As Criações escrita por Sky Salvatore
Notas iniciais do capítulo
Hoooy !
Desculpem a demora, espero que gostem >
Boa Leitura
POV Theo
Não havia nada que eu pudesse fazer por ela. Por isso disse o que disse, tinha que ser convincente o suficiente para que ela acreditasse que eu não me importava com ela mesmo que isso fosse a pior mentira de todas.
Minha vontade foi de bater naquela mulher até que ela soltasse a minha Tessa, mas se eu fizesse isso eu morreria, ela morreria e Lize consequentemente também morreria. Eu tinha que ser esperto, pensar com calma.
Tessa podia me odiar pensando que eu a tinha abandonado, mas seria melhor assim. Eu teria tempo de pensar em algo que tirasse todos nós daqui.
Rafaela colocou a mão no meu ombro depois que eles a levaram.
–Sinto muito, Theo – disse ela – Nós vamos tirar Tessa de lá.
–O problema é como faremos isso – reclamei.
–Eu não sei, temos que informar os outros recrutados – falou – Eles viram buscar outros e nós sabemos que isso existe. Eles vão matar todos eles Theo, nós sabemos disso.
[...]
Conseguimos ajuntar todos os recrutados no auditório. Eles estavam preocupados querendo saber o que estava acontecendo. Adam e Cassandra já tinham sido informados sobre o assunto e consequentemente descobriram sobre o Aska.
–É de extrema importância que vocês nos escutem com atenção – anunciei – A intrépida Tessalha, que todos conhecem por Tessa, foi levada hoje pelo governo como muitos viram.
Barulhos e comentários cobriram o auditório. Rafaela pediu silencio.
–Muitos foram testados e taxados de “As criações perfeitas” o governo reconstruiu os nossos cérebros. Não são todos, mas a maioria de nós é assim – disse – Tessa era assim, e por conta dos remédios e testes desenvolveu poderes paranormais. Sabemos que outros de vocês também desenvolveram. E eles estão vindo amanhã descobrir quantos são e vão leva-los.
Novamente ouve-se barulhos. Muitos ficaram pálidos, a maioria da leva de recrutados desse ano tinha desenvolvido isso. Alguns já choravam. Não havia nada que nós pudéssemos fazer.
–Não podemos fazer nada – disse Adam – Nunca trabalhamos esse lado de vocês, não sabemos se dá para esconder. Caso contrário não resistam, se entreguem...
–...E nós vamos tirar vocês de lá – completou Rafaela – Nós somos mais que uma equipe, somos a família de muitos que já perderam os parentes queridos. Nós vamos ajudar.
–É para nós nos entregarmos para a morte? – pergunta alguém.
Nós nos olhamos e concordamos.
–Nós sentimos muito – disse saindo do palco.
Agora eu só precisava ficar sozinho. Me sentei em um canto qualquer com a cabeça baixa. Eu não sabia como ajudaria Tessa, mas ajudaria mesmo que isso custasse minha vida.
Pensei em Lize e se ela estava bem.
–Theo – chamou-me alguém.
Levantei o rosto e tive a visão de Rachel ao lado de Aylin.
–Sei que isso vai parecer estranho mas, Regina disse que você precisa ver uma tal de Lize o mais rápido possível – disse Rachel – Parece que ela está muito mal.
–Como sabe sobre Lize?
–Regina é minha tia – explicou ela – Recebi uma carta hoje de manhã, ela me pediu para lhe avisar.
–Ela está doente ou algo assim?
–Parece que sim – disse ela – Não sei direito Theo, sei apenas que ela está mal. Quem é Lize?
Olhei para os lados e suspirei. Se a Tessa confiava nelas, eu devia confiar também.
–Vocês tem que me prometer que ficarão em silencio ou eu mesmo mato as duas – digo – Ela é minha irmã.
–Acha que quero que você espalhe que Regina é minha tia? Ela está na cidade errada, ninguém pode saber – reclamou Rachel.
Passei as mãos no cabelo. Eu não sou médico, não posso ajudar. Ela era uma Lakning não deveria ter ficado tão doente, deveria ter curado a si mesma, mesmo não sabendo de isso era possível.
–Como eu vou ajudar Lize? – perguntei para ninguém em especial.
–Eu...Eu posso ajudar – disse Aylin – Posso tentar curar sua irmã.
–Você é uma...
–Lakning?
Ela concordou. O mundo realmente é cheio de surpresas.
–Precisamos ir para Sidartha, vou falar com Rafaela – digo – E vocês duas vem comigo.
[...]
Rafaela arrumou um jipe para nós irmos, demoramos cerca de dez minutos e estávamos em Sidartha. Seguimos sem grande trocas de palavras, quando chegamos ao estúdio de Regina todos descemos.
–Rachel – disse ela abraçando a garota – Vejo que deu meu recado.
–Como está Lize?
Regina convidou a todos nós para entramos, nos levou até o quartinho nos fundos. Assim que abrimos a porta meu coração palpitou. Lize estava quase imóvel na cama, branca como um cadáver e com manchas vermelhas na pele.
–O que é isso? – perguntei baixo.
–Theo – murmurou Lize.
–Oi pequena – digo me abaixando na cama.
Ela parecia bem mais doente do que parecia estar. Quase morta.
–Você voltou – disse ela alegre.
–Eu prometi, não foi?
–Claro que foi – sorriu – Onde está a Tess?
Engoli em seco, não imaginei que ela fosse me perguntar aquilo.
–Ela...Ela não pode vir – é tudo que digo.
–Ela está morta? – choramingou.
Ainda não, penso de forma macabra.
–Não, Lize ela está bem – minto.
–Queria vê-la, pode dizer que mandei um beijo?
–Claro – sorrio.
Me levanto e olho para Regina.
–O que há de errado?
–Provavelmente é um soro do governo. Por isso ela não foi morta como seus pais, o governo injetou algo que fez com que ela ficasse doente assim tão rapidamente. Ela não está se curando, eu não sei o que há de errado.
Olhei para Aylin e ela já sabia o que fazer, abaixou-se e ficou na altura de Lize.
–Oi Lize – disse Aylin – Eu sou a Aylin, acho que posso lhe ajudar. Você me deixa te ajudar?
–Oi – murmurou minha irmã – Você amiga da Tess?
–Sim, eu sou – sorri.
–Então pode, pode me ajudar.
Aylin colocou a mão nos ombros de Lize, uma luz divina ficou contornando as duas. Uma luz azul clara e suave. Mas, ao contrário do que sempre acontecia Lize não começou a se curar. Ficou melhor do que estava mas, não curada.
–O soro atinge o sistema nervoso – diz Aylin – Curei apenas parte dela, não sei porque isso não aconteceu. O remédio é muito forte. Eu teria que fazer isso umas duas vezes por semana até que adiantasse.
Não tive o que dizer. Nada a declarar. Minha irmã estava morrendo. E eu não podia deixar isso acontecer.
–Talvez haja um antidoto, algo do gênero – sugere Rachel.
–É pode ser isso – digo – Vocês duas fiquem aqui, é bom que fiquem longe da confusão. Rafaela vai apagar o nome de vocês como recrutadas, ou sei lá eu dou meu jeito.
[...]
Voltei para a Cúpula. Procurei por Rafaela em todos os lugares, até que finalmente a encontrei no refeitório com Adam e Cassandra. Expliquei para ela a situação a mesma disse que procuraria algo que combatesse o soro do governo e concordou em “assassinar” Aylin e Rachel sendo assim elas não precisariam estar aqui.
–Acha que a Tessa está bem? – pergunto a ela.
–É para mim ser sincera ou mentirosa?
–Sincera
–Acho que ela está pior impossível.
No fundo eu também acho isso e sinto raiva por não conseguir ou por não ser capaz de fazer absolutamente nada por ela.
–Eles não irão matá-la – diz ela – Disso você pode ter certeza
–É o que eu espero.
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