Do Lado De Dentro escrita por Mi Freire


Capítulo 46
Drogas


Notas iniciais do capítulo

Estou aproveitando muito as minhas férias para ler mais que o normal. Além de escrever - mesmo não sendo a melhor escritora do mundo - eu gosto muito de ler. E super recomendo, pra quem ainda não leu, a série Fazendo Meu Filme. Estou completamente apaixonada pela história e sei que muitos aqui também gostariam. Então, essa é minha dica. Quem puder, leia. Leia muito. Leia bastante.



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"Eu juro solenemente que não irei fazer nada de bom."

Foi uma terrível confusão. A notícia se espalhou rapidamente por todo o internato. Mas eles também nem fizeram questão de esconder de ninguém. Amy e Jake, naquela mesma tarde, se beijaram pela primeira vez e tiraram o resto do dia para ficarem aos amassos.

Deu tempo só de fechar os olhos para a explosão acontecer. O tipo de reação que eu já esperava do meu irmão. Ele ficou enlouquecido. Completamente enciumado. Aquela típica mistura de raiva, decepção, tristeza e ira quando se sabe que a pessoa que você gosta – mesmo que não admita que gosta daquele jeito – fica com outra pessoa que você já detestava, mas passa a detestar ainda mais.

Oliver não queria conversar. Mas também não cometeu nenhuma loucura. Notei que ele se controlou ao máximo, exatamente como vinha fazendo ultimamente. Mesmo assim eu insisti e fiquei atrás dele, zanzando feito uma barata tonta, até ele se abrir comigo. Isso poderia fazer com que ele se sentisse melhor depois. Se finalmente admitisse que estava completamente apaixonado pela a Amy.

— Eu não sou apaixonado por ela. Entenda! – ele me olhava com os olhos cheios de fúria. Quase senti medo dele me estrangular. — Eu só não gosto dele! O Jake é o problema. E não o que eu sinto por ela. Somos apenas amigos. Só amigos e nada mais.

Olhei bem dentro dos olhos escuros de Oliver para detectar se ali havia algum resquício de incerteza quanto a isso. Quando ele percebeu o que eu fazia desviou o olhar na mesma hora, virou as costas e saiu. E isso bastou, mesmo que ele não tenha percebido, para afirmar minhas suspeitas. As vezes admito, meu irmão é um tolinho.

— Hayley, o que aconteceu? – Amy perguntou naquela mesma noite após finalmente dar as caras. Eu tinha acabado de entrar no quarto e estava me preparando para dormir. Passei o resto do dia com o Tyler de bobeira. — O seu irmão... Nem quis olhar pra mim!

Soltei uma gargalhada exagerada.

— Você ainda pergunta o que aconteceu? – olhei bem pra ela. Ao mesmo tempo em que trocava de roupa sem me importar se ela estava olhando ou não. Já estava acostumada. — Dê um tempo a ele, Amy. Mas então – sentei-me na cama já de pijama. — me conta o que aconteceu entre você e o Jake! Não esqueça de nenhum detalhe.

Ela passou um bom tempo narrando como ele foi respeitador e ao mesmo tempo ousado de uma maneira moderada que ela gostou muito. O Jake faz o tipo... irresistível e provocante de um jeito todo dele. Jake também é muito bonito. Do mesmo porte do Tyler, o mesmo estilo e tem os mesmos gostos. Os dois mais parecem irmãos. Mas ele também tem lá seus defeitos. Por exemplo, o Jake é um galinha. Muito safado, faz sucesso entre as meninas e fica com qualquer uma.

— Mas não se iluda – eu disse por fim. Mesmo que Amy já soubesse, não custava nada relembrar. — o Jake não é um cara sério. Vocês podem ficam por quanto tempo quisessem... Mas não crie muitas expectativas.

Acho que ela entendeu bem, porque não fez nenhum outro comentário a respeito. Nem tentou defende-lo toda iludida, e isso é um bom sinal. Pelo menos por enquanto. Mas se as coisas tomarem outro rumo, então será a minha vez de me meter e farei de tudo para proteger a minha amiga – que sabe ser muito ingênua as vezes – das garras do Jake.

Viramos cada uma para um lado e adormecemos sem nem esperar por Natalie que está por aí sempre com o Eric.

Esse final de semana, como poucas vezes na vida, eu iria parar pra estudar para algumas primeiras provas que teríamos na semana seguinte.

Eu queria me dar bem.

Na manhã de sábado após o café da manhã eu e a Amy decidimos estudar em dupla na biblioteca. Eu gosto de estudar junto com alguém, especialmente com ela, que chega a ser melhor que qualquer professor. Só paramos na hora do almoço, daríamos um intervalo de algumas horas e depois voltaríamos a nos encontrar ali no mesmo lugar.

— Não sei pra que você vai perder seu tempo estudando. – disse o Tyler meio contrariado, levando sua última garfada de comida até a boca. — Poderíamos ficar juntos... Mas não, você prefere...

— Não acredito que estou ouvindo isso. – revirei meus olhos. Éramos só nós dois na mesa de almoço. — Não estou simplesmente perdendo meu tempo estudando... Estou me esforçando. Eu quero me dar bem, nem que seja uma única vez na vida.

Não esperei que ele abrisse a boca para falar ainda mais porcarias e me deixar irritada. Levantei e saí da mesa para deixar a bandeja vazia em seu devido lugar. No jardim, avistei de longe o Jesse sentado de baixo da velha figueira. Exatamente o lugar onde eu estava indo antes de vê-lo.

— Oi. – disse eu já me sentando ao seu lado como quem não quer nada.

— Ah – ele demorou alguns segundos para me notar e sorrir. Parecia muito reflexivo, distante de certa forma. — oi Hayley.

— Como você está? – arrisquei em perguntar, já imaginando a resposta pela carinha dele.

— Não muito bem. A Alexa ainda está me preocupando muito. – ele sorriu torto. — Hoje cedo fui procurar por ela e não a encontrei em lugar nenhum. Ninguém também soube dizer. E até agora ela não apareceu, nem para comer. Estou ficando ainda mais preocupado. Acho que já está na hora de eu fazer alguma coisa. Talvez ligar para os pais dela...

— Isso me parece ótimo. Talvez eles melhor do que ninguém saibam dizer o que está acontecendo com ela. E se isso já aconteceu antes.

— É exatamente isso que eu penso. – ele sorriu de novo. Pela primeira vez pareceu um sorriso verdadeiro. — Vi você e a Amy estudando hoje mais cedo na biblioteca. Estão tendo alguma dificuldade?

— Não, pelo contrário. Está sendo ótimo! – eu também sorri. Ainda olhava para ele. Louca para beija-lo. — Mas e você, além de procurar pela Alexa, o que tem feito do dia?

— Nada de especial. Passei a manhã inteira na sala de música ensaiado algo novo. Você quer ouvir?

Nem precisava responder.

Fiquei de longe observando-o – com aquela cara de mãe babona - sentado atrás da bateria na sala de música se preparando para começar a tocar. Nem ousei a me aproximar, não sei o que era capaz de fazer. Eu sentia muita falta do contato do Jesse. Mas eu não poderia simplesmente estragar tudo por um capricho meu.

A música, que ele ensaiou e queria que eu desse uma olhadinha, era The Reason, Hoobastank. E antes mesmo do refrão, eu lembrei de quando no sonho o Brandon me abraçou para acalmar o meu desespero. Ele sussurrou algo no meu ouvido. E agora ali ouvindo Jesse apenas tocar, soube na hora, que era aquela música que Brandon cantara pra mim no sonho. Aquela era a canção. A nossa canção. Que basicamente resumia tudo o que sentia. Como se a canção pudesse me decifrar.

— Enfim te achei, Hayley! – a Amy surgiu de algum lugar. Estava ofegante e o cabelo curto emaranhado pela corrida. — Podemos conversar?

Ela não esperou que eu respondesse.

— Tá, não tem problema – ela olhou pra mim, depois para o Jesse. E sorriu rapidamente como quem diz “Oi!” — Vou falar assim mesmo. O que é que está acontecendo com o seu irmão? Ele não quer falar comigo, está me evitando que eu sei, parece mal humorado, tem me ignorando nos últimos minutos e está praticamente irreconhecível.

— Bem-vinda ao antigo eu do Oliver.

Ela me olhou sem entender.

— Presta atenção Amy – eu me aproximei dela e peguei suas duas mão sem tirar meus olhos do dela. Queria sua atenção toda voltada para mim. — o meu irmão, o Oliver, ele gosta de você! Gosta mesmo. Gosta de verdade. E ele só está um pouco chateado... Um pouco não. Ele está muito chateado com seu envolvimento com o Jake! O que é natural. Ele gosta de você e se preocupada. O Jake nunca foi flor que se cheire. O Oliver meio que tomou algumas dores quando soube dos tais boatos. Mas com certeza isso vai passar. Não se preocupe. Se não agora, quando ele estiver pronto.

Como se não tivesse palavras para se expressar ela optou por não dizer nada a respeito. Estava muito confusa e eu podia me imaginar em sua pele. Amy me deu um rápido abraço e saiu da sala voltando a me deixar sozinha com o Jesse. Como se acabasse de retirar um terço do peso das minhas costas, sentei respirando fundo o mais perto possível do Jesse que permanecia intacto atrás de sua adorável bateria.

— Entendi. Nem precisa dizer nada – Jesse riu.

— Todos entendem. Todos enxergam. Todos sabem. Menos eles dois.

Quando voltei a biblioteca no final da tarde continuamos com a revisão de algumas matérias. Mas de alguma forma Amy parecia estranhamente inquieta. Acho que ela nem estava prestas atenção em nada do que lia, ouvia ou até mesmo dizia. Como se estivesse no modo automático. Até que ela se levantou, ajeitou os cabelos e suspirou.

— Chega. Eu preciso falar com ele.

Ele, sem sombra de dúvidas, é meu irmão. Que é o culpado por tirar minha “professora particular” de mim. Oliver está tornando tudo tão mais difícil. Custava muito ele confessar o que sente? Parece que sim.

— Precisando de ajuda? – ouvi a voz de Jesse.

— Claro que sim! – sorri pra ele.

Jesse tomou o lugar de Amy para me ajudar na revisão. Ele é tão bom quanto ela. Tem notas excelentes. Sei que ele deu tudo de si naquele momento para enfiar alguma coisinha na minha cabeça dura. O problema é que eu não conseguia prestar atenção em nada do que ele dizia. Sua boca se movimentava, mas dali não saia nenhum som. Eu estava mais atenta ao seu rosto e ao seus movimentos. Pois não me cansava de olhar pra ele e admira-lo como se fosse uma pintura rara e preciosa.

— Hayley? Ei, você está prestando atenção no que eu estou falando?

— Ah sim. Claro que estou, Jesse. – e soltei um risinho sem graça.

E lá estava eu, mais uma vez, tentando prestar atenção depois de tal constrangimento. Pelo menos dessa vez, antes que ele percebesse de novo que eu estava no mundo da lua. Ou mais especificamente no mundo encantado-que-inventei-para-nós-dois. Mas era questão de minutos para eu me perder outra vez nos seus encantos.

Perdi completamente a noção do tempo. Lá fora o céu já estava escuro e repleto de estrelas. A Amy nem voltou e nem queria imaginar como estava sendo as coisas entre ela e meu irmão. Eu não queria saber do Tyler, pois ele estava sendo muito egoísta e cruel comigo. Como nunca antes, se achando o dono de mim. Ou talvez eu estivesse exagerando.

Só caí na real quando a Alexa entrou chorando na biblioteca chamando a atenção dos poucos que ali estavam e sentou no colo do Jesse enterrando sua cabeça na camiseta dele. Trocamos um olhar de assustados e surpresos pela aparição dela. A loirinha soluçava sem mostrar o rosto e o Jesse parecia completamente perdido passando a mão nas costas dela. Foi então que eu percebi que não havia espaço ali pra mim. Eu tive que me retirar com todas as minhas coisas e deixá-los resolver aquilo.

Acordei no domingo bem mais cedo que o esperado. Lembrando que passei muito tempo da minha madrugada conversando com a Amy, ouvindo com a Nath ela se queixar da maneira esquisita que meu irmão estava agindo. Tolinha só ela não enxergava as coisas a sua volta. E depois, enquanto tentava pegar no sono pensei no Jesse e na Alexa. O que será que havia acontecido com ela e se eles, ou só ele, estava bem agora.

— Para de agir feito uma criança! – perdi a paciência com meu irmão durante o café da manhã. Comia um pedaço de bolo de chocolate e tomava suco de laranja. Estávamos só nós dois. — E fala logo o que você sente.

— Cala a boca, Hayley. – ele me olhou sério. — Você não sabe de nada. Nada! – ele então se levantou todo bravinho. Se é que é possível está ainda mais. — E você, já olhou pra si mesma?

Além de desaforado, agora estava tentando reverter o jogo pro meu lado fazendo como eu pensasse na própria maneira como eu estava agindo com a minha própria vida. Estaria eu sendo infantil também? Se sim, de que modo? Não vejo nada de errado em deixar a vida... Passar e dá seu rumo.

— Ainda está brava comigo? Olha Hayley... Eu não queria...

Definitivamente estava cansada daquele mimimi do Tyler. Ele sempre se desculparia por gestos mal pensados, atitudes imaturas e palavras cruéis e sem logica. Assim como qualquer outra pessoa no mundo. Não deixei que ele continuasse com aquele falatório de culpado de sempre e o beijei para conte-lo. Suspirei aliviada e sorri satisfeita quando ele retribuiu ao beijo.

As vezes a gente só quer que a outra pessoa não diga mais nada, apenas haja.

Sentamos no pátio bem próximos um do outro. Éramos quase um só tamanha proximidade O dia estava lindo lá fora. E ficamos um bom tempo ali sem tirar os olhos um do outro e conversando sobre o pouco que tínhamos perdido desde que tivemos aquela pequena “discursão” no dia anterior. Mas não ousamos, nem por um segundo, tocar nesse assunto. Já não mais importava. Foi coisa de momento.

Por um momento, quando ficamos sem assunto – coisa que acontece raramente quando se tem o Tyler ao lado – algo me chamou a atenção e me levou pra um ponto não muito longe dali. Novamente a Alexa estava chorando no colo do Jesse. Mas que diabos está acontecendo com essa garota estupida? – me perguntei mentalmente. Ele parecia arruinado, como se não tivesse pregado os olhos durante toda a noite. Então não tive como não sentir uma pontada de ciúmes ao perceber que ela estava tirando mais o sono dele do que qualquer outra pessoa. O Jesse, que é sempre muito cuidadoso e carinhoso, pareceu colocar seus próprios problemas de lado – que com certeza ele tem – só para cuidar dos dela. Ele a abraçou e a acalentou em seus braços. Até que alguns minutinhos depois, quando ela parecia um pouco melhor, ela sorriu pra ele e o beijou.

Isso bastou pra mim.

Sei que estou sendo impiedosa, injusta, ciumenta e até um tanto egoísta. Eu posso aturar uma ou duas vezes no máximo. Mas não todo o tempo. E as vezes não há como simplesmente aguentar firme. Levantei depressa do banco arrastando Tyler comigo que ficou sem entender. E assim ficaria, pois eu não estava nem um pouco afim de contar isso a ele, até porque não poderia.

Aquela garota está passando todos limites em todos os sentidos. Primeiro que ela nunca foi assim e porque logo agora mudou? Por quais razões? Segundo que o coitado do Jesse não merece passar por isso nem por nada e nem por ninguém. Apesar de continuar lindo, ele está um caco e parece ainda inferior e diminuindo com ela ao lado que parece apagar o brilho de tudo em volta. E eu preciso fazer alguma coisa por ele, pois por mim ele já fez muito.

Mas agora, por mais que eu tente, não consigo pensar em nada e nem sei se eu deveria mesmo fazer alguma coisa quanto a isso. Não é da minha conta afinal. E eu poderia acabar piorando as coisas ainda mais. Já não está sendo fácil e poderia ficar pior. Pois geralmente não faço nada certo e quando faço é por pouco tempo até virar uma catástrofe novamente.

— O que foi? Porque está assim? Pra onde estamos indo? – a voz de Tyler me despertou dos meus devaneios e então me lembrei que eu ainda estava o arrastando pelo internato sem uma direção exata. Rapidamente tive uma ideia que pareceu ótima e propícia, apesar de um tanto inadequada. Mas eu realmente estava precisando daquilo.

— Você tem alguma coisa escondida aqui pra beber? – saí procurando pelo seu quarto, que ele ainda divide com os amigos que no momento não estão presentes, como se o quarto fosse meu.

— Claro que tenho. – ele abriu o maior sorrisão como se tivesse acabado de ganhar na loteria. — Bem aqui. Veja.

Tinha garrafas de bebidas alcoólicas por todos os lados: debaixo da cama, debaixo do colchão, dentro da gaveta de cuecas, escondidas entre as roupas no armário, até mesmo no gabinete do pequeno banheiro. Sei que nada daquilo era certo. Era arriscado e proibido. Uma ideia de um completo babaca, como eu. Mas o álcool me pareceu uma ótima saída para me livrar por algumas horinhas daquele transtorno de maus pensamentos.

— Coloca uma musiquinha aí pra tocar, Tyler.

A essa altura do campeonato já estava me sentindo bem tonta, pois por mais experiência que eu tenho com essas coisas, acho que nunca vou me acostumar. Admito: sou fraca. E também enjoada, apesar de não pensar em parar tão cedo. Bebia uma cerveja atrás da outra sem pausa e devorava tudo em longos goles. Como se fosse água.

Tyler também estava bem animadinho, mas nem se atreveu a aproveitar o momento e vim pra cima de mim. Já sabia que minha respostas era não. Eu não queria nada daquilo. Apenas me divertir, enquanto o mundo rodava normalmente do lado de fora e ali dentro daquele quarto parecia passar mais devagar. Além do ambiente parecer abafado, pesado de alguma maneira e diferente de quando eu tinha entrado.

A porta, por sorte, estava trancada. Bateram umas três vezes, mas nem ousamos a nos levantar do chão e ver quem era. Pouco importava. Apenas fingimos que ali não havia ninguém. Há um bom tempo eu não cometia tamanha loucura, abuso e exagero. As vezes sentia que havia um peso maior nas minhas costas de problemas do que nas outras pessoas e só queria uma folga de alguns minutinhos... E também não via nada de mais em querer beber com o meu namorado dentro do quarto dele.

— Tem cigarro ai? – perguntei ao perceber que a bebida era muito, mas não tanta e já estava acabando.

— Cigarro não. – Tyler deu um sorrisinho de lado. Aquele típico sorriso repleto de malicia. — Mas tem outra coisinha. Bem mais divertida.

Nem precisei perguntar. Já sabia o que era aquela tal coisinha. Definitivamente o Tyler não é uma boa influência. Mas quem se importa? Ah, o meu irmão. Mas disso, ele nem precisava ficar sabendo. E também nem tem como. Deixa ele pra lá, resolvendo seus problemas sentimentais com a Amy, que a uma hora dessas deve estar aos beijos com o Jake.

— De qualquer forma... Eu aceito sim. Essa coisinha.

Caímos na gargalhada.


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Notas finais do capítulo

E obrigada LillianBarreto por me fazem lembrar da musica (The Reason - Hoobastank ) que é perfeita para o contexto. Quem quiser, dá uma olhadinha na tradução. É linda! Eu tinha me esquecido dessa música que tanto gosto! Acho que a partir de agora ela terá um novo significado pra mim.



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