Choram as Rosas escrita por Camy, Harumihatae


Capítulo 15
Um último suspiro


Notas iniciais do capítulo

gnt, capa nova, a foto da Midori é a original blz? Era pra ser aqela foto desde o início, por isso me perguntavam pq eu coloquei rosada se a foto era de uma mulher morena. Nos vemos lá em baixo ;D



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Please come now, I think I'm falling
Por favor, venha agora, eu acho que estou caindo

I'm holding on to all I think is safe
Eu estou me segurando em tudo que acho ser seguro

It seems I've found the road to nowhere
Parece que eu achei a estrada para lugar nenhum

And I'm trying to escape
E eu estou tentando escapar

I yelled back when I heard thunder
 Eu gritei quando ouvi o trovão

But I'm down to one last breath
Mas estou no meu um último suspiro

And with it let me say
E com ele deixe-me dizer,

Let me say

Deixe-me dizer

May se remexe na cama. As lágrimas escapam de seus olhos fechados. O cobertor já está no chão e os lençóis estão quase caindo também. Do lado de fora, uma forte tempestade cai. Os trovões ecoam pelo quarto escuro. Com um grito, a morena abre os olhos no exato momento em que um trovão ecoa no céu. O suor se mistura com as lágrimas que continuam a escapar.

Tivera mais um pesadelo.

Senta-se na cama ainda chorando. Olha para o relógio. Três horas da matina. Ela respira fundo, tentando em vão se acalmar… Drew. Quanto tempo desde o último beijo? Muito. Demais para o coraçãozinho que bate descompassadamente. Demais para os lábios que anseiam por mais.

Abraça os joelhos e olha para o lado. Uma foto amassada encontra-se na cama de casal. Os dois no parque. Um dia feliz.

Permite que as lágrimas saiam de seus olhos. Os soluços escapam da garganta, mas os trovões abafam o choro sofrido da garota. Há quanto tempo não dorme? Desde que acordara de seu mais perfeito sonho. Desde que ele se tornou seu pior pesadelo.

Ainda consegue ouvir a voz dele ecoando em seus ouvidos. O gosto do beijo dele ainda está em sua boca, o cheiro dele ainda impregna suas narinas sempre que pega suas roupas… está enlouquecendo.

Levanta da cama de forma cambaleante e vai tomar uma ducha. Mesmo debaixo do chuveiro, com a água caindo por seu corpo, ela não consegue relaxar. As lágrimas ainda caem e ela não perde seu tempo tentando limpá-las. Não adianta do mesmo. Fica ali bastante tempo, mais do que pode contar. Não tem capacidade para pensar, apenas sabe que deve voltar para casa, para os braços da mãe, a proteção do pai e a alegria do irmão.

Sai do banho ainda cambaleando e se olha no espelho. As olheiras se misturam com o tom avermelhado de sua face pelo choro. Caminha até a cabeceira da cama e toma um copo de água com açúcar. Não adianta, então toma um calmante.

Quando acha que conseguirá encarar o dia sem chorar em todos os minutos, a morena coloca uma roupa de viajem normal. Uma calça Jeans e uma blusa vermelha normal, junto de um casaco. Arruma suas coisas e caminha até o banheiro do CP com sua maquiagem. Esconde as olheiras e as marcas de choro. Os olhos inchados não podem ser escondidos, por isso coloca um óculos escuro. Passa um batom vermelho e baixa o óculos para, então, sair do Centro Pokémon da cidade de LaRousse e caminhar até um táxi que a levará até Petallburg. Não pode se atrasar para o aniversário do irmão.

Hold me now
Segure-me agora

I'm six feet from the edge and I'm thinking
Eu estou a seis passos do precipício e eu estou achando que

Maybe six feet
Talvez seis passos

Ain't so far down

Não sejam tão distantes assim.

Drew caminha de um lado para o outro no quarto. Não consegue dormir. Ouve a tempestade que ecoa do lado de fora, mas não presta atenção. Mais uma noite de insônia. May não sai de sua cabeça.

Havia sido traído. May o traíra. Ainda não quer acreditar, mas as evidências estavam ali… na sua frente… o tempo todo.

Seu amor pela morena havia o impedido de ver a traição que ocorria bem debaixo de seu nariz. Como está odiando ela por isso. Como está sofrendo por enganar a si mesmo, tentando acreditar que realmente a odeia, enquanto o que sente não é nem parecido com isso. Ele a ama.

Profunda e loucamente. As lágrimas caem dos olhos verdes. Drew já desistira de se perguntar o quanto ainda é capaz de chorar. Muito, isso com certeza. Com um suspiro o garoto seca algumas lágrimas.

Se sente fraco, tonto e imbecil por ainda amar a morena, mas não manda em seu coração. Afinal, se ele o fizesse as coisas seriam muito mais fáceis. Muito mesmo.

Drew caminha até o banheiro. Sente-se em um abismo, de onde pode cair a qualquer momento. Por mais estranho que pareça, ele quer cair desse abismo, assim pelo menos a dor passa.

Drew retira sua roupa e entra debaixo do chuveiro. Ele limpa o rosto e fica algum tempo debaixo da água quente… não está completamente relaxado, mas o barulho das gotas d’água contra sua pele o deixa mais calmo.

Drew olha para o lado. Uma gilete repousava bem perto de sua cabeça… se erguesse a mão conseguiria tocá-la… pegá-la.

O garoto fica encarando o objeto. Será mesmo que uma dor física pode fazê-lo parar de pensar… pelo menos um pouco, na dor emocional? Será que realmente a dor física pode ser uma distração?

Um trovão mais alto que os outros o faz repensar. O que pensa que está fazendo? Olha para sua mão direita. Já pegara a gilete e nem ao menos percebera… o garoto a devolve de onde pegou e sai dali. Talvez fosse mais fácil do que ele pensara cair daquele abismo.

I'm looking down now that it's over
Estou olhando para baixo agora que tudo acabou

Reflecting on all of my mistakes
Refletindo sobre todos os meus erros

I thought I found the road to somewhere
 Eu pensei que havia encontrado a estrada para algum lugar

Somewhere in HIS grace
Algum lugar em sua graça

I cried out heaven save me
 Eu clamei aos céus "salve-me"

But I'm down to one last breath
 Mas estou em meu último suspiro

And with it let me say
E com ele deixe-me dizer,

Let me say

Deixe-me dizer

A garota entra vagorosamente dentro de casa. As luzes estão apagadas, visto que ainda nem amanheceu direito. May caminha até seu quarto e deixa suas coisas em seu armário. O dia da semana? Não sabe. Não se lembra de nada a não ser de Drew e Luna juntos. Daisuke foi um bom amigo, mas… não. Não conseguiria voltar a ficar com ele.

O garoto moreno também a traíra. Será esse seu futuro? Ser traída eternamente por todos os garotos pelos quais se apaixona? Espera desesperadamente que não.

Respira fundo, tentando conter as lágrimas que novamente se acumulam em seus belos olhos safira. A garota pula ao ver a porta se abrindo e coloca a mão no peito, tentando acalmá-lo, ao perceber que é simplesmente Max.

MAX: Mana! Chegou há quanto tempo? – pergunta se aproximando da cama da morena e a abraçando. A garota retribui o gesto.

MAY: Cheguei agora – ela retribui o abraço – feliz aniversário pestinha – brinca.

Max sorri e se separa da garota. Está escuro, então não consegue ver muita coisa além da silhueta da irmã. Mas mesmo assim, ele percebe uma coisa.

MAX: Onde está o cabelo de gosma? – pergunta procurando pelo cunhado pelo quarto.

May engole o choro novamente. Falar de Drew não é a melhor maneira de manter seus olhos secos.

MAY: O Drew – ela limpa a garganta, tentando melhorar a voz que saiu falha – ele não pode vir, mas desejou um feliz aniversário pra você – ela comenta.

O moreno não parece convencido, mas aceita a resposta. Ele não está com cabeça para se preocupar com os problemas dos outros, visto que tem seu próprio problema de cabelo verde para cuidar.

MAX: Affs – resmunga – agora nem vou receber o meu presente.

May começa a rir um pouco. Está precisando disso. Do senso de humor do garoto. Dos sorrisos fáceis que o irmão consegue arrancar de si.

MAY: Vai dormir Max. Eu também estou com sono – ela boceja.

O garoto concorda e deita na cama da irmã. May o olha com uma sobrancelha erguida, mesmo que ele não possa vê-la.

MAX: Que foi? Não pensou mesmo que eu fosse caminhar até o meu quarto né? – ele pergunta rindo.

A garota ri também e se deita ao lado do irmão. Em pouco tempo os dois já dormiam.

Hold me now
Segure-me agora

I'm six feet from the edge and I'm thinking
Eu estou a seis passos do precipício e eu estou achando que

Maybe six feet
Talvez seis passos

Ain't so far down

Não sejam tão distantes assim

Daisuke acompanhou May o tempo inteiro. Esquecera-se completamente do aniversário do pestinha do irmão da morena, mas não pensava nisso no momento.

O garoto tem outras coisas para pensar. Como, por exemplo, na sua nova descoberta. Está apaixonado por Luna. Extremamente apaixonado pela mimadinha do vestido Italiano. Ele não sente nenhum orgulho disso, mas não pode mudar seus sentimentos, infelizmente.

Daisuke observa o movimento começar no ginásio de Petallburg. Luna… a garota não sai de sua cabeça. A vontade de desistir desse plano maluco é cada vez maior. Afinal, esse plano tem como objetivo fazê-lo ficar com May e fazer Luna ficar com Drew, mas ele não quer mais ficar com a ex-namorada. Quer ficar com Luna.

Então, por que continuar com essa maluquice? Daisuke não sabe responder essa pergunta.

May também não está em seus melhores dias. O moreno sabe que tem culpa pela infelicidade da garota, mas esse é um de seus menores problemas, visto que não gosta mais da morena. May não faz o seu tipo. Apenas uma garota faz seu tipo… apenas Luna faz seu tipo.

Daisuke observa os preparativos para a festa. Observa todos conversando e rindo. O moreno sai dali e vai até a praça da cidade. Luna… a vontade é de arrancar a cabeça fora, assim os pensamentos param de incomodá-lo. Suspira, mas não segue até o ginásio. Não quer May. Que a garota fosse feliz com quem quisesse. Daisuke quer Luna. E que agora.

Hold me now
Segure-me agora

I'm six feet from the edge and I'm thinking
Eu estou a seis passos do precipício e eu estou achando que

Maybe six feet
Talvez seis passos

Ain't so far down
Não sejam tão distantes assim

I'm so far down

Eu estou tão distante

Luna caminha pelas ruas de LaRousse. Deveria estar com Drew, mas ficar confinada naquela casa com o garoto depressivo não é sua forma de diversão. A menina suspira e morde o lábio inferior.

Por mais que queira negar, a garota não consegue… Daisuke não sai de sua cabeça. O destruidor de vestidos não sai de sua mente e isso a deixa maluca! Precisa relaxar! E a única maneira de fazer isso é comprar. Imediatamente.

Muda seu rumo para o shopping mais próximo. A morena caminha por entre as lojas, observando os vestidos e as blusas. Seus pensamentos, porém, estão em outro lugar, em outros objetos, em outra pessoa. Luna continua passando, mas nada aparece em sua mente. Nenhum flash dizendo “essa blusa é perfeita para aquela saia”, ou “essa calça fica perfeita com aquele casaco”. Nada disso passa por sua mente e isso com certeza assustaria até mesmo alguém que pouco a conhecesse.

Mordendo o lábio inferior, Luna se obriga a prestar atenção ao que está fazendo. Vestidos que até alguns dias antes a fariam pular de euforia agora passam por seus olhos de forma insignificante. Por que ficar bonita afinal de contas? Para quem? Para Drew é que não. Quer ficar bonita para Daisuke. Apenas para ele e para ninguém mais.

Luna sente seus olhos se enchendo de lágrimas. Respira fundo, tentando controlá-las. Se houvesse quebrado uma unha, não teria vergonha de chorar, mas jamais choraria por Daisuke. Jamais. Nem mesmo em um milhão de anos daria o gostinho ao moreno de chorar por ele, nem mesmo longe de qualquer outra pessoa. Chorar por Daisuke feriria seu orgulho e isso ela jamais fará. Muito menos por alguém como ele.

Os olhos violetas brilham pelas lágrimas não soltas, mas a garota não se importa. Luna passa em frente a uma loja de roupas importadas, na vitrine, um belo vestido branco está na manequim. A garota olha e entra na loja.

VENDEDORA: Pois não? – a garota pergunta com o sorriso automático que todas elas têm.

LUNA: Eu… você pode me dizer de onde vem o vestido da vitrine? – os olhos aparentam uma inocência que ela não aparenta desde criança. Mas, afinal, ela realmente parece uma criança indefesa. Indefesa e confusa.

VENDEDORA: Claro. Ele vem da Itália – ela ainda mantem o sorriso no rosto. Luna se pergunta como achava esse sorriso natural e bonito, agora apenas parece automático e vazio. – Vai levar?

A garota apenas nega com a cabeça e caminha para fora da loja. O vestido Italiano… seu lindo e maravilhoso vestido Italiano. A menina sente as lágrimas novamente invadindo seus olhos, mas novamente não permite que elas saiam.

Luna muda seu caminho de volta para a casa do primo da amiga. Luna pisca ao ver como pensa em Drew. O primo da amiga. Não mais o amor da sua vida, ou o garoto mais lindo que já viu. Agora Drew é simplesmente o primo de sua melhor amiga, nada mais que isso.

A melhor amiga… precisa conversar com Kina. Sim, Kina irá entendê-la e a ajudará a superar esse amor por Daisuke. Quem sabe a amiga ainda não cria uma ideia brilhante para que eles fiquem juntos no final ainda. Sim. É com Kina que precisa conversar… precisa desabafar.

Colocar para fora toda essa angústia que está em seu peito, desabafar com a amiga-irmã essa nova descoberta e as suas consequências. Daisuke… desabafar esse amor intenso que há pouco descobrira. Sem a sua permissão, uma lágrima escorre dos olhos violetas da menina.

Sad eyes follow me
Olhos tristes me seguem

But I still believe there's something left for me
Mas eu ainda acredito que tenha restado algo para mim

So please come stay with me
Então, por favor, venha ficar comigo

'Cause I still believe there's something left for you and me
Porque eu ainda acredito que tenha restado algo para mim e para você

For you and me

Para mim e para você

For you and me

Para mim e para você

Yukina está sentada em sua cama na casa do primo. Mudara suas coisas de lugar assim que a garotinha manhosa e chata saiu correndo. Sorri ao lembrar seus feitos. Apenas uma coisa a preocupa. O estado do primo. Tem quase certeza de que ele e a menina vão fazer as pazes… precisa acabar com esse romance de vez.

Uma ideia passa em sua cabeça, é meio macabra, mas a garota gosta. Precisa conversar com Luna. Certamente Daisuke discordará de seu plano, então o moreno ficará de fora dessa vez. Até porque, ela já não precisa mais dos serviços dele. Sorri com os pensamentos. Sua vida está começando a ficar perfeita. Agora apenas falta convencer a amiga a terminar o que começaram. Obviamente Luna fará de tudo para ficar com Drew.

Yukina ouve algumas batidas na porta e deita-se debaixo das cobertas.

YUKINA: Pode entrar – sua voz é frágil e doente.

Mary entra no quarto da sobrinha com um sorriso gentil no canto dos lábios.

MARY: Vamos minha menina, não fique assim – ela fala com um sorriso – sua mãe pode vir buscá-la a qualquer hora, é só você pedir.

Mary senta-se na beirada da cama da sobrinha, o sorriso ainda enfeitava seu belo rosto.

YUKINA: Oh não titia – ela pede – não quero preocupar mamãe, além disso, o médico falou que não era nada demais não é mesmo? Daqui a pouco eu já vou estar bem – ela sorri de forma tranquilizadora para a tia, que sorri de volta.

MARY: Sim, sim minha querida, ele realmente disse isso, mas fico preocupada com você. Já faz algum tempinho que fomos ao médico e acho que você já deveria ter melhorado.

Yukina sorriu.

YUKINA: Mas eu melhorei tia – ela fala – quase não estou mais ficando tonta e as dores têm diminuído.

Mary iria falar mais alguma coisa, mas Luna entra no quarto.

LUNA: Não quero atrapalhar – ela fala, com um mínimo sorriso – mas posso conversar com a Kina? Temos assuntos superimportantes para conversar – ela abrange seu sorriso, mas Mary se limita a balançar a cabeça afirmativamente.

MARY: Claro Luna – ela sorri para ambas – com licença então, melhore logo minha querida – ela olha para Yukina – tem certeza que não quer que eu ligue para a sua mãe? – pergunta. No fundo, quer a sobrinha bem longe de si. Não gosta muito de Yukina, muito menos da amiga morena da sobrinha.

Yukina nega com a cabeça e a mulher sai do quarto e Yukina senta-se na cama, se livrando dos cobertores.

YUKINA: Lu, eu tenho que te contar, andei pensando numas coisas pra…

Mas não pode terminar. A morena se jogou em si e começou a chorar no colo da amiga. Yukina arregalou os olhos e começou a acariciar os cabelos da morena.

YUKINA: Calma Lu! O que foi? O Drew te tratou mal? Quebrou uma unha ou algo do tipo? – ela pergunta. Não está extremamente preocupada, pois Luna às vezes dá esses ataques de carência, principalmente quando se tratam de unhas e coisas do gênero.

Luna nega com a cabeça.

LUNA: Eu… eu to – ela soluça – apaixonada Kina – ela chora mais.

Yukina sorri e dá de ombros.

YUKINA: Eu sei amiga. Você ama o Drew, isso não é novidade e nem motivo para você chorar desse jeito.

LUNA: Não é pelo Drew – o sorriso de Yukina desaparece – é pelo Daisuke.

A morena continua chorando enquanto as palavras ditas por ela começam a rodar na mente de Yukina. Apaixonada por Daisuke? Mas já? Como? Yukina fizera de tudo para que isso não acontecesse. Não pode acontecer uma coisa dessas… agora o que deve fazer é tirar essa ideia maluca da cabeça da amiga, antes que ela estrague todos os seus planos.

YUKINA: Luna – ela olha para a amiga e a faz levantar a cabeça para olhar a amiga nos olhos – você não ama o Daisuke – ela garante – você ama o Drew. Sempre amou. E agora nós vamos acabar com o nosso plano de separá-lo da chatinha.

LUNA: Eu não amo o Drew Kina – ela fala – não mesmo. Me ajuda a ficar com o Daisuke, por favor!

YUKINA: Não! Ele traiu a May, quem garante que não fará o mesmo com você? – ela tenta acabar com a ideia maluca da amiga.

LUNA: Quer me comparar àquela sem-graça? – pergunta um pouco ofendida.

YUKINA: Não amiga, mas quero abrir os seus olhos! – Yukina sorri – além disso, toda a minha família te ama, a titia te ama, e aquela sem-graça não chega nem aos seus pés! O Drew ama muito mais você, ele apenas tem que perceber isso!

LUNA: A sua tia não me ama, ela me odeia – a garota fala incrédula.

YUKINA: Claro que não odeia, ela nos ama!

LUNA: Kina, ela não gosta, nem de mim e nem de você. Ela só se suporta porque é a sobrinha dela, e só me suporta porque sou a sua amiga! – Luna exclama, mas Yukina nem parece ouvir.

YUKINA: Mas, então, eu preciso te contar… bolei um plano para matar a May – ela ignora completamente as palavras da amiga e seus olhos verdes brilham perigosamente.

LUNA: M-matar? – pergunta assustada.

YUKINA: Tenho que tirá-la do meu caminho de uma vez por todas, não aguento mais aquele chororô do meu primo e quando ela se for, ele será todo seu.

LUNA: Pirou? – pergunta com os olhos arregalados – eu já falei que não amo o Drew! Eu amo o Daisuke!

YUKINA: E ele também ama aquela sem-graça – comenta venenosa – não vale a pena ficar com ele Luna!

LUNA: Mas nós não mandamos no nosso coração! – ela exclama. Uma nova lágrima escorre dos olhos violetas.

Yukina suspira. Ela sabe o quão verdadeira pode ser aquela frase, afinal, se mandassem, ela jamais seria apaixonada por… bem, por ele. Ela olha para Luna. A amiga sofria. Odeia quando a vê assim, mas não pode estragar seus planos logo agora que as coisas parecem ir bem. Respira fundo, com uma nova ideia em mente.

YUKINA: Luna, se May continuar no nosso caminho, nem mesmo Daisuke você terá.  Temos que mantê-la bem longe… e que lugar mais longe que o inferno? Tenho todo o plano arquitetado.

LUNA: Mas matar Kina? Não sei se é uma boa ideia – comenta temerosa.

YUKINA: Confie em mim certo?

Mesmo receosa Luna assente com a cabeça e Yukina conta todo seu plano para a amiga. Ela apenas “esquece” de mencionar o fato de que Daisuke provavelmente estará lá… e que ele dificilmente sairá vivo daquela.

E se sair… bem, ela dá um jeito. Quem sabe essa paixonite da amiga não a ajude… ninguém melhor para preencher um coração partido do que outro.

Hold me now
Segure-me agora

I'm six feet from the edge and I'm thinking

Eu estou a seis passos do precipício e eu estou achando que

May sorri para todos os convidados da festa. Abraça todos os conhecidos e demonstra uma felicidade que não sente. Max está confuso. Obviamente que está feliz por completar dez anos, mas também é o dia em que confirma com Rana se fica ou não com a mesma. Ainda não tem uma resposta. Desde que começou esse “namoro” com a garota de cabelos verdes, ele pensou menos em Midori, mas Rana não é a garota certa para si e ele sabe disso.

May começa a caminhar pela sala. Encontra muitas pessoas e vê uma cabeleira verde perambulando pela festa. Uma sensação de euforia preenche seu interior e, mesmo sabendo que não deve fazer isso, May começa a empurrar as pessoas e caminha até essa pessoa. Com certeza é Drew. Quem mais no mundo teria o cabelo verde?

Porém, quando a garota chega, não encontra os amados olhos verdes e o sorriso arrogante que é uma característica dele. Encontra olhos castanhos, encontra um rosto vermelho, encontra um sorriso tímido, encontra uma expressão infantil, encontra uma menina… encontra Rana.

Max percebe a irmã os encarando e percebe a surpresa nos olhos dela. Provavelmente pensa que é Drew. Ele sorri e suspira aliviado.

MAX: Rana, essa aqui é a minha irmã, May – ele puxa a irmã, que, ainda confusa, sorri para a pequena garota.

RANA: Prazer – ela fala corada, abraçando rapidamente a irmã do garoto.

MAY: O… prazer é meu – ela responde.

O menino sorri e May fica encarando a garota. Percebe que a menina cora ao olhar para o irmão e que o mesmo está aparentemente a ignorando.

MAY: Rana – ela lembra o nome da garota – eu posso sequestrar o meu irmão só um segundinho? – ela pergunta aproxima o polegar e o dedo indicador, deixando apenas um pequeno espaço entre eles.

A garota cora e sorri envergonhada.

RANA: Claro.

May puxa o irmão até um canto da sala e o olha de forma interrogativa.

MAY: Quem é a menina Max?

MAX: Ai, ai, ai May… é uma longa história – ele suspira.

MAY: Então começa a contar logo que eu não tenho todo o tempo do mundo – ela fala.

Max ri e começa a sua narração.

Rana ainda continua parada no mesmo local em que a irmã do amado o tirara de si. Ela está envergonhada e feliz. Tem quase certeza de que Max resolverá ficar com ela no final das contas. Sim. O garoto aceitará ficar com ela com certeza.

Afinal… ela sempre fez tudo certo para que ele ficasse com ela. Foi a garota perfeita, não brigaram, ela foi gentil e demostrou carinho por ele. Ela sorri animada e suspira ansiosa. Quer acabar com essa dúvida de uma vez por todas.

Max termina seu relato com um sorriso envergonhado. Ele não escondera da irmã seus motivos para aceitar o pedido da menina. May faz uma careta, mas Max não fica surpreso, tinha certeza de que a reação da irmã seria assim.

MAY: Você não deveria ter aceitado Max! Coitada da menina, você deu esperanças falas a ela.

MAX: Não são esperanças falsas May. Eu realmente acho que vou ficar com a Rana… a Mi-chan não gosta de mim.

MAY: Gosta sim Max… ela só… não sabe demonstrar.

O tom de voz da morena denuncia que nem mesmo ela sabe se está falando a verdade. Max suspira.

MAX: Eu me viro mana. Nem esquenta – ele sorri.

A festa passou rapidamente, nada que chamasse muito a atenção da garota e nem de Max. O nanico recebeu muitos presentes, obviamente. Eles até que se divertiram, mas May lembrou. Tinha que voltar para LaRousse. Por mais que quisesse, não daria a Drew o gostinho de abandonar o concurso por causa dele.

Após o término da festa, May está pronta para ir embora, mas Max intercepta seu caminho.

MAX: Pode falando. O que aconteceu? – ele pergunta.

O moreno percebera a tristeza e o desânimo da irmã. May não está bem e ele tem certeza absoluta disso.

MAY: Não te enganei né? – ela pergunta com um pequeno sorriso triste nos lábios. O garoto apenas nega com a cabeça – eu e Drew terminamos – ela fala triste.

Max abre um enorme sorriso.

MAX: Ótimo, agora você e o Daisuke-nii-san podem voltar a namorar e…

MAY: Max – ela interrompe com os olhos marejados – eu amo o Drew. E… não vou voltar com o Daisuke só porque eu e ele terminamos.

MAX: Você não está bem né maninha? – ele pergunta triste.

May apenas nega com a cabeça e abraça o irmão. O moreno sente as lágrimas da irmã molhando sua camiseta e acaricia os cabelos morenos dela. Sim. Ambos brigam demais. Sim. Max já pensou um milhão e meio de vezes em quão mais feliz seria se fosse filho único. Sim. Ambos se amam.

A morena o afasta e sorri.

MAY: Tenho que ir maninho – ela se aproxima e dá um peteleco na cabeça do irmão.

MAX: Se cuida.

MAY: Você também.

E a garota volta para LaRousse.

Hold me now
Segure-me agora

I'm six feet from the edge and I'm thinking
 Eu estou a seis passos do precipício e eu estou achando que

Maybe six feet
 Talvez seis passos

Ain't so far down

Não sejam tão distantes assim

Max observa a irmã caminhar para longe. Cabelo de gosma desgraçado. Quem o verdinho pensa que é para fazer a irmã sofrer desse jeito? Ah, mas Max não deixará as coisas assim de jeito nenhum. Sobe as escadas correndo e começa a arrumar suas malas. Rana, vendo a pressa do garoto o segue. Mas Max não escapa. Ela quer a resposta para sua proposta ainda hoje.

RANA: Max-kun, o que está fazendo? – pergunta com uma cara de inocente confusão.

MAX: Estou arrumando as minhas coisas Rana. Vou para LaRousse atrás de May. O cabelo de gosma a desapontou. E eu quero saber o que aconteceu com eles.

Rana suspira, mas assente com a cabeça.

RANA: Vou com você.

Max não gosta da ideia, mas ambos não têm tempo para discutir.

Rapidamente Rana sai para arrumar suas coisas. A garota volta no exato instante em que Max fecha sua última mala e eles saem do ginásio na direção de LaRousse.

Max apenas quer ter a certeza de que está indo para LaRousse apenas por May. Infelizmente ele tem certeza de que não é apenas por ela que está indo para lá. Uma menina de cabelos rosados tem tudo a ver com isso.

Hold me now
Segure-me agora

I'm six feet from the edge and I'm thinking

 Eu estou a seis passos do precipício e eu estou achando que

Maybe six feet
Talvez seis passos

Ain't so far down

Não sejam tão distantes assim

Midori caminha pelas ruas da cidade. LaRousse é linda, mas não a menina não presta atenção ao caminho. Seus pensamentos estão no garoto de cabelos castanhos e óculos. Não Matsuo, mas Max.

O menininho faz aniversário hoje. Ela sabe por ter ouvido uma conversa entre May e Sol em que a irmã dele comentava.

Olhou para o pequeno embrulho em suas mãos. Uma flor de Sakura está em sua pequenina mão.

“Ele levantou-se do banco e foi até uma árvore de Sakuras, de onde tirou uma linda flor de cerejeira.

MIDORI: Já vai Max?

MAX: Vou sim Mi-chan, mas nem se preocupe. Vemos-nos amanhã. Garanto-te que nem ao menos sentirá minha falta – ele sorriu convencido e ela estava pronta para retrucar enraivecida, quando ele coloca a flor que pegou na boca dela – até amanhã princesa.

Ele soltou a flor nas mãos dela e saiu dali.”

Max… esse nome é a única coisa coerente que passa pela cabeça da menina. Sim. Seu Max. Um pequeno sorriso brota em seus lábios. Princesa… Anjo… Mi-chan… quantos nomes mais o garotinho colocaria nela? Muitos, a menina espera. Todos carinhosos.

Caminhando pelas ruas, ela encontra Matsuo. Tenta mudar de caminho antes que o garoto a veja, porém, não consegue.

MATSUO: Dori-chan que bom te ver. O que faz por aqui? – pergunta com um sorriso.

Midori suspira, apesar da semelhança física, Max e Matsuo são duas pessoas extremamente diferentes.

MIDORI: Estou apenas passeando Matsuo – ela suspira – e diga ao seu irmão para ficar bem longe da minha irmã ok?

MATSUO: Oras minha querida, olhe só que coincidência, o que o meu irmão sente pela sua irmã, eu sinto por você. Faremos assim: Eu e Você, Masato e Sol. Perfeito não é mesmo?

MIDORI: Não!

MATSUO: Prefere apenas eu e você? – pergunta um pouco confuso.

MIDORI: Prefiro você bem longe da minha vida.

MATSUO: Isso é impossível amor.

MIDORI: Então que o impossível se torne possível – ele fala com um sorriso galanteador.

MATSUO: Impossível é impossível Dori-chan. E eu sempre estarei aqui para você.

MIDORI: Ache alguém que goste de você de verdade Matsuo. Eu apenas o farei sofrer – a menina suplica.

MATSUO: Não me importo. Fique comigo – e pela primeira vez ela percebe que ele fala a verdade.

MIDORI: Eu juro que penso com carinho. Com licença – e ela sai, deixando um Matsuo completamente acabado para trás.

Midori caminha por algum tempo, tomando uma distância de Matsuo, até que o dono de seus pensamentos aparece em sua frente. Max caminha apressado para algum lugar. E está acompanhado.

Lágrimas invadem os olhos violetas da menina e ela se aproxima, talvez tenha entendido errado.

MAX: Rana vamos para a casa do cabelo de gosma – ele fala.

RANA: Mas nós não vamos conversar com a sua irmã? – a menina pergunta confusa.

MAX: Sim, mas primeiro eu quero acertar as contas com aquele imbecil.

RANA: Ah… tudo bem então amor – ela fala com a face corada.

Midori anda de costas e derruba alguma coisa. Ela consegue ver a cabeça de Max virando em câmera lenta para ela e corre dali em desespero, as lágrimas escapando de suas íris violetas em abundância. A proposta de Matsuo nunca lhe pareceu tão atraente.

Please come now, I think I'm falling
Por favor, venha agora, eu acho que estou caindo

I'm holding on to all I think is safe

Eu estou me segurando em tudo que acho ser seguro

Max Observa a garota correr para longe dele. Ela ouviu… ouviu Rana chamando-o de amor… ouviu tudo.

Ele entra em uma espécie de transe. Cada parte de seu pequeno corpo querendo correr atrás da garota.

RANA: Quem é ela Max-kun? – pergunta.

MAX: Mi-chan – ele sussurra.

Rana fica confusa, mas não pergunta nada. Será ela a menina da qual pressentira perigo? Aquela que a garota tem certeza que Max pensa o tempo todo? Espera que não, visto que o garoto está bem abatido por causa dela.

RANA: Max… não vamos mais atrás do seu cunhado? – pergunta.

MAX: Claro – sussurra, saindo de seu transe.

Eles caminham até o prédio de Drew. No elevador, Max olha para Rana.

MAX: Quero conversar sozinho com ele – o tom sério da voz do moreno a assusta um pouco.

RANA: Claro…

Eles chegam e Max toca na campainha, Mary atende e abraça o menino.

MARY: Menino que saudades! Drew está um caco, não consigo falar com a sua irmã! As coisas aqui em casa estão terríveis! Luna parece bem abatida e Yukina está doente – a mulher fala em desespero, despejando as palavras em profusão de sua boca.

MAX: Dona Mary! – ele retribui o abraço – não estou nem aí para Yukina e Luna, mas quero falar com Drew. May está um caco também.

A mulher o solta e assente com a cabeça.

MARY: Quem é a bela menina? – pergunta com um sorriso.

MAX: Essa é a Rana… ela é… minha amiga – fala.

A menina de cabelos verdes fica triste, mas sorri para a mulher.

MARY: Quer conversar com Drew? – pergunta ao menino.

Max apenas assente com a cabeça e entra no quarto do garoto. Drew é pego de surpresa pela invasão de privacidade e olha com raiva para o menino.

DREW: O que quer aqui? – pergunta irritado.

MAX: Baixa a bola. Quero saber o que você fez com a minha irmã pra ela ficar do jeito que ela está.

DREW: Eu? Ela viu a Luna me agarrando e pensou que eu a traía – ele fala – mas eu nunca vou perdoar o que ela fez comigo Max.

MAX: E o que ela fez com você?

DREW: Me traiu.

MAX: Com Daisuke? – pergunta irônico.

Drew assente com a cabeça. As olheiras enormes debaixo de seus orbes verdes denunciam as noites mal dormidas do garoto. Max solta um suspiro.

MAX: Mas você é mais imbecil do que eu imaginava – o mais velho ergue uma sobrancelha – minha irmã não é interesseira e se ela quisesse o Daisuke, não teria terminado com ele.

Drew pisca duas vezes.

DREW: Vai embora Max.

MAX: Só não faz a mesma besteira que eu – ele atraiu a atenção do garoto – não desiste de quem você gosta. O tempo não melhora a culpa por desistir de alguma coisa que você gosta de verdade… ainda mais quando é uma pessoa…

Drew encara o pequeno e sorri.

DREW: Nunca é tarde demais Max… obrigado.

O mais novo sorri e sai dali. Drew tem razão. Ainda não é tarde para reconquistar Midori… a mais perfeita das garotas…

Ele caminha pelo corredor e entra no quarto que ocupou. Tudo do jeito que deixou. Abre uma gaveta e encontra uma sacola. A abre e vê um colar de prata com um anjo como pingente. Pensa imediatamente em Midori. Sorri e guarda o objeto no bolso.

Rana o aguardava na sala.

MAX: Vamos.

O menino se despede de Mary e ele e Rana vão até o CP. No caminho, encontram uma bela menina de cabelos rosados caminhando com um garoto moreno. O rosto de Max começa a embranquecer.

MAX: Midori…

A menina o olha. Os olhos se enchem de lágrimas e ela perde a cor do rosto também, o coração de ambos apostando corrida para ver qual bate mais rápido.

MIDORI: Max…

O menino se aproxima.

MAX: Quem é? – aponta com a cabeça para Matsuo.

MIDORI: Meu na-namo-namo…

MATSUO: Namorado – completa pela menina.

Max sente as lágrimas acumulando-se ainda mais nos olhos castanhos. Mas não chora, não é hora para isso. Quando estiver sozinho, em seu quarto, talvez possa fazê-lo.

MAX: … eu só quero te entregar uma coisa – ele coloca a mão no bolso e retira o colar – era para eu ter te dado naquele dia do suco de laranja lembra? – pergunta com um sorriso triste no rosto.

A menina apenas assente com a cabeça.

MIDORI: Não posso aceitar… o aniversário é seu, não meu – ele sorri. Ela lembrou…

MAX: Aceite pelos bons momentos que passamos – ele pede – por mim, não tenho para quem dar isso a não ser você.

Rana olha para o lado, magoada. Nunca fora presenteada pelo namorado. Nunquinha. E o colar era tão lindo…

Midori encara Rana, mas os olhos de Max não desviam-se nem mesmo um segundo da rosada.

MAX: Essa é a Rana – fala ao ver a curiosidade da garota. Ele novamente estende a mão com a correntinha.

A garota assente.

MIDORI: Então tá – ela pega o colar e o coloca no pescoço, fica perfeito – pelos bons momentos – ela sorri. Matsuo e Rana observam a cena calados, cada um mais enciumado que o outro – Adeus Max.

As lágrimas nos olhos violetas aumentam, mas nenhuma escorre.

MAX: Adeus.

E cada um segue seu caminho.

RANA: Max…

MAX: Eu aceito sua proposta Rana – ele a interrompe – minha namorada.

A garota sorri. As inseguranças somem, apenas uma pontinha fica quando vê os olhos brilhantes de lágrimas presas do menino. No fundo, ela queria ter ganho aquela correntinha.

Midori se despede do namorado e vai para seu quarto. Na escuridão do quarto e no conforto da cama do CP, ela chora. Chora todas as mágoas de seu coração e todas as dores. Chora o amor perdido… chora por Max. A correntinha fica entre seus dedos o tempo inteiro.

Continua…


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Notas finais do capítulo

yooo... os caps tão ficando maiores né? =D


ei, o q acharam? Essa é a Mi-chan em gnt, mudamos a imagem no cap tmbm, cap linda a da Harumi-chan neh?


comentem, pliiix

qm adivinhar o q acontece no próximo cap ganha o cap dedicado a si =D


gostaram? por favor, façam essas duas ficwriters felizes.... alguém mais achou q a Midori e o Max fizeram merda? ¬¬


acho q é uma das primeiras vezes q eu posto, sempre qm postava era a Feh... sim gente, pasmem, é a camy_miga qm tah postando
x3



ashuahsuahs


amamos vcs


=*
Bjs e teh + ^3^/