Epitáfio escrita por Ana Carol M


Capítulo 15
Capítulo 15: Final


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, aqui se encontra o capítulo final dessa história, mas quero avisar que em breve terá uma "segunda temporada" ou uma continuação. Agradeço a todos os leitores e espero realmente que gostem.



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A morte é engraçada se você sabe rir dela.

Eu sabia que deveria me entregar, era o certo a se fazer, mas minha sobrevivência falava mais alto. Eu era mais nova que ela, mas estava de noite e consegui aguentar até aquelas malditas nuvens liberarem a luz da lua. E ao contrario da minha irmã eu havia morrido a noite e ela, pelo o que eu havia deduzido, de dia. Aprendi na instituição que caçadores também haviam morrido, mas eles possuíam o gene de outro animal que não aquele que nos mordia, ou possuíam o gene de um caçador. No caso nós duas pertencíamos a “realeza” dos bizarros na terra. Então quando finalmente me senti mais forte consegui sugá-la. Ao contrário do que se poderia imaginar ela não tinha um gosto ruim, mas não me senti bem quando o corpo sem vida dela caiu em meus braços. Me senti vingada e triste. Eu precisava viver e para isso ela não poderia existir. Eu havia cumprido minha promessa a Sophia, a garota viva. Eu não era mais ela, e ela jazia naquele túmulo úmido. Agora eu era Alicia Maier. Foi como um dominó, cada caçador foi caindo no chão ao nosso redor. Os pais de Sophia me olharam com reprovação e meu pai colocou a mão no coração ao cair no chão, morto. Eu sabia que aquilo iria me dar problemas, mas eu estava morta, não sentia como se amasse ele. Eu havia salvado Thomas e Elizabete e isso me dava alegria. Em poucos minutos outros semi-humanos apareceram e começaram a arrastar os corpos dos caçadores para dentro do prédio, eles iam incendiar o lugar. Os semi-humanos estavam com medo de ter que tocar naquelas criaturas, mas era sua obrigação. Minha mãe foi levada para uma sala na instituição onde sua mente foi alterada, transformando eu, Valentina e meu pai em uma lembrança triste. Nós três havíamos morrido em um acidente terrível, e no momento que ele apertou aquele botam azul para tornar essas imagens reais, meu coração doeu. Sophia seria esquecida, eu seria esquecida. Mas eu não esqueceria deles, e nem dela, então isso já bastava para mim. Encontrei Eliza e ela estava realizada e preocupada comigo, mas me disse que tudo ficaria bem e pela primeira vez eu queria que ela estivesse certa. A única coisa que me mantinha em controle era a esperança e o mistério da minha vida viva, agora que o mistério estava solucionado o que me manteria sã? Então vi Thomas e Eliza rindo de alguma bobagem e já sabia a resposta. Abigail se encarregou de montar uma guarda mais equilibrada para proteger os humanos. Com a liberdade surgiram muitos outros semi-humanos dispostos a ajudar e manter residência fixa em locais estratégicos já que não precisavam mais fugir. Após me formar na instituição fiquei encarregada de ser parceira de Eliza na espionagem dos idiotas que inventavam sugar os humanos, poderíamos matá-los se fossem pegos, mas normalmente iam a julgamento. Dava menos confusão levá-los preso. Descobri que poderia sugar outros semi-humanos, então quando a coisa ficava um pouco complicada eu dava uma anestesiada nas energias de algum desses idiotas, o medo deles já era vingança suficiente. Thomas estava feliz com uma semi-humana bem agradável. E graças a Sophia eu havia aprendido a respeitar a vida humana, o que não tinha lógica, já que ela mesma era uma psicopata. Mas Valentina havia se sacrificado pelos humanos, e isso também merecia respeito. Eliza jamais publicou o artigo dizendo como havia se curado, e quando perguntada sobre isso ela respondia que era um segredo que não merecia ser revelado. Nunca mais suguei um humano. Mas vivia de energia extra que conseguia no contrabando. E acho que cheguei bem perto do que poderia um dia conseguir de ser humana novamente.

Minhas horas de sono já haviam diminuído em um hora completa, então acordei as 8, seria uma manhã normal se eu tivesse conseguido dormir. Havia algo rasgando a minha pele, algo cortante. Se isso não bastasse ao olhar meus olhos no espelho, digamos que eles estavam bizarros.

Continua...


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