De Repente É Amor escrita por Thais
Notas iniciais do capítulo
oi, oi *-*
Boa leitura!
Conversas e apostas perdidas.
– Clove? Clove acorda.
– Pra que? – acordo lentamente e vejo que Cato está rindo da minha cara. – O que você quer de mim, hein?
– Seu ponto é o próximo, não é? – ele diz.
– Como você sabe? – pergunto.
– É o meu também. – Legal, agora ele morava perto de minha casa.
Solto um muxoxo e caminho em direção a porta. Cato me segue alegremente. Alegremente até demais.
– Você dorme muito engraçado. – Cato começa a rir demais, chamando a atenção de umas velhinhas que passavam ao nosso lado.
– Você sabe fazer outra coisa além de espionar ou outros dormindo?
– Sim – responde orgulhoso. – Além de ser muito esperto, sei pintar muito bem e sou muito bonito, não acha?
– Eu acho que você é metido demais – murmuro. – Quantos anos têm?
– Vinte e cinco, e você?
– Dezessete.
– Interessante... Sabe de uma coisa? É difícil conhecer meninas novas com bom gosto como o seu.
Bom gosto? Só que me falta ele ter fuçado minhas coisas enquanto eu dormia. Que droga!
– Você fuçou nas minhas coisas? – pergunto incrédula.
– Não! Apenas dei uma olhada em suas músicas, só isso.
Ao menos isso. Não me importo dele ter mexido em minhas músicas, meu celular era repleto de indie e rock das antigas e com certeza era melhor do que as músicas que meninas da minha idade ouviam atualmente.
– Então você tem bom gosto também. – digo sorrindo.
– Sim – Cato atravessa a rua junto comigo. – Ouvi três vezes I can’t explain.
– Sério? Amo aquela música.
– Somos dois então, dona Clove.
– Então – chego à frente de minha casa. – Começa a dar aulas em qual escola?
– Não sei, mas acho que vai ser na sua escola.
Na minha escola? Não tenho nada contra Cato Waters, ainda nem o conheço direito, mas me dar aula não seria algo animador para mim.
– Eu duvido, sabe? Eles raramente contratam pessoas novas. São sempre professores mais velhos.
– Quer apostar que vou dar aula pra você? – Cato me desafia, puxando dez dólares da carteira.
– Claro – comento erguendo uma das sobrancelhas. – E que a sorte esteja sempre a seu favor!
[...]
Uma semana havia passado e para minha sorte, Cato estava em curso numa cidade próxima. Dizia ele que era muito importante e que não era para eu sentir tanto sua “falta”.
Sério? Ele deve ter algum problema mental ou coisa parecida.
Amanha teríamos aula com o novo professor. Não via à hora de ganhar os dez dólares de Cato e ver sua cara após a aposta perdida. Ele realmente tinha certeza que daria aula para mim sem mesmo ainda ter recebido os papeis da escola nova.
Mal me alevanto e vejo pelo visor da tela que tenho uma mensagem dele.
Cato comentou que não iria pegar o ônibus comigo porque tinha que resolver algumas coisas, mas que voltaria depois; porém, para mim, mais parece que ele estava é com medo.
“Coitado. Já até aceitou a derrota”, penso sorrindo sarcasticamente.
Tomo um banho rápido e pela primeira vez em messes tomo um café descente. Saio de casa e pego o ônibus indo em direção ao colégio.
Chego à escola e a maioria das garotas estão em rodas conversando animadamente sobre algo que não consigo entender. Bom para elas que tem a capacidade de serem felizes em plena segunda-feira
– Clove! Clovs! – Katniss se joga em cima de mim.
– Bom dia pra você também, Everdeen.
– Você não sabe do maior babado. – ela bate palminhas, chamando toda atenção para nós. Se pudesse me enfiar debaixo da terra à hora seria essa
– O que foi? – pergunto a puxando para um canto.
– Temos um professor novo.
– Eu sei. – digo desanimada.
– Sabe que ele é um gato? – faço que não com a cabeça. – Então Clove, ele é muito gostoso.
– Que bom Katniss, fico realmente muito feliz por isso. Serio mesmo, você mudou meu dia com essa noticia bombástica.
– Espere só pra ver Clove.
Assinto com a cabeça e entro na sala; porém, quando ponho meu primeiro pé dentro, ouço uma risada abafada e quem eu vejo sentado na mesa do professor é Cato, que lança um sorriso extremamente triunfante em minha direção.
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