Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 41
É Injusto Com Ele.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é da Aylla também.
Demorei pq jurava que ela já tivesse postado.
O título não tem muito a ver com o capítulo, mas acho que dá para entender.
A Thay pediu pra dizer que tá com saudades e que quando a net dela voltar ela faz uma daquelas notas dela pra falar melhor com vocês!
Tem algo errado na fic? Os leitores sumiram.
Comentem! Estamos perto dos 500 reviews, conto com vocês!

Boa Leitura!



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Meg

Já tinha passado uma semana, e agora me encontrava sendo uma mulher casada. Ao meu lado o Jake dormia um sono tranquilo e calmo. Enquanto o olhava, agradecia a Deus por tê-lo colocado no meu caminho.
Quando foi que pensei que poderia amar tanto alguém assim? Na verdade pensei já ter amado alguém assim, pensei ter amado o Simon, e realmente eu o amei, mas não como amo o Jake, com o Simon era algo possessivo, como se o quisesse apenas para mim, e talvez tenha sido isso que fez nada dar certo, mas com o Jake foi diferente, tudo era tão intenso, tão romântico e tão certo, que nem meu ciúme, nem minha possessão era capaz de abalar o que sentimos.
Olhei novamente para o Jake e deparei com ele me olhando, seus olhos me encaravam intensamente e eu sabia exatamente o que ele queria.
— Bom dia amor — falou com uma voz incrivelmente rouca.
— Bom amoré mio — falo me escorregando para perto dele, fazendo com que o nosso corpo ficasse muito próximo um do outro. Dou um pequeno selinho nele, porém ele não parecia satisfeito com apenas um simples selinho. Seus lábios beijam a minha boca com fervor, e aquilo me faz sentir em êxtase.
— Para — mando, mas sai mais como se eu tivesse pedindo por mais.
— Quer mesmo que eu pare? — ele não me espera nem responder, e começou a beijar o meu colo, seus lábios estavam me levando à loucura e eu sabia que se não o parasse iríamos acabar fazendo, mesmo que isso soasse como uma ótima ideia.
— Sim, eu quero que você pare — falei me afastando um pouco dele.
— Posso saber o porquê? — perguntou soando aborrecido.
— Porque minha mãe vai fazer um almoço para nós hoje, então, por favor, levante essa bunda daí e vamos logo — mandei me levantando e só quando me levantei percebi algo. Eu estava completamente nua.
— Quer mesmo que eu pare com você nua assim na minha frente? — falou se levantando com uma velocidade incrível, e me imprensando contra a parede do nosso quarto.
— Er a gente tem que se banhar — murmurei meio que sussurrando e meio que gemendo, já que os seus lábios atacaram a pele do meu pescoço me deixando toda arrepiada.
— Ah banhar com certeza vai ser a última coisa que vamos fazer — respondeu me pegando no colo e me carregando para o banheiro.
***
Já havia se passado uma hora, uma hora seria exatamente o tempo que gastaríamos indo até Conquista D’ Oeste então era para estarmos chegando lá e até agora ainda nem tínhamos saído de casa.
Ah a minha casa, como ela é? Perfeita, é claro que eu não fiz nada no quesito decoração, então minha sogra que a decorou total e eu apenas moro dentro dela. A casa é muito bonita e bem decorada, mas não faz meu estilo, tudo muito chique, na verdade a parte que eu mais gosto é o quarto, talvez porque seja o lugar que eu tenha passado mais tempo.
Já estava arrumada e esperando o Jake para podermos sair, mas cadê ele?
Depois de vinte minutos esperando o Jake acabar de se arrumar, o que mais pareceu uma menininha de tanto que demorou em se arrumar, enfim estávamos saindo.
A viagem até Conquista foi um porre; sempre odiei viajar, acho que por isso que nunca fui mais longe que Pontes e Lacerda. Sim, podem me considerar uma roceira de mão cheia, nasci em Conquista e só agora que me casei com o Jake que me mudei de lá, não que eu quisesse mudar, apenas não tinha muita escolha já que o Jake ainda faz faculdade.
Encostei minha cabeça no encosto do banco, e de repente coisas há muito tempo esquecidas voltaram a minha mente. A mente é uma coisa muito complexa, às vezes você nem ao menos se lembra de onde guardou a chave da casa e outras vezes se lembra até mesmo da cor da calcinha que usou em uma determinada situação. A minha mente mesmo, é algo complexo, e para muitos de se espantar, pois ao contrário de muitas pessoas ou até mesmo da minha mãe eu sempre consigo me lembrar das coisas, mesmo quando essas coisas são extremamente insignificantes.
Nasci na pacata cidade de Conquista D’ Oeste, minha mãe ficou grávida de mim quando ainda era solteira, meu pai não queria saber de compromisso, mas mesmo assim se casaram. Não saberei dizer se algum dia teve amor da parte dele pela minha mãe, mas da parte dela por ele eu posso afirmar que sempre teve, ou pelo menos teve antes de ela se apaixonar pelo tio Lúcio. Quando estava na primeira série, foi que conheci o Fê, o meu melhor amigo, o meu irmão. Nós viramos amigos de cara, ele sempre me protegendo, sua mãe não era mais viva naquela época e ele sempre foi criado pelo seu pai Joseph. Minha vida seguiu como de qualquer outra menina, ou em parte pelo menos, pois sempre fui sapeca e amava pular o muro da escola para ficar à toa.
Quando eu tinha dez anos, foi quando meus pais decidiram o inevitável, eles iriam se separar. Senti raiva no começo, porque eles tinham que se separar? Será que não viam que eu queria uma mãe e um pai juntos? Mas o tempo passou e percebi que aquilo foi o melhor para eles, na verdade o melhor para todos.
O tio Joseph e minha mãe acabaram se tornando próximo, já que onde eu estava o Fê estava e vice versa, assim teve uma época que até mesmo pensei que os dois pudessem ter algo, mas o destino fez melhor. Mais ou menos há uns seis anos, o Lúcio veio morar aqui e o tio Joseph decidiu ir morar e trabalhar na fazenda dele, assim eu sempre vinha visitar o Fê e entre idas e vindas, minha mãe e o Lúcio acabaram se apaixonando e se casando.
— Meg? — balancei a cabeça e percebi que Jake estavam me chamando.
— O que foi? — perguntei meio grogue como se tivesse dormido.
— Já chegamos a fazenda — falou rindo, provavelmente da cara que poderia estar fazendo eu parecer uma lesada.
— Ok — disse abrindo a porta do carro e sendo atacada por uma menina bem pequenininha.
— Meguilita — Soph me chamou pelo apelido que ela tinha me dado, apenas não sabia de onde ela o tinha tirado.
— Oie meu amor, tudo bem? — perguntei a pegando no colo, e vendo-a assentir.
— Claro que estou, vamos lá para dentro a mamãe fez uma comida maravilhosa — falou e antes que eu pudesse dar um passo o Jake disse fazendo biquinho:
— Então você vai dar apenas abraço nela?
— Claro que não — ela gritou e no momento seguinte, Jake pegou-a do meu colo, e a jogou na costa fazendo-a rir sem parar.
Começamos a andar e olhando para os dois juntos, a Sophie e o Jake, me perguntei como seria ele sendo pai? Será que ele seria um bom pai? Será que eu seria uma boa mãe? Será que um dia nós dois seríamos pais?
Paro de pensar nessas coisas, ao me dar conta que me encontrava já dentro de casa, e como a Soph tinha dito que nossa mãe estava fazendo comida, segui em direção a cozinha.
— Mãe — chamei a abraçando por trás e a assustando.
— Até que enfim vocês chegaram, já estava com fome — Simon falou passando a mão na barriga, e arrancando risadas da Soph.
— Menino esfomeado — disse rindo e indo o abraçar.
E ao abraçar o Simon percebi coisas que jamais tinha percebido, e uma delas é que eu apenas conseguiria ser feliz por inteira, quando as pessoas que eu amo também fossem felizes, e enquanto o Simon fosse infeliz, parte de mim também seria.

Bia
Já tinha passado o natal, e um novo ano tinha começado. O Lipe voltou da casa da Meg e passou horas falando sobre o casamento e como a Meg estava feliz e linda, e foi ai que pela primeira vez na vida eu senti inveja dela, pois eu gostaria de poder estar sendo feliz igual a ela, gostaria de poder estar me casando e construindo uma família, mas para mim isso estava quase impossível.
— Bia? — olhei e percebi que a Katy me chamava.
— Já está na hora de irmos? — perguntou me referindo à consulta no médico que eu teria hoje.
— Sim já está — levanto-me e pego minha bolsa. — Não irá falar para o Lipe da consulta? — travo ao ouvir sua pergunta, já que Katy ainda não sabia da minha decisão, porém teria que contar a ela e sem o Lipe seria mais fácil.
— Não, além do mais quero conversar com você sobre certas coisas, e é melhor sem o Lipe por perto — digo a puxando para fora do meu quarto, e em seguida para fora de casa.
Dessa vez não pedimos um taxi, e sim a Katy que foi dirigindo, já que ela tinha completado 18 anos e tinha conseguido tirar a carteira.
A viagem até o consultório foi feita entre conversas nossas, ela apostava que seria um menino e eu dizia não saber, mas no fundo eu sabia.
Logo que chegamos ao consultório, ficamos na recepção esperando a hora de sermos chamadas.
— Vai demorar muito? — Katy já estava impaciente e nervosa.
— Eu sou a mulher grávida, e é você que está nervosa? — indaguei risonha.
Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, a recepcionista fala.
— Quem é Beatriz Andrade? — perguntou olhando nos rostos das mulheres grávidas ali presente.
— Sou eu — respondi nervosa.
— Por favor, me acompanhe — a sigo até uma sala de tamanho médio, Katy vinha logo atrás de mim.
— Bom dia — ouvi uma voz grave e vi que era o medico. Não parecia ter muita idade, mas o que importava é que ele tinha um diploma, que aliás estava exposto na parede atrás dele.
— Bom dia — falamos juntas.
— Bem estou vendo os últimos exames que você fez, e está tudo certo. Anda fazendo a alimentação correta?
— Sim — e essa foi a primeira de muitas perguntas que ele me fez, mas eu também fiz perguntas sobre coisas que eu não tinha certeza.
— Vamos fazer a ultrassom? — perguntou já se levantando e me apontando uma maca para que eu pudesse me deitar.
— Claro — disse me alegrando com a possibilidade de ver meu bebê
Vi o médico levantar minha blusa, e em seguida passar um gel na minha barriga. Meus olhos foram em direção a Katy que olhava para o pequeno monitor que ali tinha, foquei meus olhos lá, e não consegui distinguir nada, na verdade para mim tudo aquilo não passava de borrões, mas é claro que não era apenas isso, ali estava o meu bebê e eu tive a confirmação disso ao ouvir o som do seu coração.
— É o coração dele? — Katy perguntou e ela parecia ingenuamente feliz.
— Sim, o coração está em um ritmo muito bom — o médico interveio ainda passando aquela máquina na minha barriga.
— Poderei saber o sexo hoje? — perguntei curiosa.
— Vocês ainda não sabem? — balancei a cabeça em sinal que não — Bom então pode ficar feliz mamãe, pois você terá um bebê... — antes que ele fosse completar o que falava, a secretaria entra na sua sala.
— Doutor Vicente, desculpa-me por entrar assim, mas é que sua esposa entrou em trabalho de parto — assim que a secretária fala, a expressão de descontentamento do Doutor se transforma em uma alegria mais que evidente.
— Er eu...eu — ele parecia não saber o que fazer, e foi meio engraçado toda situação, um doutor sem saber o que fazer por causa de uma noticia que provavelmente estaria esperando faz tempo.
— Deixe que eu termine com ela, e o senhor vá até sua esposa — a secretária falou já se pondo no lugar do Doutor e pegando a máquina, enquanto ele saia afobado.
— Meu Deus, coitado — Katy soltou em voz alta, e em seguida percebeu a gafe que cometeu.
— Tudo bem senhorita, sabe ele é pai de primeira viagem, na verdade a esposa dele é minha melhor amiga ou pelo menos era, antes dela engravidar dele — tento entender o que tinha de errado no que a secretaria falou, e enfim acho o que tinha de errado naquela frase.
— Porque depois dela ter engravidado vocês deixaram der ser amigas? — perguntei curiosa.
— Eu era a namorada dele, mas então ela acabou se envolvendo com ele e engravidando dele, nossa amizade acabou e ele não poderia escolher entre eu e ela, até porque era o filho dele na barriga dela, ele nunca se perdoaria se não vivesse com o filho dele — logo que ela fala, me faço a pergunta que há muito tempo me assombrava. Será que o Simon me perdoaria ou se perdoaria por não viver com o seu filho?
— Sinto muito — falo com o semblante triste e percebo que a Katy também estava.
— Tudo bem, bom agora vamos descobrir qual é o sexo desse bebê? — perguntou sorrindo, e percebi que ela não era apenas uma secretária, sei que vai ser estranho, mas quando a vi apenas a vi como uma simples secretária, mas ela era mais que isso, ela é mulher, amiga, companheira e parceira, ela é muito mais que um rótulo, ela é humana.
— Claro — digo animada com a possibilidade de saber o sexo do meu bebê. E esperava que dessa vez não tivesse nenhuma interrupção.

[...]


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem! Critiquem! Digam algo! Mas apareçam por favor!
Não esqueçam que isso anima muito a gente (:

~Keel



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