A Different Prince Caspian escrita por Nymeria


Capítulo 10
Uma carta para o Usurpador


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoas do meu heart? Demorei muito? Sim, eu sei. Mas eu estava muito ocupada com preguiça para escrever qualquer coisa. Portanto, me perdoem. Sem falar nesses dias em que eu me encontrava cortando papel ou numa cozinha fazendo os doces e salgados pra festa de 1 aninho do meu priminho querido ♥ (e ainda tem muito mais pra fazer -.-).
Enfim, vocês ficariam tristes se eu dissesse que está acabando? Ficariam? É, pois é. Mas isso só está acontecendo porque me pediram uma segunda temporada, e aí eu tive de fazer logo o final dessa porque quero começar a segunda antes de começar a estudar, mas acho que não vai dar e enfim. Vocês pediram com tanto carinho (vulgo, me esfolaram) que eu não resisti a fazer uma viagem a bordo do Peregrino da Alvorada (principalmente porque amo o filme, mas isso é detalhe). Então fiquem felizes senão eu desisto dessa ideia, beleza?
Bom, aproveitem a leitura e saibam que esse cap não ficou lá como eu queria, ok? ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/432625/chapter/10

— Então isso é um namoro?

Adria e Edmundo estavam sentados na relva um pouco afastados do monte. Assim que ouviu a pergunta do garoto, Adria teve uma crise de tosse.

— Hã, eu deveria saber? Diga-me você — a garota retrucou.

— Eu perguntei para você.

— E eu para você.

— Eu fiz a pergunta primeiro — Edmundo cruzou os braços.

— Eu sou uma garota, não tenho que sair por aí falando sobre isso!

— Não vejo problema nenhum em dizer sim ou não — ele murmurou.

Ela suspirou e disse: — Eu também não.

— Então me responda.

— Quer saber? Nos vemos depois — Adria se levantou da relva e balançou o vestido.

Quando a garota ia dar o primeiro passo, tropeçou no pé de Edmundo, que se esforçou para não rir. Sem sucesso.

— Bom saber que você acha a desgraça alheia engraçada — Adria reclamou.

— Sim.

— Sim o quê?

— Você fez uma pergunta, certo? — Edmundo sorriu.

Adria fez uma careta, mas deu um leve sorriso em seguida. A garota voltou a se sentar na relva macia, com as costas encostadas na mesma rocha de antes.

— Eu não acho isso necessário — resmungou. — Não faz diferença, na verdade.

Edmundo apoiou a cabeça no colo da garota e suspirou.

— Não precisa ser assim. Não dessa vez. — Disse enquanto Adria bagunçava seus cabelos.

— Apenas aproveite, garoto — ela o beijou levemente.

— Você acha que eles vão demorar? Os telmarinos? — Edmundo perguntou.

— Eu acho melhor você ver isso.

Edmundo levantou a cabeça e viu, ao longe, um exército de telmarinos cinco vezes maior que o de narnianos.

— Ah, não.

Os dois se levantaram imediatamente. Adria olhou para o monte, onde os outros olhavam para os telmarinos com o mesmo espanto.

Cada vez mais soldados emergiam da floresta, vinham montados em cavalos e traziam consigo armas e catapultas. Miraz surgiu à frente, pronto para atacar.

XX

— Esse cara não podia simplesmente se matar?

Adria estava sentada em um dos degraus da sala da Mesa de Pedra com Edmundo ao lado. O garoto sorriu ao ouvir a pergunta da garota.

— Com mil pombas — disse Trumpkin. — É esse o seu grande plano? Mandar uma menina para a parte mais escura da floresta sozinha?

— É a nossa última chance — rebateu Pedro.

— E ela não estará sozinha — Susana interveio.

Trumpkin se aproximou de Lúcia com um olhar de súplica.

— Já não morreram muitos de nós? — perguntou.

— Nikabrik era meu amigo também — disse Caça-Trufas, ao lado de Adria. — Mas perdeu a esperança. A rainha Lúcia não. E muito menos eu.

Ripchip desembainhou a espada e se pronunciou: — Por Aslam.

— Então eu vou com você — Trumpkin deu um passo, mas Lúcia segurou-o pelo ombro.

— Não. Nós precisamos de você aqui — ela disse.

— Precisamos segura-los até Lúcia e Susana voltarem — Pedro lembrou.

— Com licença — Caspian se levantou. — Miraz pode ser um tirano assassino, mas, como rei, está sujeito às tradições e perspectivas de seus súditos.

— É claro! — Adria exclamou, se levantando e sorrindo.

Caspian assentiu com a cabeça para ela antes de voltar a falar: — Existe uma que pode nos dar algum tempo.

XX

— Eu realmente detesto ter de fazer isso — Adria murmurou quando se aproximavam do acampamento dos telmarinos.

Edmundo apertou-lhe a mão.

— Você é bem medrosa, sabia?

— Como disse? — Adria soltou sua mão da do garoto e o olhou indignada.

Edmundo riu, mas respondeu: — Que você é a garota mais corajosa que eu conheço.

Por onde passavam, os telmarinos os olhavam e cochichavam entre si. Adria revirou os olhos e entrou na cabana onde os oficiais estavam reunidos.

— Eu, Pedro, por graça de Aslam — recitou Edmundo. — Por eleição e conquista, Grande Rei de Nárnia, Senhor de Cair Paravel, Imperador das Ilhas Solitárias, para evitar o abominável derramamento de sangue, por meio desta, desafio o usurpador Miraz a uma única luta no campo de batalha. A luta será até a morte, e a recompensa será total rendição.

Ao terminar, olhou de esgueira para Adria, que estava ao seu lado e mantinha uma expressão entediada ao mirar Miraz.

— Diga-me, príncipe Edmundo — começou Miraz.

— Rei. — Corrigiu-o Edmundo.

— O que disse? — perguntou o usurpador.

— É Rei Edmundo, na verdade. Só Rei. Pedro é o Grande Rei. Eu sei que é confuso.

Adria deu um sorriso imperceptível, como se tentasse não rir.

— E devo deduzir que esta seja sua rainha? — Miraz perguntou e todos os oficiais riram.

Edmundo olhou para Adria, que tinha uma sobrancelha arqueada. A garota pigarreou, silenciando os presentes e chamando sua atenção para si.

— Princesa Adria da Arquelândia, filha do rei Naim. Residente da cidade e castelo de Anvard. Segunda na linha de sucessão e Imperatriz do Monte de Fogo no Grande Deserto, próximo ao rio Flecha Sinuosa.

A expressão de tédio e desinteresse fez com que os oficiais se calassem perante a garota. Edmundo sorriu levemente, enquanto Miraz engolia a seco.

— Por que arriscar tal empreitada se nossos exércitos vão exterminar vocês até o cair da noite? — o usurpador perguntou e Adria revirou os olhos, suspirando.

— Você já não subestimou demais nossos números? — perguntou Edmundo. — Digo, até alguns dias atrás os narnianos estavam extintos.

— E vão ser extintos de novo.

— E a conversa deu um pulo para o humor. Fantástico. — Adria disse alto o suficiente para que todos ouvissem.

— Então deve ter pouco a temer — Edmundo chamou a atenção de todos de volta para ele.

Miraz riu.

— Não é uma questão de bravura.

— E por bravura se recusa a lutar com um espadachim que tem metade da sua idade?

— Típico. — Os oficiais telmarinos se dividiam entre olhar para Edmundo e Adria, que, com o último comentário, fez toda a atenção se voltar para ela.

— Eu não disse que me recusava — o usurpador retrucou.

— O senhor tem todo o nosso apoio, Majestade — disse um dos oficiais. — Seja qual for a decisão.

Edmundo olhou para Adria esperando que a garota fizesse mais um de seus comentários, mas ela simplesmente revirou os olhos e começou a olhar para as próprias unhas.

— Senhor — um dos lordes, Sopespian, começou. — Sozinha nossa vantagem militar já fornece a desculpa perfeita para evitar esse desafio.

Miraz se levantou, desembainhando a espada e disse: — Eu não vou evitar nada!

Adria olhou fixamente para o tal Lorde Sopespian. Cutucou Edmundo, que a olhou confuso, mas não disse nada.

— Eu só quis assinalar que o meu rei está dentro do direito de recusar — Sopespian defendeu-se.

— Vossa Majestade nunca se recusaria — o general que estava à porta da tenda falou. — Ele aprecia a chance de mostrar às pessoas a coragem do novo rei.

Miraz se voltou para os dois na frente da bancada.

— Você — ele apontou para Edmundo. — Torça para que a espada de seu irmão seja mais afiada que a pena.

XX

— Diga se eu não sou espetacular — Adria sorriu.

Eles estavam caminhando um tanto atrás de Ciclone e do gigante Verruma.

— Do que você está falando? — Edmundo perguntou.

— Dos meus comentários estratégicos — a garota riu.

— Ah, claro. Sua audácia quase nos fez ficar sem cabeça — ele revirou os olhos, mas passou um braço ao redor da cintura da garota.

— Não seja chato — ela retrucou. — Sem mim, você não teria um rainha.

— A propósito — Edmundo riu. —, bela resposta.

— Eu gosto de silenciar os idiotas — ela disse. — Você sabe como é.

— Então quer dizer que eu sou um idiota? — ele parou e virou-a de frente para si.

— Se você diz... — a garota depositou um selinho nos lábios de Edmundo e correu de volta para o monte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Curtiram?
Só eu que amo/sou quando o Ed corrige o Miraz? Ele fica, tipo, porkerface UHAUSHAUSHUAHS
Enfim, comenteeeeeeeeeeeeeem! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Different Prince Caspian" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.