Peeta Mellark - Jogos Vorazes escrita por Nathy


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capitulo ;)
Espero que gostem, obrigada pelos comentários, me fazem muito feliz :)



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Já é de tarde, eu estou arrumado, olho para os lados e vejo que estou na praça, em frente ao prédio da justiça, também percebo que meus amigos estão ao meu lado, olho para frente e vejo aquele palco, onde os nomes são sorteados.

Lembro que é o dia da colheita, solto um suspiro, meus amigos acenam e eu aceno de volta, olho para os lados e a vejo, ela trouxe a irmã, cada uma foi para o seu lugar na fila. A hora chega e começa toda a enrolação, até que chega a hora dos nomes serem sorteados, o primeiro é o nome das meninas, o papel é tirado e o nome é lido.

Eu congelo, não consigo respirar, o nome que foi tirado é o dela, não, não pode ser, ela não pode ir, eu não quero que ela vá, e se ela morrer, o que será de mim. Eu olho ela na fila das meninas ela está tão espantada quanto eu, eu quero ir lá abraçá-la, confortá-la, mas primeiro que meus pés não me obedecem e segundo que nem tenho intimidade com ela para isso.

Quero gritar que eu a amo, e que eu não posso deixar com que ela vá, que eu tenho que ir junto, que eu vou protegê-la, mas eu não consigo fazer nada, só consigo ver ela sendo levada até o palco e o nome do menino ser lido, e não é o meu, vislumbro sua cara de espanto, é aquele cara que vai com ela. O que eu vou fazer, se eu perder ela não sei o que eu iria fazer, viver não tem sentido.

Eu acordo com o coração disparado, meu corpo todo molhado de suor, olho para as minhas mãos e elas estão tremendo devido ao susto e nervosismo, eu fecho os punhos para tentar fazer o tremor parar, percebo que não tive sucesso, olho para a janela e vejo que ainda está amanhecendo, eu me conheço e sei que não vou conseguir dormir novamente, então eu levanto, vou até a porta e vou para a lateral da casa, ali ninguém me vê e eu consigo observar a floresta, o céu e as pessoas que passam na rua, eu me foco em olhar para a floresta.

Tento entender meus sonhos dos dois últimos dias, o que será que significam? Um me diz que eu tenho que falar com ela, e no outro eu to perdendo ela? Será que é um aviso para eu não enrolar e largar de ser medroso e chegar e falar tudo para ela antes que eu perca a minha chance?

Não é a primeira vez que eu tenho um pesadelo sobre o dia da colheita, mas normalmente eu vejo meu nome ser tirado, ou era o do meu irmão, eu ficava mal, mas conseguia me manter, agora sonhar que o nome dela é o sorteado, mas que não sou eu que a acompanho, é difícil.

Enquanto fico nesses pensamentos, vejo que ela passa correndo e entra na floresta, ela não me vê o que é muito bom, tenho medo de encarar ela enquanto estou tendo esses pensamentos. Continuo observando ela até ela sumir lá dentro. Eu me sento apoiado na parede e volto para os meus pensamentos.

Não percebo que acabei adormecendo novamente, eu acabo acordando com meu pai me cutucando. Ele me pergunta:

– Você está bem meu filho? Quer ficar em casa agora de manhã e descansar? Não precisa ir me ajudar se não estiver passando bem, sei que está preocupado com hoje a tarde.

– Estou sim pai, só não dormi muito bem, eu vou lá ajudar você sim, só me deixa ir me arrumar e tomar café. – Eu respondi, me virei e fui para o meu quarto me arrumar e depois fui para a cozinha, comi um pão e tomei um copo de leite, meu pai já havia ido para a padaria, eu fui lá encontrá-lo.

Cheguei e meus irmãos estavam limpando as bancadas, coloquei o avental e estava indo para a área que faço os bolos, meu pai manda meus irmãos fazerem algumas entregas e me chama para conversar.

– Peeta, meu filho, o que anda acontecendo com você? Não tem dormido direito, anda cabisbaixo, não sorri mais como antes, você mais fica no seu canto do que conversando comigo e com seus irmãos, nem seus amigos eu vejo mais. Você tem certeza que não ta escondendo nada? – Diz meu pai todo preocupado.

– Eu só ando tendo sonhos estranhos pai, uma hora são bons, do tipo que eu vejo a gente livre dessa pressão e às vezes sonho com ela, o sorriso dela. Mas outras vezes eu sonho com meu nome sendo tirado na colheita, ou o do meu irmão. Mas ontem sonhei com o nome dela sendo tirado, e me senti muito mal, sem saber o que fazer, se isso realmente acontecer, como se fosse naquela hora que caiu a ficha de que o nome dela também está lá. – Eu respondo.

Ele me olha um pouco, para e pensa e me diz:

– Filho não quero dizer que não tem chance do seu nome ou do dela serem sorteados, mas você tem que lembrar que tem pessoas que tem o nome lá muito mais do que você e ela. Não fica se maltratando pensando nisso, se acontecer, bom não podemos fazer nada, não tem como ir contra a Capital. Agora esquece isso um pouco e vai lá fazer alguns bolos e se distrai, ou se quiser pode sair dar uma volta.

Assim que meu pai diz isso, ele se levanta e vai para os fornos, ver como estão os pães que meus irmãos colocaram, e junto nisso meus irmãos voltam, eu aceno para eles e vou confeitar meus bolos, não consigo sair e dar uma volta, há muitos pacificadores na cidade ajeitando tudo para o evento de mais tarde, só de vê-los eu vou me lembrar dos sonhos e sair terá sido em vão.

A manhã passa rápido, não consegui deixar de lado totalmente os sonhos, mas consegui conversar com meu irmão que veio dar uma de bobo do meu lado e me fazia rir, ele se melou com o glacê e ficou fingindo que era um machucado, acho que ou ele percebeu que eu estava mal ou o meu pai falou algo, acho que a primeira opção é a mais provável.

A hora do almoço chega, a gente ajuda nosso pai a fechar a padaria e vamos para casa, nossa mãe já deixou o almoço pronto, então nós sentamos para comer, ao terminarmos, meus irmãos ajudam a limpar a louça e eu vou tomar banho.

Saio do banho e vou procurar uma boa roupa, que não esteja manchada e nem rasgada. A gente não se importa com esse evento, mas se nosso nome é escolhido devemos estar apresentáveis para a televisão.

Meu irmão mais velho me estende a camisa branca dele, que ele usou várias vezes e me diz que pode dar sorte. Eu agradeço e dou um abraço nele. Assim que estou pronto, vou para a sala, lá eu encontro meus pais e meus irmãos me esperando.

Juntos eu e minha família vamos para a praça, às duas horas começa a colheita. Chegando lá meus irmãos me dão um tapinha nas costas, meu pai me da um abraço e minha mãe só me olha, meus pais e irmãos vão para um lado e eu entro na fila para o cadastramento, onde uma gota de sangue do nosso dedo é tirado e colocado em um papel de um caderno, eles passam um aparelho e nos mandam seguir e depois disso para as filas das nossas respectivas idades.

Olho para frente e vejo o palco, com as cadeiras para o prefeito, a Effie Trinket e o Haymitch Albernathy. E dos lados eu vejo que estão os telões para todos assistirem a colheita.

Lá no meio eu encontro meus amigos, a gente apenas acena uns para os outros, mas ninguém consegue conversar mesmo um com o outro. Enquanto todos estão chegando, eu olho para os lados, e a vejo, meu coração acelera e eu me lembro que tem chance de nossos nomes não serem tirados.

O relógio marca duas horas o momento ruim do ano está começando, ao ouvir a voz do prefeito eu começo a passar mal ali no meio, meus sonhos voltam a mexer com a minha mente, meu medo só cresce e eu tento controlar, mas não é fácil.

Enquanto eu tento me recuperar sei cada palavra que o prefeito está dizendo, ele fala sobre o dia de hoje, a colheita.

Ele começa falando sobre a única parte dos Estados Unidos que ficou inteira, após uma guerra dos nossos antepassados, essa área passou por muitas coisas, muitos sofrimentos como a seca, desmatamento, e o quanto demorou a se reerguer, quando finalmente tudo se estabilizou, ficou conhecida como Panem.

Panem foi dividida em 14 cidades, uma delas é a Capital, é a maior de todas, as outras são conhecidas como distritos, do 1 ao 13. Um determinado dia o 13 começou um levante, e os distritos começaram uma espécie de guerra contra a Capital, alguns do lado do 13 e alguns do lado da Capital, esses dias de guerra foram chamado de dias escuros.

Os distritos começaram a enfraquecer, e o 13 foi destruído, não sobrando ninguém lá, e para marcar esse dia e mostrar que a capital manda e governa nosso país eles criaram um tratado de paz.

Esse tratado de paz diz que todo ano, em uma época escolhida, cada distrito irá oferecer dois jovens um menino e uma menina), com idades entre 12 e 18 anos, no dia conhecido como colheita, para participarem dos jogos vorazes, onde ambos irão batalhar até a morte, até que reste apenas um vivo, sendo conhecido como vitorioso.

Após ele dizer isso, um filme é mostrado, retratando o que aconteceu no 13, a ponto de colocar medo nos outros distritos, e mostrar que eles têm o poder de pegar jovens de cada distrito e destruí-los devido a algo que não deve acontecer novamente. Assim que o vídeo termina, o prefeito fala a lista dos vitoriosos do distrito 12, em 73 anos de jogos que já se passaram, apenas dois vitoriosos foram do nosso distrito, e apenas um está vivo, que é o Haymitch Albernathy.

No que o prefeito fala no nome dele, ele aparece cambaleando, tropeça nos pés e cai na cadeira que era para ele sentar no palco. Ele se levanta chega perto de Effie Trinket a representante da Capital e a abraça. O coitado do prefeito não sabe o que fazer, pois ele sabe que isso foi transmitido para todos lá fora e que nosso distrito está pagando um bom mico. Sem mais demora ele passa a palavra a Effie Trinket, que como sempre começa falando sua frase clássica.

– Feliz Jogos Vorazes!! – Dá um sorriso – E que a sorte esteja sempre ao seu favor!

É estranho ouvir isso, sorte como? Se nós somos escolhidos vamos para a morte, se ficamos aqui no distrito morremos de fome, é meio irônica essa frase dela, mas fazer o que, a gente não pode comentar nada. Enquanto ela fala e faz seus gestos eu me volto ao sonho, medo de se tornarem realidade.

Sei que ela começa sorteando o nome das meninas, é sempre assim, apesar de perdido nos meus pensamentos, ao ouvir o sobrenome da sorteada eu paraliso, eu sei que conheço esse sobrenome, olho para a fila das meninas e a vejo gritando.

– PRIM, PRIM! – Ela está berrando - Eu me ofereço como tributo.

É nem meus ouvidos e nem meus olhos me enganam, sua irmã foi selecionada e ela está se oferecendo para ir no lugar dela, é bem o tipo dela, mas não tem jeito, meu pesadelo virou realidade.

Katniss Everdeen está indo para os jogos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, aceito opiniões ;) estou aqui para ouvir vcs =D
O próximo capitulo talvez eu poste no meio da semana ou só no domingo q vem, irei para um acampamento final da semana q vem, entao ainda não sei como farei :x

beijos