nico estava.

— Vamos criar uma passagem, eu os levarei para o mundo inferior.

— Nem pensar! — Drew falou mais alto do que poderia. Dante tampou a boca dela com a mão e olhou sério para Nico, ordenando que ele continuasse.

Alex apenas precisava criar novamente aquele portal, mas no chão. Nico se encarregaria em transportar todos pelas sombras. Era arriscado? Bem, sim. Não é sempre que semideuses chegam vivos no mundo inferior.

Quando Alex falou as palavras em grego, o chão criou uma ondulação. Drew estava com as duas mãos sobre o piso de mármore amolecido. Ela sentiu apenas o corpo cair, mas Dante estava ali para segurá-la. Dava para ouvir bem ao longe sua voz irritada, dizendo que iria queimar Alex.

— Melhor dar logo um jeito nisso. — Alex olhou para Nico.

As sombras vieram do mundo inferior e os cobriram por completo. A viagem não foi agradável para ninguém, somente para o filho de Hades. Assim que deixaram o Banco, o alarme soou. Mas eles já não estavam mais lá.

***

O mundo inferior era um lugar estranho, não resta dúvida. Os seis meio-sangues caíram no chão e a aterrissagem não foi nada agradável. Cada um estava reclamando de algum tipo de dor, enquanto levantavam. Nico não os culpava, era uma viagem arriscada, mas deu certo. Agora precisava tirá-los de lá. Mas, para isso, cruzariam o Jardim de Perséfone. Um lugar onde poucos possuíam autorização de passar. Seria divertido.

Drew se levantou e por um minuto sentiu a necessidade de arrumar seus cabelos. Passou os dedos pelos fios emaranhados, jogando-os para trás.

— O que você está olhando? — Ela encarou Dante, sem abaixar seu nariz. Dante não respondeu, não precisava, ele sabia.

— Gata, porque você não me dá uma ajuda aqui? — Leo tirou de seu cinto um pente e entregou para Drew pentear os cabelos, ela o olhou quase agradecida. Eu falei quase. — Uma vez sua mãe me deu um banho de loja. Fiquei um gato. Ela bem que podia dar uma ajudinha aqui, meu casaco está todo rasgado, aquelas harpias enfiaram as garras afiadas. Hey Afrod-.

— Não! — Drew o impediu de continuar. — Não a chame! Eu te proíbo.

Percy pousou a mão sobre o ombro de Leo e pediu para ele conversar com Drew em particular por um minuto. Ela não queria abrir o jogo com ninguém, mas agora não precisava ser muito esperto para entender que havia algo errado.

— Está tudo bem. Você se mostrou mais do que um rostinho bonito hoje. — Leo apontou dois dedos na direção de Drew, e piscou. — E que fique registrado que você é a mulher mais bonita com fuligem no rosto e cabelo feito nó.

Imediatamente Drew passou a manga da camisa de flanela no rosto para limpar a sujeira.

— Vamos andar mais um pouco, o jardim é grande, precisamos ir até a saída. — Nico já se sentia um pouco mais revigorado, afinal, aquele território era o dele.

Os que ainda estavam sentados ficaram de pé, aguardando Nico ir na frente. Até mesmo Percy. Apesar de ser namorado do príncipe do mundo inferior, preferiu deixá-lo no comando.

Foi uma caminhada de quarenta minutos para cruzar metade do jardim, eles pararam por um momento. Estava frio e sequer podiam acender uma fogueira para não chamar muita atenção. Voltaram a caminhar e finalmente o jardim ficou para trás. Nico respondia as dezenas de perguntas que Alex fazia sobre tudo o que via e também o que não via. Leo estava interessado em saber se o sinal da internet 2.0 era bom ali embaixo. Percy gostou de ver Nico falar mais do que o normal. Geralmente ele se mantinha em silêncio em seu cantinho, mas naquele momento ele era o centro das atenções. Parecia pouco, mas era um primeiro passo.

Percy olhou para trás e viu o casal mais complicado do mundo andando um ao lado do outro, enquanto suas mãos brigavam para se manterem juntas ou separadas. Era melhor não opinar sobre isso, afinal, eles deveriam cuidar de seus problemas sozinhos.

— Chegamos. — Nico falou, fazendo todos comemorarem aliviados. — Aqui vão para o Central Park e de lá já sabem o que fazer.

— Você não vem? — Percy aproximou-se e com uma das mãos segurou a do namorado, usando a outra para mexer em seu cabelo.

— Melhor não. Eu ficarei bem, se você me prometer que não vai criar problemas até chegar em sua casa.

— Não posso prometer essas coisas, você me conhece. — Percy o beijou carinhosamente, pedindo para que ele aparecesse depois em seu quarto, pois sentia saudades.

A travessia até que foi fácil. Fácil até demais, e Dante não estava gostando daquela situação. As coisas nunca eram fáceis para pessoas como eles, ainda mais deixando o mundo inferior com vida. E ele estava certo. Logo que deixaram o mundo inferior e pisaram o pé na grama do Central Park, uma luz branca foi acessa e uma sirene disparou.

— Ora, ora. Veja só as oferendas que Hades me trouxe. — Aquela era uma voz conhecida por todos os cinco. Assim que se acostumaram com a luz branca, eles olharam na direção da pessoa que falava. — Estou muito interessado em saber a versão da história de vocês.

— Senhor D. — Percy lamentou não ter ficado com Nico. Mas já que não havia mais escolhas... — Algum problema?

— Pedro. — O deus do vinho segurava uma latinha de Coke. — Me diga você, algum problema? Pois formos informados que Nova Iorque estava tendo um terremoto, o metrô foi evacuado e metade da metrópole está sem energia elétrica.

— Oh! Isso é mal. — Percy olhou para os amigos. — Estávamos em uma festa particular. Sabe, meu namorado mora aqui. Digo, no mundo inferior.

— Uma festa? Engraçado, não fiquei sabendo.

— Foi uma ideia de última hora. Nós nos encontramos por acaso e decidimos nos divertir um pouco. Sabe como é, somos jovens inconsequentes e cheios de energia.

— E nada como o mundo inferior para queimar essa energia. Muito inteligente. — D. já estava dando as costas, quando retornou novamente. — E me diga uma coisa. Como conseguiram o livro de encanto das Harpias? Por acaso Hades anda fazendo coleção de poção mágica? Não é bem a cara dele brincar com química.

— Ah! Isso? — Alex carregava o livro, ele o colocou embaixo do braço para tentar despistar. — Eu achei.

— Achou? — D. girou os olhos. — Sinceramente eu deveria deixá-los ir para casa somente pela coragem de mentir para um deus, mas como não estou de bom humor, todos vão para o acampamento fazer algumas atividades colaborativas.

D. virou-se e seguiu em frente, ordenando a Alex que levasse o livro, ou ele iria transformá-lo em um porquinho da índia.


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Notas finais do capítulo

Por favor, se alguém estiver confuso, sem entender o que to escrevendo, me pergunta.

Beijos queridos, até mais, bom domingo.