Perfeitamente Imperfeitos escrita por Danny Winchester


Capítulo 6
O Inevitável Quase Beijo


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas (:
Desculpem a demora, mas as coisas estão bem puxadas para mim, eu tenho que estudar para os concursos e tenho que fazer alguns projetos, então se eu demorar um pouco para postar não se chateiem, eu vou fazer de tudo para postar todo dia.
Beijo e obrigada pela compreensão.



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–Eu não vou fazer isso de jeito nenhum – coloco a mão na cintura.

–É besteira – ele sorri.

–Não pode trocar – retruco.

–Claro que pode – ele diz.

–Não!

–Você é tão chata sabia? – ele revira os olhos.

–Sabia e você é um idiota – sorri. – É pular na piscina ou nada.

–Ok – ele bufa.

–Eu te odeio sabia? – suspiro. – Eu não vou entrar hoje

–Você acha que me odeia – ele pisca. – Não te disse que até o fim do mês vai estar me amando? E você tem que entrar hoje.

–Tá frio – faço bico. – Amanhã de manhã eu vou.

–Você vai agora – ele sorri.

–Não! – choramingo.

–Vai por bem ou por mal? – ele me olha malicioso.

Eu me agarro no corrimão da escada.

–Eu não vou hoje – digo.

–Ah, você vai sim – ele ri.

–Não vou não! – grito.

Saiu correndo escada acima, olho para baixo e ele ainda está saindo do lugar onde ele estava na sala. Corro pelo corredor do primeiro andar e subo para o segundo, entro no meu quarto, a luz está apagada, entro no meu closet e me encolho atrás dos cabides de casacos e sobretudos.

Não ouço nada aqui em cima, está silencioso demais, talvez ele não queira me jogar na piscina tanto assim e está com preguiça de subir, mas de repente a luz do quarto acende, o vejo olhar em baixo da cama e no banheiro, depois ele vem para o closet, me encolho mais ainda, mas ele afasta os casacos e me vê lá.

–Você não pode fugir de mim – ele sorri.

–Não, não, não! – grito.

Ele me pega no colo, desce as escadas correndo, quando chegamos à piscina, ele me coloca no chão, mas me abraça forte. O jardim só está iluminado pelas luzes da piscina, o resto está totalmente escuro.

Está um gelo e eu estou quase com o corpo congelado aqui. Subo atrás de folego e Pietro está ao meu lado rindo.

–Eu te odeio – resmungo.

–E é por isso que eu gosto de você – ele sorri.

–Oi? – pergunto confusa. – Você gosta de mim porque eu te odeio? Isso não é meio masoquista?!

–Gosto de você porque não tem medo de falar o que sente. A maioria das garotas não falaria isso, porque elas se sentem intimidadas por eu ser: Lindo, gostoso, fofo, muito sexy, irresistível, muito sexy, legal, muito sexy, divertido e exageradamente sexy.

–Ata – eu ri. – Você não é assim, você é: Idiota, ridículo, idiota, convencido, idiota, sarcástico demais, idiota, chato, idiota, besta, e exageradamente idiota.

–Tá vendo? Por isso que eu gosto de você – ele sorri. – A maioria me define como: gostoso, lindo, sedutor, irresistível, carinhoso, bom de cama e outras coisas improprias para garotas inocentes.

Eu ri.

–Eu vou sair – digo.

Vou até a borda e quando estou prestes a me levantar, Pietro me envolve com seus braços e cola nossos corpos. Seus músculos tensionam nas minhas costas.

–Não vai não! – sussurra.

–Eu te odeio – faço bico.

–Eu sei, você diz isso a cada cinco minutos - ele sorri. – Relaxa.

Então ela me solta e mergulha.

Sorri. Ele é um idiota chato, mas é legal e eu sou bem bipolar por falar isso.

Ele aparece do outro lado da piscina e eu nado até lá, eu me encosto-me à borda.

–Você nada bem – eu digo. – Fazia natação?

–Fazia. Comecei com nove anos na escola, ganhei vários campeonatos estaduais, eu era ótimo. Quando eu completei dez anos eu comecei a fazer profissionalmente, eu adorava, era igual a minha mãe, ela também era nadadora, ela tinha uma estante em casa com todos os prêmios e as medalhas, e eu adorava, idolatrava. Então um dia ela estava me levando para um campeonato, eu estava nervoso, eu estava atrasado e ficando louco de tão nervoso, minha mãe estava me tentando me acalmar, ela virou para trás um segundo para me dar um sorriso e então um caminhão vinha na contramão e bateu na gente. Eu vi tudo, eu me lembro de tudo antes de apagar. Eu me lembro da sua cabeça quebrando o vidro com a pancada, lembro-me da dor que eu senti com a pancada, lembro-me de tentar pegar a mão dela e de chamar seu nome, mas ela não respondia, ela estava com a garganta cortada, não sobrou uma gota de sangue no corpo dela para que a mante-se viva até a ambulância chegar, eu chorei e eu tentei gritar, mas não conseguia e então eu apaguei. Meu pai diz que eu acordei quase duas semanas depois, quebrei o braço, tive uma fratura exposta na perna e quebrei o ombro, depois de seis anos de fisioterapia eu consegui o movimento do ombro de volta e voltei a nadar, mas nunca mais competir. Foi por causa disso que a minha mãe morreu, por minha causa.

Ele está de cabeça baixa, respirando fundo. Levanto seu rosto e nos seus olhos vejo dor.

–Não foi culpa sua – eu digo e o abraço forte.

Ele demora um pouco, mas envolve minha cintura com seus braços fortes e me aperta contra seu peito.

–Obrigada - ele sorri. – Você foi a primeira pessoa para quem eu falei isso, obrigada por me ouvir.

–Sempre que precisar – sorri.

–Tá, eu vou te deixar sair, até eu estou com frio – ele disse.

–Ah, a única vez na vida que eu vou dizer que te amo – eu suspiro.

–A primeira vez – ele sorri.

Pietro sai da piscina com uma graça perfeita. Eu tento sair, mas pareço uma rã pulando de um canto para o outro e caio.

–Ajudinha? – falo.

–Claro – sorri.

Pietro estende a mão e eu a pego, ele me puxa com um impulso enorme e eu caio em cima dele, saímos rolando na grama e ele acaba em cima de mim.

–Eu vou ficar com um hematoma na bunda – ele ri.

–Não vai não! – sorri.

–Ah, vou! Eu te mostro quando aparecer – ele pisca.

–Não, não, obrigada – ri.

Pietro tira o cabelo do meu olho e coloca atrás da orelha e nos encaramos. Olhos verde-esmeralda, a boca entreaberta com a respiração irregular, seu corpo pressionando contra o meu, nossos rostos perto o suficiente para nos beijarmos. Imagino como seria beijar esses lábios fofos e com certeza macios, mas então eu me lembro do Nick e do quanto os lábios dele também são lindos e me sinto mal somente por imaginar.

–Você vai me esmagar aqui embaixo seu obeso – brinco.

–Hã? Ah, claro – ele sorri como se saindo de um transe.

...

– Agora eu vou dormir, porque eu estou muito cansada. A minha aposta você paga amanhã porque eu estou cansada demais para te aturar e não quero acordar a Penny. Pode ficar ai e assistir algum dos filmes sujos, inapropriados e feios que vocês garotos adoram.

Pietro riu alto.

–Não preciso assistir a esses filmes, Mel – sorri. – Sempre que eu quero alguém vem correndo.

–Idiota - meu rosto cora.

–Pode deixar que fecho tudo – ele diz. – E não vou dormir com você hoje, me chutou tanto ontem que eu traumatizei.

–Besta – sorri.

–Boa noite – ele diz.

–Boa noite – eu digo.

Pego o pijama no meu quarto e vou para o quarto da minha mãe. Tranco a porta com a chave e vou tomar meu delicioso banho quente. Eu me dispo e entro no chuveiro.

Termino o banho, me enrolo no roupão e escovo meus dentes. Seco e penteio o meu cabelo e vou para o quarto. Coloco meu pijama lindo de abelhinha, as pantufas lindas têm até as asinhas. Ganhei o pijama e as pantufas quando eu tinha doze anos, eu cresci uns bons oito centímetros desde lá, a blusa virou top e o short está bem curto, mas é confortável e enquanto entrar eu vou usar.

Eu me jogo na cama e me enrolo com o edredom até o queixo, então fecho os olhos.

O sono vem logo e sonho com olhos verde-esmeralda, um sorriso lindo e um quase beijo mágico.


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