– Srta. Black por que todo esse alvoroço para falar com o professor Dumbledore?

– Acredite professora é urgente! – Minerva me olha de cima abaixo.

– Sinto muito, mas o Diretor está em uma viajem – a professora coloca as mãos em meu ombro e caminhamos até as escadas. – Mas se for algo urgente à senhorita pode falar comigo, tenho certeza de que poderei ajudar no que for.

Pensei em todas as coisas em que estava prestes a dizer, todas as verdades, sobre Draco, sobre Dumbledore e sobre mim. Mas naquele momento, por alguns segundos, eu percebi que aquela não era a hora certa.

– Não se preocupe professora, não é nada. – sorrio para McGonagall, subo as escadas e tento pensar em um jeito de não pensar em mais nada.

Dumbledore estava em perigo e acho que eu não era a única a pensar nisso, suspeitava que Harry, Rony e Hermione também soubessem que tinha algo errado.

Será que Draco realmente tinha planejado aquilo tudo? Harry talvez tivesse razão? Meu Merlin, por que tantas perguntas sem respostas?

(...)

Acordei no dia seguinte com a notícia de que Katie Bell fora transferida para o Hospital St. Mungus, ao descer as escadas Gina nem sequer olhou na minha cara, ignorei tal ato e fui tomar café, não estava nem um pouco a fim de arrumar problemas com a Weasley, muito menos encontrar Harry pela manhã para “acalmar” meu dia.

Silene corre em minha direção e quase me derruba da escada, o que faz a mesma rir bastante.

– Então Black, soube da Katie, queria saber como você esta?!

– Nem um pouco bem.

– Vamos lá Susie, ela vai ficar bem, sei disso – Silene pega minha mão e vamos quase que correndo para o Grande Salão. – Vamos logo porque eu estou morrendo de fome.

Silene não parava de falar o quanto estava feliz de entrar para o Clube do Sluge e eu pelo contrario agradecia pelo mesmo não ter me requisitado para a tão falada festa que minha amiga não parava de falar. Slughorn se aproveitava de alunos que tinham boas influencias, como alguns alunos que tenha os pais trabalhando no Ministério ou coisa parecida, também de alunos inteligentes como Harry, mas ele não era assim tão inteligente em poções, usava a droga de um livro com todas as respostas. Não me encaixo em nenhuma dessas categorias, não tenho boas influencias e tão pouco com inteligente em poções, a única coisa talvez que me “salvasse” seria o sobrenome Black, mas não por causa de meu pai, mas sim por meu tio. Então realmente, acho melhor ficar de fora.

Rony veio se sentar ao meu lado, surpreendo-me, mas lanço um sorriso para o ruivo, mesmo ele não estando com uma cara boa.

– Olá Rony, o que o trás na mesa dos desajustados? – sorrio pegando uma maçã e mordendo a mesma.

– Só pra você saber, temos treino de quadribol hoje à tarde.

– Perfeito, obrigada por avisar – Rony continua sentado ao meu lado, parecia perdido em pensamentos. – Ei, ruivinho, o que ouve, ainda está chateado com a sua irmã?

– O que você acha?

– Acho que você não deveria se importar tanto com o que os outros dizem principalmente sua irmã, ela deve ter ficado com raiva e dito aquelas besteiras, mas não se preocupe no fundo ela te adora.

– Eu sei, mas talvez ela tenha razão, talvez eu seja...bem, assim porque eu nunca fiquei com ninguém antes. – Rony coça a cabeça meio sem graça, solto uma risadinha, ele me olha feio.

– Desculpe, eu costumo ver essas preocupações muitas vezes com meninas, é a primeira vez que vejo um menino preocupado com esse tipo de coisa.

– Tá dizendo que eu sou menina?

– Weasley, você me entendeu – Rony sorri, pela primeira vez durante a nossa conversa e eu me sinto aliviada. – Acho que você não deveria se preocupar com isso, mas mesmo que decida não se importar, por que não tenta abrir um pouco os olhos?

– Abrir os olhos?

– Rony tem muita gente por aí que esta gostando de você, talvez esteja mais perto do que imagina. – lanço um sorriso para o ruivo que agora carregava uma expressão confusa.

– Tudo bem, obrigada Susie.

– Por nada ruivinho, nos vemos no treino.

Volto para conversar com Silene e ela não parava de me fazer perguntas sobre Rony, eu sabia que não podia sair falando tudo para minha amiga então resumi mais do que podia.

– Tenho certeza de que o Weasley consegue resolver seu problema sozinho. – viro-me assustada para o lado, onde há poucos minutos estava Rony, agora um rosto pálido com olheiras gritantes estava sentado bem colado de mim.

– Rosemary você quase me matou de susto. – tento dizer em um tom mais engraçado possível, mas acho que saiu como se realmente eu estivesse assustada.

Rosemary apenas sorri de lado e toma seu suco. Nunca tinha visto minha amiga daquele jeito, parecia que não dormia há dias, seu cabelo antes liso e de um ruivo escuro, parecia mais escuro e mais oleoso.

– Rosemary, o que ouve com você? – Silene pergunta ajeitando seus óculos, ela parecia mais espantada do que eu.

– Como se fosse da sua conta quatro olhos.

– Rose...

– Acho que esta sendo grossa demais Rosemary. – Simas simplesmente diz com certa raiva, o encaro surpresa.

– CAÍ DENTRO FINNIGAN. – Rosemary se levanta em um pulo, eu e Silene fazemos o mesmo, Simas nem pensou duas vezes pegou sua varinha e apontou para a ruiva.

Rosemary se mantinha parada como se esperasse Simas finalmente lançar um feitiço sobre ela, como se pedisse aquilo. O que aconteceu em seguida foi à coisa mais sinistra que eu já vi. Rosemary começou a rir alto, mas as lágrimas escorriam em seu rosto, todos da mesa da Grifinória se voltaram para a cena. Silene segurou minha mão, possivelmente assustada.

– Rosemary, acho melhor você ir... – peço gentilmente para minha amiga, mas não consigo terminar a frase, ela se vira bruscamente e sai andando.

– Não preciso da sua ajuda Black, só peça o frouxo de seu ex-namorado tomar uma atitude.

Todos em volta estava me olhando, e olhando uma suposta louca que Rosemary havia se tornado.

– Sinto muito Susie.

– Não foi sua culpa Simas – digo sorrindo de lado. – Rosemary esta com problemas, mas não podemos ajudar se ela ficar agindo assim.

– Obrigada por me defender Simas. – Silene diz sem graça, quase que corando.

– Não foi nada.

Sentamos-nos novamente, mas dificilmente consegui ficar pelo menos um segundo em um assunto sem pensar em Rosemary, o que levaria ela a se rebelar daquele jeito? Ela andava tão estranha desde que soubera que Chester era seu irmão, ela basicamente não conversava mais com ninguém.

– Acho que Chester deve ter visto a cena, ele deve ter ido falar com ela.

– Assim espero.

– Não acho que vá resolver alguma coisa. – Simas e Silene não entendem muito bem minha colocação, então explico. – Ela não esta falando com nenhum de nós, acha mesmo que ela vai falar com o próprio irmão? Obvio que não, ele tem uma parcela de culpa nisso.

Todos se calam e concordam comigo.

Voltamos então a tentar achar outro assunto que não fosse à loucura de Rosemary.

(...)

O treino de quadribol foi resumido em uma série de agressividades de Rony, toda vez que eu lançava e fazia o gol ele esbravejava todos os palavrões possíveis contra mim e Demelza, o que fez a mesma cair em lágrimas e quase sair do jogo.

– Harry acho melhor falar com seu amigo – posiciono-me para pegar a bola enquanto falo com o Potter.

– Acha que não fiz isso Black?

– Se quiser um ótimo goleiro para sábado, acho melhor tentar mais! – pego a goles e saio em disparada para o gol.

Depois do treino percebi que Harry fora falar com Rony, ele não parecia muito feliz. Parece que minha conversa com o Weasley não resolveu muito, sem contar que a outra ruiva nem olhava mais na minha cara.

O que já estava me tirando do sério.

(...)

Na manhã seguinte, o café da manhã não podia ter sido melhor, os alunos da Sonserina assoviavam e vaiavam bem alto cada jogador da Grifinória que entrava no Salão Principal, mas no meu caso, quando entrei poucos fizeram isso. O que me fez sorrir por alguns minutos, antes de ver Lilá Brown animada com Rony.

– Anime-se, Rony! - gritou Lilá.- Sei que você vai ser genial!

Rony fingiu não ouvir e eu soltei uma risada, sentando do lado do mesmo.

– Como vai ruivinho?

– Já estive melhor.

Hermione chega e mal se senta com a gente, ela não parecia bem, segundo Silene, que era uma ótima observadora, Rony ultimamente dava muitas patadas em minha amiga, o que por alguns dias a deixou fria.

– Como é que vocês três estão se sentindo? — perguntou, hesitante.

– Estou bem. – respondo sorridente.

– Ótimos. - respondeu Harry, que estava se concentrando em passar para Rony um copo de suco de abóbora. - Pronto, Rony. Beba.

Por alguns minutos conversei com Hermione e ela parecia realmente mal, mas seus olhos estavam em outra coisa, na bebida de Rony.

– Não beba isso, Rony!

– Por que não? – pergunto confusa.

– Harry colocou alguma coisa nesse suco.

– O que disse?

– Você me ouviu e eu vi você pode ser expulso por isso.

– Não sei do que esta falando. – Harry se fez de indiferente, mas por alguma razão ele parecia ter feito alguma coisa.

– Se for o que eu estou pensando, Harry isso é errado.

Harry nem sequer olhou para mim, nós três viramos instantaneamente para Rony que acabara em um gole tomar seu suco. Hermione saiu bruscamente do Salão deixando os dois e a mim em certo clima de duvidas.

Quando decidimos ir para os vestiários Gina estava parada com Demelza esperando Harry, ela começou a falar sobre os jogadores da Sonserina que iria jogar e o que não iriam, e também os que substituiriam.

– Parece que Draco não vai jogar, alegou que estava doente.

– Por que ele faria algo assim? – Harry pergunta.

– Não sei, mas pelo menos a Black não ficará distraída. – Gina joga seu comentário maldoso, mas não digo nada, apenas levanto a cabeça e me posiciono para o jogo.

– Sinto muito por isso – olho para trás e vejo Harry, ele parecia realmente mal.

– Você nunca foi bom com desculpas. – ainda com a cabeça levantada aperto ainda mais minha vassoura contra o peito.

Entramos em campo sob gritos e vaias. Uma parte do estádio era totalmente vermelha e ouro, a outra, um mar verde e prata. Muitos alunos da Corvinal e da Lufa-Lufa também tinham tomado partido. O rugido do famoso chapéu-leão de Luna Lovegood fez sair mais alto do que qualquer outro barulho que podia ter naquele campo.

Soou o apito todos quase ao mesmo tempo deram o impulso do chão congelado, e partiram.

A bola primeiramente foi para um dos artilheiros da Sonserina, que eu consegui pegar com muita facilidade, mas Gina não estava muito feliz com isso, então fiz o favor de passar a bola para ela, me arrependia amargamente, logo depois que passei ficar com a bola em mãos era difícil, a Weasley não passava a bola para mim.

– Ora, começou a partida e acho que todos estamos surpresos com a equipe que Potter reuniu este ano. Muitos acharam que, pelo desempenho desigual do goleiro Rony Weasley no ano passado, ele não retornaria à equipe, mas é claro que uma forte amizade pessoal com o capitão ajuda...

Essas palavras foram recebidas com vaias e aplausos do lado do estádio ocupado pela Sonserina. Zacarias Smith, um jogador da Lufa-Lufa era quem estava narrando o jogo.

– Droga, esse imbecil vai acabar mexendo com o Rony. – penso alto, afinal ninguém podia me ouvir.

– Ah, e aí vem a Sonserina em sua primeira tentativa de marcar um gol, é Urquhart que mergulha em direção ao campo e... Weasley defende bem, todo o mundo tem o seu dia de sorte, suponho...

– Isso mesmo, Smith, hoje é o dia dele. - resmungou Harry ao meu lado com um sorriso. – O que ouve?

– Parece que Gina esta fazendo um ótimo trabalho. – esbravejo.

– Vamos lá Susie, você é nossa melhor artilheira. – Gina passa com a goles e Harry grita antes dela perder a mesma. – GINA, QUERO QUE PASSE A BOLA PARA SUSIE, COMO TREINAMOS.

A ruiva não recebe muito bem, mas quando Demelza pega a bola e como um raio passa para Gina, ela automaticamente passa para mim.

Quando pego a goles a agarro contra o peito com toda a força e saio em disparada para os aros, era como estar simplesmente em câmera lenta desviando de todos os artilheiros da Sonserina, de todos os balaços e de todos os jogadores.

– Black nem parece que está no campo, ninguém se quer move um músculo...

As palavras de Zacarias só me fizeram marcar mais um gol, onde todos da Grifinória e das outras casas que torciam por mais gritar imensamente, sobrevoei todos eles com um largo sorriso.

Naquele momento eu me senti completa.

Decorrida meia hora de jogo, a Grifinória estava ganhando por sessenta pontos a zero, Rony tendo feito defesas verdadeiramente espetaculares, Gina e eu tendo marcado três gols cada uma para a equipe. Aquilo fez Zacarias parar de perguntar em voz alta se os dois Weasley estavam ali porque Harry gostava deles, e passar a implicar com Peakes, Coote e a mim.

Parecia que a Grifinória não podia errar. Repetidamente a equipe goleava, e repetidamente, no extremo oposto do campo, Rony defendia com visível facilidade. Estava até sorrindo agora, e quando a multidão saudou uma defesa particularmente boa com um coro crescente daquele velho refrão Weasley é o nosso rei, ele fingiu regê-los do alto, o que me fez rir.

A goles agora estava comigo e como antes eu e Gina conseguíamos passar uma para a outra confundindo os Sonserinos com toda a facilidade do mundo, e quando a última estava mais perto dos aros e fazia o gol as pessoas gritavam ainda mais alto.

Harper da Sonserina conseguiu ver o pomo de ouro antes de Harry, mas ele era muito mais rápido, e quando ele gritou que havia pegado o pomo subiu um grito das arquibancadas.

Gina estava planejando fazer alguma coisa contra Zacarias, então eu tive uma ideia.

– Ei, Weasley! – contei meu plano e ela adorou.

Em poucos segundos Gina veloz, colidiu, com um baita estrondo, contra o pódio do locutor. Entre gritos e risos da multidão, a equipe da Grifinória aterrissou ao lado dos destroços de madeira sob os quais Zacarias se mexia debilmente.

– Me esqueci de frear, professora, desculpe. – Gina dizia descaradamente para Minerva, botei meu braço ao redor de Gina e concordei.

– Ela sempre teve esse problema professora, acredite. – McGonagall não nos ouviu mais e voltamos com as comemorações.

Todos estavam rindo demais, eu apenas abraçava Demelza e parabenizava Rony por ser o melhor goleiro do mundo. Harry se desvencilhou da equipe e abraçou Gina, mas muito rápido a soltou, logo se virou para Rony e deu tapinhas nas costas do mesmo. Naquele momento pude ver o que Harry estava sentindo, e sorri por aquilo. Deixamos o campo de braços dados, dando gritos e socos, Rony decidiu me levantar no colo e eu comecei a rir e gritar ainda mais.

A comemoração seria no Salão Comunal, troquei de roupa e apenas fiquei com a blusa da Grifinória com meu sobrenome e número nas costas, amarrei uma bandana vermelha que havia guardado e prendi meu cabelo.

No caminho para o castelo, fui muito parabenizada, Ian e Scott fizeram questão dos dois me darem um beijo na bochecha cada um, abracei os dois e os convidei para comemorar no Salão Comunal da Grifinória.

– Será que é permitido? – pergunta Ian apreensivo.

– Se não for agora é, vamos indo.

Quando entramos várias pessoas estavam gritando e berrando também, olho em direção ao murmuro e Rony estava aos beijos com Lilá Brown, aquilo no inicio me fez ter um ódio eterno, ele estava fazendo exatamente o que ela queria.

– Aquele é Rony Weasley? – pergunta Scott.

– O próprio. – digo meio desdenhosa, logo em seguida me dou conta da grande besteira que ele fez. – Meu Deus, meninos fiquem aqui.

Procuro Hermione, mas nenhum sinal dela pelo Salão, então encontro Silene também aos beijos, mas com Andrew, decido não interromper então vejo Simas, ele pelo menos estava comemorando de uma forma mais bem, normal.

– Simas, você viu a Hermione?

– Bem, da ultima vez que a vi ela estava indo para fora do Salão.

Agradeço e passo pela Mulher Gorda que estava cantando alguma canção sobre leões, o corredor estava vazio, a primeira sala por qual passei estava entreaberta, quando abri Hermione estava sentada em cima da escrivaninha, sozinha, com um pequeno círculo de passarinhos amarelos sobre a cabeça. Assim que penso em entrar duas mãos passam pela minha cintura e eu gelo, Harry estava sorrindo.

– Precisamos falar com ela. – digo e ele concorda.

Decidimos entrar, os dois juntos, quando Hermione finalmente notou nossa presença, virou com os olhos tristes.

– Oh, olá, Harry, olá Susie — disse ela com a voz dura. - Eu estava praticando.

– Estou vendo... são... hã... realmente bons... - disse Harry.

Talvez não fosse a coisa adequada a se dizer, mas Harry parecia não entender, então me sentei ao lado de Hermione e botei minha cabeça apoiada em seu ombro esquerdo, acariciando seu braço, ela não protestou, não fez nenhuma objeção, apenas começou há fungar um pouco.

– Rony parece estar se divertindo na comemoração.

– Ah... está? – Harry pergunta se fazendo de desentendido, eu quase bato em sua cabeça por isso.

– Não finja que não viu. Ele não estava bem se escondendo, estava...

A porta às costas de nós se escancarou. Para horror de todos, Rony entrou, rindo e puxando Lilá pela mão.

– Ah. - exclamou o ruivo, parando imediatamente ao nos ver.

– Opa! - disse Lilá, recuando com um acesso de risinhos, o que me fez a olhar com desprezo, e rapidamente a mesma saiu.

Houve um silêncio horrível, onde eu preferiria estar bem longe naquele momento, eu preferia que Rony simplesmente tomasse juízo e fosse embora, mas ele então decidiu abrir a boca.

– Oi, Harry! Estava me perguntando aonde você teria ido!

Hermione desceu da escrivaninha. O bando de passarinhos dourados continuou a pipilar rodeando sua cabeça.

– Você não devia deixar a Lilá esperando lá fora — disse baixinho.- Ela vai se perguntar aonde você terá ido.

Essa é minha garota. – pensei comigo.

Ela foi andando muito devagar e ereta em direção à porta. Harry olhou para Rony, que parecia aliviado por não ter acontecido nada pior.

– Oppugno! - veio um grito da porta, assim eu e Harry nos assustamos instantaneamente.

Hermione estava apontando a varinha para Rony, o pequeno bando de passarinhos voou ferozmente contra o mesmo, que ganiu e cobriu o rosto com as mãos, mas os pássaros atacaram, bicando e arranhando cada pedaço do corpo dele que puderam alcançar.

– Me livra disso! - berrava ele, mas, com um último olhar de fúria vingativa, Hermione desapareceu.

Eu poderia ter ficado com os dois e escutar as ótimas desculpas de Rony, mas eu estava muito ocupada me levantando e parabenizando minha amiga por finalmente ter feito a coisa certa.