Dramione: Learning To Love escrita por Clary


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

OI OI OI GEENTE!
Desculpem a demora, estou em período de provas e entrei como ADM em mais uma page! Swinc3land, se puderem curtir eu vou agradecer never ends, e quem tiver outras pages e quiser divulgar, obrigada. O link esta nas notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/429265/chapter/18

– HARRY! NÃO! – gritei a plenos pulmões.

– HERMIO-ONE! – ele respondeu desesperado.

Eu não sabia onde estava, me encontrava ali ha horas, era uma sala escura. Eu estava parada no centro enquanto meus amigos estavam espalhados pelos cantos dela. Aparentemente sofrendo. Eu ouvia os gritos, gemidos de dor.

Ouvi um grito de agonia vindo da minha esquerda. Gina. As lagrimas começaram a cair.

– O que vocês estão fazendo com ela? -- eu não via um palmo a frente de tao escuro.

A cada palavra eles ficavam mais fortes, cai de joelhos no chão. Não. Gina não. Ela estava sofrendo. Era nítido, eu tinha que fazer alguma coisa.

Tapei os ouvidos. Eu não conseguia. Eu era uma fraca.

As luzes se acenderam.

Em cada ponta da sala havia alguém encapuzado. A minha esquerda estava Gina, direita Harry, na frente Ron, e atrás... Malfoy. Minha garganta fechou. Um grito contido.

Todos estavam caídos. Desacordados. Ensanguentados. Vulneráveis. Enquanto os vultos negros seguravam varinhas e facas.

Vi meu reflexo em algum lugar. O que era aquilo? Eu parecia selvagem. Meus olhos esbugalhados e meu cabelo desgrenhado. Pronta pra enfrentar tudo e todos e reviver as pessoas que amo.

Foi quando os vultos abaixaram os capuzes. Todos eles tinham... o meu rosto.

–--

– Está tudo bem Hermione.

Respondi soluçando.
– Não está, nada disso está.

Gina respondeu exasperada.
– Então não está, está tudo fodido.

Minha voz estava embargada.
– Gina, e-estou com medo.

– Eu sei. Vai passar. – disse passando a mão calmamente em meus cabelos.

Olhei-a.
– Vo-Você vai dizer adeus Gina? Não. Não quero ouvir. – tapei os ouvidos. Como uma criança implicante.

Foi uma luta ate que ela conseguiu destampá-los.
– Não vou Hermione, de onde você tirou isso?

– Eu te vi partir. Eu vi todo mundo ir embora, eu fiquei sozinha. E a culpa era toda minha. Eu destruí vocês.– a cada palavra dita eu chorava mais. Encolhida no meio das cobertas.

Como se uma lâmpada se acendesse acima da cabeça de Gina ela disse:
– Sonhos!

– O q-que?

– Ela disse que você teria sonhos.- Ridley. – rosnei – a culpa disso tudo é dela. Tenho pesadelos com meus piores medos por culpa dela.

– Estamos nos preocupando pouco demais Herm’s. E se tudo for verdade? Temos que estar preparadas.

Encolhi-me em meio às cobertas de novo e comecei a chorar baixinho.
– Gina, eu não quero mais gente morrendo. Eu não vou aguentar Gina, não vou, não vou aguentar.. – saiu tudo como um sussurro inaudível. Mas pelo silencio da noite no quarto, ela escutou.

– Shiiiiu Mione, vai ficar tudo bem.

– Mentira! Não tente dizer que vai ficar tudo bem! Não minta para mim!

Gina ficou quieta.
Me abraçou como minha mãe fazia quando eu estava com medo do escuro e não conseguia dormir. Aquela lembrança acabava comigo, Gina deitou-se na cama do meu lado, cobriu-nos, ficou em silencio o tempo todo, o único som que eu ouvia era o dos meus soluços. Ao fazer isso ela me acalmou. A medida que o tempo passava o sono me abatia. A única coisa que eu ouvi antes de cair em um sono profundo foi ela sussurrando:

– Em certos momentos, é preciso mentir para si mesmo para conseguir seguir em frente.

–--

Acordei com alguém batendo na janela. Com certeza essa pessoa estava numa vassoura.
Levantei-me da cama, estremeci ao relembrar a noite anterior. Meu pesadelo havia sido horrível, eu vi todos. Todos os que eu amo partirem.

Calcei os chinelos, escovei meus dentes lavando o rosto em seguida e fui ate a janela. Era sábado. Seja lá quem for, eu agradeceria por me acordar, nem dormindo eu tinha paz agora.

Abri as cortinas. Malfoy?

Esfreguei os olhos, era ele mesmo.
Pisquei. Quando me dei conta ele já estava do meu lado segurando uma flor.
– Bom dia – entregou a flor e me beijou.

O que significava aquilo?
Eu não acredito que ele acha que estamos namorando! E que ele apareceu na ala dos Leões!
– Malfoy – disse me separando e olhando pra ele. Ri. – você é louco de aparecer aqui.

Ele me abraçou pela cintura. Com um sorriso sedutor disse:
– Corrigindo, eu sou louco por você. E por esse pijama.

Arregalei os olhos.
– M-Meu pijama? – olhei pra mim mesma. Ai Meu Deus. Era preto com renda e muito curto. O tipo certo pra receber um cara lindo na sua porta. Por que eu dormia com aquilo? Desviei o assunto. – Você tem sorte de estar tarde e todo mundo já ter ido para Hogsmead. Por que se não sua morte estava próxima.

– Eu não tenho medo desses Simbas da vida.

Ele tinha mesmo chamado os alunos da minha casa de Simbas? Semicerrei os olhos.
– O que você disse?

Ele apressou-se em corrigir.
– Não, eu disse...er... eu disse... – ele me olhou de canto – ah, você sabe o que eu disse, e também que eu não gosto de grifinórios , e a única que me interessa aqui é você.

– Seu ódio pela sangue-ruim acaba, mas nunca pelos leões.

– Isso.

– E se eu chama-los de Jararacas?

Ele arregalou os olhos extremamente ofendido.
– Mas o que... é isso? Um xingamento?

– É uma cobra. – disse rindo – venenosa.

Ele me olhou de canto.
– Seja lá o que for, eu não chamo vocês e Simbas e você não chama a minha casa de Jararacas.

– Bem, o que você esta fazendo aqui?

– Eu não sei se você iria a Hogsmead comigo, mas se não for, Longbottom vai e o apartamento dos monitores vai ficar vazio.

– E você quer que eu vá pra lá..? – arqueei uma sombrancelha.

– Sim. – ele sorriu de canto ainda me abraçando.

Franzi o cenho. Eu não me considerava namorada dele. Precisava saber o que ele esta pensando.
– Malfoy, estamos hmm.. er... namorando?

– Você quer que eu me ajoelhe e peça? – ele brincou.

Balancei a cabeça saindo de seu abraço e andando pelo quarto.
– Você sabe a minha opinião sobre me envolver.

Sua expressão. Eu preferia não olhar.
– Me deixar tentar. Por favor.

Olhei-o.
– Eu consigo estragar tudo antes de começar.

Ele estava determinado.
– Se eu não arriscar... é o que eu sinto que esta em jogo. O que eu sinto por você. – ele passou a mão pelos cabelos nervosamente bagunçando-os. – e eu te garanto, não é pouca coisa. E se você não quiser... – ele olhou bem dentro dos meus olhos. – eu não estou te obrigando a nada, e eu não estaria insistindo se não visse nos seus olhos que você quer também, mas nega. Hermione escute o seu coração. Esqueça todo esse medo de amar, se decepcionar. Problemas, decepções, todo mundo tem. Agora é a sua vez de ser feliz. Eu não estou dizendo isso por que tenho certeza que você vai ser feliz comigo. – ele se aproximou e acariciou minha bochecha. – Quando a gente ama queremos ver o outro feliz.. mesmo que... não seja... com a gente. E se você não quiser nada comigo eu vou sair por aquela janela e te garanto que não te incomodarei mais.

Era agora ou nunca.
Eu gosto dele. Gosto do sorriso dele, gosto dos olhos indecifráveis, do jeito casual de andar, da maneira que aparece e desaparece, de quando me beija, de quando me abraça. Quando não estou perto dele, é difícil admitir, mas eu realmente sinto falta. Eu não diria que o amo, mas quando se quer estar perto e alguém é o bastante pra saber que você não quer que essa pessoa vá embora.

– É que às vezes acho que não sou o melhor pra você. – ele continuou.

Mergulhei naquele mar cinza gelo.
– É só fazer valer a pena.

Ele estava com um sorriso bobo na cara.
– Isso é um sim? – encostou sua testa na minha.

– Talvez.

Nossas bocas se encontraram.
Eu não sei como se respira, como se vive, como se anda, mas por incrível que pareça eu estou andando em direção à cama com ele na minha frente. Vou mudar essa rota.
Empurrei-o, ainda o beijando, em direção à janela de onde ele entrou. Ele não percebeu.

Quando cheguei ate ela, desvencilhei-me dele.
– Próxima parada: apartamento dos monitores.

– Você vem? – ele fez biquinho.

Ri. Meu Deus era muito fofo!
– Mais tarde apareço por lá.

Ele me roubou um beijo.
– Não demora.

Assim, subiu na vassoura e foi embora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*-*
Ate a próxima :D

Curtam: https://www.facebook.com/swinc3land