Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

...'' – Acho que agora nós realmente estamos casados! – ele fala sorrindo mostrando o pão queimado. Eu sorrio, e nós começamos nosso caminho de volta pra casa, agora a ‘’nossa casa’’''...



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Nós tomamos nosso caminho para casa e levamos o mesmo tempo para chegarmos até a cerca, continuamos a andar até que quando estamos passando em frente a padaria quando Benny, um dos ajudantes de Peeta na padaria, chama por ele.
– Peeta! – ele grita balançando a mão no ar enquanto dá uma rápida corrida para nos alcançar do outro lado da rua, o que acaba trazendo um pouco da atenção dos outros para nós.
– Fala Benny! O que houve? – Peeta está com a sua cara de preocupado, enquanto se vira para Benny mas sem soltar minha mão.
Ele para na nossa frente – Katniss! – ele me cumprimenta com um pequeno sorriso.
– Oi! – eu falo devolvendo o sorriso, mas deixo que ele e Peeta continuem a falar.
– Então, algum problema? – Peeta pergunta de novo, agora colocando o braço em volta da minha cintura.
– Problema não! Mas é que apareceu uma encomenda de um bolo hoje e eu não sabia se poderia ou não aceitar, então eu pedi pra que voltassem amanhã, tudo bem? – ele fala e aguarda a resposta do Peeta.
Peeta nega com a cabeça. – Eu não vou aparecer na padaria nem hoje, nem amanhã... e talvez nem depois de amanhã – ele fala a ultima frase olhando sorrindo pra mim e em seguida da uma piscada, eu disfarço e volto meu rosto para o outro lado por que com certeza eu devo ter ficado vermelha, ele ri e volta a olhar para o Benny – Eu vou estar na padaria depois de amanhã se a pessoa ainda quiser! – ele fala dando de ombros.
– Você não pode rejeitar a primeira encomenda! – eu falo superando a vergonha e encarando Peeta.
– Ah, eu posso! Com certeza eu posso! – ele fala sorrindo e me dá um beijo rápido, eu olho pra ele séria, ele sorri – Mas realmente hoje e amanhã não dá! – ele volta a falar com Benny.
– Tudo bem! Eu aviso! – ele concorda e já se afasta se despedindo.
– Isso não foi legal! – eu reclamo quando nós já voltamos a andar.
– O quê exatamente? – ele pergunta sorrindo enquanto tenta colocar o braço novamente na minha cintura mas eu me esquivo.
– Você me matando de vergonha! – eu falo encarando ele.
Ele para me puxando pra ele, envolve os braços em mim e aproxima nossas bocas.
– Eu podia fazer pior! – ele fala sussurrando e antes que eu pudesse falar algo ele me beija, posso sentir o sorriso dele se abrir quando eu correspondo o beijo. Nós voltamos a andar e em poucos minutos estamos chegando em casa, quando chegamos em frente a porta de casa, Peeta dá um passo a minha frente me parando, eu o olho confusa e ele faz sinal pra que eu espere, então ele abre a porta, coloca a cesta do lado de dentro ao lado da porta e se vira pra mim, ele me olha sorrindo. E se aproxima de mim me pegando no colo.
– Peeta! – eu reclamo quando ele me pega.
– Não me culpe, ainda faz parte da tradição! – ele fala sorrindo e entra, ele para indicando que eu feche a porta e eu a empurro fechando ela com um pequeno barulho, ele caminha até o meio da sala e então me coloca no chão.
– Enfim em casa! – ele fala com os braços em volta de mim, eu passo minhas mãos pelo cabelo dele e trago o rosto dele para mais perto do meu, quando nossos lábios se encostam eu sinto novamente o sorriso dele, então ele me beija e cada vez que isso acontece só serve pra aumentar ainda mais minha necessidade dele, quando o beijo para eu olho ao redor da casa, parece que tem muito mais do que uma semana que nós não entramos aqui, então eu vejo nossas malas ao pé da escada.
– Ah não acredito Peeta, achei que nossas coisas já estariam no guarda roupas! – eu falo fingindo uma cara de frustrada, apontando a mala.
– Com certeza alguém vai pagar por isso amanhã! – ele fala fingindo indignação.
– Bom, pelo visto nós teremos que fazer isso! – eu falo enquanto nós nos soltamos um do outro.
Eu caminho até as malas e pego as minhas, ele também vem logo atrás de mim e pega a dele, nós começamos a subir as escadas, Peeta passa a minha frente e rapidamente deixa a dele no topo da escada então ele desce a metade da escada e pega as minhas, ele as leva e coloca em frente a porta do quarto, eu logo chego atrás dele e novamente ele me para, me pegando no colo e entrando no quarto.
– Você tem que parar com isso sabia? – eu falo mas minha firmeza se vai quando eu sorrio pra ele.
Ele me coloca no chão no meio do quarto, então ele me dá um beijo rápido e vai até o banheiro eu fico parada ainda confusa, alguns segundos depois ele volta, eu estou arrastando as malas pra dentro do quarto.
– Eu coloquei a banheira pra encher pra você! – ele fala enquanto me ajuda a arrastar uma das malas.
– Eu posso me acostumar com isso sabia? – eu falo parando de arrastar e olhando pra ele.
Ele sorri, dando de ombros. Então ele para de arrastar a mala e se aproxima de mim, me olhando intensamente, eu sinto meu coração acelerar apenas com o olhar dele, então ele se aproxima de mim, a mão na minha cintura e ele me puxa, colando nossos corpos, ele continua me olhando nos olhos e mais uma vez eu junto nossos lábios num beijo ainda mais forte que o anterior, nossas respirações ficam mais rápida mas ainda assim eu não consigo me separar dele, enquanto ainda estamos assim, ele dá alguns passos e então eu sinto a beirada da cama na minha perna, lentamente ele me abaixa me deitando na cama, o corpo dele ainda colado no meu, ele afasta o rosto do meu me olhando com a mesma intensidade de antes então ele volta a me beijar, minhas mãos na nuca dele e ele com a mão na minha cintura enquanto apoia a metade do corpo na cama, sinto o corpo dele se encostando ainda mais em mim e o beijo continuando, quando já estamos sem ar de novo, ele afasta o rosto do meu com um grande sorriso, ele passa os dedos afastando os fios de cabelo do meu rosto e eu faço o mesmo com ele, então ele me dá mais um beijo.
– A banheira vai transbordar! – eu falo sorrindo, ele faz uma cara de decepção e joga o corpo na cama com os braços em cima do rosto, mas posso ver o sorriso no rosto dele.
Eu me sento na cama, enquanto passo as mãos pelo cabelo, me levanto e vou até a minha mala, me ajoelho e abro a mala e enquanto eu remexo nas roupas eu me dou conta de que eu nem sei que tipo de roupa colocar, começo a ficar nervosa com essa nova preocupação, Peeta se levanta também.
– Eu vou pro outro banheiro! – ele fala parando ao meu lado – Tá tudo bem? – ele pergunta me olhando e então eu percebo que eu estou sentada de frente pra mala olhando pra ela com uma cara não muito contente, eu balanço a cabeça me despertando.
– Tá! Tudo bem! – eu falo olhando pra ele e forçando um sorriso, ele me olha com as sobrancelhas juntas mas concorda com a cabeça e vai até a mala dele, pega a roupa e sai do quarto ainda me olhando, quando ele sai eu volto meu olhar pra mala e continuo com a mesma dúvida de antes, eu começo a remexer cada peça da mala e começo a me arrepender de não ter pedido nada a Effie em relação a isso, até que quase no fim da mala eu acho algo que com certeza eu não pediria a Effie mas ao invés de me irritar eu agradeço mentalmente, acho que é disso que eu precisava, eu abro um pequeno sorriso e me lembro da banheira, então eu meio que me arrasto e engatinho até a porta do banheiro, me levanto rapidamente e chego na hora por que a banheira já está cheia, eu fecho a água e despejo um dos perfumes nela, volto pro quarto e pego a roupa, enfio tudo de novo na mala, fecho e a coloco no canto, volto pro banheiro e começo meu banho, entro na banheira e a água está simplesmente perfeita, eu encosto minha cabeça na borda dela e refaço as ultimas horas e é impossível não sorrir com as lembranças, eu fecho meus olhos e eu posso realmente afirmar que ele é tudo que eu preciso, depois de algum tempo assim eu me desperto e saio da banheira, eu me enxugo e coloco a roupa que eu peguei na mala, paro de frente pro espelho e ao mesmo tempo que eu aprovo, eu me sinto estranhamente nervosa com essa situação, por que por mais que eu tenha esperado esse momento, eu também tenho um certo medo de fazer tudo errado, estragar tudo ou sei lá, é um nervoso que faz com que meu estomago se revire mas ao mesmo tempo a ansiedade me faz querer sair logo. Estou com um vestido rosa claro com botões na frente, de alças finas, ele fica mais colado no meu corpo até a minha cintura e então ele dá uma pequena alargada até o joelho, eu me olho novamente no espelho e ainda me sinto estranha mas não sei se é pela roupa ou se é puro nervoso mesmo, eu solto meu cabelo, depois o prendo de novo, continuo encarando meu reflexo e finalmente me conformo que não importa o que eu fizer essa sensação não vai passar, então eu solto o cabelo novamente, dou uma última olhada, respiro fundo com a mão na maçaneta da porta e a abro. Quando abro a porta, o quarto está vazio mas com certeza Peeta esteve aqui, por que as janelas estão fechadas, as cortinas ainda fechadas também, a cama está arrumada, as malas não estão mais a vista e assim como no terraço naquele dia do anel de noivado, o espaço está iluminado e tem pétalas de rosa vermelhas espalhadas na cama, eu olho o espaço ainda sem reação, a mesma emoção que eu tive quando vi o terraço eu estou tendo agora só que ampliada em muitas e muitas vezes, eu dou um passo para mais dentro do quarto parando de frente pra cama, eu passo minha mão por ela e pego algumas pétalas, eu sorrio ainda impressionada em como ele sempre pensa em tudo, o quanto ele é perfeito, quando ele aparece, os passos rápidos dele na escada me avisam da chegada dele, eu me sinto estranhamente mais nervosa e eu achei que não fosse possível, eu continuo parada esperando ele chegar, ele devia estar pensando que eu ainda estava no banheiro por que ele vem rápido até o quarto trazendo a mesma cesta que ele pegou na padaria, quando ele entra no quarto e me vê parada, ele também para como se tivesse surpreso, quando ele me olha eu sinto meu coração parar e acelerar novamente, minha respiração também parece suspensa no ar, enquanto ele apenas continua me olhando dos pés a cabeça, eu já começo a me arrepender de ter colocado esse vestido quando ele coloca a cesta na mesinha próxima a ele e vem andando na minha direção, seu olhar nunca se desviando do meu, quando ele já está próximo o suficiente de mim para que eu sinta sua respiração ele abre um sorriso.
– E eu pensei que você não conseguiria ser mais perfeita! – ele fala sorrindo.
– Eu acho que posso dizer o mesmo de você! – eu falo também sorrindo e olhando ao redor, ele dá de ombros.
– Você merece! – ele fala com o rosto mais sério.
– Acho que nós merecemos – eu complemento sorrindo e olhando pra ele, ele também está simplesmente lindo, ele está com uma camisa que embora não seja muito apertada consegue mostrar cada músculo do corpo dele, os cabelos ainda um pouco molhados estão despenteados dando o ar de garoto que é completado pelos olhos azuis e o sorriso.
Mesmo ansiosa e nervosa com essa situação eu não consigo resistir e passo meus dedos afastando alguns fios de cabelo da testa dele, meus dedos continuam descendo pelo contorno do rosto dele. Então ele continua me olhando sorrindo, até que ele quebra nosso espaço e me beija, sua mão vai pra minha nuca, enquanto o beijo continua avançando, então quando o beijo para ele mantem nossos rostos próximos demais, seu olhar não desviando do meu, mas é impossível eu me livrar da sensação de nervoso que eu estou então quem desvia o olhar sou eu, eu olho para o redor do quarto tentando achar coragem pra falar com ele, posso sentir o olhar dele ainda em mim, eu volto a olhar pra ele mas nós já nos conhecemos bem demais para que ele não perceba algo.
– O que foi? – ele pergunta com a voz preocupada enquanto mexe no meu cabelo.
Eu respiro fundo ainda sem saber como falar.
– É só que... – eu paro tropeçando nas palavras, desvio meu olhar dele de novo e ele coloca a mão no meu queixo me forçando a olhar pra ele, ele mantém a sobrancelha erguida esperando que eu fale.
– Peeta, eu não sei... Eu só não quero estragar tudo! – eu falo quase explodindo de vergonha e de nervoso.
Ele me dá um sorriso, seus dedos escorregam do meu queixo descendo pelo pescoço e indo para o meu ombro, eu sinto como uma eletricidade passando junto com o toque dele.
– Você confia em mim? – ele pergunta com um pequeno sorriso e me olhando nos olhos.
– Mas do que em mim mesma! – eu falo com a voz decidida.
– Então confia quando eu digo que é impossível você estragar qualquer coisa! – ele fala aumentando o sorriso, eu ainda continuo com a mesma estranha sensação nervosa de antes mas correspondo ao sorriso dele. Ele aproxima de novo o corpo do meu e eu tenho que controlar minha respiração para que eu não fique sem ar, ele encosta seu corpo no meu e aproxima nossos lábios, ele me beija lentamente, enquanto eu sinto as mãos dele descendo pelas minhas costas e um arrepio percorre todo meu corpo, novamente ele me pega no colo mas sem parar nosso beijo, ele anda até a cama e me deita nela, ele para o beijo enquanto se endireita de frente pra mim, o olhar dele bloqueando o meu, ele volta a me beijar com a mão na minha nuca e a outra na minha cintura, eu entrelaço meus dedos no cabelo dele, nos aproximando mais ainda, nossos corpos escorregam até que eu estou deitada e ele está por cima de mim, ele solta minha nuca e minha cintura e a mão dele começa a abrir os botões do meu vestido, ele para o beijo me olhando com a mesma intensidade que ele tinha antes e mesmo com o nervoso eu sorrio, nos primeiros botões ele se atrapalha um pouco o que faz nós dois rirmos mas ele continua e consegue não se atrapalhar mais, eu me desencosto da cama pra que retirar o vestido, ele junta nossos lábios novamente com mais vontade ainda, quando a mão dele passa pela minha barriga indo para minhas costas juntando nossos corpos eu me sinto necessitada dele de um jeito muito mais forte que qualquer outra vez, minhas mãos também estão nas costas dele e eu começo a subir a camisa dele, ele afasta nossos rostos e eu termino de tirar a camisa dele. O beijo volta de onde paramos e cada vez mais intenso, quando eu sinto o corpo dele se encostando ao meu, nossas peles se tocando eu percebo que aquele calor que eu senti quando ele me beijou lá na arena não era nada comparado ao que eu estou sentindo agora, os lábios dele descem para o meu queixo e para o meu pescoço, os dentes dele arranhando minha pele e nada do que eu já senti antes pode ser comparado ao que eu estou sentindo agora e eu me entrego a ele, de um jeito que eu nunca me imaginei me entregar a alguém, mas ele é tudo que eu quero e que eu preciso, nossos corpos se encaixam perfeitamente e não há nenhum lugar do mundo que eu quisesse estar que não fosse aqui, com ele. Quando os braços dele se envolvem no meu corpo e nossas pernas ainda estão entrelaçadas, eu me sinto realmente completa, os dedos dele acariciando minhas costas me faz me sentir ainda mais reconfortada e relaxada e com a minha cabeça no peito dele como sempre eu fecho meus olhos e com o sorriso no rosto eu adormeço.
Quando eu abro meus olhos de novo, Peeta está deitado ao meu lado, com o braço apoiando a cabeça dele, me olhando carinhosamente com um sorriso no rosto, eu também dou um sorriso pra ele enquanto passo as mãos pelo meu rosto me despertando, eu puxo o lençol e me endireito na cama me virando pra ele.
– Oi! – eu falo com a voz baixa mas ele escuta, se aproxima mais de mim, passando os dedos afastando os fios do meu cabelo e me dá um beijo rápido, ele me olha sorrindo e volta a me beijar dessa vez mais demorado, ele se afasta passando as mãos pelo cabelo e sorrindo, ele está sem camisa o que torna quase impossível que eu olhe pra qualquer outro lugar, meus olhos descem pelo corpo dele, ele se senta ao meu lado virado pra mim.
– Com fome? – ele pergunta e eu concordo rapidamente com a cabeça.
– Com certeza! – eu falo complementando.
Ele sorri e se levanta, eu acompanho os passos dele pelo quarto mais uma vez me perdendo no corpo dele, ele vai até a mesinha que tem quarto e traz uma bandeja pra cama, ele se senta na minha frente, eu me endireito na cama me sentando ainda agarrada ao lençol, eu olho a bandeja e tem praticamente um banquete, tem frutas, sanduiches, pães de queijo, sucos, eu sorrio mais uma vez.
– Quanto tempo eu dormi? – eu pergunto fazendo uma cara de confusa, dessa vez ele que solta uma risada.
– Tempo suficiente! – ele fala dando de ombros.
– Você fez tudo isso? – eu pergunto olhando pra ele.
Ele balança a cabeça para um lado e para o outro – Mais ou menos! É lá da padaria!
– Você foi na padaria? – eu pergunto sem acreditar.
– O Haymitch foi! – ele fala sorrindo e volta a explicar quando eu olho pra ele ainda mais confusa – Eu tinha pedido a ele que passasse lá e trouxesse algumas coisas aqui pra casa! – ele fala dando de ombros.
Eu faço uma cara de impressionada – Como você consegue pensar em tudo? – eu pergunto olhando pra ele e sorrindo.
– Mas eu não penso em tudo! – ele nega com a cabeça – Eu penso em você! – ele fala me encarando e dessa vez sou eu quem me aproximo dele e o beijo, antes que o beijo avance mais nós nos afastamos, os dois com sorrisos idiotas no rosto.
– Eu estou com muita fome! – ele fala exagerando na expressão de fome e aproximando a bandeja mais ainda de nós dois, eu olho ao redor tentando achar meu vestido mas não acho, então eu pego a blusa que ele estava que está ao meu lado e visto ela, me sinto bem mais confortável assim mesmo ela sendo bem mais larga em mim, eu junto meus cabelos em um rabo de cavalo enrolando ele até que ele fica preso, quando eu termino de fazer isso, percebo Peeta parado me observando com um olhar curioso, eu ergo a sobrancelha também olhando pra ele.
– O que foi? – eu pergunto já pegando um dos pães de queijo e começando a comer, ele abre um pequeno sorriso mas continua apenas me observando.
– Ei! – eu chamo ele passando a mão na frente do rosto dele – Você não estava com fome! – eu falo indicando com a cabeça a bandeja.
– Eu acho que eu já te vi com uns vinte vestidos diferentes, alguns macacões, calças, blusas, mas assim – ele fala enquanto estica a blusa dele que eu estou vestindo – Você está... – ele busca uma palavra – Incrivelmente perfeita! – ele fala as palavras lentamente.
Eu olho pra ele fazendo uma cara de que não acredito muito.
– É, eu imagino! – eu falo revirando os olhos – Uma blusa com o dobro do meu tamanho, meu cabelo bagunçado e com essa cara, é eu devo estar adorável – eu falo com ironia.
– E está! – ele concorda com um sorriso bobo no rosto – Com os vestidos e tudo aquilo, todo mundo já te viu, mas assim – ele fala novamente puxando a blusa – É um privilégio só meu! – ele fala orgulhoso – Eu não estou falando de posse ou desse tipo de coisa, mas vendo você assim, me da a sensação de que de certa forma você é minha! – ele fala dando de ombros e passando os dedos no contorno do meu rosto.
Eu olho pra ele sorrindo, devolvo o pão para bandeja e me viro de frente pra ele, nos aproximando mais.
– Eu nunca imaginei falar isso pra ninguém antes – eu começo a falar olhando pra ele, então eu pego na mão dele e a abro em cima da minha – Mas você me tem aqui – eu falo batendo meu dedo na palma da mão dele – Não é uma sensação! Eu sou sua! – eu falo com a voz decidida e sem desviar o olhar do dele, como resposta ele me puxa pela cintura para o lado dele e cola nossos corpos, rapidamente ele me beija com paixão e intensidade, ele me encosta na cama, aumentando mais ainda o beijo e rapidamente a fome de antes foi substituída pela fome que eu tenho dele e a bandeja é deixada de lado, por que o único desejo que eu realmente quero saciar agora é ele e acredito que ele pense o mesmo e ele me dá essa certeza quando cola ainda mais nosso corpo e sua mão sobe por debaixo da camisa que eu estou, como sempre o mundo lá fora parece suspenso e parado e a única coisa que nos importa somos dois juntos.


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