Dramione: Learning To Love escrita por Clary


Capítulo 16
Capítulo 16




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Eu nunca sei quando as pessoas estão falando a verdade.
Na verdade ninguém sabe, e isso só complica tudo por que eu não confio em pessoas além de Harry, Gina ou Ron.

Na verdade eu nem confio em Ron.

Eu não sou de apostar minhas fichas numa pessoa em que eu nunca tive uma relação boa. Bem... isso soa bom demais pro Malfoy. Nossa relação sempre foi péssima. O pior que você puder imaginar. E aquele cara esta se tornando amigável, esta falando e fazendo coisas que nem mesmo Ron um dia fez por mim, é praticamente impossível admitir, mas quando ele me beijou eu senti uma coisa esquisita, uma sensação que eu não sei definir.

Estou com medo de gostar dessa sensação. Não posso gostar.

A maioria se afoga antes de entrar no mar.

Ele é extremamente apaixonável. Isso me irrita, pois mesmo que eu siga o conselho de Gina não seria fácil aceitar um romance entre a Sabe-tudo-da-Grifinória e o Príncipe da Sonserina. Seriamos eternamente julgados.

Se bem que eu já sou julgada e mando todo mundo se ferrar.

Mas, tanto faz, não é a mesma coisa. Harry ficaria louco.
Ou não. Tenho medo desse “ou não”.

Serio, eu não mereço a minha casa. Sou uma covarde que não consegue enfrentar nem decifrar o próprio coração.

Quer saber onde eu estou? Bem eu...

– Uma estrela cadente. – ele disse e apontou-a.

É, eu estou em uma parte escondida dos jardins a céu aberto, deitada na grama olhando o céu negro que se estende em sua imensidão infinita cheio de pontinhos luminosos acima de mim com ele do meu lado observando o céu também.

Que momento romântico. Eu? Romântica? Há algo errado nessa sentença.

– Faz um pedido. – falei.

Ele riu.
– Eu já fiz.

– Qual? – perguntei com interesse.

– Não posso dizer. Se não, não vai se realizar.

Fiz um bico. As pessoas amam me deixar curiosa.

– Faz um também. – falou.

– Já a perdi.

– Ok. O que você pediria?

Falei aquilo que estava entalado na minha garganta há muito tempo, porém, nem percebi.
– Que meus pais se lembrassem novamente de mim, mas me recebessem com o mesmo brilho no olhar que receberão o bebe. Não como se eu fosse uma preocupação a mais na vida deles.

O tom de surpresa era nítido na voz dele.
– Quer compartilhar?

Não ia despejar meus problemas nele.
– Não, está tudo bem. – não, eu sabia que não estava.

Sua expressão suavizou.
– Eu sei que não está. E se você quiser falar sobre isso eu vou estar aqui.

Sorri um pouco.
– Seria mais fácil se você ainda fosse detestável.

– Progredi.

– Claro. – ri.

– Ei, estamos sozinhos no jardim e ainda não houve nenhuma morte, ou ameaça, ou ofensa.

– É.

– Quer saber por que eu fiz o serviço pra Black?

Uma onda de curiosidade me moveu. Eu queria mais que tudo saber.
– Por quê?

Ele deitou de lado, de uma maneira que poderia olhar pra mim enquanto falava.
– Ela procurou a mim e a minha mãe, de inicio não escutei nada, ate ouvir algo sobre você correr perigo, eu não ia permitir. E era uma maneira de me aproximar. Agora eu tenho que te vigiar. Mas rendeu um bônus. – ele sorriu – e essa foi a melhor parte.

Ri. Malfoy não era o tipo fofo/santo. Ele era fofo/safado.
– Bem. Isso tudo, essa história toda, não é meio bizarra?

– Pior que é verdade.

Franzi o cenho.
– Como você sabe que é verdade?

Ele não olhou pra mim enquanto falou dessa vez.
– Eu praticamente convivia com Voldemort. Eu sei que ele treinava os comensais mais poderosos e cruéis para isso. Bem, ele não tinha tudo sob controle, não sabia se ia ganhar essa batalha contra Potter. Potter tinha algo pelo qual valia a pena viver, as pessoas ao seu redor o amavam de verdade. Voldemort não tinha ninguém. Se ele vencesse a única coisa que ele teria era poder e o desprezo explicito de todos. Ele preparou pessoas, forças das trevas, para substitui-lo. Ele não disse tudo, mas disse o bastante para que eu soubesse que ele faria isso.

“Em uma guerra, a única vencedora é a morte.” Eu já tinha escutado aquilo.

– Então quer dizer que realmente terá tudo de novo, ou pior?

Era doloroso pra ele falar daquilo, eu podia sentir. Ele viveu com Voldemort, ele tem a Marca Negra. Mais um motivo pra eu não me envolver.
– Hermione, estão fazendo tudo de novo. Escondendo o Profeta Diário, nos privando das noticias. Os ataques já devem ter começado.

– Mas por quê? – uma raiva me invadiu – acabamos de sair de uma Guerra. Já vimos de tudo, por que esconder da gente? Isso não tem logica. Se tiver mesmo outra batalha, vamos estar nela. Quem é o imbecil que esta fazendo tudo isso de novo?

– Dessa vez não vão agir como antes. Eles farão só um ataque. E esse ataque vai decidir quem vai e quem fica.

Era muita informação. Virei-me para Malfoy estupefata.
– Como você sabe de tudo isso?

Ele hesitou. Olhou pra mim:
– Sou o informante da Minerva.


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Notas finais do capítulo

MEU DEUS DRACO QUE COISA ABSURDAMENTE CORAJOSA *0*
Se vcs tiverem alguma duvida em relação a historia/personagens podem me perguntar nos reviews ^^