The Reason: The Road So Far escrita por Liv


Capítulo 1
Retomando.


Notas iniciais do capítulo

Oi, pra quem leu a 1° Temp. vai estar bem mais por dentro dessa. Espero que gostem



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“Não quero acreditar, mas ela se foi e assim não pode mais voltar” – Dean.

Após 1 ano da morte de Ariel, os Winchester ainda não conseguiram se conformar mesmo que os momentos juntos tenham sido poucos, sem falar em que Dean nunca gostava de tocar no assunto pois se sentia culpado em ter deixado-a partir, Sam sabia que aquilo não era verdade e se sentia inútil em não conseguir tirar aquilo da cabeça do irmão. Nesse longo tempo o irmão mais velho se descontraia com seus casos e suas idas em bares, mas nunca parava de pensar em como foi ver mais uma vez a pessoa que amou indo embora...

Dean estava sentado em uma mesa de bar com uma garrafa de cerveja em mãos, seu olhar direcionado ao nada e os pensamentos distantes como de costume.

_ Achei mais um caso em Ohio – Sam chega com um rolo de jornal nas mãos, Dean se ajeita na cadeira e encara o irmão esperando ouvir as evidencias – Três mulheres grávidas são mortas, e claro que até ai pode ser algo normal, mas todas elas estavam de cinco meses e ambas separadas...

_ Acha que pode ser um ex marido revoltado? – Dean sugeriu dando uma golada em sua cerveja em seguida.

_ Não, as policias locais já os interrogaram e nenhum aparentou indícios de assassino cruel – bateu com o rolo de Jornal na mesa e deu uma suspirada longa – Precisamos ir investigar, talvez seja algum espírito revoltado ou bruxaria...- disse e viu que o irmão apenas assentiu – Dean! – ele levantou a cabeça e voltou a olhar pra Sam – você está bem?

_ Sim, por que eu não estaria?

_ Não sei, me diga você – Sam logo refletiu o por que dele estar daquela maneira – É a Ariel?

_ É obvio que não é isso, e também não sei por que seria – falou sério.

_ Seria por que hoje faz exatamente 1 ano que ela se foi? – Sam sabia que dizer aquilo doía tanto nele, quanto mais em Dean, o mais velho virou o rosto e suspirou engolindo em seco e Sam baixou os olhos – Não precisa mentir sobre isso Dean...

_ Sam, para, não temos que falar sobre ela, como disse ela se foi e não está mais aqui e sim hoje faz exatamente 1 ano que ela morreu e infelizmente não pude intervir – bateu com a garrafa na mesa, saindo dali rapidamente, Sam correu para segui-lo.

_ Dean...

_ Não, diga que queria me ajudar, por que ninguém pode me ajudar Droga – chutou o pneu do seu carro e tacou a garrafa longe – Se apoiou no capo do Impala com a respiração ofegante.

_ Lembra quando eu me culpei pela morte da Jess? – Sam falou calmamente perto dele que encarou devagar – Você dizia que eu nunca podia saber que ela iria morrer, assim como você, que mesmo sabendo de algo não saberia a hora que isso iria acontecer – colocou a mão no ombro do irmão – Também sinto falta dela, mas precisamos seguir em frente assim como eu segui depois de você ter me ajudado. Dean abraçou o irmão com os olhos mareados, ele não podia se conter afinal ela foi uma das pessoas que o deixou.

...

A caminho de Ohio, Dean já estava um pouco mais calmo e já conversava sobre o caso com mais solidez e Sam resolveu romper com o assunto de Ariel.

Há mais ou menos dois quilômetros dali, pelo acostamento uma garota descia de um ônibus, era Cassie Widstton... acabava de chegar das suas aulas e ali era seu ponto de chegada já que morava por ali afastado da cidade. Seu celular tocou, o retirou do bolso e no visor estava escrito Jimmy.

_ Jimmy o que você quer ? – perguntou enquanto andava o mais rápido que podia, Jimmy era o ex namorado que ainda pegava no pé dela – Não, não vou transar com você mais uma vez... você perdeu o Juízo? Ah já sei, está bêbado... – revirou os olhos – Não estou com tempo pra falar com você, tchau – desligava enquanto atravessava o outro lado, mas antes que pudesse olhar pro lado, um carro veio em sua direção, só teve tempo dela se virar e ela apenas bateu contra o capo do carro caindo no chão.

_ Dean o que você fez? – Sam gritou abrindo a porta do carro rapidamente e indo até a garota.

_ Não sei... ela que atravessou na frente, como poderia prever isso? – se juntou ao irmão – Pelo menos está viva – deu de ombros.

_ De qualquer maneira, vamos levar ela ao hospital... – Sam a pegava no colo.

_ O que? Por que? Não.. ela está bem – Dean disse se contradizendo.

_ Abre a porta do carro pra mim colocar ela no banco de trás – Sam se limitou a ouvir o que seu irmão disse e assim ele mesmo discordando fez o que seu irmão pediu.

_ Só espero que estejamos fazendo a coisa certa – Dean entrou no carro batendo a porta – e olhando ela deitada pelo retrovisor.

_ E acha que a coisa certa seria deixar ela caída no meio da estrada ponto a um carro mata-lá de vez?

_ Não seja tão pessimista, podia passar algum bom samaritano e leva-lá pra casa... – explicou ligando o carro e dando sua atenção para a estrada.

_ Ou algum psicopata! – Sam disse.

_ O que garante que não somos um? – perguntou fazendo com que o irmão revirasse os olhos – Não acho que ela irá gostar de acordar em um carro sozinha, junto com dois homens pela estrada?

_ Vamos por favor pensar como boas pessoas, pode ser Dean? Ela depende da nossa ajuda, atropelamos ela, ou melhor você atropelou, acho que seria uma boa ação da sua parte, seu egoísta! – Dean deu um sorriso frouxo de lado.

Alguns minutos depois, Cassie começou a se mexer no banco até que abriu os olhos colocou a mão na testa aonde tinha uma pequena trilha de sangue, olhou pros lados e se viu em um carro.

_ Quem são vocês ? – ela se sentou assustada abraçando sua bolsa sobre o colo.

_ Vai começar... – Dean murmurou e Sam o olhou repreensivo.

_ Desculpe o mau entendido, mas... é que sem querer você passou na nossa frente sem olhar para os lado e acabamos que atropelando você. Então decidimos ajudar.

_ Ele decidiu – Intervil Dean de novo.

_ Isso não responde a minha pergunta, quem são vocês?

_ Sou Sam esse é Dean. E você?

_ Não acho certo dizer meu nome, não conheço direito os dois pra saber se tem boas intenções – ela disse e Dean a encarou pelo retrovisor.

_ Acha mesmo que se não tivéssemos essas boas intenções iríamos trazer você com a gente? O Maximo que faríamos era te abusar e jogar seu corpo no meio da estrada – deu mais um dos seus sorrisos irônicos.

_ Dean! – Sam chamou sua atenção – Olha, queremos mesmo ajudar, por favor diga seu nome.

_ Cassie, e peço a vocês que me deixem no próximo ponto por favor!

_ Com prazer boneca... – O mais velho disse sem pestanear.

_ Não Dean, Não. Olha você vem com a gente, ta legal? Não vamos te fazer nada, e se caso se chatear com meu irmão aqui, não diga nada, não irá valer a pena.

_ Tudo bem, vamos acabar logo com isso – diz olhando para o outro lado.

O caminho todo foi silencioso, Dean sempre que podia checava pelo retrovisor o que Cassie fazia e ela sempre permanecia olhando pro lado de fora.

_ Está anoitecendo – diz ela.

_ É claro, é a lei da natureza e sempre depois do dia vem a noite – Sim Dean estava sendo completamente grosso com Cassie, Sam queria poder fazer o irmão parar mas ele estava insuportável.

_ Primeiro que eu não disse nada pra você responder, e se caso eu quisesse uma resposta... pediria ao seu irmão que além de muito mais educado é muito mais bonito que você – terminou e Dean apenas pisou com mais força e depois ninguém disse nada pois não queria entrar em uma guerra. Logo avistaram um motel de beira de estrada, foi até ele e estacionou.

_ Vamos passar a noite aqui – Dean diz abrindo a porta e saindo do carro, Sam faz o mesmo ajudando Cassie sair do carro.

_E meu machucado? – Cassie diz junto a eles.

_ Ele agüenta, não vai sair seu cérebro por ele – disse Dean sem se virar.

_ Pensei que iam me levar no médico!

_ E eu pensei que você fosse calar a boca, mas nem sempre acontece o que pensamos – diz ao entrar na recepção, Cassie respira fundo.

_ Sinceramente, acho que seu irmão me odiou – Cassie diz e Sam para junto com ela – Infelizmente não posso agradar a todos.

_ Por favor, Dean esta passando por um momento difícil hoje. Não esta sendo fácil pra ele – Sam tentou explicar, Cassie olhou em direção de Dean que conversava com a recepcionista e voltou encarar Sam.

_ O que houve com ele?

_ Ultimamente ele não quer se dar bem com mulheres – tentou descontrair o assunto.

_ Não me diga que ele é Gay? – Inocentemente Cassie perguntou.

_ Não, Dean? Jamais. No momento certo eu conto pra você, ou quem sabe ele mesmo...

_ Ah claro, é mais fácil eu ir pro inferno – brincou ela e Sam apenas concordou por cima, Dean voltava até eles com aquela mesma cara.

_ Temos apenas um quarto – suspirou e olhou pra Cassie – Será que você consegue estar com a gente em um quarto sem reclamar?

_ Claro, mas depende de você muita coisa – retrucou – Vamos logo, mais rápido a noite passa, melhor é – ela revirou os olhos saindo na frente.

_ Oh Dean, pega leve com ela – Sam disse ao irmão enquanto andavam.

_ Não sou obrigado a ser gentil com uma estranha – fala e anda mais rápido como sempre fazendo Sam ficar para trás – Ou o quarto é esse aqui – chamou por Cassie que estava indo no local errado, ela simplesmente não disse nada, Dean abriu a porta e assim pode ver apenas uma cama de casal – Mas que droga!

_ O que foi? – Sam chegou até eles e Cassie sorriu apontando pro quarto – Casal?

_ Qual foi a parte de que teria mais duas pessoas a mulher não entendeu? – Dean adentrou – Eu não vou dormir no chão, estão me ouvindo? – disse alto.

_ Calma ai machão, sou mulher mas posso dormir no chão – Cassie disse – Gosta de fazer drama.

_ Cassie se quiser eu durmo no chão...

_ E dormir com esse ogro? – apontou pra Dean – nem pensar, qualquer chão duro é melhor do que dividir uma cama com isso daí – se referiu indo até o armário aonde tinha cobertas e travesseiros, rapidamente estendeu duas das cinco cobertas que estava ali no chão e pegou outra e mais um travesseiro – Pronto.

_ Pronto – Dean retrucou da mesma forma.

_ Será que vocês podem dar uma trégua? – Sam perguntou.

_ Não! – os dois responderam em uníssono.

O mais novo apenas ficou encabulado com aquilo. Apenas ele era o ponto de conversa ali, pois Cassie não falava com Dean e vice versa. No meio da noite, Dean se senta na cama alegando que seu sono não chegaria mais, apoiou o queixo nas mãos e suspirou pensativo, ele não tirava Ariel da sua cabeça, é como se aquele dia não fosse passar nunca. Se levantou indo até o frigobar e pegando uma água, seguindo até uma cadeira. Não bebeu muito, apenas ficou ali encarando o nada, quando do nada sente uma fina brisa passar por trás de si fazendo se virar.

_ Eu devo estar ficando maluco – balança a cabeça e continua com aquele silencio.

_ Dean – levanto o olhar reconhecendo aquela voz, e acaba não acreditando no que virá.


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