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Ele abriu os olhos pela primeira vez em 5 dias. Tentou reconhecer o local: Era um hospital. Ouviu o barulho do aparelho ligado ao seu peito. Não entendia bem o que fazia lá, mas a memória foi voltando aos pedaços. Ele estava em uma piscina, disputando algo, estava bastante a frente dos outros participantes. E então tudo ficou escuro e ele afundou na piscina. Quando ele voltou de seus devaneios e abriu os olhos, viu que alguém o observava. Era seu pai. Seus olhos lutavam para segurar o choro que insistia em desabar. Poseidon queria dizer algo, um simples: "Graças a Deus, moleque, você está bem!" ou até mesmo um estúpido "Você acordou!". Mas ele não conseguia, era como voltar no passado, algo que ele não queria lembrar. "Algo" a ver com Sally Jackson.

Então Percy tomou a iniciativa:

— P-pai? É você?

Poseidon não conseguiu segurar mais. Andou até o filho e o abraçou, apesar dos aparelhos no peito.

— Você não sabe o quanto eu estou feliz de você ter acordado, filho - disse Poseidon afastando - Por favor, não faça mais isso, você sabe que não pode e insiste! Seu coração é frágil Percy, aceite isso!

Percy se lembrou de tudo. Sua mãe Sally morreu por causa de uma grave doença cardíaca que ela tinha, e quando ele completou 25 anos, descobriu que havia herdado da mãe. Porém o garoto nunca aceitou sua doença. Decidiu que não iria passar o resto de seu limitado tempo esperando um transplante que poderia não chegar.

Seu pai, Poseidon Jackson, apesar de ser um dos homens mais ricos de Nova York, não conseguiu um transplante para o filho, não era algo que o dinheiro comprasse facilmente.

Ele não podia fazer atividades físicas e nada que precisasse de muito esforço, mas nadar ela a sua paixão, ele sentia que nada podia vence-lo enquanto estivesse na água. E ele não podia aceitar isso como o fim.

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