Réquiem escrita por Ghanima


Capítulo 9
Esclarecimentos




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Cap 9 – Esclarecimentos

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- É uma dama-da-noite, por que?

Ela abre os olhos, mas a única coisa que vê antes de cair no sono é a mão do Jashin em frente ao seu rosto. Percebendo que ela cairia para frente, o homem abre os braços para receber o corpo mole da jovem.

- Pra saber qual é o seu perfume...

É a resposta dele antes de por a noiva em seu colo e ali o manter até o fim da viagem. Que durou muito por causa da ordem que ele deu ao condutor de rodar em círculos, apenas para tê-la consigo por mais tempo.

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O barulho de algo colidindo com o criado-mudo despertou Ino de seus sonhos. A cabeça da loira estava girando dolorosamente, mas não era nada que se aproximasse do insuportável, o estômago revirava e a boca parecia mais seca do que um deserto e estava assolada por um gosto bastante desagradável. Ao abrir seu olhos azuis, viu-se em sua cama e com um Deidara desconfiado olhando-a inquisitivamente.

- Primeira ressaca, un? – o loiro estava de pijama.

A prima não respondeu e voltou seus olhos preguiçosos para a sacada. O céu estava nublado e, ao que parecia, o clima não estava dos mais amenos naquele dia. Ao ser atingida por tal revelação, a jovem escondeu a cabeça em baixo do travesseiro e aninhou-se mais nas cobertas, ignorando totalmente a presença do homem.

Pena que sua idéia não fez muito sucesso. Aproveitando a oportunidade, Deidara decidiu perturbar um pouco a Yamanaka, arrancando dela as cobertas e batendo de leve nela com um travesseiro perdido sobre a cama. Em fração de segundo, a loira já estava sentada na cama e com um olhar quase tão mortal quanto o de uma medusa.

- Bom dia pra você também, un. – ele estira a língua e usa a cabeça para acenar para o criado-mudo. – Seu café tá aí.

- Obriga...da.

Ino põe-se a comer lentamente, temendo que qualquer violência pudesse trazer uma revolta ao seu já incomodado estômago. Deidara estava atipicamente silencioso naquela manhã, óbvio que prima queria saber o por quê, mas perguntaria quanto estivesse com mais condições.

Após terminar o seu desjejum, a jovem rumou para o banheiro. Demorou-se lá por bastante tempo, uma vez que a ressaca percebida por Deidara parecia ser mais intensa do que a Yamanaka havia calculado. Ao sair do banheiro, trajando um vestido creme bastante simples, ela vê o primo segurando um envelope grande e outro pequeno.

- O que é isso, Deidara-niisan? – pergunta ela enquanto se senta em sua cama.

- O envelope eu tirei do escritório do seu pai. – começa ele.

- Como conseguiu? – ela fala um pouco mais alto.

- Isso! Grita pra todos os empregados ouvirem, un. – a loira ruboriza e se cala. – Seus pais saíram bem cedo hoje, aproveitei a deixa pra surrupiar isso do escritório, un.

Ele dá o envelope maior para a prima, que logo o abre e começa a folhear os papéis ali contidos, muitos deles pareciam planilhas, certidões e recibos bancários. Coisas sobre as quais ela tinha pouco conhecimento. Coisa logo notada pelo homem.

- São sobre os negócios do seu pai com o Mefistófeles. – o proto-artista não se dá ao trabalho de ocultar a lívida antipatia que sentia pelo último.

Ao ouvir o “Mefistófeles”, Ino começa a por os pensamentos em ordem. Lembrando-se, principalmente, do jantar que teve com Hidan e da noite anterior. Um rubor lhe sobe as bochechas e por um momento ela se lembra do beijo incendiário que lhe foi dado, seu corpo começa a ser tomado por um calor muito pouco apropriado.

- Niisan, como foi que eu cheguei em casa ontem?

Os olhos azuis do homem brilham de forma sardônica e um risinho de escárnio lhe sai dos lábios.

- Foi estranho, un.

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OoOoOoOoOoOoOo Flashback oOoOoOoOoOoOoO

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- Pode parecer estranho, un. – Deidara beberica o café da prima. – Mas parecia que ele não queria te soltar.

- Provavelmente... – Ino faz uma cara emburrada.

- É, un?

- Óbvio! Acha que ele perderia uma chance de me infernizar?

Deidara ri.

- Ele fez isso durante o jantar inteiro.

A loira se levanta da cama e vai até a porta da sacada, abrindo o lado esquerdo e sentindo o vento fresco circular pelo quarto. Não estava tão frio quanto ela pensava, pelo contrário, o clima estava até bem agradável.

- Isso é pra você. – Deidara joga o envelope pequeno nas mãos de Ino.

Ela abre e vê uma caligrafia conhecida.

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Venha me ver. Ichiraku. Às 14:00

S.

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O coração da loira começa a bater mais rápido. Ver Shikamaru não foi uma coisa que tenha lhe passado pela cabeça recentemente, mas a idéia era boa demais para que ela recusasse. A felicidade voltou aos olhos azuis da jovem e Deidara sorri discretamente.

-“Pena que essa felicidade não vá durar muito.’’ – o loiro fixa seus olhos no chão. – Por que não pede pra ele ler os papéis? Talvez ele possa te explicar melhor do que eu, un.

- Farei isso. – Ino pega um biscoito que sobrara na bandeja. – Mas acho melhor você falar.

Ela entendera muito rapidamente que o primo tencionava se escusar da obrigação de falar alguma coisa. Deidara se joga na cama e enrola um pouco pra falar, esperando que a loira preferisse ouvir a explicação da boca de Shikamaru. Ao invés disso, a Yamanaka põe os papéis sobre o tórax do loiro, deixando bem claro que ele teria que falar.

- O negócio é o seguinte, quando seu pai contraiu as dívidas que eu te contei, ele pegou empréstimos...

Pausa pra colocar os pensamentos em ordem.

- “Mais óbvio, impossível.” – pensa Ino.

- O problema é que o nosso caro Mefistófeles é a fonte do dinheiro que saldou as dívidas. O detalhe é que seu pai não foi muito inteligente e a dívida que tinha em relação aos problemas com as flores foi saldado, mas o vício pelo jogo piorou bem mais a situação, un.

- Meu Deus... – sussurra a Yamanaka, levando as mãos ao rosto.

- Então, no dia em que o Mefistófeles e a patota dele vieram aqui pela primeira vez, foi para apresentarem a proposta final de acordo.

Só o olhar da jovem foi o suficiente pra fazer com que Deidara entendesse que era pra continuar falando.

- A dívida do seu pai foi dividida em três parcelas há bastante tempo, então a proposta do maldito foi essa: Uma das parcelas já terminou de ser paga, a segunda ainda será e a terceira ele ignorava...

- Que bom! – comenta Ino.

- Nem um pouco, un...

- Como assim?

O homem se levanta da cama e, com os papéis na mão, passeia pelo quarto. A loira percebe que não era bom interromper o circuito que o primo fazia pelo quarto, ela conhecia aquele hábito dele. Deidara sempre fazia isso quanto estava nervoso. E o assunto de que eles tratavam não era um dos mais agradáveis. Ele pega um dos papéis o dá pra Ino.

- Dá uma olhada, essa é a proposta, un.

Assim o faz a loira, os olhos azuis correm lentamente pelas letras sobre o papel branco. Depois de longos minutos, a ficha cai e a jovem entende a resposta inconclusiva que o primo dera anteriormente.

- Eles me venderam...

Deidara se apóia em uma das paredes do quarto e olha para a prima. Pobre Ino, não merecia aquilo.

- Seus pais nunca seriam capazes de pagar a última parte da dívida. – o loiro tosse brevemente. – E o tal Jashin sabia disso, un.

Ino se mantém silenciosa e fria. Como uma estátua.

- E a terceira parcela da dívida era, sem dúvida, a mais pesada de todas.

- A proposta era praticamente irrecusável... – a voz da Yamanaka sai horrivelmente ácida.

- O perdão da dívida em troca da sua mão em casamento. – complementa o homem enquanto olha para o relógio em outra parede. – É melhor parar por aqui, un. Você não vai querer se atrasar.

A garota olha para o relógio e vê, já era 13:00. Era verdade que ela já estava com um ódio insistente em relação aos pais, mas agora a situação piorara de uma forma estratosférica. O ódio se tornou impensadamente maior e acompanhado de um desprezo corrosivo. A loira sentia náuseas de ter que carregar o mesmo sobrenome que aqueles que a venderam, mas ela se vingaria...De um jeito ou de outro.

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O restaurante Ichiraku não era um dos mais célebres de Konoha, mas era freqüentado basicamente pela juventude do lugar. Em uma das mesinhas do fundo, um Shikamaru Nara estava com os braços dobrados sobre a mesa e a cabeça nesta, já era 14:20 e nada de Ino aparecer. Não que pontualidade fosse uma das características da loira, mas ele também estava cansado de esperar.

Seu pai o cercou durante algum tempo para descobrir que depressão foi aquela que o acometera recentemente. Em sua inteligência, Shikamaru comentou que eram problemas sentimentais passageiros e, como Shikato não era do tipo bom nesse tipo de assunto, preferiu não pressionar mais. O moreno ainda estava na mesma posição quando sentiu alguém se aproximar.

- Olha, eu ainda não quero pedir nada...

- Como é?

A voz conhecida o arranca de sua letargia habitual e lá estava a Yamanaka, com uma das sobrancelhas erguidas e as mãos na cintura, exigindo uma explicação. Ela se senta à sua frente, mas a expressão em seu rosto branco não se altera nem um pouco.

- Foi mal, Ino. – ela dá uma bocejo. – Pensei que fosse a garçonete.

- Notei! – a carranca da loira some dando lugar a um sorriso. – Sentiu minha falta?

Ela estende a mão direita sobre a mesa e logo as mãos masculinas tomam a sua.

- Não, te chamei à toa mesmo...

Beliscão nem um pouco delicado.

- Aii, isso dói, Ino! – o moreno esfrega a sua mão agredida. – Bom jeito de se começar uma conversa...

- Culpa sua, seu chato! Não mandei você me provocar.

As bochechas femininas ganham um adorável tom rosado e os olhos azuis faíscam, irritados. Todas essas mudanças simples são percebidas pelo Nara, que prende seus orbes cor de chocolate no rosto da loira. Ino percebe isso e tem a nítida sensação que começaria a chorar se aquele deslumbramento não saísse dos olhos de seu preguiçoso.

- Por que me chamou?

- Você não sabe ler? Eu disse: Quero te ver. – ele responde como se aquele “profundo” bilhete, por si só, já tivesse toda explicação possível.

- Quer que eu te belisque de novo, hein? – a loira acena para uma garçonete. – Eu quero um yakisoba e um suco de uva, bem gelado. – ela olha para Shikamaru. – Não vai pedir nada?

- Pode ser o mesmo que o dela.

A jovem garçonete sai de perto e a conversa é retomada.

- Estava preocupado com você, Ino. – os olhos dele escurecem. – Não te vejo desde aquela última ida no rio.

O silêncio domina aquela mesa. A loira cruza suas mão sobre o colo e as observa como se algo muito interessante estivesse ali; o moreno corre seus olhos preguiçosos pelo pequeno restaurante, em um momento vê uma cabeça rosada e uma negra, mas opta por ignorar solenemente aquilo. Nenhum deles fala nada. Nem era preciso, visto que a última frase de Shikamaru evocava lembranças bastante desagradáveis.

- Você o viu recentemente? – o rapaz quebra o silêncio, apóia seu cotovelo direito na mesa e nele sustenta sua cabeça.

- Sim... – a Yamanaka pára de dar atenção às suas mãos. – Ele esteve lá em casa na mesma noite.

- O que ele queria?

- Nada em especial. – ela sabia que não era verdade, mas algo em si a dizia que falar do jantar de ontem não seria uma boa idéia. – Ele foi conversar com meus pais sobre alguma coisa.

Isso a faz lembrar da sugestão de Deidara. A loira abre a bolsa que carregava e tira da mesma o envelope, pondo-o em cima da mesa. Shikamaru estranha aquilo e olha para Ino, sua sobrancelha esquerda levantada.

- Leia isso com atenção, Shika. – começa a jovem.

- E o que é? – ele pega o envelope e tira os papéis, não sabendo bem por onde começar. – Do que falam?

- Quer parar de me fazer perguntar e ler?! – a testa branca se franze e os braços cobertos pelo tecido do vestido creme se cruzam.

- Tá bom. – o Nara inicia a leitura. – Problemática...

Essa palavrinha sussurrada traz uma alegria impensável a Ino, que dá um sorriso discreto enquanto observa o rapaz lendo os papéis. Aproveitando o momento, a mesma se põe a observar como Shikamaru estava vestido; uma blusa de manga longa e marrom cobria o tórax bronzeado, uma calça bege e ligeiramente justa acentuava as pernas definidas, os sapatos marrons brilhavam com as luzes do lugar e batiam suavemente contra o chão, fazendo um barulhinho agradável e quase musical.

- “Quero manter essa visão pra sempre” – a mente dela começa a divagar.

Era impossível precisar quanto tempo Shikamaru levou para ler todos os documentos e digerir as informações contidas neles. O moreno estava escorado no encosto do banco e olhava para o teto, os papéis e o envelope estavam jogados em seu colo, e alguns deles ameaçavam cair no chão. Sua cabeça prodigiosa tentava conjurar soluções para a situação presente.

- Inacreditável... – ele leva as mãos o rosto. – Como é que seu pai cometeu uma burrada dessas?

O Nara sempre viu Inoshi Yamanaka como um homem inteligente e moderado. Pena que essa imagem estava longe de ser a verdadeira.

- E o que eu queria saber. – a loira sente uma nova leva de ódio se apossando de si. – Você consegue achar alguma forma de eu escapar desse compromisso?

Ela fez a pergunta que ele, realmente, não queria responder.

- “Bem, mentir não vai adiantar nada.” – o moreno estala seus dedos. – Acho que não.

É percebida a aura melancólica que se abate sobre os jovens; os olhos azuis de Ino se enchem de lágrimas, por pouco Shikamaru não faz o mesmo.

- Em especial, se levarmos em conta o presente de casamento que ele vai te dar.

- Será mesmo?

- É claro! – ele se cala ao mesmo tempo em que a garçonete traz a comida.

- Bom apetite.

Assim que ela se vai, ele retoma o raciocínio.

- Você sabe que o Hospital de Konoha está passando por alguns problemas e o tal Jashin também sabe. – o moreno começa sua refeição. – E como presente de casamento para o país da noivinha dele, o cara vai fazer uma doação vultuosa para a instituição, mas só depois de já estar casado e tudo mais.

- Estou entre a cruz e a espada. – Ino segue o exemple do Nara e come também. – “Como é que o tal Hidan consegue essas informações?”

- Basicamente. – Shikamaru toma um gole do suco, sentindo-o gelar sua garganta. – Sejamos racionais, Ino. Essa doação do Jashin resolveria muitos problemas no hospital, Tsunade parece concordar visto que o nome dela também está no documento. – ele tosse brevemente. – Se o contrato não for cumprido, os problemas serão bem grandes.

- Resumindo: Minha família cai em desgraça, o hospital vai entrar em colapso, logo funcionários e pacientes vão ser os mais prejudicados...

Ino poderia passar o dia listando os problemas que o não cumprimento do acordo nupcial poderia trazer. Se os infortúnios recaíssem apenas sobre a família Yamanaka, ela não hesitaria em queimar o acordo e dizer um belo ‘não’ na cara de Hidan. Só que o Mefistófeles era mais inteligente do que se pensava.

-Dá licença um minuto.

Com isso, o Nara sai da mesa. Ino se apóia no encosto do banco e fecha os olhos, sua mente girava com o excesso de informações que foram jogadas em cima dela. Tamanha é sua alienação ao mundo exterior que ela nem percebe uma sombra caindo sobre ela.

- Dormindo há essa hora, porquinha?

Ao som da conhecida voz, a loira abre os olhos e vê uma Sakura sorridente e vestida em amarelo. A Yamanaka não tinha se dado conta da presença da Haruno no Ichiraku, também pudera! Sua mente estava um pandemônio ultimamente.

- E aí, testuda? Quando chegou?

- Já faz tempo. – Sakura se senta no lugar de Shikamaru. – Só que eu não tinha reparado que você e o Shikamaru estavam aqui também. – a jovem de cabelos rosados bebe um pouco do suco de Ino. – Você andou sumida, porca. Que houve?

-“Não me faça essa pergunta, pelo amor de Deus.”. – Ino come a última porção que faltava de seu yakisoba. – Meu primo chegou, sabia?

- Hinata-chan me contou. – os olhos verdes da Haruno se voltam na direção do banheiro. – Ele continua igual?

- Ainda não explodiu nada, se é isso que quer saber. – as duas riem. – E quem está te acompanhando no almoço, hein?

A Yamanaka vê Sakura ficar quase tão rosada quanto o seu cabelo e a resposta vem de quem ela menos esperava.

- Está pronta, Sakura-san?

Quando as duas se viram; percebem a presença de um belo jovem de cabelos negros, presos num rabo de cavalo baixo, olhos negros e uma expressão facial de muita tranqüilidade. Ino só não cai pra trás por que já estava instalada no banco, o acompanhante de Sakura era ninguém menos que Itachi Uchiha. Irmão mais velho de Sasuke e considerado como gênio do clã.

- Olá, Ino-san. Como está? – Itachi se vira para Ino e dá um sorriso discreto.

- Eu estou bem, Itachi-kun, e você?

- Igualmente. – responde o Uchiha, sendo sempre um perfeito cavalheiro.

- Reunião é?

A voz descontraída de Shikamaru anuncia sua chegada.

- Olá, Shikamaru. – cumprimenta Sakura.

- E aí, Sakura? – o Nara não fala com Itachi por que eles tinham se esbarrado no banheiro.

- Já paguei a conta, Ino. Podemos ir se você quiser.

A Yamanaka e a Haruno se levantam, a loira toma uma das mãos de Shikamaru.

- Estamos indo. Adeus, testuda e Itachi-kun.

O moreno e a loira saem rápido do Ichiraku. Sakura olha para a mesa e vê o envelope de Ino em cima da mesma.

- Ela esqueceu isso. – comenta a moça de olhos verdes já com o envelope na mão.

- Será que podemos alcançá-los?

- Não precisa, eu entrego isso pra ela outro dia.

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Logo o Uchiha e a Haruno também saem do restaurante, esta última portando o envelope de Ino. Entretanto, ainda dentro do Ichiraku, uma mulher de cabelos azuis acompanhou toda a convivência entre Shikamaru e Ino. A mulher paga a conta e sai do restaurante. Ela anda alguns metros e para ao lado de uma carruagem negra.

- A loira estava com o Nara até agora pouco. – com isso, a mulher toma seu rumo.

Dentro da carruagem, uma mão enluvada quebra uma taça e olhos púrpuros se tornam negros. A Morte passou o dia resolvendo algumas questões pendentes com o casal Yamanaka e, acabara de ser bombardeada com a notícia de que Ino esteve com Shikamaru. Hidan morde os lábios com fúria e bate com uma das mãos na carruagem, chamando a atenção do condutor.

- Procure a garota loira de ontem. – ele pega uma garrafa e toma um gole. – E não deixe que ela perceba!

Logo o veículo começa a se mover.

Ele não era capaz de dizer qual era o sentimento que o dominava naquele momento, mas Hidan sabia que caso desse de cara com Shikamaru o levaria para passar o resto da eternidade em algum lugar deveras desagradável. Contudo, a maior parte de sua fúria era com Ino, ela não estava levando a sério que ele ia se casar com ela.

- Ai ai...Estou vendo que Margarida e Fausto perderam a noção do perigo.

Não demora muito até que a loira esteja no raio de visão do Jashin, que sorria de forma macabra.


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