Keep Your Secrets escrita por Leeh Lovegood


Capítulo 1
Astoria Plays at Hide and Seek


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores. Esse é um projeto um pouco antigo, eu o tinha escrito lá pelo começo do ano, mas por decorrências acabei o perdendo e resolvi postar novamente. Espero que gostem.

— Já aviso que A- causara bastante revoltas durante a fic, por isso, estejam avisados para os capítulos seguintes.



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❝Imagine que estávamos há alguns meses atrás, no verão, entre o quinto e sexto ano de Hogwarts. Você está jogando quadribol com a nova Firebolt que ganhou de seus pais, e é muito boa no esporte, poderia até jogar no Chudley Cannons. Você está comendo seu cereal matinal, quando uma coruja passa voando e deixa a nova edição do profeta diário a sua frente. Em letras garrafais está escrito DESAPARECIDA e a foto de uma garota, ela é bonita – provavelmente mais bonita do que as garotas de sua idade. Ela tem um ar superior e um sorriso de canto dos lábios, estes com um batom muito vermelho. Seus cabelos negros caiam delicadamente pelo rosto. Você pensava que só sangues ruins desapareciam assim?

Pense bem...

Hermione Granger desabava em seu enorme sofá. Fora uma manhã muito cansativa para a morena. Astoria havia levado-a pra fazer compras, e renovar seu armário, como a mesma havia dito.

– Que chatice. – Ela disse enquanto observava a capa de seu novo exemplar de Hogwarts, uma história, como uma criança observava seu novo brinquedo.

Astoria Greengrass deu uma pirueta graciosa. Naquela tarde, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo desleixado e ela usava seus Chuck Taylors preferidos, apesar do sorriso nos lábios, seus olhos mantinham uma expressão preocupada. Ela se sentou ao lado de Hermione no sofá. Arrancou-lhe o livro das mãos e jogou-o em um canto qualquer. A garota olhou-a revoltada ponderando se devia, ou não, pegar seu exemplar. Foi quando grandes chamas verdes brotaram em sua lareira. Gina e Luna saíram de lá, com os braços entrelaçados, a Weasley com uma expressão irritada.

– Odeio viajar com pó de flu. – Disse a ruiva limpando suas vestes.

– Ora, é tão legal, você sabe, papai disse que há uma lenda sobre... – Começou Luna com seu ar sonhador e até mesmo um pouco infantil, ela enrolava os cabelos loiros enquanto falava.

Daphne, irmã de Astoria, bufou entediada, enquanto Luna começava seu discurso sobre a Guerra dos Duendes, esquecendo por um momento do que começara a falar.

Astoria e Daphne haviam conhecido Luna, Hermione e Gina durante uma de suas detenções com o ex-professor de poções Severo Snape. E é claro que Hermione, com seu histórico perfeito, havia ido apenas para ajudar as amigas. Todas elas conheciam Astoria, a garota popular e bonita de Hogwarts. Invejadas por todas, as garotas das quatro casas de Hogwarts, principalmente da Sonserina, que ironicamente era casa da Greengrass. Então na primeira vez que ela elogiou os cabelos ruivos de Gina, discursou sobre animais exóticos com Luna e parabenizou Hermione por ser tão inteligente, elas não puderam deixar de se deslumbrar...

– Que bom que esse dia acabou. – Disse Gina se espreguiçando enquanto as garotas seguiam para o ex-celeiro dos Granger’s.

– Me explique novamente, porque seus pais têm um celeiro? – Perguntou Daphne.

– Eles serviam para festas antigamente, e agora, é inútil... – Falou Hermione sem muito interesse.

O ex-celero estava logo à frente. Era pequeno e aconchegante, com suas grandes janelas brancas, que davam vista para um pequeno bosque, onde se ouviam os gritos animados de crianças, e mais ao longe, grandes casas vitorianas. Estilo Londres no século XIX.

Ao entrarem deram de cara com a irmã mais nova de Hermione, ela brincava alegremente com sua boneca, seus cabelos caídos rebeldemente em cachos loiros pelas costas e seu pijama cor-de-rosa favorito.

– Anne, eu te disse que era minha vez de usar o celeiro. – Ela disse revirando os olhos castanho-claros.

– Mione... – Ela começou fazendo biquinho.

Hermione se aproximou da irmã mais nova e cochichou algo em seu ouvido, ambas sorriram, e sem pestanejar a garota saiu correndo do lugar levando sua boneca em mãos.

– Como você...? – Começou Gina.

Hermione levantou o dedo indicador, como se dissesse silenciosamente que não responderia a mais pergunta e logo depois, sorriu para a amiga, mostrando levemente suas covinhas.

Astoria tirou de sua mochila uma grande garrafa de Wisky de fogo e sorriu marotamente. Daphne bateu palmas aprovando o gesto da irmã.

– Eu não vou beber isso... – Começou Hermione, cruzando os braços, cética.

Astoria levantou uma sobrancelha inquisitória e murmurou algo que apenas ela e a Granger sabiam. Hermione fez uma careta indignada e pegou um copo a contra gosto.

– Ótimo. – Começou Luna. – Vamos fazer um jogo.

Ambas as garotas já dormiam a tempos, em decorrência da bebida. Menos uma.

Gina acordou assustada, acabara de ouvir um barulho estranho. Como alguém que acabará de tropeçar em algo. A ruiva olhou para os lados e encontrou uma figura morena prestes a sair pela porta. Astoria encarou a amiga por alguns segundos, depois pressionou o dedo indicador nos lábios, como estivesse acabado de contar um segredo muito importante. E saiu, noite a fora.

Na manhã seguinte, elas não obtiveram nenhuma notícia sobre Astoria. As garotas se telefonaram para conversar, dessa vez uma conversa apenas entre as quatro.

– Você acha que ela está brava com a gente, ou algo do gênero. – Perguntou Luna preocupada.

– Provavelmente está na casa de alguma sonserina. – Interpôs Hermione.

– Ou garoto... – Debochou Daphne do outro lado da linha.

– Eu tenho certeza de que ela foi se divertir. – Comentou Gina incerta.

Uma a uma, as garotas receberam patronos da sra. Greengrass, perguntando se tinham notícias da Ast. No começo todas as meninas deram cobertura a ela. Era uma regra afinal. Não haviam dedurado Gina quando ela chegou duas horas depois do toque de recolher, por perder a hora em um final de semana, e não haviam dedurado Hermione, quando ela perdeu o, sobretudo preferido de sua prima em uma boate trouxa; e assim por diante. Mas mentir para a sra. Greengrass dava uma sensação amarga em seu estômago. Como se fosse algo errado; muito errado.

Naquela tarde a sra. Greengrass mandou outro patrono, dessa vez, estava desesperada. Á noite, os Greengrass mandaram uma coruja para o ministério, e na manhã seguinte, diversos aurores e investigadores estavam no jardim perfeito da casa dos Granger’s, inclusive a equipe de reportagem do Profeta Diário.

Daphne telefonou para Luna naquela tarde.

– Você viu as reportagens? – Ela perguntou tentando controlar a bile que subia por sua garganta.

– Sim. – Sussurrou Luna do outro lado da linha.

– Eu dei entrevista. – Parou por um momento como se lembrasse de algo. – Você não contou sobre o que aconteceu, mês passado?

– Não, claro que não. – Exclamou Luna – Você acha que eles...?

– Não, apenas nós quatro sabíamos... E Ast.

As quatro garotas foram interrogadas assim como todos próximos a Astoria. Seus professores de Hogwarts, colegas da Sonserina e pessoas que possivelmente a odiavam. Hermione estava sentada a sua escrivaninha, escrevia apressadamente uma carta para Harry, ele era o único que conseguiria a acalmar naquele momento. Gina estava no jardim da Toca, com sua antiga vassoura, sem a mínima vontade de jogar quadribol. Luna olhou para sua nova pesquisa sobre narguiles. Daphne passou o resto de suas férias trancada no quarto. Lentamente as quatro foram se afastando e deixando de se enviar noticias.

O verão que deveria ser perfeito, havia finalmente acabado, e com eles vieram às aulas. E depois as férias de inverno. O ministério continuava sua busca. E o jornal havia há tempos perdido seu interesse pelo assunto; focando-o em novos ataques de bruxos das trevas. Toda a vez que elas passavam perto de algum lugar em que costumavam se encontrar com Astoria, para fofocar ou simplesmente comentar sobre aquele certo Corvinal bonitinho. Um sentimento novo surgia.

Alivio.

Afinal, Astoria era Astoria. E por mais que fossem amigas, elas sentiam certo medo, ou até mesmo receio da garota. Ela era alguém que sempre tinha a opinião final sobre o que comprar, ou sobre aquele salto alto. Era um ombro amigo. Mas sabia de todos os seus segredos – os que queriam se livrar a todo custo; os enterrar como um corpo. Era ruim pensar que Ast estivesse morta, mas caso sim, seus segredos estariam a salvo.

E estavam, por um curto período de tempo.❞


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Notas finais do capítulo

Sou uma autora em tese movida a comentários, então peço que por favor, comentem. Preciso saber a opinião de você, e gosto bastante de conversar. Tentarei não demorar a postar o segundo capítulo.