Do Lado De Dentro escrita por Mi Freire


Capítulo 15
Traidora


Notas iniciais do capítulo

Problemas a vista.



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"Perdi as contas de quantas vezes segurei o mundo dos outros e deixei o meu cair."

Faz três dias que eu e o Jesse não nos falamos, nem nos olhando, nem nos cumprimentando ou nada do tipo. Nenhum contanto, nenhuma aproximação. Simplesmente fingimos que um ao outro não existe. E por mais que eu tente não me importar, exatamente como ele, eu não consigo, porque me importo. Odeio fingir que nada aconteceu, odeio que essa situação tenha se agravado, odeio o fato dele me tratar como só mais uma, odeio não ter respostas, e principalmente, me odeio por não conseguir odiá-lo nenhum por um segundo.

Eu disse, na cara dele, que o odiava. Mas não é verdade. Eu gosto do Jesse. Porque ele é uma pessoa maravilhosa além de talentosa. E em tão pouco tempo nos tornamos bons companheiros. Ele já me falou sobre a morte de seus pais e dos cortes na sua pele. O que para os outros é um segredo, mas ele compartilhou comigo. E isso é muito significativo, pois quer dizer que ele tem confiança em mim. Ou tinha.

— O que foi que aconteceu entre você e o Jesse? – Amy perguntou durante a aula. Olhei bem para ela surpresa pela pergunta. — Não minta pra mim. Está mais que na cara que vocês brigaram ou algo do tipo. Vocês nem se falam mais. O que aconteceu?

— Nada com que você deva se preocupar. – tentei sorrir. — Ele é um babaca, Amy. – arrependi-me do que acabara de falar. — Não como garoto. Não estou dizendo que você deva parar de gostar dele. Só não sei como explicar. Mas não se preocupe, eu ainda vou te ajudar nessa.

— Menos mal – ela sorriu, aliviada. — Por outro lado, pensando bem, nem se ele fosse um babaca eu deixaria de gostar dele.

A última frase de Amy ficou na minha cabeça o dia inteiro e eu me senti um pouco mais culpada por trai-la de certa forma.

No almoço, não peguei nada pra comer além de um copo bem geladinho de suco de maracujá. Fazia muito calor. Sentei-me sozinha mantendo a distancia da galera. Não me sento nos meus melhores dias.

Algo me chamou a atenção em um banco próximo a uma das muitas arvores do jardim. Jesse segurava a mão de Alexa. Carinhosamente, olhando fixo para ela, ele ajeitou uma mecha do cabelo dela e depois, o que eu já esperava, ele a beijou.

Dei um pulo. Além de surpresa, senti que meus planos todos para ajudar Amy estavam indo por água a baixo. Não pude evitar a raiva, além do incomodo.

Em meu quarto bati a porta e cai de baixo da água gelada para tirar o suor do corpo. O tempo está abafado. Ainda com muita raiva, tentei manter a cala. Chutei um móvel por não conseguir encontrar um dos meus tantos shorts jeans.

— Não destrua o quarto, Hayley! – Natalie gritou ao entrar e se deparar com a bagunça, tudo fora de ordem.

— Me deixa em paz.

— Ei, não desconte sua raiva em mim. – ela pareceu ofendida. — Está com problemas? Vá soluciona-los.

— É isso mesmo que vou fazer agora.

Não foi difícil de acha-lo. Encontrei Jesse no lugar habitual de sempre: na sala de música. Dessa vez tocando piano. Entrei furiosamente na sala como um búfalo selvagem. Cuspindo sangue.

— O que foi aquilo lá fora? – perguntei de frente. Ele me olhou assustado. Eu sempre o pegava de surpresa e a reação dele era sempre das melhores. — Você e a Alexa estão juntos?

— Hayley...

Ele se levantou saindo de trás do instrumento. Jesse veio até mim e parou a alguns centímetros de distancia.

— Estão ou não juntos? – perguntei como se de alguma forma ele me pertencesse. Mas não era bem isso. Eu só precisava saber pra acabar com toda a ilusão em relação à Amy. — Você se esqueceu de que conheço alguém que gosta de você? Eu estava tentando ajudar, mas...

— Hayley – ele me interrompe, me fazendo calar. — Como posso ficar com uma pessoa que eu nem conheço?

— Então quer dizer que – não respondi a sua pergunta. — que você e a Alexa estão mesmo juntos?

— No começo, não. – ele baixou os olhos, levemente encabulado. Deu pra perceber. — Mas agora, sim.

— Namorando? – eu quis saber. Com a voz razoavelmente alterada por conta da minha ira.

— Exatamente.

Soltei um riso sarcástico, balançando a cabeça negativamente e revirando meus olhos.

— Então, sejam felizes.

Dei as costas, já ia sair. Mas então, ele segurou meu braço, voltei a olhar pra ele.

— Quem é a pessoa que você conhece? Quero dizer, a pessoa que gosta de mim e você estava tentando ajudar.

— Você não precisa saber. Não faz diferença agora.

Virei-me e fui em direção à porta. Dessa vez ele não me impediu.

— Hayley – ele gritou, me chamando antes de sumir corredor adentro. — Ainda podemos ser amigos.

— É... Podemos.

Enquanto ia atrás de Amy para ser sincera com ela de uma vez por todas sem dizer totalmente a verdade sobre o beijo entre mim e Jesse, fiquei pensando se seria o certo dizer depois do que ela me disse na aula.

“Nem que ele fosse um babaca, eu deixaria de gostar dele.”

Sim, seria um choque. Como se eu tivesse a empurrando de cima de um precipício. A queda iria ser lenta e por fim dolorosa. Mas era preciso. Ela precisa parar com essa história antes que se agrave ainda mais. Ainda há tempo de sair ilesa, afinal, eles nem tiveram um envolvimento direto.

Perguntei ao um conhecido no corredor e ele me disse que eu poderia encontra-la na biblioteca o que já era de se esperar.

E lá estava ela sentada perto das janelas com um livro nas mãos enquanto o sol batia em seu rosto. Porém, ela não estava lendo-o. Pelo contrário, estava tagarelando sorridente com... Oliver, meu irmão.

O que diabos ele esta fazendo ali?

Oliver é estrategista e completamente abominável. Deve estar perguntando de mim para Amy. Fazendo a ela todos os tipos de perguntas possíveis para xeretar a minha vida. Tudo para ele depois usar contra mim, fazendo Amy acreditar que ele é um cara legal e só mais um irmão preocupado com a irmãzinha mais nova.

Fiquei de longe, a trás de alguns livros antigos de uma fileira empoeirada, observando-os.

Não tive coragem suficiente de me aproximar e interrompe-los. Não por medo ao meu irmão. Mas é que, poucas vezes, vejo Amy tão à vontade com alguém. Parece tão feliz. Oliver é realmente muito bom de papo.

São nesses dias que prefiro me isolar na sala de artes e expressar toda a confusão da minha mente em uma tela branca e as tintas. Olho para a tela vazia por um bom tempo até a ideia surgir na minha mente.

Pego meu celular no bolso de trás do jeans - velhinho, modelo antigo, nada de ultima tecnologia – e vou até a galeria de fotos. Há muitas fotos minhas e de Brandon juntos. Éramos apaixonados em fotografar nossos momentos juntos. Paro em uma das minhas fotos prediletas dele e fico ali, paralisada com um sorriso torto, completando-o.

Ah, que saudades.

No dia em que eu tirei aquela fotografia, estávamos de baixo de um carvalho, os raios solares ultrapassavam as folhas da arvore e refletiam no rosto dele. Brandon estava com a cabeça no meu colo enquanto deslizava meus dedos nos fios escuros do seu cabelo. Ele estava pegando no sono aos poucos, sorrindo timidamente como se estivesse sonhando. Peguei meu celular e tirei a foto sem que ele percebesse. Com o barulho do fleche ele abriu os olhos incrivelmente cristalinos e me olhou fazendo careta.

— Ei – ele riu, descontraindo. Fingindo está bravo logo em seguida.

— Desculpe – dei de ombros. — Não resisti.

Jesse ergueu a cabeça só para me dar um beijo.

— Enquanto você pegava no sono, parecia que estava sonhando.

— Porque? – ele quis saber, me olhando fixo.

— Não sei. Talvez pelo modo que você sorria. – sorri também.

— Não preciso está dormindo para sonhar. Meu sonho está aqui – ele tocou meu rosto com a ponta dos dedos. — bem na minha frente.

Ampliei a foto no visor do meu celular e observai cada detalhe do seu rosto com mais atenção que o normal. Comecei a desenhá-lo. Era a primeira vez que eu tentava aquilo. Desenhar pessoas nunca foi comigo. E acabei me surpreendo com o resultado, sendo que nunca antes tive aula de desenho para desenhar com tanta precisão e facilidade.

— Você nasceu com o dom. – ouvi uma voz dizer. Olhei para Jesse assustada.

Ele se aproximou a passos lentos da minha tela e olhou como um profissional crítico para cada detalhe do rosto de Brandon.

— Quem é ele? – ele me olhava, com os olhinhos brilhando.

— Alguém muito importante pra mim – lavei o ultimo pincel, depois o sequei e coloquei no lugar. Peguei minha tela, já seca, tentando esconder Brandon. — Não quero falar sobre isso.

Forcei um sorriso.

— Hayley, não tente se esconder atrás de um falso sorriso. Você tem todo o direito de não estar bem. – surpreendentemente, ele pegou uma das minhas mãos. — Talvez haja alguma coisa que você tem medo de dizer, ou alguém que você tem medo de amar ou algum lugar que você tenha medo de ir. Eu sei que dói. Dói porque é importante.

Não sei o que houve, mas suas palavras atingiram o fundo da minha alma. Foi como se toda a muralha que eu tivesse construído em volta de mim houvesse se rompido. E eu o abracei. Tentando não esmagar o quadro que acabara de pintar de Brandon entre nós.

— Posso preferir não falar sobre isso?

— Claro que sim. – ele sorriu, beijando minha testa.

— Obrigada.

Fiquei sem saber o que dizer.

— Vim te chamar pra gente dá uma volta e conversar.

— Pode ser. Vou só deixar essa belezinha aqui no meu quarto.

Eu me referia ao quadro. Ele assentiu compreensível.

O ventinho lá fora era refrescante. Havia uma galera jogando baralho em uma mesa no jardim. Alguns espalhados no gramado em roda entre amigos, conversando e rindo alto. Alguns poucos casais trocando carinhos. E Tyler e seus amigos jogando bola a pouca luz da quadra.

— Hayley, eu queria dizer que – Jesse quebrou o silencio ao meu lado. Andávamos lentamente nos afastando dos demais. — nada mudou. Quero dizer, entre eu e você. Mesmo que eu e Alexa estejamos nos envolvendo. Agora, temos um compromisso um com o outro. Mas mesmo assim, não queria que você se afastasse. Não queria que nada mudasse...

— Já mudou, na verdade – eu ri, descontraída. Tentando disfarçar ao máximo meu desconforto em conversamos sobre aquilo. — Ela não é nenhum pouquinho ciumenta? Ela pode não gostar.

Ele entendeu que eu estava brincando.

— Até agora não. Espero que não seja. Detesto garotas ciumentas.

Não disse nada a respeito. Não havia ao certo o que dizer.

— Como é? Quero dizer, entre vocês dois.

— Ah – ele balançou os ombros, meio sem entender ou sem conseguir achar as palavras certas para responder a minha pergunta — normal. Ela é uma garota fácil de lhe dá.

— Ao contrário de mim – nós rimos ao mesmo tempo. — Às vezes acho que se eu fosse fofa, meiga, gentil e sonsa não teria metade dos meus problemas.

— Alexa não é sonsa.

— Não sei. Não é. Não tenho como afirmar isso. Eu mal a conheço, mas certamente, ela é a "queridinha" por todos.

Ele preferiu não fazer nenhum comentário. Acho, não, tenho certeza, temos opiniões bem diferentes a respeito de tudo, ou quase, Jesse evita discursão ou conflitos.

Continuamos a caminhar lado a lado, eu de braços cruzados e ele parecendo bem distante, quase como se não estivesse ali. O céu acima de nós parecia um tapete estrelado. Ao longe ouvi o piado de uma coruja. Ao nosso redor há uma densa floresta, atrás dos portões altos do internato.

— Ainda não sei como dizer para a garota misteriosa que ela deve perder as esperançar de algum dia ficar com você.

Jesse parou, surpreso. Olhando pra mim finalmente.

— O quê? – ele arqueou uma das sobrancelhas claras e bem delineadas. — Eu quase havia me esquecido dessa tal garota. – ele chutou uma pedrinha. — É uma pena. Você não quer me falar quem é ela?

— De jeito nenhum! Ela me mataria. Sei também que ela vai ficar muito aborrecida. Mas não há escolhas. Nada melhor que a verdade.

— É, mas... Quem sabe um dia.

— Um dia pode ser tarde demais, ou demorado demais ou pode nunca chegar a acontecer. É difícil não ter certeza de nada.

Algo muito estranho martelava em minha mente diante do silêncio que cresceu entre nós. Eu só conseguia pensar: E o nosso beijo? Jesse não disse nada a respeito desde então. Foi como se nunca tivesse acontecido. Fiquei com receio de tocar no assunto. Não queria estragar as coisas entre nós, mesmo assim, havia perguntas sem respostas e mal entendidos sem explicações.

— Amanhã, à noite, teremos um luau. A banda vai tocar aqui fora, no jardim mesmo, algo mais acústico, sereno e tranquilo. Vê se aparecer pra dá uma conferida de perto. Vai ser legal.

Antes de ir, ele se despediu com um beijo no meu rosto.

No dia seguinte, provinha de matemática surpresa. Quase cai da cadeira ao anuncio do professor. E é claro que me dei mal. Não soube solucionar nenhum dos problemas propostos. E não havia ninguém por perto, de confiança e amigável suficiente, para passar cola.

Entreguei a prova em branco logo depois de acabar todos os meus rabiscos de tentativas frustradas. O professor, Caleb, me olhou feio ao verificar a folha. Mas também não disse nada a respeito.

— Amy, precisamos conversar. – chamei por ela, antes que ela saísse do quarto. Era importante.

— Agora? – ela perguntou meio decepcionada. Amy estava com alguns livros didáticos contra o peito.

— Seria bom. Por quê? – perguntei surpresa e curiosa. Amy nunca foi de dizer não. Algo muito importante estava acontecendo.

— Por que...? Ah... Porque eu estava de saída. Preciso fazer uma coisinha muito importante agora, Hayley.

— Tipo o que? – encarei-a feio, fechando a saída para que ela não pudesse sair dali. — Posso saber.

— Já que você insiste – ela desviou o olhar, frustrada. Dando de ombros. — Seu irmão, o Oliver, disse que ia me mostrar uma coisa legal.

— Uma coisa legal? – perguntei sarcástica, depois eu soltei uma risada alta. — Como, por exemplo... A fumaça que sai do cigarro dele?

— Não Hayley – ela revirou os olhos, depois riu também, para o meu alivio. Amy não levou minha brincadeira a sério. — Ele é legal, confesse.

— Ele é legal sim. Eu sei. Mas não todo o tempo. – foi tudo que eu disse, não querendo dizer exatamente o que eu achava. A última coisa que eu queria naquele momento era estragar a pouca alegria de Amy.

Ela se foi. Nossa conversa ficaria pra outra hora. Só queria que depois não fosse tarde demais pra isso.

Aquela noite de sexta-feira, boa parte da galera, ou só os mais chegados, sentaram em volta da fogueira que foi armada no gramado do jardim. Onde aconteceria o luau.

Todos formavam um semicírculo. No centro estava a banda de Jesse com seus instrumentos. Andrew no meio e os outros em volta. Mas quem mais chamava a atenção era o Jesse sentado sobre seu cajon. Como ele era o ultimo da fileira, logo ao seu lado, estava Alexa sorrindo com ele.

No exato momento em que os vi, enquanto me aproximava com Amy, Natalie e Eric, me arrependi de não ter contado a ela antes sobre o namoro deles. Agora era tarde demais. Tudo por culpa do meu irmão, Oliver, que passou à tarde ao lado de Amy sem dá tempo para mim.

Sentamos em um cantinho próximo aos amigos de Tyler ainda sem Amy perceber o quão bem Jesse se relacionava com Alexa. Assim como Nath e Eric, pareciam feitos um para o outro. Compartilhando sorrisos, carinhos, olhares e beijinhos. Era até um pouco exagerado da parte deles.

A galera em volta começou a agitar a banda para começar a tocar de uma vez por todas. A primeira música eu simplesmente desconhecia.

Apenas observei, envolvida no refrão melancólico.

Apesar de tentar-me entrosar ao máximo e entrar no clima, a presença de Amy ao meu lado estava me incomodando. A qualquer momento ela veria a verdade ali bem na frente de seus olhos. Por enquanto ela estava se divertindo com uma das tantas piadinhas de Tyler e Jake.

Temia que ela não me compreendesse por não ter dito antes.

Queria tira-la daqui antes que ela visse o mais novo casalzinho juntos, mas isso não seria possível. A ideia de ver Jesse tocar deixara completamente agitada para esse luau. Sorte minha que enquanto Jesse tocava e ela o observava, Alexa estava mais distante, deixando o namorado livre para exercer sua função na banda.

Houve um momento em que Andrew cochichou algo para Jesse que cochichou para Alexa ao lado. Enquanto os aplaudiam. Os três sorriram juntos. Andrew mais uma vez começou a cantar. Porém, Jesse e Alexa estavam próximos o suficiente para se beijarem.

Esperei pelo que estava por vir.

Amy virou a cabeça para o lado, para poder me olhar, e com apenas um olhar senti que ela buscava explicações para aquela cena. Pra piorar, uma das amigas de Alexa gritou o nome do casal que selou o beijo com um selinho carinhoso. Ambos tímidos diante da galera. Ou quase isso. Amy me olhava chocada demais para acreditar naquilo.

Fechei meus olhos, respirei fundos e balancei a cabeça negativamente.

— Você sabia, não sabia? – ela perguntou quando voltei a abrir meus olhos. Com o coração na mão. Sentia muito por ela. Pois conseguia imaginar o quanto decepcionada ela estava e o quanto aquilo poderia doer.

Abri minha boca para me defender...

— É claro que você sabia! – ela riu, fraca. Levantando-se. Chamando a atenção da turma mais próxima. — Deveria ter me contato. Sua traidora!

Amy saiu correndo. Fiquei boquiaberta, sem chances de poder me defender ou me explicar. Surpreendentemente, Oliver viu aquela cena com atenção, de um ponto não muito longe dali. Olhou-me com a boca em uma linha ereta, quase como se lamentasse por isso, levantou-se e foi atrás dela. Com um simples olhar eu agradeci. Não seria o melhor momento para eu conversar com ela. Provavelmente ela não iria querer me ouvir, não depois disso, e nem acreditar no que eu tinha pra dizer.

Abaixei a cabeça por um momento, coçando a cabeça. Aquela noite não seria tão legal quanto deveria. Não depois do que acontecera com Amy.

Quando levantei a cabeça, olhei para Jesse tocando, e surpreendentemente, encontrei seus olhos curiosos nos meus. Como quem se perguntava o que acabara de acontecer ali comigo.


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Notas finais do capítulo

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