Balas De Caramelo escrita por Nat


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁ
Nunca mais postei nada, eu sei. Podem jogar as pedras com força.
Não sei o que aconteceu com a minha inspiração que usava pras fics que tava escrevendo. To pensando no que farei ainda...
Já postei outra história que tem a ver com comida, a "Leite com Nescau". É, eu sou gorda, eu faço fics que envolvem comida, MAS SÓ DEUS PODE ME JULGAR, OK?
ok
É uma fic meio bobinha, mas acho que vão gostar. :3



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Está chovendo. Muito. Muito mesmo, cara.

E cá estou eu, Annabeth — azarada — Chase, debaixo de um guarda chuva todo quebrado, que levanta com uma brisa, marchando de raiva até o mercadinho mais próximo.

Eu estou meio que morrendo de raiva. Eu socaria uma árvore agora. Mas as árvores não tem nada a ver com meus problemas, então, não vejo motivo para socar nenhuma delas.

As coisas andavam de mal a pior para mim. Tipo, eu posso fazer uma lista das coisas ruins que andam acontecendo comigo. Posso colocar até em ordem cronológica.

Primeiro: meu namorado terminou comigo. DO NA-DA. Disse que não dava mais, que não aguentava mais ter que dar satisfação a toda hora e viver cheio de regras. E sabe o que ele usou de desculpa? “Annabeth, não é você, sou eu” ISSO NÃO É DESCULPA, SEU MALDITO!

Segundo: meus pais tomaram o exemplo do meu namorado e resolveram se separar. Mais uma vez: DO NA-DA. Eles nunca tinham brigado na minha frente. Nem levantar a voz ou discutir sobre qual deveria ser a cor para pintar a parede da sala. COMO ASSIM, CARA? DE ONDE SAIU ESSA REBELDIA TODA?

Terceiro: estraguei meu celular. Foi a coisa mais linda de se ver, eu jogando ele na cama, ele quicando e indo direto pro chão. Tudo em câmera lenta. Deviam ter tirado uma foto da minha cara de choro.

Quarto: não há balas de caramelo em casa.

Daí você diz “isso não é um problema, sua maluca”. Não, você está enganado. É um problema sim. Um problema grave. A única coisa nesse mundo que me acalma são balas de caramelo.

São pedaços do paraíso cortados em quadrados firmes e macios e embalados em plástico, para que sua mágica permaneça intacta.

E é por este motivo que estou debaixo de um temporal. Pelas maravilhosas, benditas e incríveis balas de caramelo.

É, eu sou maluca mesmo.

Eu estou apenas torcendo que o mercado esteja aberto, porque ele é o único estabelecimento seguro para menininhas como eu que vende o pacote de um quilo dessa bala em um raio de um quilometro.

E também eu estou molhada e pertíssimo de ficar gripada, eu não voltarei para casa de mãos vazias. Jamais.

A chuva engrossou. PUTA QUE ME PARIU, CORRE NEGADA!

Cheguei ao mercadinho e estava aberto. Vocês não imaginam meu alívio, sério.

O nome do mercadinho era “tenda do tio Rick”. Era um lugar pequeno, gelado e caro. Você sempre tem que olhar as validades de qualquer coisa, a menos que queira morrer envenenado. E nunca conte com a hipótese que vai ter o que você precisa, é decepcionante chegar lá e não encontrar nenhum pote de Nescau.

Larguei o guarda-chuva na porta e pensei seriamente em me secar como um cachorro. Mas apenas sequei os pés no tapete onde estava escrito “bem-vindo”.

Conheço tio Rick desde que me conheço por gente. Era um senhor de cabelos grisalhos, olhos amáveis e dedos tortos. Aquele que estava no caixa não era o tio Rick nem a pau!

Ele devia ter minha idade e os olhos verdes mais lindos que eu já vi na vida. Ele usava apenas um dos fones de ouvido e lia uma revista sobre carros.

Com certeza não era o tio Rick.

— E aí — cumprimentei acenando. Ele olhou para mim, acenou e voltou à atenção para a revista. Ok.

Percorri os olhos pelas prateleiras, em busca do pacote que eu tanto ansiava.

Eu juro que olhei em todas as prateleiras, mas nada. Estou entrando em desespero, eu preciso dessas balas, vocês não estão entendendo.

Andei até o balcão e acho que eu estava com um cacoete demoníaco ou algo do tipo, porque o menino da revista me olhou assustado.

— Hã, algum problema, moça? — ele tirou o fone do ouvido, escutava alguma coisa de ritmo animado.

— Você poderia me dizer onde estão as balas de caramelo? — perguntei acariciando o balcão.

— Estão em falta.

NÃO.

MEU MUNDO CAIU.

TNAM TNAAM TNAAAM TNAAAAAAAM

Não, eu não sei cantar.

— Moço, como assim não tem bala de caramelo? Não pode isso, não pode — cruzei meus braços sobre o balcão e escondi o rosto. Levantei a cabeça repentinamente. — ESSE É O PAÍS QUE VAI SEDIAR A COPA?

— Na verdade, não é — respondeu olhando para os dois lados.

Escondi o rosto novamente e as lágrimas molharam meus olhos como a chuva molhava lá fora. Poética eu.

Senti uma mão no ombro.

— Moça? Qual é o problema, exatamente?

Apoiei o rosto nos braços.

— Eu preciso de balas de caramelo. Preciso muito.

Recompus-me, secando o canto dos olhos. SIM, EU ESTOU CHORANDO POR BALAS DE CARAMELO, EU PRECISO IR PARA A REABILITAÇÃO, SOU VICIADA EM BALAS DE CARAMELO!

Mentira, não sou. Sou apenas linda.

EU VOU É PRO INFERNO POR MENTIR ASSIM!

— Sinto muito, moça. Está em falta tem duas semanas. Meu tio tinha comentado que só comprava essas balas por uma garota loira apaixonada por essas balas.

— Sou eu — ri.

— Suponho. É a primeira garota loira que chora por causa dessas balas desde que comecei aqui.

Rimos e tio Rick veio a minha cabeça. Podia ter avisado, que susto.

— E seu tio?

— Ele viajou para o México e eu estou tomando conta por enquanto.

Tipo, cara. MÉXICO? O QUÊ? O QUE O VELHO FOI FAZER LÁ?

— Ah bom...

Nós encaramos por um tempo e eu não me importaria de beijar aqueles lábios vermelhos.

Eita...

Pisquei várias vezes e me lembrei de que estava deprimida. Descorei-me do balcão e ajeitei o cabelo.

— Hã, eu acho que eu já vou. Até mais.

Eu já ia saindo quando ele falou:

— Perseu.

Virei-me e meu olhar deve ter deixado claro a minha dúvida.

— O que?

— Perseu. Meu nome é Perseu Jackson. Mas pode me chamar de Percy.

— Annabeth — respondi sorrindo. Ele sorriu. E uau, que dentes brancos. Aquilo era resultado de clareamento?

— Annabeth, ok. Vou te adicionar no facebook.

— Tudo bem — peguei o guarda-chuva todo detonado.

— E não se preocupe garota das balas de caramelo, eu te mando uma mensagem quando chegar o carregamento.

Olhei pra ele, ele tinha um sorriso maroto e me via brigar com o guarda-chuva.

— Estou no aguardo então — rebati abrindo o guarda-chuva, numa despedida silenciosa.

Sinceramente, quando eu cheguei a casa, eu não estava mais magoada. Estava molhada, ansiava com todas as minhas forças por uma reconciliação dos meus pais, esperava que meu namorado se fodesse de verdade e por um convite no facebook.


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Notas finais do capítulo

Reviews na saída, miguinhos uaheuhaeuaehuehaeuhaeuh
Beijos ♥