Não acredito! Brad dormiu com aquela garota? Ótimo! Além de perder a aposta, ainda vou ter que aguentar os dois juntos quando Jared e Liza não estiverem aqui.
– Angel?
– É Angelina pra você! - respondi, um tanto mal educada.
– Nossa! Calma! Ficou brava porque dormi com a Jane? - disse ele sorrindo de lado.
– Claro que não! - disse desligando a televisão e me dirigindo à porta.
– Onde é que a senhorita pensa que vai com essa perna machucada?
– Não é da sua conta. - continuei andando.
– Claro que é! Nós vamos sair hoje, já que ontem não deu.
– Eu recuso. - abri a porta.
– Qual é seu problema, Angel?
– Você é o meu problema.
– Ah tá. Não vai me dizer que se apaixonou por mim, certo?
– Não se preocupe. Mesmo que eu fosse o único garoto do mundo eu nunca, NUNCA, me apaixonaria por você. Além tudo isso, você é meio meio-irmão, lembra? - disse saindo da casa e fechando a porta na cara dele.
– Qual é! Onde é que você vai e com quem? - perguntou. Garoto curioso esse.
– Olha, quando você for algo próximo de amigo meu, você pode me fazer essas perguntas. Por enquanto apenas fique calado. - continuei andando, até que um carro parou em frente de casa; uma BMW i8 vermelha e de dentro dela saiu um garoto lindo.
– James! - andei até ele e o abracei.
– O que é isso?! - perguntou Bradley.
– Dois amigões se abraçando? - disse James.
– Não isso. Seu carro é igual ao meu! - bufei.
– Na verdade não. Seu carro é azul e o do James é vermelho. - respondi como se a resposta fosse óbvia até para uma criança, o que é verdade.
– Mas... - começou Brad.
– Mas nada Bradley! Estamos saindo. Até logo, mané. - disse James, me abraçando de lado e caminhando até seu carro, deixando Bradley sem reação.
James abriu a porta do carro para mim. Entrei e agradeci.
(...)
– Para onde vamos? - perguntei.
– Surpresa.
– Ah não! Chega de surpresas por um bom tempo! - disse, pensando na linda surpresa que Bradley fez ontem. Droga! Estou em um encontro com o James! Não posso ficar pensando no Bradley!
– Estou vendo que não está gostando de morar com Bradley.
– Está tão óbvio assim?- perguntei irônica e James riu. Continuamos o caminho ouvindo rádio e conversando sobre banalidades, até que...
– AI MEU DEUS! Eu AMO essa música! - gritei. - Making my way downtown/ Walking fast / Faces passed/ And I'm home bound! Nananana nanana - cantei - Staring blankly ahead/ Just making my way/ Making my way/ Through the crowd/ And I need you - continuei e fechei minhas mão, como se fossem microfones e apontei para a boca de James
–And I miss you - cantou James, rindo.
– And now I wonder... If I could fall/Into the sky/Do you think time /Would pass me by /Cause you know I'd walk/A thousand miles /If I could just see you.../Tonight - cantamos juntos.
– Não acredito que estou fazendo isso! - disse James.
– Eu que não acredito! Você é muito gay, James! - disse rindo.
– Ai, eu sei amiga! - disse James, imitando uma voz gay. Apenas ri.
– Como eu te amo, seu gay lindo. - apertei suas bochechas.
– Eu que te amo, sua babaca. - disse ele me olhando de lado. É impressão minha ou vi James corar?
– Eu sei. - disse convencida e ele riu. Continuamos a estrada rindo e cantando muitas músicas.
– Chegamos. - disse James.
– Finalmente! - estávamos dentro daquele carro há mais de 2 horas. - Onde estamos?
– Larga mão de ser curiosa! Estamos na minha casa secreta. - disse James, apontando para o topo de uma árvore atrás de mim.
Era uma casa na árvore. Eu me lembro dela, ou melhor, eu me lembro de uma parecida com ela.
Há 7 anos...
– James! Onde você colocou meu ursinho? - esbravejou Angelina.
– O quê? Eu não faço ideia de onde está seu ursinho!
– Como assim? Brad disse que você tinha pego ele!
– Você é muito boba mesmo. - disse James rindo. - É claro que essa é outra brincadeira do Bradley! Não acredito que você caiu nessa!
– Eu vou matar aquele garoto!
– Calma! Eu te ajudo a procurar ele, mas primeiro quer ir na minha casa da árvore? - perguntou James. Angelina estava em dúvida. Queria encontrar seu ursinho primeiro, mas não queria recusar seu amigo.
– Claro!
Os dois caminharam até a casa de James e foram até seu quintal. Lá estava uma pequena casa em cima de sua árvore. Subiram nela e Angelina teve uma surpresa.
– Feliz aniversário! - disseram James e... Bradley, que segurava um ursinho.
– Não acredito! - disse Angelina com os olhos arregalados. Nunca pensara que teria uma surpresa tão legal como essa e nem lembrava que era seu aniversário.
– Eu sei. Desculpe por pegar seu ursinho. - disse Brad, esperando que ela não ficasse brava.
– Hmm... está desculpado. - disse ela, com um sorriso amigável. - Mas cadê o bolo?
– Aqui. Faça um pedido e assopre as velinhas.. - disse James.
Angelina fechou os olhos e pensou em que pedir. De um sorriso e assoprou as velas.
– O que você pediu? - perguntaram James e Bradley.
– Segredo. - disse Angelina.
– Ah! Conta! - insistiu Bradley.
– Não. Se eu contar, ele nunca vai se realizar. É segredo. - respondeu Angelina. O que nunca imaginou era que seu desejo ainda seria realizado, um dia.
(...)
– Angelina? Angelina? - chamava James. Então acordei de meus pensamentos.
– Hã, o que?
– Estou te chamando há algum tempo. Em que estava pensando?
– Segredo. - disse ela e sorriu.
– Então tá. Quer ir na minha casa da árvore? - perguntou James, o que fez Angelina lembrar o passado.
– Claro!
Os dois subiram na casa da árvore de James e então ela teve uma surpresa.
– Feliz aniversário! - disseram James e...
– Bradley?! - gritou Angelina.
– Hãa... Sim! - disse Bradley.
– O que você está fazendo aqui?
– Comemorar seu aniversário como antigamente? - respondeu ele, como se fosse óbvio.
– Saia. Não te dei permissão para comemorar meu aniversário comigo.
– Nossa! Por que está brava?
– Por que você acha?
– Ei, ei, ei gente! Sem briga! Vamos comer o bolo! - interrompeu James, trazendo um bolo na mão com 18 velinhas. - Faça um pedido e assopre as velinhas. - Angelina sorriu.
– Não pode ser um agradecimento ao invés de pedido? - perguntou Angelina.
– Hã, pode ser. - disse James confuso e Angelina chegou perto do bolo.
– Gostaria de agradecer por meu desejo de 11 anos atrás se realizar. - disse Angelina e assoprou as velinhas.
– Como assim? - perguntou Bradley.
– Eu sei que vocês vão achar ridículo, mas eu desejei que um dia nós pudéssemos comemorar meu aniversário juntos na casa da árvore do James, outra vez.