Na manhã seguinte, Angel acordou tarde demais para ir ao colégio, então decidiu passar o dia em casa para pensar um pouco sobre tudo o que aconteceu. Se sentiu culpada por ter falado daquele jeito com Bradley, mesmo não querendo admitir. Estava cansada de toda essa enrolação entre os dois. E agora, com a Alessandra e Eric morando com ela tudo ficava mais complicado. Conversar e passar o tempo com o Brad nunca mais seria o mesmo. Se alguém visse eles como um casal, o que diriam aos pais deles? Obvio que tentariam separar os dois. Não existe uma solução aceitável para um amor impossível entre meio irmãos.
Angel levanta-se da cama e percebe que Brad não estava dormindo no mesmo quarto. Deixara ela dormir sozinha. Mas onde estaria ele? Ela segue para o quarto proibido de Brad e ao rodar a maçaneta descobre que esta encontra-se destrancada. E lá estava ele: deitado no chão, em cima de alguns cobertores para amenizar o frio do chão. Ele parecia um anjo dormindo, apesar de não parecer tão confortável. Angel deita ao lado dele, procurando a posição que mais ficasse próxima a ele. Agora que percebeu que ele também não fora a aula por causa dela. Brad abre seus lindos olhos.
– Bom dia, Brad. - diz Angel, sem sorrir, mas seus olhos já diziam tudo. Uma mistura de culpa e saudade brilharam dentro dela. Era quase como se eles não se viam há anos, mas o amor ainda estava lá, queimando e inquieto.
– Bom dia. - responde ele, abrindo um sorriso tímido, mas com a voz rouca e apaixonada de sempre.
– Preciso conversar com voce. - diz Angel, e ao então Brad suspira.
– Depois. - diz ele, puxando ela para mais perto. Podiam ouvir e sentir a respiração um do outro. Seus olhos e lábios tão perto e a ponta de seus narizes encostadas. Era quase impossível para eles conseguirem pensar em outra coisa além de querer beijar o outro. - Agora eu quero apenas voce. - completa Brad, trazendo Angel para um beijo profundo e calmo. Sem pressa. Beijavam-se como se fosse o primeiro e último beijo. Não ligavam se alguém entrasse no quarto naquele momento. Não estavam preocupados com nada além de estar um com o outro. O mundo poderia estar acabando que eles estariam certos de que estavam na hora e no lugar perfeito.
Brad puxa Angel para cima dele, ainda beijando ela. Agarra sua cintura e puxa levemente os longos fios ruivos da garota. Ela suspira e termina o beijo com selinhos e um beijo na bochecha. Estava sem folego. Aquele garoto sim podia-se dizer que é de "tirar o folego", pensa Angel.
– Te amo, Brad. Me desculpe por ontem. - diz ela deitando ao lado dele novamente. Corada e tentando esconder seu rosto entre o peitoral de Brad.
– Eu também te amo, Angel. - diz ele, abrindo um sorriso involuntário.
O amor entre eles era o amor proibido. Mas sabe o que dizem? Tudo o que é proibido, é melhor.