Agora Ou Nunca! escrita por Miss Tunney


Capítulo 1
Água, frio e...beijo!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/421414/chapter/1

-''Jane! Jane!'' -Gritava Lisbon incessantemente. Jane, com a voz rouca e desesperada, respondia:

-Se acalme,  Lisbon! Vou te tirar daí, eu juro.

Lisbon chorava de angústia e agonia. Estava presa em um velho galpão, com portas de aço, muito resistentes. Para melhorar a situação, a água começou a vazar de dois dos quatro canos que ali se encontravam. 

Mas o que diabos Lisbon estava fazendo ali? Ela e Jane estavam em uma missão para prenderem um criminoso e estuprador e, quando finalmente conseguiram o pegar, ele fez com que um de seus comparsas prendesse Lisbon ali e deixasse que a água caísse até alcançar o último fio de cabelo dela.

-Jane! Jane!- Ela não aguentava mais gritar. Tremia, não pela temperatura gélida da água, e sim por medo. Jane, por mais que tentasse não conseguia abrir aquela porta. E Lisbon já sentia a água subindo pelas suas pernas. Ela batia, socava e esmurrava a porta mas nada adiantava. O esforço era em vão.

Jane tentava manter contato com ela e ela respondia cada vez mais fraca, o que fazia seu desespero aumentar. Ele queria raciocinar mas não conseguia. Sua mente era tomada pelos piores pensamentos possíveis. ''Ela irá morrer ali dentro.'' 

 Chorar! Jane começou a chorar. Era a única coisa que lhe restava fazer. Suplicava a morte, naquele momento. Se autodenominava covarde. Um homem covarde, era isso que ele era! Não conseguira salvar a única razão de sua vida. Ia deixá-la morrer enquanto ficava ali sentado, chorando. E Lisbon, do outro lado da porta, com o corpo submerso na água. Já estava exausta de tanto gritar e tentar fugir dali. Ia passando os minutos e ambos choravam se conformavam da realidade. 

''Eu prometi que sempre iria salvá-la. Eu jurei que ia tirá-la dali.'' Pensava Jane. Ele precisa fazer alguma coisa. Já tinha tentado tudo que era possível, agora iria tentar o impossível..por ela!  Jane tentou uma comunicação com ela novamente.

-Lisbon? -Ela não respondia.-Lisbon? Lisbon? LISBON? 

-Que foi? -Uma voz muito baixa, que nem parecia ser a de Lisbon, deu um sinal de que ela ainda estava viva.

-A que nível está a água? -Lisbon não conseguiu responder, ela apenas tossiu. Logo Jane deduziu que a água já havia passado de seu pescoço e estava chegando á boca.  -Me espere aqui, Lisbon. Eu voltou logo.

Jane correu a procura de alguma coisa. Qualquer coisa que, por Deus, fizesse abrir aquela droga de porta. Seus olhos observadores logo ''rastrearam'' um extintor de incêndio. Jane o pegou, sem saber exatamente o que fazer com aquilo, e correu de volta para frente da porta. A reação de impulso, foi começar a bater o extintor na porta. 

-Lisbon, eu preciso que você se afaste da porta. -Ela não respondeu.

Lisbon estava viva ainda, porém não tinha forças. Com muito custo, ela nadou um pouco para se afastar da porta e se assustou ao ouvir as batidas. Com alguns minutos, a porta começou a se amassar. Mas era resistente demais. Havia mais de uma hora que Jane batia, sucessivamente aquele extintor e nada da porta de abrir. Lisbon estava com o pescoço dolorido, porque tinha que inclinar sua cabeça pra trás para poder respirar. Ela estava pensando em desistir de lutar pela vida.

-J...J...Jane, desista. Não vai dar certo.

-Vai sim! Eu estou quase.

-Vamos encarar a realidade.

-Não diga isso, Lisbon.

-Eu tenho um coisa pra te dizer.

-O que é?

-Jane...

-Diga, Lisbon, diga!

-Eu...

-Você o que?

-Eu amo você, seu filho da mãe. -Ela tossiu.

-Oh, Lisbon. Por favor

-Então, não me deixe- Ela não respondeu.

Jane bateu o extintor com toda força na porta, para descontar o ódio que estava sentindo naquele momento. A força com que ele bateu fez um buraco na porta, onde a água começou a sair com toda a violência. Jane não podia acreditar no que seus olhos viam. Ele batia com mais e mais força até o buraco se aumentou e a porta foi destruída. A água descia e o corpo de Lisbon ia escorregando pelo chão. Ela não estava desacordada. Estava pálida. Jane a abraçou e ela começou a tossir, cuspindo a água que havia engolido.

-Obrigada- Foi o que ela conseguiu dizer.

Jane  deu uma risada. Há poucos segundos atrás ele temia perdê-la e agora que ele estava ali, os pensamentos em sua mente era hilários. Realmente Patrick Jane não prestava! Não valia um centavo sequer. Lá estava ele olhando para o corpo dela, encharcado, com a camiseta e as calças bem justas.  Ela estava incrivelmente sensual e, cada mínima ação que ela fazia, era suficiente para seduzi-lo. Lisbon percebeu que Jane a repara demais.

- O que foi?- Ela quis saber. Ele olhou pra ela com um olhar irresistível e sorriu.

-Não é nada. Aquela hora...que você disse que...-

-Esquece aquilo! -Completou Llisbon

-Porque?  Mudou de ideia?

-Aquilo foi numa situação de desespero. Eu não estava dentro de mim.- 

-Mas você não quer nem saber minha resposta, Lisbon?

- Não me interessa....

-Eu não posso viver sem você, Lisbon.

-Essa é sua resposta? 

- Não.-Respondeu Jane- Minha resposta é essa...- Então ele se aproximou dela e a puxou, pela cintura, para mais perto de si. PAI DO CÉU, AQUELE HOMEM...! Que homem! Ela nunca havia sentido um beijo como aquele. Era tão quente, que a fez esquecer do frio que estava passando. Jane a apertava fazendo os dois corpos ficarem perfeitamente ''colados'' . Ele tentou se controlar, afinal, Lisbon precisava de um descanso. Mas ela era impaciente e queria mais.

-Não me solte, Patrick Jane. Nunca mais.

-Não vou!


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!