As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 12
Capítulo 11 - A Garota Perfeita ?


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia Seus Lindos ;3

Não iria postar hoje mas, a linda da Nayara Fernandes me presenteou com uma recomendação linda. Esse capítulo é dedicado a você fofa ;3

Antes que vocês falem dos erros quero dizer que estou passando por um problema, só consigo escrever no passado e agora só no futuro. É confuso eu sei, mas até eu me acertar me desculpem qualquer erro.

Boa Leitura ♥



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Sábado nunca havia chegado tão rápido. Levantei cedo, ainda não eram nem ao menos 5 horas. Tomei um banho, amarrei meus cabelos em uma trança e coloquei meu macacão.

Tentei sair sem fazer barulho para não acordar as meninas, mas chutei um baú sem querer e obviamente escutei alguns palavrões logo cedo. As ignorei e saí tranquilamente.

Não sabia onde Theo me encontraria, por isso me sentei em um banco do lado de fora do meu dormitório. O dia ainda não tinha amanhecido direito por isso eu estava bocejando a todo momento, estava ventando muito e isso me fez abraçar meu próprio corpo para me esquentar.

Logo ele apareceu. Estava perfeitamente vestido de negro, usava um conjunto de agasalho de mesma cor. Estava com seus cabelos arrepiados e sorria como se isso fosse hora de estar acordada.

–Bom dia – disse ele alegre.

–Vamos acabar logo com isso – respondi mal humorada.

–Como quiser – sorriu

Andamos até a pista de corrida que ficava na extremidade direita da Cúpula, o tempo não ajudaria a correr mas, ao menos não começaríamos nadando.

Chegamos a pista, ela deveria ter mais de 10 km por toda sua extensão.

–Bem Tessa, você vai fazer essa pista de 12,5 km no menor tempo que você conseguir – disse Theo – O recorde nos intrépidos é de 10 minutos.

Eu precisaria de 10 dias, pensei. Correr não era meu forte.

–Está bem – concordei.

–Vou marcar seu tempo, está pronta?

–Estou – respondi.

Me posicionei na largada, me concentrei teria que fazer direito se quisesse ir embora. Meu corpo parecia ter recebido adrenalina, sentia como se eu pudesse dar a volta ao mundo correndo.

Theo apitou e eu saí correndo, meu corpo parecia ter combustível para correr. Meus pés não doíam, o que me impulsionou para continuar correndo desesperadamente.

O vento batia em meus cabelos, mas não tive tempo de sentir frio. Por isso continuei correndo, sem parar. Era uma sensação libertadora. Algo estava muito errado comigo.

Iria continuar correndo se as mãos de Theo não tivessem me parado e fixado meus pés no chão.

–Acabou? – perguntei ofegante.

–Acabamos a duas voltas atrás.

Só agora havia notado que Theo tinha uma prancheta nas suas mãos.

–Duas voltas?

–Exato, acho que você gosta de correr.

–De qual foi meu tempo?

–Vamos fazer todas as atividades e eu lhe digo no total. Pode ser?

–Pode – concordei.

Theo não disse nada e eu apenas o segui. Estávamos naquele campo em que fizemos a simulação. Eu teria que escalar a parede novamente, ao menos foi isso que eu pensei.

–Aqui nós temos duas provas – disse Theo – Quero ver sem a arma de quanto tempo você precisa para escalar duas vezes o muro, desce e sobre. E depois vamos ver como está o seu tiro ao alvo com fechas e com a arma de fogo.

–Odeio esse muro – constei.

–Você odeia muita coisa – deu risada.

Ficar de mau humor perto do Theo agora parecia impossível.

Logo fui até a corda me posicionando na sua extensão, olhei para cima e a parede pareceu bem maior do que da última vez que eu a escalei sem sucesso algum. O muro deve ser de mais de 8 metros. Mas, eu subiria.

Agarrei-me a corda e quando escutei o apito do Theo comecei a subir. Como algo fora do comum da humanidade, logo eu estava do outro lado pronta para subir novamente. E foi o que fiz. Subi novamente e diferente do outro dia caí perfeitamente parando na frente de Theo.

–Uau – disse ele – Muito bom.

–Quanto tempo?

–No final, está lembrada?

–Sim, senhor – reclamei e ele riu.

Theo me deu o arco e flecha, logo alvos apareceram na nossa frente. Eram as réplicas exatas de um ser humano.

–São três fechas e três tiros, para ser perfeito tem que ser um fatal na cabeça, um paralisador nos joelhos e um de pouco impacto no braço. Poucos conseguiram acertar. Com a flecha é o mesmo esquema. Pronta?

Armas e flechas eram mais minha praia, eu gostava de ter esse poder em minhas mãos.

Mirei nos alvos e com precisão acertei o primeiro tiro na cabeça. Minha vista parecia estar em alta definição eu conseguia ver os mínimos detalhes nos bonecos. Não foi difícil acertar os outros dois tiros e as flechas, na verdade tinha sido bem fácil.

–Perfeito – aplaudiu Theo – Vamos para uma das últimas fases.

Andamos até um dos campos afastados, era uma espécie de deposito. Entramos e percebi que ali ficava a piscina coberta. Havia nadado apenas uma vez na minha vida, quando fui ao governo.

Theo andou até um canto e pegou uma sacola, logo ele me jogou.

–O que eu faço com isso? Jogo em você?

–Se quiser ficar sem os dentes pode fazer isso – disse Theo – Mas, caso não queria vá se arrumar, aqui estão suas roupas de nadar. Vamos treinar e ver o quão rápida você é na água.

Resmunguei algo e fui até o vestiário que ficava na porta azul a direita. Entrei nele, o espaço era grande, haviam armários, chuveiros e tudo era feito de pisos.

Abri a sacola que eu tinha ganhado e olhei dentro, havia um maio e uma toca de plástico. Tirei rapidamente meu macacão e coloquei o maio preto. Minhas curvas ficaram estreitamente marcados e meu busto ficou visível a quilômetros de distância. Tentei colocar meus cabelos na toca, e fiquei parecendo um ovo.

Olhei-me no espelho. Eu não iria JAMAIS sair daqui.

–Céus Tessa, precisa de quanto tempo para colocar uma roupa como essas? Isso nem é uma roupa de verdade.

–Não quero sair daqui – reclamei.

–Qual é, temos que começar isso logo – disse.

–Não, a resposta é não

–Não me faça ir buscar você aí.

Bufei irritada e sai do vestiário. Assim que me viu Theo abriu um sorrisinho sem vergonha no canto dos lábios, fiquei um pouco vermelha. Ele não estava me olhando como meu treinador, e sim como outra coisa qualquer.

–Não achei que ficou tão ruim assim – disse Theo sorrindo – Nada ruim, mesmo.

–Cala a sua boca – reclamei novamente – Eu estou parecendo um ovo.

–Um ovo bonitinho se posso lhe dizer – sorriu.

–Seu idiota, o que eu tenho que fazer?

–Quero ver se é tão rápida na água quanto na terra – deu de ombros.

Fiquei de pé na largada. Assim que ele apitou eu caí na água. Uma entrada perfeita eu diria. Meu corpo inteiro ficou molhado apagando parte do frio por ser uma piscina aquecida. Nadei o mais tradicional possível, mas como nas outras modalidades eu fiz com perfeição.

De repente Carolyn apareceu nadando no meu lado, um desespero súbito invadiu meu corpo. Ela sorria de uma forma macabra e de um jeito sombrio. Esticava a mão para me tocar. Comecei a nadar mais rápido.

Não conseguia sair da piscina, ela puxava o meu pé para baixo para que eu morresse afogada. Theo vendo que eu não estava de graça, puxou-me para fora da piscina com força.

Assim que ele me puxou Theo caiu no chão e consequentemente eu caí por cima dele. Meu corpo molhado estava sob o corpo quente de Theo.

–Está sempre caindo? – perguntou ele sorrindo.

–Acho que tenho péssima coordenação motora – sorri de volta.

Nós nos levantamos.

–Vá se arrumar, está muito frio – orientou – Nós vamos tomar um café e eu passo a você seus resultados. Pode ser?

–Porque você pergunta se pode ser se você iria me obrigar a ir do mesmo jeito?

–Caso estejamos sendo gravados, quero que pensem que uso do livre arbítrio – brincou – Vamos, estou com fome.

–O café é só daqui uma hora – disse.

–Para os outros, para nós... Vai Tessa, apenas se arrume por favor.

–Está bem.

Andei para dento do vestiário novamente, tomei um rápido banho para tirar o cheiro de cloro do corpo. Molhei meus cabelos usando os produtos que me tinham ali disponível.

Dentro da sacola havia uma toalha, me sequei e coloquei minha roupa. Dentro dela também havia outro macacão e uma muda de roupas intimas. Penteei meus cabelos e os deixei soltos por estarem molhados, o ruivo agora parecia marrom.

Coloquei minhas coisas no depósito de roupas sujas e saí do banheiro. Theo me esperava como imaginei, nós caminhamos em silêncio até o lado de fora do ginásio.

Caminhamos até o castelo, Theo o abriu e andamos até os fundos e depois subimos alguns lances de escada. Chegamos a uma espécie de jardim, havia uma mesa e duas cadeiras e várias árvores, banquinhos de ferro e flores coloridos. Daqui de cima era possível ver a Cúpula inteira.

–Uau, aqui é lindo – constatei olhando a minha volta – Porque nunca nos trouxe aqui?

–Porque é um lugar de descanso para os líderes e não recrutados.

–O que faço aqui então?

–Você vai parar de fazer perguntas e tomar café, pode ser?

–Sim senhor – sorri.

Na mesa havia frutas, pães e sucos. Queria saber como ele tinha subornado a cozinheira para conseguir tanta comida antes do horário. Começamos a comer, nós dois estávamos mesmo com fome. Não demorou muito e tínhamos acabado com tudo.

–Você come demais para uma garota – brincou.

–Você que come pouco para um garoto – sorri – Agora vamos me diga meus resultados.

Theo pegou sua prancheta e me olhou.

–Você foi perfeita – disse Theo – Uma garota perfeita.

–Quais foram os resultados?

–Da corrida foi em 6 minutos duas voltas, no arco e flecha e a arma você acertou com precisão em todos os lugares propostos e na água você foi ainda mais rápida com 34 segundos.

Fiquei olhando-o perplexa. Como eu tinha sido tão rápida? Eu não era boa atleta.

–Você é uma recrutada perfeita, não há erros nas duas performances.

–Ninguém pode saber disso Theo – afirmei.

Ninguém aqui sabia sobre minha estadia no governo, talvez Rafaela soubesse mas, os outros não. Os arquivos eram estreitamente proibidos.

–Você se encaixaria em todos os grupos – afirmou.

–Não, Theo não quero isso – disse tentando parecer tranquila – Me deixe apenas na luta e isso basta.

–Você é cheia de segredos – sorriu – Gosto disso.

Abri um sorriso cínico também.

–Promete me colocar apenas na luta?

–Prometo Tess.

Ficamos nos olhando, céus esse garoto tinha que parar com isso.

–Porque me chama de Tess? Há alguns dias atrás só me chamava de Tessalha.

–Primeiro eu não sabia que seu apelido era Tessa. Já se ouviu falando Tess? É um nome que da cocegas na língua, tão gracioso e forte ao mesmo tempo e combina tanto com seus olhos. Tess, perfeito. Quatro letras ótimas para chamar alguém.

–Não gosta que eu lhe chame assim?

Não, eu adoro na verdade – pensei.

–Não é isso, é que só minha irmã me chamava assim.

–Ela tinha bom gosto. Fico feliz que não se pareça com ela.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ?