POV Finnick Odair

Eu e Clove estávamos conversando sobre alguns assuntos.

– Eu já estou agoniado de ficar nesse lugar – Eu falei.

– Você veio até aqui, agora vai ficar até o fim – Clove disse.

– Nós dois não podemos nos gabar por ter chegado até aqui, pois nossos medos ainda nem vieram – Eu disse.

– Pior que é verdade, ninguém do nosso grupo conseguiu superar seu medo – Clove falou.

– Mas nós vamos tentar, né? – Eu disse.

– Claro! E vamos conseguir – Clove falou.

– Isso aí! Pensamento positivo sempre! – Eu falei.

– Lá vamos nós de novo, agora só vai ser eu ou você – Clove falou quando chegamos perto de uma porta onde sabíamos que ia ocorrer um medo ali.

Abrimos a porta e entramos em um grande salão que parecia uma praia. Tinha areia e um lago enorme.

– Uau – Disse Clove.

Eu fiquei bem atento, eu não tinha medo de água, pelo contrário. E pela cara da Clove ela não tinha medo também.

Então eu avistei uma garota de cabelos escuros e de biquíni correndo em direção ao lado. Annie, eu pensei.

“Annie” correu animadamente para a água e começou a nadar quando de repente ela começou a se afogar e eu comecei a ficar desesperado. No fundo eu sabia que não era a Annie, mas só da garota parecer com ela eu já fiquei muito nervoso.

– Eu não posso deixar ela se afogar – Eu disse.

– Finnick, isso é de mentira, ela não está se afogando de verdade, apesar de fingir muito bem – Clove falou.

– Mas eu não consigo Clove, eu estou tão nervoso que eu estou enxergando a Annie no lugar dela – Eu falei.

– Ela pode ser parecida com a Annie, mas não é ela – Clove disse bem rude – Pensa comigo, a Annie faz parte do time de natação da escola, ela nunca iria se afogar.

– Ela poderia prender o pé em algum lugar – Eu falei.

– Finnick, o cronômetro está marcando dois minutos, aguenta aí – Clove disse.

– Me desculpa Clove, mas só de pensar na Annie correndo perigo de vida... – Eu disse – Eu vou ter que te deixar sozinha.

– Não! – Clove gritou.

Mas então eu já estava quase entrando na água, quando eu coloquei meus pés na água dois homens vieram me tirar da casa do terror e eu deixei Clove sozinha.

POV Percy Jackson

– Para de me irritar Percy – Thalia gritou.

– Desculpa Thalia, mas eu preciso irritar alguém, estou ficando cada vez mais com fome e isso me deixa chato, fazendo irritar as pessoas – Eu disse.

– Eu percebi – Thalia disse.

– Será que estamos chegando ao fim? – Eu perguntei.

– Provavelmente, pois só falta o seu medo – Thalia me disse.

“E isso me deixa ainda mais nervoso”, eu pensei, mas não disse isso a Thalia.

– Se prepara Percy – Thalia falou.

Realmente havíamos chegado a uma porta e eu abri, tentando ser o mais rápido possível, mas quando entrei e as luzes se acenderam eu nunca pensei que o meu medo seria tão horrível e o pior de tudo é que meu medo veio de cara, ele não apareceu um tempo depois como o dos outros.

Até Thalia quase soltou um grito de susto, meu medo era horrível. No centro da sala estava uma garota (ou uma boneca em forma humana) idêntica a Annabeth, mas ela estava deitada no chão, imóvel. Ela estava bem branca e com olhos fechados.

A imagem de Annabeth sem vida me deixou completamente apavorado e eu não pude evitar chegar perto dela. Ajoelhei-me ao seu lado e vi que havia um bilhete em cima de seu corpo. Peguei o bilhete que dizia: “Amo você, seja feliz”.

– Percy, deixa isso aí – Thalia falou arrancando o bilhete das minhas mãos.

Uma lágrima correu pelo rosto e acho que Thalia percebeu isso.

– Essa não é a Annabeth, você precisa seguir em frente – Thalia disse.

Eu estava tão apavorado e triste que eu nem me movia direito.

– Percy, se você não se mover em exatamente um minuto, você vai ficar aqui e não vai encontrar a Annabeth depois como um vencedor – Thalia falou – Você precisa sair daí.

Ela tinha razão, aquilo realmente não era verdade, mas me chocou. Levantei e saí dali com Thalia.

Saímos da sala e a porta se fechou, Thalia me deu um abraço.

– Isso aí Percy, agora ganhei um novo respeito por você – Thalia falou e se afastou de abraço – Eu tenho certeza que o seu medo foi o pior de todos, até mesmo pior que o meu, até eu fiquei chocada.

– Valeu Thalia – Eu agradeci e então nós continuamos andando.

Durante todo o caminho eu tentei não pensar na cena que vi antes.

POV Clove

Já era ruim andar na casa do terror, o pior era andar completamente sozinha. Eu não ligava para os vultos e personagens de filmes de terror que apareciam ali, mas assim mesmo era muito ruim andar sozinha.

Mas ficar sozinha tinha uma vantagem, ninguém iria ver o meu medo, pelo menos não comigo, talvez eles vissem em uma televisão ou algo do tipo no local onde eles estavam quando haviam saído.

Entrei então na que eu esperava ser a última sala e vi que ela parecia uma cela de cadeia. De repente várias pessoas apareceram, todas conhecidas minhas e elas começaram a me acusar de várias coisas e eu não havia feito nenhuma delas. Comecei a ficar nervosa, meu medo era ser acusada por algo que não fiz e aquilo havia se tornado realidade.

Para piorar, aquele cronômetro ridículo começou a apitar seus mesmos três minutos de sempre e eu vi que havia dez chaves para eu tentar sair da cela. Imediatamente peguei a primeira chave e tentei abrir a cela, mas enquanto eu tentava abrir a cela, as pessoas continuavam me acusando e enchendo a minha cabeça, o que tornava mais difícil eu tentar sair dali.

Um minuto e então eu abri a cela, saí correndo no meio de todos os conhecidos que estavam ali e abri a porta, saindo daquele lugar e superando meu medo, assim eu teria que continuar andando sozinha até o fim.