Apaixonada Por Um Idiota Pervertido escrita por Arisinha


Capítulo 1
Capítulo 1 - Jogos de Sedução


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha primeira história (que tive coragem de postar). Espero que gostem e boa leitura!



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Os raios solares entravam pela janela do avião e ouvia alguém me chamar.

– Senhorita, acorde! Já chegamos.

Abri meus olhos e vi que uma aeromoça me olhava com um lindo sorriso. Como pode ela parecer tão simpática? Apesar de que muitas aeromoças não são nem um pouco legais, gostei dessa e resolvi ser educada.

– Ah! Obrigada! - respondi ela, retribuindo o sorriso.

Levantei-me da poltrona e peguei minha pequena mala, com apenas alguns pertences importantes. Como não tinha muitas roupas, não houve nenhum problema em levá-las comigo à Miami Beach, na Flórida. Sim, saí de San Francisco para morar com meu pai, após a morte da minha mãe. Se eu estava feliz? Com certeza não. Desde a traição de Jared com seu primeiro amor, não atrevi a encontrá-lo... até hoje.

Sai do aeroporto e fui em direção ao ponto de ônibus ali perto. Tinha combinado com o Jared que o encontraria na praça de alimentação. Não acredito que ele realmente acreditou nisso.

– Angelina? - uma voz masculina e grossa me chamou. Olhei para trás e adivinha quem eu vi? Examente, meu melhor amigo.

– James? Ai-meu Deus! Não acredito! - gritei de felicidade e fui correndo em sua direção.

James era meu melhor amigo desde crianças, ou melhor, desde o nosso nascimento. Nossos pais eram vizinhos e amigos de faculdade, então sempre nos obrigavam a brincar juntos, mas sempre discutíamos nas brincadeiras. Foi assim que ele se tornou meu melhor amigo.

– Eu que não acredito! Não sabe como fiquei feliz em saber que você vinha morar aqui! - disse James, me abraçando mais forte.

– James... - tentei dizer, mas ele não me ouviu. - James! - Gritei.

– Hã?

– Você tá me sufocando! - disse com falta de ar.

– Ah! Okay! - respondeu, soltando-me do abraço de urso. - Tome isso. Acabei de pegar lá dentro. - ele me entregou um copo de capuccino com chantilly.

– Obrigada! Amo isso! - disse sorrindo e bebendo um gole enorme.

Ficamos um bom tempo nos olhando. O tempo passou e ele mudou... para melhor. Seus olhos castanhos continuavam a me encantar, os cabelos escuros, curtos e arrepiados me deixava atraída por ele, mas a melhor parte é que seu jeito de ser não mudou nada.

– Então... vai me dar uma carona? - quebrei o silêncio constrangedor que havia entre nós.

– Hm... não.

– Como assim, James Cristian Collin?! Como ousa recusar uma garotinha indefesa? - esbravejei... brincando, é claro. Ele apenas riu e ficou com um sorriso bobo.

– Seu pai... ele está bem atrás de você.

– O quê? - disse, virando meu rosto.

Meu pai não mudou nada, exceto seus cabelos que ficaram mais brancos.

– Angelina! - chegou perto de mim e me abraçou. Me soltei dele o mais rápido possível.

– Não pense que o tempo mudou o ódio que eu sinto por você, Jared. - respondi, enfatizando o nome dele.

– Angelina... não peço que você me perdoe, mas espero que não sinta raiva de Liza e de Bradley.

Elizabeth, ou Liza, será minha madrasta e Bradley é meu meio-irmão. Nunca o encontrei antes, mas ele não é filho do meu pai. É filho de Elizabeth e seu ex-marido, que se separaram por causa do meu pai.

– Não se preocupe, é só eles não me atrapalharem que tudo ficará bem. - disse-lhe, sarcástica.

– Angelina... - começou ele.

– Vamos. Está muito quente hoje e discutir só vai piorar o meu dia. - fiz ele parar de falar. Não queria ouvir um sermão sobre ter boas maneiras. Eu juro que sou educada, mas apenas com quem merece.

Entramos no carro e meu pai nos levou até uma casa muito linda, mas grande demais. Prefiro minha casa antiga: pequena e confortável.

– Querida! Brad! Chegamos! - gritou Jared.

Uma linda mulher com um vestido florido descia as escadas de vidro. Elizabeth Andrews: rica e bonita. Típico, não?

– Olá querida! Seja bem-vinda!

– Hã, obrigada. - disse timidamente.

– Oh, querido, onde está Brad?

– Caramba, mãe! Não se pode atrasar um minuto que você já enche o saco! - um garoto alto, de cabelos castanhos bagunçados e olhos azuis, entrou na sala. Bradley Andrews: garoto popular, integrante de uma banda de garagem e mal-educado.

– Nossa filho, como você é grosso! - disse Liza, manhosa, mas ainda assim sorridente. Ele apenas revirou os olhos.

– Essa daí é a minha meia-irmazinha? - disse sarcástico e começou a gargalhar. - Esperava uma irmã mais, sei lá, gostosa? Certo, Angel Nada Santa?

– Brad! - Liza e Jared o repreenderam ao mesmo tempo.

Apenas dei um sorriso forçado e fiquei com a mesma expressão que estava antes: calma. Esse garoto acha que não me achar gostosa vai me deixar brava? Coitado, mal sabe quem sou eu. Percebi raiva nos olhos dele, quando viu que não demonstrei qualquer interesse sobre o que ele falava.

– Estou indo para o meu quarto. - peguei minha mala e comecei a subir as escadas.

– Deixa que eu te ajudo. - esperava que Jared diria isso, mas algo que me surpreendeu: era o Bradley.

– Não precisa. Tenho braços, assim como você também, mas vi que não faz nem academia para ter um pouco de músculo. - me vinguei pelo o que ele falou antes. E a expressão dele foi a melhor imagem que se pode ver: ficou com cara de bobo, quer dizer, mais bobo. Continuei subindo as escadas. Bradley também.

Quando cheguei ao segundo andar, me perdi completamente. O corredor era enorme e todas as paredes eram de vidro. Muito desconfortável.

– Vejo que se perdeu. - disse Bradley, calmamente. Parece que está fazendo um jogo de sedução.

– Como você é inteligente para um garoto popular! - exclamei irônica.

– Que bom que sabe, Ange Nada Santa.

– Não te dei o direito de me chamar de Angel. Onde é meu quarto? - perguntei friamente. Angel era o apelido que minha mãe me chamava.

– Aii! Desculpa garota nada bonita! - imitou uma voz gay. Quer dizer, ele nem precisava imitar.

– Ta desculpado. E você não conseguiu me irritar com essas palavras de criança emburrada.

– Não consegui te irritar? - disse e pegou meu braço me puxando. Entramos em um quarto todo de vidro e bagunçado.

– Ei! Esse não é o meu quarto! - briguei com ele.

Ele não falou nada. Apenas me empurrou contra a parede e pousou suas mãos nela. Seu rosto se aproximou do meu e colou nossos corpos. Não havia mais espaço entre nós. Era apenas eu e ele em um quarto transparente. Minha hipótese estava certa: ele estava jogando o jogo da sedução, mas o que ele não sabia era que eu também sabia jogar.

– O que está fazendo? - perguntei, tentando ser o mais ingênua que pude.

– O que você acha? - a voz rouca dele fez meu coração acelerar. Droga! Ele tinha alguma influência sobre mim, que eu ainda desconhecia.

– Proucarando defeitos em mim? Me desculpe, mas não encontrará nenhum.

– Disso eu tenho certeza, mas sua boca... tem um bigode nela. - disse ele, com um sorriso de lado.

– O que? - tentei achar um espelho para ver o meu "bigode".

– Relaxa, maninha. É um bigode de chantilly. - disse ele rindo da minha expressão.

– Hã? - fiquei sem saber o que dizer. Primeiro ele me prende contra a parede e agora diz que eu estou com um bigode de chantilly... droga! O capuccino!

– Deixa que eu limpo pra você, maninha! - ele chegou perto dos meus lábios, mas fui mais rápida e abaixei, saindo por entre suas pernas.

– Boa tentativa, maninho! - disse do outro lado e saí do quarto, com um sorriso vencedor, deixando um Bradley com cara de retardado, quer dizer, mais retardado. Que os jogos comecem!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem gente! Pode ser elogios, críticas... qualquer coisa, sério! Abraçoos apertados é até o próximo capítulo!