I Would escrita por Anna Clara


Capítulo 4
Nightmare


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem, mesmo, eu sei que eu demorei, mas eu viajei nas férias, só entrava pelo celular, as aulas voltaram, e eu to sem tempo. Mas eu aproveitei, e levei meu notbook pra viajar, e tenho uns 4 ou 5 capítulos já prontos. Portanto, postarei com mais frequencia. Me desculpem os erros, e o capítulo horrível, mesmo me perdoem.



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P.O.V. Percy

Depois de descobrir tudo o que havia acontecido, eu me senti culpado. Sim, culpado. Eu havia abandonado Annabeth grávida. Ela não havia me contado, ela tinha culpa nisso também. Mas eu tinha mais, eu me sentia horrível.

Mas assim que Annabeth contou para Lucy, e ela veio até mim e me abraçou, tudo simplesmente passou. Eu nunca havia tido a sensação que eu estava sentindo, era um pouco de tudo. Quando ela me soltou, ela me olhou confusa. E eu disse: -Quantos anos você tem pequena? –A peguei em meu colo e me sentei, colocando ela sentada em minhas pernas.

–Cinco - ela disse fazendo o número com as mãos.

–Mas apenas cinco? Você é muito grande para a sua idade, sabia?

–Sim- ela assentiu- Mamãe sempre diz.

E foi assim, o resto da noite, eu fazia perguntas e ela respondia, ás vezes ao contrario.

Até que Annabeth chegou e fez com que Lucy virasse toda atenção a ela.

–Olá mamãe –ela disse indo até ela.

–Está tarde não acha? Você teve um dia longo, deve descansar agora.

–Não, eu estou conversando com Percy.

–Não Lucy, sua mãe está certa. –me levantei e fui até ela- Você tem que dormir.

–Mas ainda esta cedo. E eu quero ficar mais. –ela fez bico

–Então vamos fazer assim, eu te levo até o chalé, e amanhã nos falamos mais, pode ser? –olhei Annabeth e ela apenas assentiu. Lucy no início não aprovou a ideia, mas logo aceitou. Peguei-a do colo de Annabeth, e fui andando com ela em meu colo até o chalé. Assim que cheguei em ao chalé, me abaixei até ela, e depositei um beijo em sua testa.

Fui ao meu chalé, tomei um banho rápido. E me joguei em minha cama, não lembro de ter pensado muito. Apenas lembro-me de ter apagado.

***

No meio da noite, eu acordei apavorado, o único barulho que se ouvia era da minha respiração pesada. Aqueles velhos pesadelos voltaram a me atormentar novamente, e dessa vez, era diferente. Tinha Lucy, Thalia, e...Luke.

Era estranho, pois meus pesadelos sempre era algo que me mostrava que o perigo estava por perto, mas sonhar com Luke, não fazia sentido. Ele não era visto há cinco anos, nem mesmo por seu pai, Hermes.

A luz era fraca no horizonte, o que me fez chegar à conclusão de que ninguém no acampamento ainda havia acordado, nem mesmo Quíron.

O cheiro de maresia rondava todo o chalé, e o barulho que a pequena fonte que meu pai me dera antes de passar um tempo com ele, era reconfortante. Levantei-me, e fui até a pequena fonte, e pus minha mão ali, a procura de dracmas. Mergulhei minha mão na água quente e tirei um dracma. Abri a janela, e era uma típica manhã de inverno, a luz fraca do sol batia na névoa fazendo com que se formasse um arco-íris na névoa.

–Íris, ó Deusa do arco-íris –disse eu- aceite a minha oferenda.

Joguei a moeda na névoa e ela desapareceu.

–Me mostre Tyson – pedi – Na forja dos ciclopes.

Tyson não era o cara mais inteligente do mundo que me ajudaria a desvendar o que ocorreu no meu sonho, mas ele era meu irmão, e meu melhor amigo, durante todo o tempo que estive no oceano com meu pai, ele fora meu único amigo. Então a névoa estremeceu, e a imagem de Tyson surgiu. Ele estava debruçado sobre uma bigorna, martelando uma lâmina.

–Tyson! –o chamei, mas foi em vão o barulho que ele causava martelando aquela lâmina o impedia de ouvir- Tyson!

Dessa vez ele ouviu, e procurou, até que me viu. Seu único olho se arregalou, e um enorme sorriso se estampou em seu rosto.

–Percy! –ele correu até a imagem para me abraçar, o que fez com a imagem ficasse embaçada.

–Tyson, é só uma mensagem de Íris. –sua cara de constrangido me encarava- Como você está? Está gostando do seu trabalho?

–Sim, eu estou adorando trabalhar aqui!-seus olhos brilhavam- Tudo aqui é tão legal.

–Ah, que bom que está gostando-dei um meio sorriso.

–Sabe Percy, eu não sou o cara mais inteligente do mundo-ele coçou a cabeça- Mas eu percebi que tem algo errado com você, estou certo?

–É Tyson, realmente tem algo errado-dei um meio sorriso- Eu ando tendo aqueles pesadelos de novo.

–Mas, você sabe como lidar com isso. Afinal, você já passou por isso, né?- ele me olhou confuso e eu assenti.

–É que dessa vez, é diferente. –ele me olhou confuso- Eu tenho uma filha, ela se chama Lucy, na verdade, nem eu sabia, até ontem.

–Pelos deuses Percy-ele me olhou espantado-De quem é essa filha?

–Bom, você sabe que eu, hm, namorava com a Annabeth antes de isso tudo acontecer, não sab... –ele me olhou espantado.

–Annabeth? A filha de Atena?

–Ahm, é. Mas isso não importa agora-eu o olhei- Eu tenho tido uns sonhos com Lucy, Thalia e Luke.

–Pelos deuses, eu não... -pude ouvir alguém chama-lo- Percy, eu tenho que ir, nos falamos outra hora-antes que eu pudesse responde-lo, ele passou a mão sobre a névoa e em fração de segundos sua imagem sumiu.

Sentei-me em minha cama, e encarava a caneta da qual eu conhecia muito bem, a caneta que Quíron me dera no meu primeiro ano de acampamento, antes mesmo que eu pudesse descobrir que era um Semideus. Muitos achavam que era apenas uma caneta, mas em fração de segundos, ela se tornava em uma das espadas mais poderosas de todos os séculos, a espada que meu pai matara Cronos, meu avô, há milênios atrás. Ela brilhava devido à luz do sol que batia na mesma. Levantei-me, fiz minha higiene matinal, e vesti uma calça jeans, um moletom escuro, e meus tênis. Peguei a caneta sobre a mesa e sai do chalé, fui em direção ao campo de treinamento.

O acampamento estava como eu esperava, silencioso, já que ninguém ainda havia acordado. Ou quase todo mundo, assim que pisei no gramado do campo, pude ouvir passos atrás de mim, me virei e vi Nico.

–Mas já Nico?- fui até ele.

–Eu perdi o sono, só isso. –ele deu de ombros- Mas e você, já acordado tão cedo?

–Sabe, eu ando tendo aqueles pesadelos de novo.- ele me encarou confuso.

–Que tipo de pesadelos?- ele me olhou confuso- Não me diga que é como os que você tinha com Annabeth quando ela estava em perigo.

–Ahn, quase isso. –me sentei no tronco de madeira que havia ali perto.

–Percy, você sabe que deve falar com Quíron. Não sabe?

–Sim Nico, eu sei. –respirei fundo- Mas eu tenho medo de estar errado.

–Como assim errado? Percy com quem você tem sonhado?-ele me encarava esperando uma resposta.

–Bom, eu sonhei com Thalia, Lucy, e... Luke. –assim que pronunciei o nome de Luke, a expressão de Nico mudou completamente, ele parecia confuso.

–Isso é meio impossível Percy-ele afirmou- Luke não é visto há cinco anos.

–Eu sei, mas não é a toa que ele estava em meus sonhos.

–Percy, olha cara-ele colocou a mão em meus ombros- Você deveria realmente conversar com Quíron, ele vai saber lhe falar o que fazer.

–Você está certo. –disse e me levantei indo em direção ao lugar que a essa hora Quíron deveria estar.

Assim que cheguei ao refeitório, ele estava lá, sentado em sua cadeira de rodas, tomando algo que eu não sabia o que era, como sempre fizera todas as manhãs.

–Quíron. – o chamei

–Olá Percy, já de pé?-ele me deu um sorriso.

–Sim, eu voltei a ter aqueles pesadelos de tempos atrás. –ele me encarou e tomou um gole de sua bebida.

–Com quem tem sonhado dessa vez?

–Com Lucy, Thalia e, bem, com Luke. –ele fez uma expressão totalmente diferente do que eu esperava, eu esperava que ele fizesse uma expressão de surpreso, ou algo do tipo, porém a sua expressão foi de conformação. –Quíron, você sabe de algo que eu não sei?- ele tomou um um gole de sua bebida e encarou os poucos campistas que andavam pelo refeitório.

–Bom Percy, como você sabe, Luke está sumido desde quando você foi embora –assenti- Porém, ele não deu sinal algum a muito tempo, até semana passada –o encarei confuso- Luke só estava sumido, porque procurava o que queria. E finalmente achou.

–E o que ele queria?

–Ele quer vingança do Olimpo, como ele tentou da outra vez despertando Cronos. Dessa vez, ele quer se vingar não só do Olimpo, mas de você.

–Como assim de mim?-eu não estava entendendo o rumo que aquela conversa estava tomando.

–Você sabe, Luke, gostou de Annabeth por um tempo, porém ele sabia que não seria possível, acontecer algo entre eles, já que ele sabia que Annabeth tinha raiva dele, devido as atitudes que ele tinha tomado pra destruir o Olimpo. Ele achou que com Annabeth grávida, de você, iria criar tremenda rivalidade no Olimpo. –assenti- Mas aconteceu pelo contrário, um acordo foi criado, e nada aconteceu como ele imaginou.

–Mas porque isso envolve Lucy? E Thalia? E que acordo foi esse?- o perguntei tentando relacionar meu sonho com o que ele havia acabado de me dizer.

–Ele tinha um sentimento por Thalia, desde pequenos eles eram próximos, desde antes do incidente dos ciclopes. E quando Thalia se transformou em uma árvore para sua própria proteção, ele prometeu para si mesmo, livrá-la daquilo. Mas a vontade de destruir o Olimpo era maior, a vontade que ele tinha de ver os deuses em guerra, era maior que o sentimento que ele tinha por Thalia-assenti- Ele foi cego por essa raiva, e quando você acabou com Cronos, a vontade de ressuscitá-lo novamente, e se vingar de você, era grande.

–Mas não é possível ele ressuscitar Cronos novamente –afirmei- Não é?

–Bom, eu não sei meu jovem, há muitas coisas que eu não sei.

–E sobre esse acordo? Você não me disse do que se trata.

–Bom, com Annabeth grávida de você, a raiva que Atena tinha por seu pai, Poseidon, foi triplicada. Ela culpava seu pai, e os deuses se cansaram de tal rivalidade. O acordo seria que seu pai, Poseidon, o levasse para longe, e só o deixasse voltar, quando tudo estivesse calmo. E a hora que você voltou, foi errada. Agora que você sabe que Lucy é sua filha, isso será mais uma fraqueza que Luke pode usar contra você.

–Mas ele não seria capaz. Seria?- o encarei e ele mexeu a cabeça vagarosamente respondendo a minha pergunta- Não, Luke não seria tão baixo ao ponto de fazer isso, não quando tem Annabeth no meio.

–Na verdade Percy, o sentimento que Luke tinha por Annabeth, era como um bônus pra ele, para te mostrar concorrência, que ele queria o que era seu.

–Se ele não faria isso por Annabeth, faria por Thalia –ele deu de ombros.

–Como eu disse, Luke está cego de ódio e rancor, ele não deve mais se lembrar o de que sentia por Thalia. Olha Percy, você já sabe, não é só você mais no meio disso- ele disse, e saiu empurrando sua cadeira de rodas em direção a casa grande.

Respirei fundo e comecei a tentar raciocinar tudo que Quíron havia acabado de me dizer. Luke realmente estava disposto a trazer a desgraça pro Olimpo, ele realmente queria me ver derrotado. A cada minuto o refeitório ia se enchendo, e mais a culpa em mim crescia. Ele queria vingança, e com certeza, o acampamento seria alvo. Aqueles campistas, não mereciam pagar por algo que é meu, por algo que deve ser cobrado á mim. Eram tantos pensamentos, e todos eles confusos, nenhum era certo. Eu estava sentado em uma das mesas, encarando o nada. Alguém sentou ao meu lado e vi Nico sentar carregando sua bandeja de café da manhã.

–Não vai comer?-ele perguntou tomando um gole de seu suco.

–Não, eu estou sem fome- e eu realmente estava, toda aquela conversa se repetia em minha cabeça várias e várias vezes. “Você já sabe, não é só você mais no meio disso”, essas palavras martelavam na minha cabeça, agora tinha Lucy, mesmo descobrindo a pouco tempo da existência dela, eu deveria protegê-la, não por heroísmo, mas por ela ser minha filha. Fui interrompido sentindo alguém me cutucar, olhei para trás e vi a pequena Lucy, parada olhando pra mim com seu nariz vermelho devido ao vento gelado que estava naquela manhã. Ela usava um moletom e calça jeans, e seus cabelos longos e loiros, era coberto por um gorro, igual ao que Annabeth usava quando começamos a namorar.

–Bom dia Lucy- disse e a coloquei sentada no banco ao meu lado.

–Bom dia Percy- ela sorriu e pegou uma bolacha da bandeja de Nico.

–Olha Lucy, você pode ser pequena. Mas não tem o direito de pegar a minha comida.

–Não fiz nada demais, você faz isso comigo sempre –ela respondeu firme e comeu a bolacha.

–Isso Lucy, assim que a tia Thalia ensinou. –Thalia se sentou do outro lado da mesa, e fez um gesto para que Lucy tocasse sua mão.

–O que você a ensinou Thalia?- Annabeth disse depositando um beijo na testa de Lucy que sorriu.

–A ensinei como deixar Nico irritado –ela deu de ombros.

–E como seria?- Annabeth olhava para Lucy

–Mexa na comida dele- ela disse e nós rimos

–Ok-Annebeth concordou e saiu pegando Lucy em seu colo.

–Ela ainda tem raiva de mim? –perguntei a Thalia, e ela assentiu.

–Mas não era minha culpa –disse e bufei, realmente não era minha culpa.

–Cara, você tem que entender que ela não sabia. Que ela não fazia ideia de que seu pai lhe obrigou a ir passar um tempo com ele, pra ela você saiu sem dar satisfação, a abandonou- Nico falou e voltou a comer.

–E pela primeira vez eu concordo com o mané ai –Thalia disse sem importância.

–Mas... –antes que eu pudesse terminar de falar, uma movimentação estranha começou. Os campista corriam e falavam sobre algo, que eu não entendia. Eu, Thalia e Nico, os seguimos, e pudemos ver muito bem o que eles olhavam. Luke andava calmamente pelo campo de batalha, e vinha até nós.

–Mas o que esta acontecendo?- Annabeth perguntou parando ao lado de Nico e colando Lucy no chão. Seus olhos se arregalaram e ao mesmo tempo demonstrava ódio.

–Que bom rever meus velhos amigos – ele disse zombeteiro.

–Ninguém aqui é seu amigo, Castellan –Nico disse indo em sua direção, o empurrei com um braço para trás, e ele me olhou assentindo.

–É bom te ver também, Di Angelo –ele disse irônico- E como vai você, Jackson?

–Luke o que você quer?- disse rude

–Calma, não posso mais visitar meus velhos amigos?-ele passou o olho sobre nós quatro, até que parou em alguém, em Lucy- Vejam como ela cresceu –ele andou até ela, e eu me pus em sua frente.

–Não chega perto dela- cuspi as palavras em sua cara, e ele sorriu fraco.

–Vejo que já sabe –ele voltou para onde estava- Sem mais delongas, fique atento Perseu, quando você menos espera, tudo pode desmoronar. –ele sorriu.

–Mas o que você quer dizer com isso?- eu andei até ele.

–Você verá- e em segundos o medalhão em suas mãos brilhou e Luke sumiu.

Agora tudo fazia sentido, a conversa com Luke, meu pesadelo, tudo se ligava. Luke só queria uma coisa, e se eu estava certo, ele queria vingança.


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Notas finais do capítulo

Bom, mais uma vez, me perdoem por essa merda de capítulo, mas prometo compensá-los no próximo. Beijos.



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