Welcome To My Life escrita por OhDarling


Capítulo 13
A Cria do Amor


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal? Td blz com vcs? Espero que sim.



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Bianca POV

Acordei desesperada, havia tido um sonho e para semideuses sonhos não são apenas sonhos. Sonhei com uma garota de cabelos vermelhos com olhos castanhos avermelhados, seu rosto era rosado, mas não apresentava maquiagem. Usava uma blusa roxa e um shorts, usava também uma meia três quartos rosa e um All Star.

A garota estava em um lugar escuro, talvez uma espécie de caverna. Não entendi inteiramente, mas comecei a perguntar-me se ela seria a cria do Amor. Levantei-me apressada e acordei a todos. Sentia-me enérgica, quanto mais cedo terminássemos isso mais cedo estaríamos de volta ao acampamento e a nossa rotina diária esquisita. Apesar de todos os obstáculos, brigas e encrencas, atividades e esquisitices lá era nosso lar, onde estão nossos amigos e família.

– Precisamos achar urgentemente uma entrada para o Labirinto, pessoal. Tive um sonho e talvez seja uma pista.

Ao ouvirem isso eles se levantaram e juntaram suas coisas, pagamos nossa estadia e procuramos incansavelmente por uma entrada, que foi encontrada em uma prancha de surfe, que segundo a filha de Poseidon era linda de morrer. Não achei tudo isso de um pedaço de isopor.

A marca de Dédalo brilhou novamente vermelha, entramos e durante as próximas horas fomos atacados por tantos monstros que achei que um cano de monstros havia rachado no Tártaro.

Completamente perdidos e cansados começamos a pensar que talvez meu sonho não estivesse tão correto e que tivesse sido apenas um sonho comum, quando uma bifurcação apareceu à nossa frente.

Decidimos arriscar e ver o que encontraríamos por lá. Andamos uns cem metros e demos de cara com uma garota. A garota. A mesma que eu havia sonhado um tempo antes.

Ela estava sentada, comendo um pedaço de ambrosia e lançando uma diversidade de pragas em alguém; ao nos ver pegou o arco ao seu lado e preparou uma flecha, alarmada.

– Quem são vocês?

– Calma. Não somos inimigos. Pode ir abaixando o arco – disse Yura.

Sentamos-nos e indicamos que ela deveria fazer o mesmo. Ela nos observava desconfiada.

– Você é a cria do Amor? – perguntei.

– Você não acha que está sendo um tanto apressada? – repreendeu-me Marina. – Nós mal a conhecemos e você já vem perguntando de quem é filha; talvez seja melhor nos apresentarmos primeiro.

E assim o fizemos. A garota se chamava Alice. Contamos-lhe o motivo de nossa missão e ela parecia ficar mais agitada a cada frase.

– Respondendo sua primeira pergunta Bianca, eu lhe farei outra pergunta. O que imagina sobre a cria do Amor?

– Hã, não sei. Hã, uma pessoa, um semideus talvez? – respondi confusa.

– Isso é obvio. Mas quem seriam os pais da cria do Amor?

– Afrodite.

Pela cara dela essa não era a resposta certa, mas até onde eu sabia Afrodite é a deusa do amor.

– Você não está se referindo a ela, não é? Você se refere a Eros, ou Cupido se preferir.

–Exatamente, filha de Atena. Afrodite pode ser a deusa do amor e da beleza, mas é Eros quem realmente faz todo o trabalho, por isso dizemos que ele é o deus do Amor, com letra maiúscula.

– Mas você nos guiará pelo labirinto? – perguntou Jonathan. O garoto esteve tão calado durante todo esse tempo que achei que ele fosse uma assombração.

Ela pensou por um momento e então disse cada palavra meticulosamente.

– Eu os levarei, mas vocês devem garantir que não me traíram e nem me deixarão sozinha com meu pai, ele é uma pessoa horrível e me trata como escrava; vocês me levarão até o acampamento. Contudo não os apoiarei em sua batalha.

– Mas a profecia...

– Profecias nem sempre são o que parecem! – gritou irritada. – Tenho irmãos e alguns deles ficariam felizes em ajudá-los, por um preço.

Descansamos por um tempo e tratamos nossos ferimentos. Quando estávamos tão bem fisicamente quanto alguém poderia estar em uma situação dessas partimos com ela nos guiando.

Percy POV

Esse dia realmente não foi o meu dia.

Eu estava à toa sentado na praia quando uma voz muito familiar gritou meu nome.

– Perseu Jackson! O seu pégaso idiota fez suas necessidades no meu escudo e se limpou nos meus projetos!

Ela veio pisando duro até mim e empurrou ambos, o escudo e os projetos, em meu peito e disse:

– Se você não sabe cuidar de um pégaso não deveria ter um!

A essa altura eu já estava zangado, quem ela pensa que é para falar comigo desse jeito? E esse foi o meu erro.

– A culpa não é minha! Eu não fiz nada!

– Exatamente. Você não fez absolutamente nada, Perseu. Você fica sentado aí o dia todo olhando para o mar ao invés de cuidar do seu pégaso.

– Mas...

– Mas nada. Ele é seu, portanto é sua responsabilidade.

Então ela voltou por onde veio pisando duro. Não entendo as garotas.

Mais tarde, enquanto andava escutei uma parte da conversa entre Nico e Travis. Eles diziam que quando Marina e Bianca voltassem eles iriam dar uma festa.

– É ridículo uma filha de Zeus amiga de uma filha de Poseidon, já que filhos de Zeus não chegam ao pés dos de Poseidon – resmunguei, mas acho que um pouco alto demais, porque Thalia que estava por perto ouviu.

– Você acha isso ridículo, Percy? – disse com a voz ameaçadora. – Você tem dois segundos pra correr, antes que eu te mate.

Nico e Travis fizeram uma careta para mim e foram embora. Cambaleei para trás pronto para sair correndo. Mas então Quíron chegou para salvar a pátria.

Como eu amo aquele centauro.

– Ei, ei, ei. Parem com isso. Antes de se matarem tenho uma noticia: hoje à tarde teremos uma caça à bandeira. Isso tornará tudo mais emocionante – disse já se afastando.

Como eu odeio aquele centauro.

A filha de Zeus riu sombriamente e se afastou fazendo planos malignos.

Durante o almoço minha namorada não dirigiu o olhar para mim e quando tentei conversar com ela, ela me ignorou.

Annabeth não falou comigo o dia inteiro e os líderes dos outros chalés vieram conversar comigo, mas somente o fizeram para desfazer nossa aliança para a caça à bandeira.

Quando o momento da competição chegou eu comecei a ficar extremamente nervoso e água saía de mim, literalmente. Eu suava tanto que achei que morreria de desidratação.

Andei devagar até o pavilhão, pois queria retardar ao máximo aquele momento. Quíron repassou todas as regras, deixando bem claro que não era permitido matar, e anunciou os times.

– Bem, hoje temos... Todos os chalés contra – ele olhou para mim e sua voz diminuía gradativamente –, o chalé de Poseidon. Boa sorte, Percy.

Depois disso ele mandou-nos para a floresta.

Escolhi um local perto do riacho, com sorte, muita sorte, minhas chances aumentariam ali.

A corneta soou e o outro time demorou tanto para me encontrar que cogitei a possibilidade de um ataque, mas seria um grande erro me afastar do local. Ouvi um barulho à minha direita e virei-me para encarar a “multidão enfurecida”.

Annabeth liderava o grupo e tinha em seus olhos um olhar ameaçador, o olhar que o predador lança para sua presa. Clarisse sorria zombeteiramente, ela finalmente teria sua vingança. Thalia me olhava impiedosamente. Octavian queria se vingar de mim porque simplesmente me odiava. Nico e Travis tentavam não rir do que iria me acontecer. As pessoas que sobraram estavam ali de figurantes, que só se juntaram aos outros por falta de opção ou porque decidiram que queriam me esmagar.

O único que estava do meu lado era Frank, mas ele pertencia ao chalé de Ares, que estava contra mim. Isso era deprimente.

O primeiro a me atacar foi Octavian com aquela sua adaga para decepar bichinhos de pelúcia e seu cabelo seboso e oleoso; facilmente me livrei dele. Na sequencia veio Clarisse foi um tanto difícil me livrar dela, mas minha experiência prevaleceu e consegui quebrar sua lança e tirar a espada de sua mão.

Não sei quem deu essa ordem, mas todos os campistas me atacaram em seguida. Deu trabalho vencer deles, mas quando pude alcançar novamente o riacho uma onda gigante atingiu-os.

Faltavam Thalia e Annabeth.

A primeira a avançar foi a filha de Zeus. Nós travamos uma batalha difícil, ela me atingiu várias vezes com raios e tentava impedir que me movesse controlando o ar.

Mas eu também tinha cartas na manga. Usei a água para prender seus pés ao chão e as mãos a arvores próximas. Me aproximei e tirei sua lança e escudo e joguei-os na pilha de armas.

Minha maravilhosa namorada nem me deu tempo para respirar. Ela me atacou ferozmente, sabendo que eu estava esgotado. Meu estomago doía e me faltavam forças.

Começamos a duelar esgrima. Estava enferrujado e não tinha a mesma habilidade que antes, já ela, porém, me lembrava Luke. Sua tática estava tão refinada que tive certeza que ela havia treinado as horas antecedentes à caça à bandeira somente para me pegar desprevenido.

Eu mal conseguia segurar a espada, quanto mais me manter em pé. Pensei em voltar para o riacho e ganhar forças extras, contudo percebi tarde demais que ela havia me afastado dele durante a luta.

Com um golpe surpreendentemente forte ela me fez perder o equilíbrio e eu cai de costas na grama. Engoli em seco. Annabeth se aproximou, levantou a espada e cravou-a ao lado de minha cabeça.

Eles haviam ganhado e não havia como questionar, mas Annabeth era orgulhosa. A filha de Atena pegou a bandeira e me puxou pela orelha até o local em que a sua se encontrava, fincou a bandeira no chão e foi embora.

Deitado em meu chalé pensei no que Annabeth dissera mais cedo, sobre eu não fazer nada. Querendo provar que ela estava errada me levantei peguei seu escudo e levei-o as forjas para que um dos filhos de Hefesto pudesse poli-lo.

Você deve estar pensando que o que eu acabei de fazer não provaria que Annabeth estava errada, porque não seria eu quem poliria o escudo, mas fiz uma coisa que nem eu acreditei depois.

Entrei sorrateiramente no chalé de Atena enquanto os outros estavam em suas atividades e peguei alguns papéis e coisas que cujo nome eu nem desconfio. Voltei para meu chalé agindo normalmente, ou seja, quando via alguém eu dizia que não havia roubado nada do chalé 6. O que era verdade uma vez que eu devolvera tudo depois, chamo isso de pegar emprestado sem permissão.

Passei hora e mais horas sentado em uma cadeira, o que deixou meu traseiro quadrado. Mas eu consegui! Havia me deixado com os dedos doloridos mas valeu à pena. Fiz um ótimo trabalho.

Voltei ao chalé 6, deixei as coisas em cima da cama de Annabeth sob olhares acusadores e fui embora sem me importar com eles. Só me restava esperar e ver como a situação iria acabar.

Leo POV

Eu estava na ilha há quatro dias e Ogígia era uma beleza, só não era melhor que passar o dia inteiro com Calipso.

Decidimos que partiríamos em seis dias assim que os primeiros raios de Sol iluminassem a manhã. Depois discutimos um assunto mais delicado.

Obviamente eu não havia me esquecido do meu beijo de despedida, afinal, quem esqueceria? Ainda mais se fosse seu primeiro beijo.

Finalmente ela concordou comigo. Era oficial. Estávamos, finalmente, juntos. Isso mesmo, eu, Leo Valdez, herói mais gato do Olimpo (N/A: E mais humilde também) estava namorando. Sei que muitas garotas ficaram desapontadas ao ouvirem isso, mas dei-lhes uma chance e vocês não a aproveitaram; a culpa não é minha.

Aquele foi o melhor dia da minha vida. Mas sabia que melhores estavam por vir.

Hazel POV

Aqueles semideuses burros estavam começando a ficar inteligentes e a fazer as coisas certas. Além de luta com armas, eu ainda ensinava a eles latim, mitologia romana e preparava o almoço deles. Dá para acreditar?

Eles me pediam comidas que eu desconhecia e não levantavam um dedo sequer para me ajudar. E eu não fazia a menor ideia de como usar um fogão elétrico.

Na primeira tentativa de cozinhar algo acabei perdendo o controle do fogão e o Acampamento Júpiter pegou fogo. Teria sido bom se depois disso Lupa tivesse me mandado embora.

Annabeth POV

O Percy era um idiota. Eu estava chateada com ele e não iria falar com até receber um pedido de desculpas. Contudo, uma parte de minha consciência me dizia que não havia motivo para ficar chateada com ele porque não era sua culpa o que havia acontecido.

Ainda mal-humorada fui para meu chalé e me joguei na cama. Mal pude relaxar, pois senti alguns lápis quebrando e papéis amassando sob minhas costas. Levantei-me e peguei as coisas como se fosse jogá-las para o outro lado do mundo, e eu teria mesmo feito isso se não tivesse reconhecido aqueles projetos.

Surpresa, inspecionei meticulosamente todos os papéis e descobri que eles estavam iguais aos que Blackjack usara como papel higiênico. Desci do beliche e fui até a bancada, onde deixei os papéis.

Ao refazer meu caminho encontrei um bilhete. Nele estava escrito:

Talvez não tenham ficado tão bom quanto os seus.

Peço que me perdoe pelo que seja que eu tenha feito.

– Percy

Suspirei e me sentei na cama, pensativa. Depois de refletir por um bom tempo resolvi ir ao chalé de Afrodite pedir um conselho. Sim, eu sou teimosa.

Bati na porta e esperei que viessem atendê-la. Para minha felicidade foi Piper quem abriu a porta e não um daqueles de seus irmãos chatos.

– Oi Piper. Preciso de um conselho – disse já entrando.

– Pode falar. O que foi?

Expliquei para ela a minha situação e ela ouvia atentamente. Quando terminei ela ficou em silencio por alguns minutos e por fim disse:

– Sabe, eu acho que você pegou muito pesado com ele, afinal ele não tem culpa alguma. E agora ele tentou compensar o erro que ele nem cometeu refazendo seus projetos danificados. E vocês se amam, qualquer um pode perceber isso só de olhar para vocês, mesmo que vocês briguem às vezes.

Refleti sobre o que ela disse por longos instantes, mas surpreendentemente eu não sabia o que fazer.

– O que devo fazer?

– Você não sabe o que fazer? Deve ser o fim do mundo – disse. – Vai falar com ele ué!

Sai do chalé e fui para a praia, não tinha certeza se deveria ir mesmo para lá, mas meus instintos me diziam para continuar.

Encontrei o Cabeça-de-Alga sentado à beira-mar olhando as nuvens. Sentei-me encolhida ao lado dele e por alguns minutos pensei no que dizer, senti que seus olhos verdes me encaravam e, ao olhar para eles fiquei meio perdida em seu olhar.

– Eu, hã, queria me desculpar – disse me recuperando. Desviei o olhar por alguns instantes e depois continuei. – Sei que o que aconteceu não foi sua culpa, foi desnecessário ter ficado brava com você. E mesmo que você seja muito idiota, lento e irritante às vezes eu te amo e não suportaria te perder.

O rosto dele que antes estava triste e preocupado, com suas sobrancelhas juntas logo se desanuviou e se abriu em um lindo sorriso contagiante. Neste momento percebi o quanto meu namorado é lindo, e maravilhoso, e fofo...

Ele me abraçou, surpreendendo-me. Seu cheiro de maresia era maravilhoso. Não resistindo beijei-o por um longo tempo. Escondi meu rosto em seu peito, ouvindo os batimentos fortes de seu coração.

– Tudo bem. Eu te perdoo – disse enquanto me abraçava mais forte. – Pensei que não fosse mais falar comigo.

– Não ficaria sem falar com você Cabeça-de-Alga. Agora cale a boca e aproveite o momento.

Ficamos um bom tempo sem dizer uma única palavra quando me lembrei de algo e quebrei o silêncio.

– Percy, foi você mesmo quem desenhos aqueles projetos?

– É, bem, foi sim. Mas não foi nem um pouco fácil e ainda estou com a mão dolorida.

– Eles ficaram muito bons pra falar a verdade. Você me surpreendeu, e foi um bom pedido de desculpas. Mas onde está meu escudo?

– Eu pedi para um filho de Hefesto poli-lo para mim, ou para você, ah você entendeu.

Ri. E apesar da confusão toda acho que meu dia terminou melhor do que eu imaginava.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Novamente, espero que sim.
DEIXEM REVIEWS!!! *-*
Eu gostaria de agradacer às minhas amigas loucas (brinks, amo vcs!) que estão nos ajudando com a fic e tbm aos nossos leitores.
Bjs pessoal.
~OhDarling~



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