Não se apaixone por um idiota escrita por Lua Barreiro


Capítulo 5
Taco de beisebol em como ser uma arma


Notas iniciais do capítulo

Estou tão feliz com os comentários, agradeço a todas vocês do fundo do meu heart ♥ As que favoritaram também suas lindas kidskfnska awnAgora quero dizer que pão com nutella é divino.



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A aula durou alguns séculos até o sinal por fim bater. O sino é um alerta para a fuga do rebanho, os alunos saem como se no pátio tivesse um cachorro quente para cada um deles. Por que fala sério, quem corre se não for pra ganhar um lanche? Não conhece ninguém que não.

Ficamos apenas eu e o Spencer na sala.

Philips havia saído com a sua turma, eles tinham chamado o garoto, mas o mesmo escolheu ficar. Uma parte de mim torce para que o motivo seja eu, mas a outra sabe que não é.

E não foi.

– Você bem que podia me apresentar a Mile. – Falou enquanto guardava seus cadernos.

Revirei os olhos.

– Fala sério, ela mal sabe o alfabeto. – Retruquei.

– Tá, mas, ela sabe ter peitos gostosos. – Sorriu. – É só uma ficada.

– Sinceramente retiro tudo o que eu pensei de você.

Dei minha deixa dramática e me retirei da sala. Eu francamente não sei o que desperta o interesse em garotos, talvez só o corpo do ser humano inútil/Mile. Tudo bem, eu estou esculhambando uma pessoa com quem eu desabafei e elogiei a minha vida inteira, podem considerar falsidade, mas, não estou nem ai.

Considero uma grande estupidez ficar com uma pessoa por causa de sua aparência, sendo que ela não pode te oferecer nada a mais que isso. Talvez seja apenas casmurrice da minha parte.

Talvez.

Fiz o meu famoso trajeto até a minha casa vazia, meus pais nunca param lá então me considero uma estudante independente, tirando o fato de que todo o dinheiro que me pertence teve origem do trabalho deles.

É não sou independente.

Tomei banho numa agua um tanto quanto gélida e logo depois me deitei sob a cama, li pela décima terceira vez na minha vida o Apreço da Punição, meus olhos foram de fechando gradativamente até eu cair em um pesado cochilo. Acordei com alguns barulhos significantes que estavam acontecendo dentro do quarto. Abri os olhos e lá estava um homem, minha visão ainda estava meio embaçada então peguei um taco de beisebol que se localiza ao lado da minha cama.

– Eu tenho esse taco, você pode ter uma arma, mas, eu não estou enxergando-a. Então considero a minha arma superior. – Apontei o taco para o local que avistei o homem.

Senti que ele estava se aproximando.

– Cara, eu não estou enxergando porra nenhuma. Não se aproxime. – Eu estou falando calmamente, mas digamos que minhas pernas estão totalmente tremulas.

Quando ele deu mais um passo eu acertei-o com o taco. Ouvi apenas o barulho do seu corpo entrando em atrito com o chão. Depois disso peguei meus óculos (Eu já mencionei que uso óculos? Pois bem, é uma bosta) E pude enxergar fielmente de Philips Mackenzie desmaiado no chão do meu quarto.

– Puta que o pariu. – Gritei enquanto agachava para dar tapinhas em seu rosto.

Nada que tenha funcionado.

São nessas horas que eu recorro ao Google com perguntas extremamente estupidas: Como acordar uma pessoa desmaiada?

Passe um pano com água fria pela face do desmaiado.

E foi isso que eu fiz.

Desci velozmente para a cozinha, abri o congelador barbaramente e desprendi todos os gelos da forma, enrolei um pano em volta deles e voltei para o quarto. Espero que esteja frio na medida certa. Comecei a apertar o esboço de uma bolsa de gelo sobre a face do garoto, ele parecia acordar aos poucos. Quando acordou fiz aquelas perguntas idiotas do tipo:

– Qual é seu nome?

– Philips. – Respondeu proporcionalmente levantando o seu tronco.

– Onde você está?

– Creio que eu ainda esteja no seu quarto.

Ok, ele está bem.

Levantei jogando seu corpo no chão, já que eu posso finalmente dar meu chilique de que diabos ele está fazendo no meu quarto às três da manhã. Na verdade não era nem para eu estar acordada a este horário, não quero ser possuída por um demônio prostituto. Afinal apenas demônios que vendem seu corpo por uma alma estão trabalhando a está hora.

– Porra eu acabei de desmaiar por causa de você, da para seu um pouco mais amável?

– Não. – Repliquei. – Agora me fala que merda você está fazendo aqui.

– Preciso da sua ajuda.

– Para que?- Tipo são três da manhã, por que ele não está dormindo ou assistindo pornô escondido da mamãe como todo garoto normal?- Não quer que eu te ensine como abrir uma guia anônima no Google Chrome? Eu agradeceria se você me der uma resposta negativa.

– Não porra, eu sei abrir uma aba anônima. – Fumegou. – Eu quero que você dirija para mim.

– Oi? Cara, você tem um carro conversível e quer que eu dirija um Opala para você?

– Sim.

– Tá, por quê?

– Simplesmente precisamos aplicar o trote do calouro no Spencer. – Riu.

– Não vou te ajudar com isso. – Me aproximei da janela. – Já pode ir embora e por aqui mesmo. - Ergui o vitro que ele fez questão de fechar depois que entrou no quarto.

– Você gosta dele não é? – Fez a maldita feição cafajeste que só ele consegue fazer.

Senti que meu rosto corou e meu sangue deu uma leve solidificada.

– Não. – Olhei para cima e sorri, eu sou uma merda para mentir.

– Só por jogar Criminal Case no Facebook eu sei que você está mentindo.

– Outro motivo para você sair da minha casa, você usufrui de aplicativos em uma rede social.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

– Você sabe que ele quer transar com a Mile, não é mesmo?

Revirei os olhos.

– Eu dirijo para você, mas com uma condição. – Afirmei.

Enquanto ele fazia todo seu desempenho para pular a janela perguntou:

– Qual?


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Notas finais do capítulo

E então? Alguma dica? Gostaram? Odiaram? omg