One child in our life escrita por T Phoenix


Capítulo 1
O final feliz


Notas iniciais do capítulo

Gente, espero que gostem da minha fic, fazia teeempos que não escrevia uma Red Beauty e decidi, como sempre, fazer uma coisinha diferente, porém, cheia de fofura, como é tudo o que envolve essas duas. kkkk

Não tenho muito o que falar, apenas boa leitura! ^-^



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StoryBrooke, dois anos atrás.


Ruby estava parada bem ao centro, diante de uma multidão que a olhava atentamente com sorrisos nas faces. Ela usava um conjunto social preto, composto por calça e um belo terninho que parecia ter saído do closet da prefeita. Por baixo, uma camisa de botões vermelha, sua cor preferida e também característica. Seus longos cabelos negros estavam presos num firme rabo de cavalo e ela se mantinha em pé sobre os saltos do scarpin que usava, esperando pacientemente.

A quem estou querendo enganar? Ruby não estava nem um pouco paciente, ela era uma pilha de nervos, mal se mantinha parada, trocando o peso de uma perna para outra a cada minuto. Vez ou outra, a avó, que se mantinha parada ao seu lado, pouco atrás dela, lhe afagava o ombro para lhe confortar e acalmar. Elas trocavam um sorriso e a loba se mantinha quieta pelos próximos cinco minutos.

Olhou para o seu lado esquerdo, sua melhor amiga estava ali. Snow e David mantinham-se de braços dados, ao lado de Granny, ambos perfeitamente arrumados e igualmente bonitos, como a realeza que eram. A mulher tinha um imenso sorriso no rosto e os olhos brilhavam em lágrimas emocionadas, que causaram em Red uma vontade enorme de chorar.

Decidiu então olhar para o lado direito. Ali estava Emma, Ruby nunca tinha visto a loira tão linda antes. Ou talvez tivesse, apenas em uma data muito especial, como era a sua própria agora. A xerife mantinha-se em pé sobre saltos altos, num sapato bege que deixava suas pernas ainda mais longas embaixo daquele lindo vestido vermelho que usava. Ela parecia uma princesa, embora também parecesse desconfortável, pois Red sabia muito bem que Emma não era fã de vestidos e, para ela estar daquela forma, só poderia ser influência ou chantagem de uma única pessoa, a qual a loira esperava quase de forma nervosa. Aquilo fez com que a loba tivesse vontade de rir.

Poucos minutos se passaram, até que finalmente a pessoa, à qual Emma aguardava tão ansiosa, apareceu, se aproximou e lhe deu um rápido selinho. A loba permitiu-se acompanhar os passos da pessoa com os olhos, presenciando também aquele momento de carinho. Abriu um leve sorriso. Ela observou quando Emma envolveu a cintura da mulher e suas mãos se encontraram, ambas exibiam alianças iguais na mão esquerda, e Red notou que logo também teria uma daquelas em seu dedo. Ruby despertou de seus pensamentos ao ouvir a voz aveludada da morena em sua direção, com um sorriso lindo: “A noiva chegou”.

Como a vida dá voltas, não é? Quem imaginaria que a Salvadora e a Evil Queen um dia ficariam juntas. E que formariam um casal tão lindo quanto realmente eram. Regina estava deslumbrante em seu vestido azul marinho, que lhe valorizava perfeitamente a silhueta. O sapato de salto alto preto, a maquiagem impecável eram outros pontos a se destacar. Ela era uma rainha, sempre fora. E quem diria que, esta mesma rainha, que um dia prendeu sua noiva por tantos anos, seria hoje, madrinha da mesma? O destino tem mesmo um ótimo senso de humor.

Red despertou de seus pensamentos ao ouvir uma música melodiosa soar em seus ouvidos. Seu sorriso abriu-se instantaneamente e seus olhos viajaram para a outra ponta do enorme tapete vermelho que havia diante dela. Lá, as íris verdes encontraram as azuis, brilhando em lágrimas, num misto de emoção e felicidade sem tamanho. Como ela estava linda! Ela andava lentamente pelo tapete, de braço dado com o pai, causando uma ansiedade que a loba pensou que não conseguiria suportar. Os cabelos estavam presos por uma presilha, deixando os cachos castanhos caírem sobre os ombros despidos. O vestido branco, com alguns detalhes em vermelho e dourado, eram um charme a mais. Nas mãos, carregava um buque de rosas vermelhas e douradas. Ruby estava hipnotizada.

Deu alguns passos a frente, dando um leve sorriso para o sogro, ainda tímida diante dele. O homem a abraçou e lhe beijou a testa. “Cuide bem da minha menina.”, foi o que ela o ouviu sussurrar, antes de se retirar e se juntar à Granny no altar. Em seguida, sua mão viajou para a de Belle, segurando-a com uma certa tremedeira, que fez a castanha sorrir. “Eu te amo.”, sussurrou para a mesma e lhe beijou a testa. “Eu amo mais.”, ouviu de volta da mulher e abriu um grande sorriso.

Blue conduziu o casamento, exatamente como havia feito no de Emma e Regina. Ruby não prestava muita atenção no que a mulher dizia, seu coração batia forte demais em seu peito e seus olhos desviavam-se, a todo o momento, para a mulher ao seu lado. Outra vez uma música lhe tirou de seus pensamentos, era a entrada das alianças. Um Henry de smoking impecável entrou pelo tapete vermelho, Ruby não pode deixar de sorrir, Regina era rigorosa na arrumação, e havia sido ela a organizar o casamento. Mas, o que realmente surpreendeu, foi a entrada, ao lado do menino, do cachorro Pongo, que trazia na coleira uma almofadinha onde estavam as alianças. Ela achou fofo, adorava o animal, isso a fez até se sentir mais confortável.

Henry parou diante das duas, desamarrou as alianças e soltou o cachorro, que parecia ter sido treinado a ir em direção a elas ganhar um afago das mãos de Ruby e Belle, antes de se retirar. O menino entregou as alianças à Blue e sorriu para as duas, indo se posicionar ao lado das mães.

– Belle French, aceita Ruby Lucas como sua legítima esposa?

– Sim. – A morena não se conteve em sorrir abertamente ao ouvir.

– Ruby Lucas, aceita Belle French como sua legítima esposa?

– Com todo meu coração. – Aquelas palavras arrancaram uma lágrima da castanha.

Elas trocaram as alianças. Ruby colocou o anel dourado no dedo de Belle e beijou sua mão, ganhando um carinho no rosto, sentindo o frio do metal recém-colocado ali. Após o carinho, Belle pegou o outro anel e colocou no dedo de Ruby, repetindo o gesto de beijar a mão da esposa. Ao final, as duas se beijaram, demonstrando todo o amor que sentiam, ouvindo os gritos de vivas e as palmas vindas dos convidados.

As duas atravessaram o tapete vermelho de braços dados, sob uma chuva de pétalas de rosas que Regina e Blue fizeram surgir com magia. Elas partiram rumo à festa de comemoração. Rumo a uma vida nova.

StoryBrooke, dias atuais.

– Amor, já cheguei! – Ruby entrou e fechou a porta atrás de si. Ouviu o barulho do bule de chá apitando. “Ela está na cozinha, nem me ouviu.”, sorriu com o pensamento.

A morena jogou a bolsa sobre o sofá e caminhou até a cozinha, encontrando Belle de costas para ela, preparando uma xícara de chá sobre a bancada. Aproximou-se por trás e lhe abraçou a cintura, pegando a castanha de surpresa, dando um leve susto nela.

– Ruby! – Ela lhe olhou com um falso olhar zangado. – Não devia ficar me assustando assim, amor. – Sorriu e virou-se de frente para a esposa, lhe plantando um beijo apaixonado.

– Desculpa, eu não resisti. – O sorriso sapeca da loba se fez presente em sua face e ela ajoelhou-se diante de Belle, beijando uma enorme barriga de oito meses. – Oie meu amor, mamãe chegou.

– Você é tão fofa, sabia? E ainda morria de medo de ser mãe. – Belle riu, puxando a loba de volta para cima e passando seus braços, do jeito que dava, sobre os ombros de Ruby.

– Eu ainda tenho, na verdade. Mas tem como não morrer de amores por uma criança? Ainda mais uma que vem de você, que é nosso filho. – Ruby sorriu, acariciando a barriga de Belle, completamente boba com aquela situação. O bebê chutou sua mão, um chute forte que fez Belle soltar um leve gemido de dor. – Amor, você sentiu isso? – Os olhos de Ruby brilharam.

– Claro que senti, com umas dez vezes mais de força, eu diria. – Ela riu e passou a mão pela barriga junto com a de Ruby. – Hey bebê, se acalme. Sei que quer mostrar para a mamãe que está feliz com a presença dela, mas você tem um pezinho pesado para chutes. – Belle riu outra vez e Ruby acompanhou sua gargalhada.

– Você está carregando um lobinho, o que esperava? – A castanha lhe deu um leve tapa no braço.

Em dois anos de casadas, o amor entre Ruby e Belle não havia mudando em nada. Ou talvez tivesse, estava ainda maior e mais forte, principalmente agora que elas aguardavam, tão ansiosas, a chegada Michael, o bebê ao qual a castanha estava prestes a dar a luz.

Três semanas depois, assim que Ruby chegou do trabalho e entrou na casa que dividia com sua amada, empalideceu ao ouvir o grito de dor desferido por Belle. Mais do que depressa, a loba correu e chegou ao banheiro, onde a castanha se contorcia, segurando na pia. Um desespero e preocupação tomaram conta da morena em questão de segundos.

– O que aconteceu amor? – Ela tentava amparar a castanha, quando a mesma gritou de novo e se encolheu.

– A bolsa... o bebê... – Outro grito rasgou a garganta de Belle e ela passou a respirar pesadamente. – O bebê vai nascer. – Disse num único fôlego.

O instinto de Ruby era sempre preciso, e ela devia agradecer muito a ele depois, pois ela mal raciocinava quando pegou a esposa nos braços e correu porta afora com ela, em direção ao carro. Colocou a castanha no banco de trás e correu para o lado do motorista. Já fazia alguns dias que Belle mantinha uma bolsa com algumas roupinhas de bebê, suas próprias e objetos pessoais no porta-malas, porque como ela previa, Red nem mesmo se lembrou de pegar nada, no desespero em que se encontrava.

O carro da loba cantou pneu na rua, indo em direção ao hospital. Ela queria dirigir, avisar a avó e as amigas, tudo ao mesmo tempo, e não conseguia fazer nenhuma das coisas. Optou por apenas dirigir e chegar o mais rápido possível ao local. Entrou com a castanha nos braços, avisando que o bebê iria nascer, o que nem era preciso, pois Belle tornou a soltar um grito de dor.

Dr. Whale foi rápido ao colocá-la na maca e levá-la para a sala de parto. Ruby ia assistir e precisava se arrumar, porém, outra vez, vestia a roupa dada pela enfermeira ao mesmo tempo em que tentava falar ao telefone, e não conseguia fazer nada direito. Decidiu por colocar o aparelho no viva-voz e aguardar, enquanto chamava, vestindo-se.

– Swan. – A voz do outro lado da linha se fez presente.

– Emma, finalmente alguém que atendeu o celular. Pode me fazer um mega favor?

– Ruby? Claro. De que precisa?

– Avise minha avó e sua mãe que Michael vai nascer. Belle está em trabalho de parto, estamos aqui no hospital e preciso ser rápida ou meu filho nasce sem mim lá.

– Sério Ruby? Parabéns! Ok, eu avisarei e logo estaremos aí. Boa sorte!

– Obrigada. – Ambas desligaram os aparelhos juntas.

Ruby correu para a sala de parto e se posicionou ao lado da castanha, que tinha o rosto levemente vermelho e suado. Ela secou a testa da esposa e lhe deu a mão. Red não imaginava que Belle pudesse ser tão forte, pois sentia como se seus dedos fossem ser esmagados a cada novo esforço que a castanha fazia para empurrar o bebê.

O tempo parecia parado dentro daquela sala, até que, finalmente, o choro de criança pode ser ouvido por ambas. Foi impossível não se emocionar com aquele ruído. Elas se olharam, os olhos brilhando em lágrimas, e trocaram um rápido beijo. O médico chamou Ruby para cortar o cordão do bebê, e assim ela fez.

– Um lindo meninão. Parabéns! – Disse Whale, trazendo a criança para que Belle a visse.

– Hey, meu amor. Seja bem-vindo. – A castanha não conteve as lágrimas.

xXx

Algumas horas depois, Belle estava no quarto, rodeada de pessoas que vieram lhe parabenizar, não se importando que já fosse madrugada e que trabalhariam no dia seguinte. Entre elas estavam Snow e David, Emma, Regina e Henry, Granny e Marco, que a cerca de seis meses estavam juntos, assim como o menino Pinóquio, com o qual Henry conversava animadamente.

A enfermeira chegou, trazendo o pequeno nos braços, pois era hora de ser amamentado. Todos ali o tinham visto pelo vidro da maternidade, mas cercaram a jovem para vê-lo melhor e mais de perto, distribuindo sorrisos e suspiros em direção ao recém-nascido. Ruby estava tão boba que parecia em outro mundo. Foi necessário que Emma lhe desse um leve empurrão para que a loba retornasse do transe em que havia entrado assim que seu filho chegou.

– Estamos indo. Queria te dar os parabéns de novo, Ruby. É um lindo menino. – Ela abraçou a amiga, enquanto Regina se despedia de Belle e do pequeno Mike.

– Vamos visitá-las na sua casa depois. – Disse Regina, enquanto abraçava a loba agora.

– Também já vamos, eu tenho que dar aula amanhã cedo. – Disse Snow com um sorriso nos lábios, enquanto se aproximava de Belle para se despedir.

– Esperem um minuto, todos vocês. – Ela sorriu e encarou Red, como se encorajasse a loba a dizer algo. Confirmou isso logo com a frase que veio a seguir. – Ruby quer pedir algo a vocês.

– Claro. E o que seria? – Mary voltou sua atenção para a melhor amiga.

– Belle e eu gostaríamos que você e David fossem os padrinhos do Mike. Vocês aceitam? – Ela disse meio sem jeito e foi surpreendida por um abraço apertado de Snow.

– É claro que aceitamos. É uma honra! Ruby, estou tão feliz! – Mary não se conteve em abraçá-la de novo, fazendo com que as pessoas ao redor sorrissem.

Um ano e meio depois, o dia do batizado.

Belle tinha programado tudo, combinado um horário com a Madre Superiora e com Snow, assim como convidado algumas poucas pessoas, só as mais íntimas, para comparecerem. Mas estava impossível conter a ansiedade que tomava conta dela à medida que a hora ia se aproximando. Ainda mais porque a família não estava nem perto de estar pronta para a ocasião.

– Ruby, vamos nos atrasar! – Ela gritou do quarto do casal.

A loba estava no quarto de Mike, tentando, de forma quase desesperada, fazer com que a fralda do menino passasse pela cintura da calça social que ele havia ganhado de Snow, uns meses atrás.

– Amoor! Isso aqui não está dando muito certo! – Ela bufou, já sem paciência, enquanto o menino parecia rir da sua cara. – Vai rindo, vou deixar você entrar com essas pernas gordas de fora, mocinho. – Ela riu e lhe assoprou a barriga, fazendo uma gargalhada gostosa sair pela garganta do menino.

– Não vai mesmo, Ruby Lucas! Como ousa ameaçar deixar o seu filho entrar pelado no dia do batizado? – Belle entrou no quarto e fingiu estar zangada, mas logo que ouviu a risada do filho, não conteve seu próprio sorriso.

– Então faça essa... essa coisa... – Ela disse, aprontando para a fralda do garoto. – Passar pela calça dele. Eu acho que ele cresceu demais, perdeu a roupa antes mesmo de usá-la. – Ela fez uma pequena careta.

Belle pegou o menino no colo e tornou a colocá-lo sobre o trocador, observando onde estava o erro de Ruby. É claro, o erro sempre era da loba e nunca das roupas, e ela logo constatou isso e soltou uma gargalhada.

– Ajudaria se você tivesse, ao menos, aberto o zíper da calça. – A castanha gargalhou e o menino riu junto, fazendo Red cruzar os braços e fazer outra careta.

– Esse zíper é tão pequeno, eu nem percebi que tinha um. – Ela se fez de injustiçada, enquanto a esposa terminava de vestir o menino, sem dificuldade alguma.

– Está perdendo os instintos, Ruby? – Belle a provocou, olhando-a por sobre o ombro. – Lembro muito bem que, até hoje, você ainda encontra perfeitamente todos os zíperes e botões da roupa que visto, quando quer tirá-la.

– É, então... – Ela gaguejou um pouco e se aproximou de Belle, abraçando-a por trás. – Isso é diferente, tá legal? – Ela riu, fazendo a castanha rir outra vez. – Não me faça sentir que sou uma péssima mãe. – Red beijou o pescoço de Belle, fazendo um pouco de manha.

– Ok. Você é uma excelente mãe e sabe disso. Não é, Mike? – A castanha pegou o filho no colo e o mesmo levou a mãozinha até o nariz de Ruby, que mantinha o queixo pousado sobre o ombro de Belle. – Você só não funciona muito bem sobre pressão. – Ela riu e ganhou um leve beliscão na cintura. – Mas seus instintos nunca falham, e eu confio plenamente neles. – Ela virou-se de frente para a morena e sussurrou. – E em você. – Lhe deu um beijo apaixonado, enquanto o pequeno dava gritinhos de empolgação, completamente feliz ao lado das mães.

Chegaram com quinze minutos de atraso, mas ninguém pareceu notar, assim que colocaram os olhos no menino que Ruby carregava. A tão trabalhosa calça social azul marinho combinando com o coletinho. Um sapatinho preto e uma camisa social branca, estava muito fofo. Os cabelos negros do menino estavam penteados, mas levemente arrepiados onde as ondulações os tiravam do lugar. Os olhos azuis brilhavam e ele tinha um enorme sorriso no rosto e dava gritinhos e gargalhadas, conforme as pessoas ali mexiam com ele.

As pessoas presentes eram os amigos de sempre: Snow e David, que seriam os padrinhos, Emma e Regina, que exibia sua barriguinha de seis meses, toda emocionada. Henry e o amigo Pinóquio, ao lado do pai Marco e de Granny. Archie também estava ali e o garoto simplesmente se apaixonou pelo Pongo. Ruby levou uma bronca de Belle por fazer o garoto “cavalgar” no cachorro logo após a cerimônia, enchendo a roupa do menino de pelo branco. Mas aquilo tudo só causou mais gargalhadas de todos.

A festa tinha mais gente, foi no próprio Granny’s, e coincidiu com a data de dois anos de namoro da avó de Ruby. Todos estavam felizes e Michael French Luccas ia de colo em colo, brincando com todos. Foi só quando Henry e Pinóquio colocaram o menino no chão e, um de cada lado, seguraram as mãozinhas dele, soltando-as, sem querer, quando o adolescente tropeçou em Pongo e o pé do garoto mais novo escorregou num papelzinho de bala, que todos ali presenciaram o pequeno Mike dar os seus primeiros passos sozinho. Foram seis, no total. Mas foram os seis passos mais aguardados, mais lindos e mais emocionantes na vida de Belle e Ruby.

– Mamã... – Ele disse, indo em direção à Ruby, que era quem ele enxergava a sua frente. Ele se empolgou e riu, e então caiu sentado no chão da lanchonete, soltando uma gargalhada gostosa ao ver a bagunça que fazia.

As duas logo correram em sua direção. A loba o pegou no colo e o ergueu, fazendo com que ele risse ainda mais. “Mamã”. Ela o jogou para cima e o pegou de volta, entregando-o para Belle em seguida.

– Meu amor, você andou! – Ela tinha lágrimas nos olhos.

– Mamy... – Ele segurou seu nariz e passou as mãozinhas pelo rosto da castanha.

– Esse é o meu menino. O nosso menino. – Ruby abraçou-se aos dois e houve um coro de “Own” em direção à família.

– Piiqui... Piquii.. – Ele estendia os braços para o menino loirinho ali perto, Pinóquio logo se aproximou. – Inry..Inryy.. – Henry prontamente atendeu ao chamado. – Chom, chom... – Ele esperneava nos braços de Belle, rindo.

– Meu Deus, ele mal aprendeu a andar e não quer mais saber do meu colo. – A castanha não conteve o riso, no qual todos os presentes a acompanharam.

– Amor, você não ia poder mesmo segurar ele por muito mais tempo. – A morena lhe deu um beijo na bochecha. – Eu já estou pensando é que estaremos perdidas mesmo quando ele aprender a correr. – Ruby o olhava andar, de mãos dadas com os meninos, outra vez.

– Vai ser trabalho seu, já vou logo avisando. – Ela apontou para a loba. – E eu que pensei que ele pudesse ter puxado o meu lado calmo. – Belle riu e logo todos a acompanharam na risada de novo.

– Um filho da Ruby, calmo? – Granny interrompeu as duas. – Ele estava demorando muito para se tornar um furacão. – A senhora riu e arrancou risadas de todos.

A festa ocorreu calma e divertida o resto do dia. Quando voltaram para casa, as duas passaram um bom tempo brincando com seu filho, fazendo-o andar de uma até a outra. Colocaram-no para dormir, estava exausto e tinha um leve sorriso no rostinho. Ruby segurou Belle nos braços e a carregou até a cama.

– Fazia tempo que não me carregava assim. – Ela enroscou os braços no pescoço da morena.

– Verdade, por isso estou carregando agora. Senti saudades disso. – Ela sorriu maliciosa e deitou a morena na cama.

– Eu também, meu amor. – A castanha lhe deu um beijo apaixonado e a puxou para cama, junto com ela.

As duas trocaram carícias e se amaram, até ouvirem o choro de Mike vindo do quarto ao lado. A loba levantou-se e vestiu sua calcinha e uma camiseta, enquanto a castanha vestia sua camisola. Ela trouxe o filho para a esposa amamentar e se aconchegou na cama ao lado dos dois amores da sua vida.

Observou por algum tempo a cena maternal, enquanto mantinha a esposa aninhada em seus braços, ao seu lado. Assim que o bebê se alimentou e dormiu, Belle o ajeitou entre as duas, deixando-o confortável e aquecido entre os corpos das mães. As duas deitaram e deram as mãos, se encararam e olharam a pequena figura adormecida por algum tempo, até que elas mesmas caíram no sono. Um sono tranquilo de uma família feliz.

FIM.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? *_* Espero os reviews de vocês!



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