Dramione: Learning To Love escrita por Clary


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Mais Dramione pra vocês :3 Agora é a Hermione tentando desvendar a profecia u.u



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Deitada olhando para o teto.

Era assim que eu me encontrava, não conseguia dormir, o papel parecia fogo em minhas mãos. Nas mãos de quem ele se refere. Algo no que li... me deixou completamente alerta. Isso não demoraria muito? Ou sim? Acho que uma guerra assim, do nada, provocada pelos que acabamos de derrotar, as pessoas que deveriam estar reconstruindo suas vidas, é tão ilógico. Em outras palavras, burrice da parte deles. Não estão prontos para nos enfrentar.

Ou seria eu que não estava pronta para enfrentá-los?

Claramente, eu estou protagonizando um papel que não poderia ser meu. Quem eu sou? Uma nascida trouxa, Grifinória que agora duvida de sua descendência por que uma bruxa falou algo com certa ambiguidade, olhando nos meus olhos, antes de morrer.

Morte. Guerras só proporcionavam isso. Destruição, por que isso agora? Ninguém no mundo magico estava preparado para uma guerra em massa. Talvez não fosse isso. Talvez fosse somente ir atrás do seu inimigo e destruí-lo.

Eu estava começando a considerar o ultimo fato.

Qualquer coisa seria melhor que ver Hogwarts aos pedaços novamente... Ou... Pessoas morrendo. Eu só queria que, mesmo nessas circunstâncias, ninguém morresse.

Sentei-me na cama, relendo o papel pela milésima vez.

“Um dia dado à profecia...”

Um dia... Um... Somente um dia. Eu estava tentando entender. Um dia para realiza-la? Um dia para completar tudo que me estava destinado naquele papel? 24 horas era muito pouco.

Talvez, em outras circunstancias, eu pensasse diferente. Como se 5 segundos fossem muito. Fosse uma vida. Ou 1 minuto fossem vidas, ou o final delas.

Mas o que eu estou fazendo? Refletindo sobre... Uma guerra? A única coisa que tenho certeza agora é não será uma guerra pela simples razão de não poder ser. Decido nomear como uma decisão, como Malfoy fez. Quem, por Merlin, me designou para protagonizá-la? A ideia de estar à frente de um grupo me deixa com náuseas.

No meio de todo esse turbilhão de pensamentos, eu me lembro. Malfoy. Há quanto tempo não o vejo? O bastante para que eu sentisse sua falta. Faço uma nota mental de ir procura-lo assim que amanhecer.

Vou para o segundo verso, que acompanha o terceiro.

“Trevas arrependidas
Unidas a luz prestes a entrar no campo de batalha...”

Trevas arrependidas unidas a luz? Fácil. Criminosos de guerra que se arrependeram e vieram para a luz. Prestes a entrar no campo de batalha... A frase diz tudo que preciso saber, portanto, não preciso passar pelo agoniante momento em que terei de colocá-la em minhas próprias palavras. Vou para o próximo.

“Paginas esquecidas clamam por atenção...”

Paginas. Palavras. Papel. Livros. Informações...

Uma vez Ridley disse que eu saberia onde arrumar informações e que eu precisaria destas. O que leva a crer que ou elas estariam na biblioteca ou... Eu teria de voltar a um determinado lugar. Que decidi chamar de verdadeiro. Seja lá o que aquela biblioteca guarda, é importante por que está escondido. E extremamente perigoso. Talvez poucos saibam sobre sua existência, o que me leva a crer que eu vou achar tudo o que preciso e mais um pouco... Lá.

Algo me diz que não verei somente aqueles vultos que não sei nomear agora.

Olho para o relógio, são quase cinco da manha. Decido dormir nesse curto período, na certeza de que olheiras incríveis estarão plantadas em meu rosto quando acordar.

Um sono sem sonhos.

–--

– Hermione. – alguém sussurra. Solto um gemido involuntariamente, sonolenta. Seja quem for, continua me chamando, até eu perceber que não é uma garota. Alguém veio a minha mente, Trevor.

Sento-me na cama na hora, tensa. Não acordada, mas alerta.

Quando olho para frente, vejo nada mais nada menos que o loiro me encarando. Relaxo um pouco.
– Malfoy, o que você está fazendo aqui?

Ele franze o cenho.
– Você ainda me chama de Malfoy?

Analiso o fato. Mesmo depois de tudo, eu ainda não quebrei essa barreira de me dirigir a ele pelo sobrenome. Talvez seja costume, ou talvez seja... Medo? Decido falar o que ele espera ouvir.
– Desculpe Draco, é o costume.

Ele sorri ao ouvir seu nome e caminha calmamente em minha direção.
O caminhar dele era tão cafajeste quanto o sorriso. (N/A: Like a Gus u.u)
– Você não apareceu ontem. – ele falou, me abraçando.

– Aconteceram umas coisas que preciso te contar.

Ele percebeu a que se referiam.
– Depois. – falou, aproximando sua boca da minha. Virei o rosto e ele beijou minha bochecha.


– Espera eu acordar direito? – falei.

Seus olhos encontraram os meus.
– Você fica linda quando acaba de acordar. – sorri timidamente, ele continuou. – alias, por que você acordou pronta pra atacar daquele jeito?


– Por um segundo... achei que fosse Trevor, vindo me matar.

Ele fingiu não estar surpreso. Mas estava.
– Você já descobriu sobre ele.

Franzi o cenho.
– Você sabia. – falei em tom acusatório.

Ele deu de ombros.
– Estou sabendo de muita coisa ultimamente.

Lembrei-me de algo. Ele é um informante. Trinquei os dentes.
– Por que você não me falou?

– Eu não tinha permissão.

– Eu poderia ter descoberto de uma maneira melhor. – falei.

Ele franziu o cenho.
– De que maneira você descobriu? – perguntou.

Olhei-o. Será que ele sabia? Provavelmente não. Eu me sentia horrível falando isso pra ele, eu tinha que contar tudo. Pensei em meus amigos, além de Gina, eu estava escondendo tudo deles, quando na vez deles, me contaram tudo. Fique a par de cada detalhe. Me sentia uma traidora. Por fim, tomei coragem e olhei Draco, que esperava uma resposta. Minha boca abriu-se, mas não emiti som algum.

Ele me motivou.
– Vamos, como descobriu?

Palavras engasgadas.
– Vendo Ridley morrer. – falei olhando em seus olhos.

Draco foi tomado pela surpresa. E uma infinidade de sentimentos o atingiu.

Passamos um tempo em silencio até que ele, com a cabeça baixa, perguntou:
– Quem a matou?

A pessoa que a matou, é a qual temo ter que matar. Ele levantou a cabeça e pude olha-lo novamente. Dessa vez falei com o ódio estampado na voz.
Trevor.


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Notas finais do capítulo

GEEEEEEEEEEENTE '0'