Choram as Rosas escrita por Camy, Harumihatae


Capítulo 13
Eu vivo sempre errando…por sempre te amar


Notas iniciais do capítulo

Descupem a demora para compensar, ai esta o cap. maior dessa fanfic. Música Keep Holding On (Avirl Lavigne), espero que gostem!! Capa nova, espero que gostem!



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“Se amar é errar, eu vivo sempre errando… por sempre te amar!” por Fernanda Harumi Hatae

You're not alone
Você não está sozinho
Together we stand
Juntos nós ficamos de pé
I'll be by your side
Estarei ao seu lado
You know I'll take your hand
Você sabe que segurarei sua mão

     Max chorava em seu quarto. Por que Midori negara o seu amor? Por que… por que seu anjo… justo ela que o conquistara em tão pouco tempo. Algumas lágrimas lhe chegavam até a boca. O gosto salgado não o agradava.

     Sentia-se um idiota por chorar… homens não choram… ele não deveria chorar por alguém que conhecera no dia anterior… ele pensou… nossa.

     Eles se conheciam a pouco mais de quarenta e oito horas e ele já chorava por ter sido desprezado… amor à primeira vista.

     Ele abraçou o travesseiro com mais força… queria May ali.

     May corria para casa. Estava preocupada com o irmão. O mesmo havia sumido! Ela caminhava cada vez mais rápido. As coisas estavam saindo do controle. Saindo muito do controle.

     Ela apressou o passo ao ver o prédio do namorado. Adentrou como um furacão e clicou repetidas vezes o andar da cobertura. As sacolas já lhe doíam os dedos, mas se as soltasse, ela demoraria muito para pegá-las de volta. Uma musiquinha irritante tocava, enquanto ela apertava cada vez com mais força as sacolas em suas mãos.

     Depois de uma eternidade, a porta do elevador abriu e a mesma abriu a porta do apartamento de forma brusca, assustando a todos ali.

MAY: O Max já chegou? – ela pergunta preocupada, finalmente soltando as sacolas. Marcas vermelhas já tinham ficado em seus dedos.

DREW: Ele chegou bem estranho aqui… o que aconteceu amor? – ele pergunta visivelmente preocupado com o pirralho… afinal… era seu cunhadinho não?

MAY: É o que eu vou descobrir agora.

     A morena foi até o quarto em que o irmão estava ocupando, mas antes que pudesse tocar na maçaneta, uma mão lhe segura o braço.

DAISUKE: May… não é melhor eu falar com ele? Acho que eu me dou melhor com o Max que você – ele fala aparentando estar preocupado.

     Doce ilusão. Daisuke sabia que na vida de May, as coisas mais importantes são seus amigos e família. O que significa que Max fazia parte disso. Então, se ele ajudasse o mais novo, ela poderia voltar a se apaixonar por ele. Afinal, em sua mente, May sempre fora sua propriedade. E sempre seria.

     Drew é que não estava gostando nada disso. Esse tal de Daisuke… idiota. Sempre se metendo em seu caminho. Queria saber mais sobre ele. Não estava nem um pouco feliz com essa história dele morar sobre o mesmo teto que eles. Pirralho retardado! Por que o convidou?

MAY: Fica bem longe do meu irmão. E eu me dou muito melhor com ele do que com você.

     Ela puxou o braço com força e tentou entrar no quarto do irmão. A porta estava trancada.

MAX: VAI EMBORA – ele grita. A voz chorosa.

     Ele não queria ver o cabelo de gosma, nem mesmo Daisuke. Não queria contar nada para eles. Queria May. Queria o amor de Midori. Queria sua mãe. Queria parar de chorar… só isso.

MAY: SOU EU MANINHO! ABRE A PORTA – ela pedia.

     Todos haviam a acompanhado. Mary olhava para a porta preocupada. Será que o pequeno Max estava bem?

     A porta foi aberta. Todos os curiosos olharam para dentro. Max não aparentava estar bem, o rosto manchado de lágrimas e mais ainda saiam dos olhos do pequeno.

MARY: O Max! – ela fala preocupada.

     O mais novo puxa May para dentro e tranca a porta novamente, deixando todos eles preocupados… ou quase todos eles.

LUNA: Ai, ai isso está me dando sono – ela fala entediada.

YUKINA: Em mim também amiga – ela boceja.

DREW: Vocês duas não podem pelo menos fingir que estão preocupadas? – ele pergunta irritado – é a minha namorada e o irmão dela que estão mal. Poderiam ao menos tentar ser sensíveis? – ele as olha ainda com raiva. Havia frustração em seu olhar também – Ah! É… eu me esqueci… vocês não sabem o que é sensibilidade – ele fala irônico.

YUKINA: Eu não preciso ficar aqui ouvindo essas besteiras vindas da boca do meu primo idiota! Vamos Luna, precisamos conversar – ela puxa a bela morena pela mão até o quarto que estavam ocupando, afinal, May roubara o quarto de sempre delas.

     May abraçava o irmão bem forte. O que poderia ter acontecido com ele?

MAY: Calma maninho – ela lhe acariciou os cabelos.

     Ela o puxou para a cama e ambos sentaram-se.

MAY: O que aconteceu Max? – ela olha-o preocupada.

MAX: A… a Mi-chan – ele soluçava.

     May ficou fazendo carinho nele até que o mesmo se acalmou.

     Depois de calmo, Max contou tudo à irmã. Ela ficou pensativa.

MAY: Seu primeiro amor Max… isso é fofo, mas também é meio perigoso, sabe… conhece a espada de dois gumes? – ela pergunta e ao vê-lo confirmar com a cabeça, ela continua – então. O amor é quase que nem uma espada de dois gumes. Pois você pode usá-la ao seu favor, assim como também pode acabar se machucando seriamente.

MAX: Acho que eu fiquei com a parte errada dessa espada né mana? – ele pergunta. As lágrimas novamente caíam de seus olhos – mas… por que ela nem ao menos deixou-me tentar May?

     Ele levanta o rosto do colo da irmã. Os olhos chorosos estavam transbordando ainda e ele perguntava-se quantas lágrimas ainda seria capaz de soltar.

     May ficou pensando na pergunta… as respostas eram tantas!

MAY: Olha Max… ela deve ter seus motivos… quem sabe se você perguntar pra ela…

MAX: Nunca mais vou confiar em garota nenhuma… elas machucam – ele reclama.

     A morena ri um pouquinho.

MAY: Isso você fala agora… mas Max… aposto que vai dar tudo certo… no fim tudo sempre dá certo e se ainda não deu certo… é por que ainda não chegou ao fim – ela sorri para o irmão que a abraça mais forte.

MAX: Eu repito quando for mais velho então… May… eu posso confiar em você não posso? – pergunta para a irmã.

MAY: Claro que você pode maninho… sempre vou estar aqui. Você sempre pode contar comigo irmão.

     Ele sorriu e se acomodou mais ali. Segurava na mão da irmã com força.

     May ficou ali com ele até o mesmo pegar no sono. Depois o ajeitou na cama e saiu.

MARY: Como ele está? – ela pergunta olhando para a morena. Os olhos estavam preocupados e ela estava tremendo um pouco. A mesma fazia um lanche para os jovens. May olhou para o relógio… cinco e meia… nossa, como estava tarde!

MAY: Ele está bem, dormiu um pouco. Daqui a pouco ele volta a ser o mesmo mala de sempre – ela sorri – cadê meu namorado? – pergunta o procurando pela cozinha.

DREW: Aqui – ele aparece atrás dela e a envolve pela cintura.

MAY: Ai que susto Drew! – o garoto sorri e ela cora, acomodando-se ali.

DREW: Vamos ver um filme – ele a puxa, fazendo-a rir.

MAY: Deixa eu tomar um banho primeiro? – ela pede o olhando com as safiras brilhando. Ele sabia que não resistiria ao olhar dela, por isso sorriu.

DREW: Pode… mas eu quero alguns beijos primeiro – ele sorri malicioso e ela cora, mas sorri também. Ele a beija apaixonadamente, enlaçando sua cintura possessivamente.

     Daisuke que ia passando por ali aperta bem forte suas mãos… estava perdendo sua May… sua propriedade! Não admitia perder. Irritado, foi saindo dali.

     Mary assistia a cena com um enorme sorriso no rosto. Realmente… seu filho havia escolhido a garota certa.

When it gets cold
Quando fizer frio
And it feels like the end
E parecer ser o fim
There's no place to go
e não tiver para onde ir
You know I won't give in
Você sabe que não desistirei
No, I won't give in
Não, eu não desistirei

     Yukina e Luna conversavam no quarto em que estavam. A morena e a amiga estavam irritadíssimas. Drew não poderia estar apaixonado… não poderia estar… amando May.

YUKINA: Mas ela é tão sem graça, idiota, mesquinha! Ainda por cima é pobre! – ela falava enjoada. Tinha nojo dela.

LUNA: O Drew vai perceber que me ama Kina. É só uma questão de tempo – ela fala calma, lixando suas unhas.

YUKINA: Como pode estar tão calma sabendo que o seu namorado pode estar te traindo? – ela pergunta irritada.

?: Na verdade… o Drew não é namorado da mimada, mas podemos mudar isso rapidinho – fala irônico.

LUNA: AH! Destruidor de vestido! Mas que susto – ela fala com a mão no peito.

YUKINA: Daisuke! O que você está fazendo aqui? – ela pergunta com os olhos arregalados.

DAISUKE: Aparentemente eu e vocês queremos a mesma coisa… acabar com esse namoro ridículo – ele fala sério.

LUNA: Vai me dizer que está apaixonado? – pergunta irônica.

     Mas algo dentro de si… mais precisamente o coração… ou o estômago… não sabia ao certo, não gostou muito… o estômago embrulhou… o coração apertou… mas o que era isso afinal? Provavelmente a possibilidade de vê-lo feliz não a agradava… era isso. O odiava muito e não queria vê-lo feliz.

DAISUKE: Que apaixonado o que – fala revirando os olhos – May é minha. Minha propriedade, a vi primeiro, ela me beijou primeiro, então é minha e eu a quero de volta.

YUKINA: Nossa que possessivo – fala irônica.

DAISUKE: O problema é meu, agora vamos logo. Quero ajudar no que quer vocês duas forem fazer para acabar com esse namoro ridículo.

LUNA: Eu não trabalho com idiotas – fala voltando a lixar as unhas.

YUKINA: Bem vindo ao grupo – fala com um sorriso maléfico nos lábios.

LUNA: O QUÊ? – ela grita parando de lixar as unhas.

DAISUKE: Ótimo. Então moreninha… tem mais algum vestido para eu manchar? – pergunta irônico, vendo-a o fuzilar com os olhos.

LUNA: Idiota! Kina – ela olha para a amiga com os olhos pedintes. Queria que Daisuke ficasse longe de si… antes que fosse tarde demais.

KINA: Lu nem adianta. Precisamos de ajuda – ela fala séria – o plano é o seguinte…

     Midori chorava em seu quarto de hotel. Estava mal. Queria acabar com essa dor no seu peito… queria Max.

     Soledad entrou no quarto e encontrou a irmã chorando.

SOLEDAD: O que foi Mi-chan? – pergunta caminhando até a mesma.

     A mais velha agacha-se em frente à cama e lhe segura às mãos.

MIDORI: Não me chama assim Sol. Por favor – ela pede.

     “Talvez você não mereça esse sentimento que eu sinto, foi uma perda de tempo eu me apaixonar por você...” ela chorou ainda mais ao relembrar a frase… “Mi-chan” o apelido que ele deu a ela.

SOLEDAD: Calma minha irmã! – ela lhe acaricia os cabelos e senta-se na cama, puxando Midori para seu colo.

MIDORI: Sol ele me odeia agora Sol – ela chorava compulsivamente, abraçada a irmã.

SOLEDAD: Você se apaixonou né? – ela pergunta com um sorriso no rosto.

MIDORI: Não tem graça… eu não queria Sol… dói tanto! Você…

SOLEDAD: Aposto que você deu um fora nele por que ficou com medo de passar pelo que eu passei não é mesmo? – pergunta com os olhos carinhosos. Entendia a irmã, mesmo que não concordasse com ela.

     A pequena garota apenas assentiu com a cabeça, escondendo-se melhor no colo da irmã. Precisava dela. Precisava saber que tinha feito a coisa certa e que essa dor ia passar rápido.

SOLEDAD: Não devia ter feito isso Dori-chan… eu sofri… mas você não precisa sofrer. Você… você é legal Dori-chan… o Max é um carinha legal. Por que não tenta se aproximar dele de novo?

     Midori refletiu… ela errou feio… quem sabe…

     Max acordou com frio. Saiu do quarto e viu todos na sala. Sorriu para eles e para May, que sorriu de volta. Os observou… May parecia feliz com Drew. Ambos estavam abraçados no sofá, olhando um filme. Suspirou. Pelo menos alguém estava feliz ali.

MAX: Vou dar uma volta.

     Ele sai. Já era noite. Caminha um pouco, mas logo volta para o quarto. Precisava relaxar. Suspira e toma um banho. Depois deita-se na cama e pega novamente no sono.

     May estava preocupada com o irmão, mas Drew a fazia se sentir tão bem… sabia que tudo daria certo. Sorriu para o namorado que sorriu de volta. Realmente… ela tirara a sorte grande ao ficar com o garoto.

     Dormiram todos tranquilamente. Yukina, Luna e Daisuke estavam juntos agora, planejando contra o casalzinho perfeito. Mas decidiram adiar um pouco a vingança. Se a fizessem muito próxima… poderiam ser descobertos.

     Em seu quarto, Midori estava quase dormindo. Refletira por muito tempo até chegar a uma conclusão. “Eu não vou desistir de você Max… eu te amo” ela pensa logo antes de dormir.

Keep holding on
Continue aguentando
Cause you know we'll make it through,
Porque você sabe que conseguiremos,
we'll make it through
conseguiremos
Just stay strong
Apenas seja forte
cause you know I'm here for you,
Pois você sabe que estou aqui por você,
I'm here for you
Estou aqui por você

     Todos acordaram um pouco mais dispostos. Max ainda estava mal, mas superaria. Ao menos era o que falava a si mesmo toda vez que a imagem de seu anjo aparecia em sua mente.

     Eles almoçaram na casa de Mary, mas o moreno não estava muito bem, então resolveu dar uma volta. May não foi contra, mas também não ficou muito feliz com a decisão do irmão.

     Ele caminhava de forma calma pelas ruas. Estava preso em pensamentos. Jamais amaria novamente. Esse sentimento apenas o machucava essa espada de dois gumes não o agradava nem um pouco.

?: Max – uma voz doce o chama. Ele para. As lágrimas voltam, mas ele as proíbe de cair.

MAX: Midori. O que quer? – ele pergunta frio. Não seria humilhado novamente.

MIDORI: Quero conversar com você – ela se aproxima e o toca no ombro. O pequeno moreno retira a mão delicada de seu ombro de forma brusca.

MAX: Mas eu não quero conversar com você garota. Acabou tudo – ele fala sério.

     Mas então comete o pior erro possível. Ele se vira e a encara. Os olhos brilhantes das lágrimas que ela quase derramava.

MIDORI: Por favor… eu… errei – ela murmura – mas não quero desistir de você.

There's nothing you can say
Não há nada que possa dizer
Nothing you can do
Nada que possa fazer
There's no other way when it comes to the true
Não há outro jeito em se tratando da verdade
So keep holding on
Então continue aguentando
Cause you know we'll make it through,
Porque você sabe que conseguiremos,
we'll make it through
Nós conseguiremos

MAX: Que pena… quando eu queria você… você me desprezou… acha que é simples assim? Acha que é só pedir que eu já vou voltar pra você Midori? Acha que eu vou voltar que nem um cachorrinho quando o dono chama? – ele pergunta com mágoa. Ela via essa mágoa em seu olhar.

     Essa mágoa no olhar do seu moreno a machucava também. Machucava muito.

MIDORI: O que você quer que eu faça? Quer que eu diga que eu te amo? Eu digo. Eu. Te. Amo.

     As lágrimas no rosto da jovem já eram muitas e se multiplicavam a cada segundo.

MAX: Nada que você faça ou diga vai me fazer mudar de ideia… eu vou voltar pra casa. Em Petallburg.

MIDORI: Mas… Max…

MAX: Eu já me decidi. Me esquece Midori.

MIDORI: Eu não quero te esquecer – ela fala, as lágrimas grossas ainda caíam.

MAX: Mas também não quer ficar comigo – ela não sabia o que dizer. O queria perto, mas tinha tanto medo! – eu vou embora. Se a gente se encontrar de novo, quem sabe…

      Max deixou a frase no ar e saiu. Sem forças para impedi-lo, Midori cai no chão chorando.

So far away
Tão longe
I wish you were here
Eu gostaria que estivesse aqui
Before it's too late
Antes que seja tarde demais
This could all disappear
Isso tudo poderá desaparecer

     Max chegou à casa de Mary e olhou para eles. Sorriu para a mulher que os acolhera ali. Seu sorriso foi retribuído pela mesma que parecia mais calma.

MAX: Erm… gente… eu… eu vou voltar pra casa – ele fala sério, olhando diretamente para a irmã, que sorriu e suspirou.

MARY: Mas… por quê? – ela pergunta triste.

MAX: Nada em especial – ele murmura – eu só… vou ajudar o papai com o ginásio e… bem, meu aniversário está chegando e eu preciso estar lá para pegar meu primeiro Pokémon – ele sorri sem graça.

MAY: Tudo bem pirralho. Nos vemos no seu aniversário então – ela levanta e o abraça – sua mala está pronta, a arrumei quando você saiu – ela sussurrou em seu ouvido. Ele sorriu.

MAX: Vocês todos, menos a de cabelo roxo e a morena chata que eu esqueci o nome, estão convidados… bem, o cabelo de gosma vai só por causa da May, vamos deixar isso bem claro – ele fala cruzando os braços, fazendo eles rirem, menos Yukina e Luna que estavam irritados.

LUNA: Meu nome é LUNA garoto – fala olhando as unhas recém-pintadas. Não aparentava estar chateada ou irritada, diferente de sua amiga. Quase saía fumaça das orelhas de Yukina.

YUKINA: Meu nome é YUKINA! Vê se não esquece – ela fala de modo ameaçador. Max apenas deu de ombros.

     Eles ligaram para Caroline, que avisou estar indo buscar o mais novo. Algumas horas depois a mesma chega, mas não fica muito tempo, apenas leva o filho.

Before the doors close
Antes que as portas se fechem
And it comes to an end
E chegue ao fim
With you by my side
com você ao meu lado
I will fight and defend
Eu lutarei e defenderei
I'll fight and defend
Eu lutarei e defenderei
(Yeah, yeah)
(yeh, yeh)

     Midori voltou ao Centro Pokémon. Correu até o quarto e se trancou. Soledad não estava. Havia o perdido. Talvez para sempre. Perdera o seu primeiro amor de verdade.

     Ela foi tomar um banho. Não era de ficar chorando. Não choraria por ele por muito tempo. Tinha uma vida também.

     Perdera Max, mas ainda tinha uma vida. Tinha uma jornada. Em pouco tempo também teria seus pokemons.

     Não se rebaixaria. Depois do banho tomado, encontrou Soledad no quarto.

SOLEDAD: Está melhor?

MIDORI: Sim… não… sei lá. Mas eu tentei falar com ele – Soledad sorriu – e o Max voltou pra Petallburg.

SOLEDAD: Mas… Dori-chan – ela olhou espantada para a irmã, não sabia o que dizer, mas algumas ações são muito melhores que palavras – quer dar uma volta comigo? – ela pergunta sorrindo.

MIDORI: Quero – ela sorriu e ambas saíram.

     Elas caminhavam e sorriam. Midori estava melhor. Até já sorria conversando com a irmã. Quem sabe se não se envolvesse com nenhum menino, fosse mais fácil acabar com esse sentimento.

?: Sol, Mi-chan, que bom ver vocês – uma voz atrás delas fala sedutoramente. Soledad trava na hora, com o coração batendo a mil por hora.

Keep holding on
Continue aguentando
Cause you know we'll make it through,
Porque você sabe que conseguiremos,
we'll make it through
conseguiremos
Just stay strong
Apenas seja forte
cause you know I'm here for you,
Pois você sabe que estou aqui por você,
I'm here for you
Estou aqui por você

SOLEDAD: Masato – ela sussurra paralisada, olhando para o belo moreno a sua frente.

MASATO: Eu particularmente preferia quando você me chamava de Sato-kun, mas…

     Midori olha feio para o ex-namorado da irmã e segura bem forte na mão da mesma, que acaricia a mão da irmã.

MASATO: O que foi Mi-chan, com medo que sua irmã ainda goste de mim? – perguntou um pouco irônico. A ponta de esperança em sua voz era quase palpável.

MIDORI: Não… me chama assim – ela murmura olhando pro lado.

     Masato não entendeu, mas ficou calado. Com Midori ele não mexia. A menina sabia ser um demônio quando queria.

?: E eu não mereço um oi também Dori-chan? – outro moreno, ao lado de Masato pergunta com um sorrisinho. Ele também não era louco a ponto de discordar com a menina.

MIDORI: Oi Matsuo – ela fala indiferente, ainda segurando a mão de Soledad.

MATSUO: Oi… senti a sua falta.

MIDORI: Eu não. Sol, vamos comer um sorvete? – a menina pede, querendo sair dali e levar a irmã consigo.

SOLEDAD: Acho ótimo Dori-chan. Com licença Masato, Matsuo – ela sai dali puxando Midori.

     Infelizmente, antes que uma das irmãs pudesse fazer qualquer coisa, Masato segura o braço de Soledad.

There's nothing you can say
Não há nada que possa dizer
Nothing you can do
Nada que possa fazer
There's no other way when it comes to the true
Não há outro jeito em se tratando da verdade
So keep holding on
Então continue aguentando
Cause you know we'll make it through,
Porque você sabe que conseguiremos,
we'll make it through
Nós conseguiremos

MASATO: Sol… vamos conversar – ele pede.

MIDORI: Desculpa Masato, mas a minha irmã não conversa com idiotas destruidores de corações – ela fala soltando o braço da irmã.

MASATO: Pensei que você gostasse de mim Midori – ele olha para a menina.

MIDORI: E eu gosto, mas a minha irmã é muito mais importante pra mim que qualquer outra pessoa e você a magoou.

     Antes que Masato ou Matsuo pudessem falar ou fazer qualquer coisa, Midori some dali com a irmã. O reencontro com Masato havia mexido muito com Soledad e Midori percebeu isso, por isso a protegeu. Por isso a tirou dali.

MIDORI: Sol… tá tudo bem?

Hear me when I say,
Escute quando eu digo
When I say I believe
Quando digo que acredito
Nothing's gonna change
Nada irá mudar
Nothing's gonna change,
Nada irá mudar,
Destiny
O destino
Whatever is meant to be
O que quer que seja
We'll work out perfectly
Nós resolveremos perfeitamente
(Yeah, yeah, yeah, yeh-ah)
 (yeh, yeh, yeh, yeh-ah)

SOLEDAD: Sim Dori-chan… tá tudo bem, é só que… eu não entendo… por que ele teve que aparecer logo agora? – ela pergunta mordendo o lábio inferior.

MIDORI: Não sei, mas… sabe mana… acho que é melhor a gente sair daqui antes que eles nos achem, não estou muito a fim de falar com o Matsuo.

SOLEDAD: Vamos fazer uma visitinha à May e ao Drew, quem sabe achamos o Max? – ela pergunta com um sorrisinho malicioso, mas Midori olha pra baixo.

MIDORI: Acho que ele já foi… e eu também não estou nem aí.

SOLEDAD: Sei… mas vamos! Quero falar com a minha amiga – ela fala sorrindo. Ambas vão para o hotel do verdinho.

     May estava no colo de Drew, enquanto o mesmo o acariciava lhe os cabelos castanhos. Ela sorriu e apoiou a cabeça em seu ombro. Luna, Yukina e Daisuke haviam sumido para alívio do casal.

DREW: Como é bom ficar assim em paz – ele murmura com os lábios na cabeça dela.

MAY: A gente precisava disso né amor? – ela sorri e se vira, o beijando demoradamente.

DREW: Sim – ele murmura quando seus lábios não estão mais cobertos pelos da morena – e como estamos assim, vamos aproveitar – ele sorri malicioso e a beija novamente, sorrindo durante o beijo, assim como ela.

(La ra ra ra ra)
(la ra ra ra ra)
Keep holding on
Continue aguentando
Cause you know we'll make it through,
Porque você sabe que conseguiremos,
we'll make it through
conseguiremos
Just stay strong
Apenas seja forte
cause you know I'm here for you,
Porque você sabe que estou aqui por você,
I'm here for you
Estou aqui por você

     Infelizmente, a rara paz do casal foi interrompida pela campainha.

DREW: Estava bom demais pra ser verdade – murmura contra os lábios da morena, vendo-a rir.

MAY: Vai atender amor – ela murmura acomodando-se melhor no peito dele.

DREW: Mas para que eu faça isso a morena mais linda desse mundo tem que sair do meu colo né?

     May corou e riu, saindo do colo dele. A campainha toca novamente e Drew suspira. May ri e sente-se ser puxada pela cintura pelo garoto.

MAY: Ei – ela reclama rindo. O sorriso luminoso não saía de seu rosto.

DREW: Se eu tenho que caminhar, você vem comigo – ambos sorriram. Sorrisos bobos que apenas pessoas apaixonadas soltam.

     Caminharam juntos até a porta. Abriram e viram Soledad e Midori sorrindo para eles.

MAY: SOLEDAD! MIDORI! – a morena soltou Drew e as abraçou.

SOLEDAD: May! Drew – ao soltar-se da amiga ela abraça o garoto que sorri.

DREW: Soledad que saudades! E quem é essa menininha aqui? – ele pergunta olhando com um sorriso para Midori.

SOLEDAD: Minha irmã, Midori – a mulher apresentou.

There's nothing you can say (nothing you can say)
Não há nada que possa dizer (nada que possa dizer)
Nothing you can do (nothing you can do)
Nada que possa fazer (nada que possa fazer)
There's no other way when it comes to the true
Não há outro jeito em se tratando da verdade
So keep holding on
Então continue aguentando
Cause you know we'll make it through,
Porque você sabe que conseguiremos,
we'll make it through
Nós conseguiremos

     Eles ficam a tarde inteira conversando. Soledad contou tudo para May quando as duas conseguiram dar uma fugida. May ficou com os olhos bem abertos.

MAY: Estamos no mesmo barco minha amiga! Ex-namorado é um bicho que persegue, nem sabe – ambas começaram a rir.

     Não muito tempo depois, Midori e Soledad foram embora. As coisas estavam melhorando, mas nem por isso estavam bem.

      Yukina, Luna e Daisuke estavam no quarto que pertencia as duas garotas.

YUKINA: Entenderam bem o que devem fazer?

DAISUKE: Eu sim, já a mimadinha eu não sei – ele fala irônico.

LUNA: Mimadinha é a mãe – ela fala com uma veia saindo de sua testa. Incrível como esse moreno consegue irritá-la apenas com poucas palavras… ou um olhar.

DAISUKE: Desculpe, mas não conheço sua mãe – fala irônico.

     Yukina suspira frustrada. Esses dois estavam começando a dar trabalho. Apenas tinha um medo. Luna abandonar Drew por Daisuke. Até um pateta perceberia que ela sentia algo pelo moreno.

LUNA: Nem vai conhecer – fala voltando a fazer as unhas dos pés.

DAISUKE: E eu posso saber o motivo? – pergunta irônico.

LUNA: Não que te interesse, mas só pra você calar a boca, ela morreu ano passado – a voz saiu num sussurro. Yukina a olhou. Eram amigas de longa data. Fora ela quem estivera ao lado da morena quando a mesma perdeu a mãe.

     Daisuke ficou em silêncio apenas a olhando. Ela não era assim tão insuportável como ele imaginara. Até que poderia ser legal, ou não.

YUKINA: Vamos passar o plano mais uma vez – ela fala, fazendo o clima voltar a ser o de antes, mesmo a contra gosto, os mesmos concordam.

(ah ah ah)
(ah ah ah)
(Keep holding on)
(continue aguentando)
(ah ah ah)
(ah ah ah)
(Keep holding on)
(continue aguentando)

     Max chegou em casa, mas não falou com o pai. Apenas subiu para seu quarto e o trancou. Ainda doía. Ficar longe de Midori doía mais do que ficar perto.

     Uma lágrima irritante saiu de seus olhos, irritado ele a limpou. “Chega de chorar” foi o que pensou. Tinha que aguentar. Seguiria sua vida sem as mulheres. Elas apenas o machucavam.

     Suspirou e tomou um banho, depois jogou vídeo game até sua mãe bater na porta.

CAROLINE: Meu amor, venha jantar, temos visita hoje – ela fala sorrindo. Não sabia o motivo de seu filho estar triste, mas daria espaço a ele.

MAX: Tá já vou – ele fala, ainda hipnotizado pela tela da televisão.

    Caroline suspirou e saiu do quarto.

     Depois de passar de nível, Max pausou o jogo e desceu, o estômago estava quase roncando.

NORMAN: Max! Chegou e nem foi falar comigo – ele reclama, abraçando o filho.

MAX: Ai pai eu precisava matar as saudades da Mika – ele fala sentando-se na mesa e começando a se servir.

CAROLINE: Mika? – pergunta com uma sobrancelha erguida.

MAX: É meu vídeo game é uma fêmea mãe. A Mi-ch… Mika-chan – ele olha para o lado. Por que tinham que ter o mesmo apelido?

     Norman e Caroline começam a rir, enquanto Max satisfazia seu estômago o enchendo de massa.

NORMAN: Max não seja mal educado e cumprimente a visita.

     Max olha para a mesa e encontra com os olhos verdes de uma garota. Seus olhos e cabelos tinham a mesma cor. Ao olhá-la ele se lembrou do cabelo de gosma.

There's nothing you can say (nothing you can say)
Não há nada que possa dizer (nada que possa dizer)
Nothing you can do (nothing you can do)
Nada que possa fazer (nada que possa fazer)
There's no other way when it comes to the true
Não há outro jeito em se tratando da verdade
So keep holding on (keep holding on)
Então continue aguentando (continue aguentando)
Cause you know we'll make it through,
Porque você sabe que conseguiremos,
we'll make it through
Nós conseguiremos

MAX: Prazer – ele fala sem dar muita atenção e volta a comer.

?: Prazer… meu nome é Rana – ela fala corada, ato que passou despercebido pelo moreno.

MAX: Sou o Max – ele fala voltando a comer.

NORMAN: Como o meu assistente foi supervisionar a irmã, coisa que não funcionou muito bem, visto que ela está namorando, tive que contratar outra não é mesmo – fala irônico. O problema é que ainda não havia engolido o namoro da filha.

MAX: É tanto faz. O Daisuke-nii-san assumiu o meu lugar lá. Logo o namoro da May acaba e ela liga pedindo pra gente ir buscar ela. Ela falou que ia vir pro meu aniversário – ele deu de ombros. Pensar em Larousse o fazia lembrar de Midori… na verdade, tudo o fazia lembrar da garota.

CAROLINE: May deve estar irritadíssima com o Daisuke lá – comenta fazendo uma negação com a cabeça e sorrindo.

MAX: O cabelo de gosma que se vire – ele deu de ombros – foi ele quem quis namorar a May em primeiro lugar. Ela agora é problema dele e ele que se vire com as crises emocionais dela – ele deu de ombros, voltando a comer. O estômago já estava melhor, agora faltava a dor no coração passar.

     Rana riu do modo como ele falou e só então Max se tocou de uma coisa.

MAX: Ah! Foi mal aí, eu chamo ele de cabelo de gosma, mas o seu cabelo é legal, mesmo que tenha a mesma cor, mas… é que sabe…

     Ele começou a ficar todo sem jeito e a menina riu.

RANA: Não se preocupe Max-kun. Não me ofendi.

     Ele ignorou o Max-kun. Não iria se envolver com nenhuma menina. Pelo menos por enquanto.

Continua…


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Notas finais do capítulo

Estamos chegando as emoções finais!!!