Destiny escrita por Strife


Capítulo 45
Bem-vindos


Notas iniciais do capítulo

Finalmente apareci kkkk
Sem mais, boa leitura!



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Eu já estava com quase nove meses, e não, os gêmeos não nasceram precocemente aos sete. Pelo menos ainda não, porque ainda existe essa possibilidade, já que ainda não estou com os nove meses completos...

E graças a isso, parece que todo mundo decidiu me vigiar, com a desculpa de que, caso eu entre em  trabalho de parto, eu não esteja sozinha, então eles revezam a vigia, seja me ligando, mandando mensagem ou até vindo aqui em casa. Era bom ter a companhia de todos, mas às vezes eu só queria deitar e dormir por longas horas, mas, infelizmente, quando não era o desconforto de achar uma posição para deitar, era alguém me visitando.

E geralmente as pessoas envolvidas eram minha mãe, minha sogra, minha melhor amiga, meu cunhado... Um grupo bem grande e barulhento.

— Boa noite. -meu marido finalmente chegou do trabalho.

Ele entraria de férias em menos de uma semana, véspera do nascimento dos gêmeos.

— Oi. -suspirei.

— O que foi? Não se sente bem? -se sentou ao meu lado no sofá da sala.

— Cansaço, como sempre. Esses dois não me deixam dormir. -choraminguei.

— Vocês não deixaram a mamãe descansar de novo? -se ajoelhou à minha frente, encostando a boca na minha barriga e, como resposta, recebi um chute.

— Ally, eu sei que você é a mais animada aí, mas siga o exemplo do seu irmão um pouco. -outro chute.

— Ela quer destruir minha coluna antes de sair.

— Eles dois, no caso. Esse agora deve ter sido o Thony. Olhem, o papai ama vocês, e conversar é muito divertido também, mas fiquem quietinhos um pouco, ok? A mãe de vocês está com uma cara realmente péssima.

Dei um tapa em seu braço, e ele sorriu antes de ficar em pé novamente.

— Vou tomar um banho e desço para jantar. -me beijou antes de subir para o quarto.

Decidi ir fazer uma sobremesa, aproveitando que estava com vontade de comer algo doce.

Quando coloquei meu mousse de morango no congelador, o moreno apareceu na porta da cozinha, usando uma calça folgada de moletom e uma regata.

— Demorei?

— O bastante para eu fazer minha sobremesa. -sorri e o beijei.

— Já disse que não é pra você ficar se esforçando...

— Ainda falta uma semana para o parto, e isso não é esforço, é minha sobremesa!

— Certo. -sorriu- Eu estou morrendo de fome.

— Vou pegar os pratos. -e fiz isso antes dele conseguir dizer algo.

Sim, o Dylan estava incluído no meu grupo de vigia, até por que ele era o único comigo quando todos os outros me deixavam em paz.

Minha cesárea estava marcada para 15 de julho, daqui a exatos sete dias. Seria um parto sem dores e gritos, graças a Deus, eu estava com medo que tivesse que passar horas fazendo força e aguentando as dores, ainda me lembrava claramente do nascimento do Leo, e digamos que a Sam gritou tudo que estava sentindo até ele sair de dentro dela. Não é uma experiência muito agradável, se querem saber.

Enquanto comíamos, aproveitamos para discutir o que faltava para quando os gêmeos nascessem, como, por exemplo, o fato de eu ainda não ter decidido a saída de maternidade deles.

— Por que não aqueles macacões vermelhos? -sugeriu.

— Você adora essa cor, não é?

— Acho que sim. -sorriu.

— Tá, pode ser esse. Vamos levar os sapatinhos vermelhos que a mamãe deu, e você poderia comprar uma tiara para a Ally?

— Eu que vou escolher?

— Acho que você consegue fazer isso, Dylan.

— Ok. Eu compro.

— Lava a louça do jantar também?

— Ok. -suspirou.

Às vezes eu sentia pena de explorar o Dylan quando ele estava em casa, até porque ele passava o dia fora, no trabalho, e quando chegava ainda me ajudava com as tarefas de casa.

Bom, em parte a culpa era dele por estar sendo tão protetor conosco. Mas ok.

Meus pés estavam me matando hoje. Sinceramente, não vejo a hora desses dois nascerem.

Continuamos conversando enquanto ele lavava a louça do jantar e eu saboreava o meu mousse que, sim, tava ótimo!

— Não vai querer? -ofereci.

— Só um pouco.

— Então se sirva que eu vou assistir uns episódios. -fiquei de pé.

— Ainda continua assistindo Pokémon? E por falar nisso, esse desenho não tem fim?!

— Parece que não. -ri, indo para o sofá.

...

Acordei com o Dylan me chamando para ir dormir no quarto. Parece que eu dormi no começo do segundo episódio.

Aceitei sua ajuda até o quarto, onde não consegui dormir direito pois os gêmeos resolveram dar o ar da graça no meio da madrugada.

— Bom dia. -murmurei, indo para o banheiro.

Tomei um banho quente na banheira, aproveitando que ainda eram 5:30 da manhã e o Dylan só levantava às 7:00.

— Vocês não podem ficar quietos não? Minhas costas doem. -reclamei, mas eles não pararam- Ok, desisto. Vamos procurar comida.

Vesti a roupa mais confortável que eu achei, uma calça de moletom e uma camiseta do Dylan, e fui fazer o café da manhã.

— Bom dia, meus amores. -um moreno sorridente e com os cabelos molhados veio até mim, me beijando rapidamente.

— Seque esses cabelos antes que pegue um resfriado.

— Certo. -acariciou minha barriga enorme antes de sumir dali.

Fui me sentar no sofá, e assim que o fiz, ouvi meu celular tocar ao longe. Só pode ser brincadeira! Acabei de me sentar!

— Fala. -resmunguei pra quem quer que fosse na linha.

— Quem é a barrigudinha mais linda?

— Espero que seja algo muito importante pra você me ligar a essa hora.

— Mau humor matinal, Sophie? -riu.

— Fala logo, Dean.

— Quer ir a um encontro comigo?

— O quê??

— O que me diz? Topa?

— Primeiro precisa me dizer pra onde, o quê e por quê. -confesso que fiquei interessada- E, mais importante, o que eu ganho com isso.

— Quero que vá a uma sessão de fotos comigo.

— Como é? Pra quê?

Não sei o por quê de tanto estranhamento, pois o Dean era fotógrafo de uma agência, e até modelo nas horas vagas.

Na verdade, sei sim. É por quê ele está me chamando.

— Vamos tirar umas fotos para a divulgação de produtos de maternidade, e a nossa modelo não pôde comparecer e avisou em cima da hora, diga-se de passagem. E como você é a grávida mais linda que eu já vi, achei que seria uma boa pedir sua ajuda. Topa?

— Acho que eu não ficaria bem em nenhuma foto.

— Claro que sim. Você é linda!

— Está me elogiando demais, não acha? -desdenhei.

— Quem está cantando a minha esposa a essas horas? -o Dylan apareceu, com uma sobrancelha arqueada, me beijou e sentou ao meu lado.

— Seu irmão. -ri.

— Dean, ela é só sua cunhada, ok? -gritou próximo ao celular.

— Me ajude a convencer essa ruiva! -o outro fez o mesmo.

— Parem de gritar no meu ouvido! -reclamei- E eu estou com muita preguiça pra ir tirar foto pra você, Dean.

— Eu gostaria de aproveitar e tirar as últimas fotos para seu book, Sophiezinha.

Sim, eu estava registrando toda a gravidez. Já que seria a primeira e última.

— Sendo assim, por que não? -meu marido comentou.

— Como fica meu pagamento?

— Então você vem? -falou todo animado.

— Espera aí, eu...

— Passo aí daqui uma hora. Esteja pronta! Amo vocês. -e desligou.

— Apressado que nem o irmão. Espero que meus filhos não herdem esse lado. -suspirei, acariciando um calombo que se formou na minha barriga depois de um chute.

— Nossos filhos, sua ruiva chata! -me puxou para um beijo antes que eu pudesse reclamar.

— Vai trabalhar e me deixa em paz!

— Certo -suspirou- Fui expulso pela minha própria esposa...

— Dramático! -joguei um travesseiro nele, mas apenas bateu na porta já fechada.

Depois disso fui me vestir e esperar pelo Dean. Mas afinal, que tipo de roupa eu uso?

— Sophie? -olhei para o moreno.

— Que roupa eu uso?

— Qualquer coisa confortável pra você. Lá vai ter as trocas de roupa, e... Bom dia, amores do tio! -acariciou minha barriga, dando beijinhos.

— Ai, ai. -reclamei quando os dois cumprimentaram de volta.

— Está com dor? Se quiser desistir eu vou entender e...

— Pegue minha bolsa e vamos, seu chato. -bati em seu braço.

— Mulher violenta. -reclamou, indo fazer o que eu pedi.

O caminho até a agência foi rápido apesar do trânsito, e em todo o percurso o meu cunhado intercalava falar sobre o trabalho e conversar com os sobrinhos.

— É muito divertido falar com eles, apesar de que eles não respondam, claro. -foi o que ele respondeu quando eu perguntei por que ele me ignorava para falar com os bebês.

Entendo perfeitamente, Dean. Eu faço muito isso.

— Essa é a sua cunhada? -uma mulher alta, loira e bem vestida perguntou assim que entramos.

— Sim. Sophie Thompson. -me apresentei antes que ele respondesse.

— Mãe do Anthony e da Allison. -ele completou.

— Gêmeos? Ela está tão linda... -acariciou minha barriga enorme.

— Obrigada. -sorri- Então, o que eu tenho que fazer, exatamente?

— Primeiro, vá se trocar, arrumar os cabelos e a maquiagem, depois vamos começar a fotografar. -uma outra mulher, dessa vez morena e baixinha, me conduziu.

...

— Como estou? -perguntei.

O Dean se virou para mim, arregalando os olhos azuis.

— Nem parece você. -riu.

— Você é um grosso. Mas eu entendo que estou linda demais pra você conseguir comentar algo.

— Exatamente. -piscou para mim.

Eu estava com um vestido longo e branco, aberto na lateral esquerda, que marcava bem o meu busto. Meus cabelos estavam com uma trança e uma tiara de flores, com uma maquiagem leve e uma rasteirinha nos pés.

Logo começamos a fotografar, e no começo eu estava extremamente nervosa, até que o Dean veio até mim, tirando umas fotos pra lá de espontâneas comigo, e eu relaxei mais.

Pedi uma pausa quando senti uma pontada forte na barriga, que me deixou um pouco sem ar.

— Tudo bem? -a loira de hoje mais cedo, Anne, trouxe uma cadeira para mim.

— Sim, foi só uma dorzinha, acontece bastante.

— Como vocês estão? -dessa vez o moreno me trouxe uma garrafa de água.

— Só preciso me sentar um pouco. -acariciei aquela barriga enorme.

Foi difícil tranquilizar o moreno, mas meia hora depois já tínhamos voltado ao ensaio. Depois disso tudo foi mais rápido, então logo começamos o meu book final.

— Você está linda. -falou uma voz atrás de mim.

— Dylan!? -me virei para ele, sorrindo e o beijando.

— Você não achou que iria fazer isso sem mim, achou?

— Pra falar a verdade, sim.

— Sua...

— Então esse é o seu marido? -Anne, veio até nós, acompanhada pelo meu cunhado.

— Sim. -o mais velho respondeu sorrindo.

— Eu pedi pra ele dar uma passada aqui. -o mais novo ficou ao lado do irmão.

— Vocês dois formam um belo casal, aposto que os filhos de vocês também serão.

— Puxando a mim, quem sabe... Mas então vamos terminar logo com isso, porque eu estou cansada e com fome!

— Nossa genética é forte, ruiva. -o mais novo comentou.

— Meu medo é esse. -respondi.

— Vamos começar? -o Dylan segurou minha mão.

— Vocês quem mandam!

(...)

— Tem certeza que vai ficar bem? -o moreno perguntou enquanto calçava os sapatos.

— Absoluta. -peguei sua gravata vermelha.

— Qualquer coisa, me ligue imediatamente.

— Pode deixar. -ajudei-o a vestir.

— Não se esforce muito.

— Dylan, ainda não é dia deles nascerem. -tentei tranquilizá-lo.

Era a tarde de folga dele, mas surgiram uns imprevistos no trabalho e o chamaram em cima da hora para resolver uns problemas com uns projetos em uma cidade vizinha. Ele estava relutante quanto a ir, claramente não querendo me deixar sozinha.

— Eu sei, eu só... Estou preocupado. -suspirou, me abraçando da melhor forma que pode.

— Eu posso ligar, sabia? Não só pra você, mas como pra toda nossa família barulhenta. -retribui.

— Eu amo vocês. -acariciou meu rosto antes de me beijar profundamente.

— Nós também amamos você. Agora vá antes que se atrase.

— Me liga! -gritou antes de sair praticamente correndo.

O que poderia acontecer hoje né?

Dois dias depois da minha sessão de fotos, o Dylan tinha conseguido uma pequena folga, que aparentemente tinha sido arruinada.

...

Resolvi ficar deitada por quê minhas pernas estavam doendo muito e eu de vez enquanto sentia umas dores chatas de cólica, que felizmente passavam rápido.

— Que milagre vocês estarem quietos. -comentei enquanto acariciava minha barriga.

Só percebi que tinha dormido quando acordei sentindo dor no baixo ventre. Fiquei de pé para ir ao banheiro e foi quando tudo aconteceu. Minha bolsa estourou!

— Ok, calma. Respira fundo, Sophie. -tentei me acalmar primeiro.

Fui pegar meu celular que estava no sofá da sala, andando bem devagar, decidida a pesquisar sobre contrações. Pelo visto, as minhas estavam com um intervalo de 15 minutos, então eu ainda não precisaria ir ao hospital. Então fui tomar um banho calmo, vesti um vestido leve, terminei de arrumar as coisas minhas e dos bebês, levei tudo para a sala e fui preparar um lanche.

As contrações estavam cada vez mais próximas e intensas, mas caminhar aliviava um pouco a dor, então foi isso que fiz. Peguei meu celular para ligar pra quem quer que fosse, enquanto dava voltas na casa.

Dylan. Fora de área.

Samantha. Não atendeu.

Minha mãe. Não atendeu.

Minha sogra. Fora de área.

Eu poderia continuar listando todos, mas basta saber que nenhum atendeu. Nenhum! Cadê o pessoal que estava me vigiando justamente para eu não estar sozinha quando isso acontecesse?!

— Ai caralho. -gemi de dor com uma contração- Vou matar o pai de vocês.

Agora eu caminhava bem mais devagar, segurando nos móveis pra não cair quando sentisse dor, enquanto tentava ligar pra alguém. Qualquer um!

Meu celular vibrou na minha mão e atendi antes mesmo de ver quem era.

— Vi que tinha uma ligação sua e...

— Dean -gemi- Vem.

— O que aconteceu? Você está bem? -seu tom de voz tornou-se preocupado.

— Os bebês... -agarrei o estofado do sofá ao sentir dor.

— Ai meu Deus, o que tem eles?

— OS BEBÊS ESTÃO NASCENDO, NINGUÉM ME ATENDE E É PRA VOCÊ VIR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! -gritei tudo de uma vez.

— Certo. -e desligou.

Deixei a porta destrancada só pra não ter que ir até lá quando ele chegasse.

Parece que demorou um século, mas foram menos de 20 minutos.

— SOPHIE! -ele entrou correndo.

— Me ajude aqui. -acenei pra ele, ainda sentada. Aproveitando que as contrações tinham parado um pouco.

— Está bem? Consegue andar? -parou ao meu lado, já com todas as bolsas no ombro.

— Não estou nada bem, estou com dor, e sim, consigo andar. Ligue pra minha médica, por favor. -entreguei meu celular para ele.

Pouco tempo depois já estávamos a caminho do hospital. Eu não aguentava mais o Dean perguntando a cada dois minutos se eu estava bem ou parando o carro sempre que eu reclamava de dor.

— Alô? -respirei fundo, atendendo o celular.

— Está tudo bem?

— Não, Dylan, eu NÃO tô bem. Eu odeio você! Porque não me atendeu?

— Estava fora de área. O que aconteceu?

— Dylan, vá... -trinquei os dentes- Ai caralho! -gritei.

— Sophie? -os dois morenos perguntaram.

— Me desculpe. Os bebês... -respirei fundo- Estão... Nascendo... -repeti- O Dean está comigo, então vá logo pra o hospital.

— O QUÊ!? Os bebês... Eles... Eles estão... Ai meu Deus, você está bem?

— CALA A BOCA, DYLAN, VAI PRA MERDA DO HOSPITAL QUE EU FALO COM VOCÊ LÁ. -e desliguei.

— Coitado do meu irmão.

— Não são vocês que estão sentindo a dor -reclamei- Vai mais rápido, merda!

...

Se eu soubesse, não teria pedido. A minha médica, Dra. Savannah, depois de fazer os primeiros exames, informou que eu estava com seis centímetros de dilatação, os bebês estavam em uma boa posição e o parto seria normal. Normal! Comecei a chorar assim que soube, e até fiquei com pena do meu cunhado que parecia uma barata tonta perto de mim.

— Sophie! -me virei e vi o Dylan e a Sam correndo até mim.

— Por quê demoraram tanto?! -bati no peito dele.

— Por que está chorando, ruiva? -a loira passou uma mão em minhas costas.

— Vai ser um parto normal. -o Dean suspirou, se sentando.

— Vamos, eu tenho que andar pra estimular a dilatação. -segurei um dos braços do meu marido, já sem chorar- O Dean te explica as coisas aí, Sam.

— Não quero passar por isso nunca mais. -ouvi o moreno mais novo choramingando.

Era mais de meia noite quando a médica disse que eu já poderia começar a empurrar. E, depois de todas as devidas preparações, eu e o Dylan seguimos para a sala de parto.

— Não desmaie. -falei para ele, que estava mais branco que papel.

— Não vou. -segurou minha mão.

Dor, dor, gritos, lágrimas, dor e mais dor. Isso resumia bem o trabalho de parto. Eu estava cansada, suada e com dor, mas o choro alto e forte que soou na sala, além de me fazer chorar, me incentivou a continuar.

— Parabéns, papais. É um menino grande e forte! -informou uma enfermeira.

— Nosso Anthony... Eu amo você. -encarei aqueles olhos azuis lindos do homem que sorria para mim.

— Não posso relaxar, ainda tem uma bebê impaciente para sair.

— Você consegue, Sophie.

Apertei a mão do meu marido enquanto colocava força pra o outro bebê sair. E, pela segunda vez na madrugada, ouvi aquele choro forte, dessa vez da minha filha. E acabei adormecendo de cansaço.

...

Sentia meu corpo pesado, e demorou um pouco até que eu abrisse os olhos, encarando o teto branco do quarto. E quando estava mais desperta pude ouvir a conversa dos outros presentes no quarto.

— Eu amo vocês desde o momento que soube da existência dos dois. A mãe de vocês é meio problemática as vezes, mas ela é uma mulher incrível, sabem? -virei a cabeça de modo que pudesse ver o Dylan encarando os berços do hospital- Ela tinha dito que queria que vocês parecessem mais com ela... imaginem a surpresa. -riu.

— Não acredito. -resmunguei.

— Bom dia! -ele veio até mim com um sorriso radiante no rosto.

— Eles estão bem?

— Ótimos! Fortes e saudáveis, segundo a Dra. Savannah, agora você só tem que alimentá-los.

— Me ajude aqui. -pedi e ele me ajudou a me sentar na cama- Traga eles. Quero ver meus filhos.

— Que mãe coruja... Quer os dois?

— Sim. -sorri.

Ele trouxe primeiro a Ally, que tinha um punhado de cabelos negros como os do pai.

— Oi, meu amor. Seja bem-vinda. -sorri para ela, que abriu seus olhos azuis- Parece que você puxou ao seu pai, hein. -beijei seus cabelos.

— Olhe o Anthony. -o Dylan se sentou ao meu lado, com o bebê nos braços.

— Carreguei esses dois por todo esse tempo, e eles se parecem com você. -suspirei.

Thony piscava seus olhos também azuis para mim. Era um bebê gordo e bochechudo. Fiquei encarando ele até que a Allison começou a resmungar no meu colo.

— Ela está com fome. -conclui.

— Eu te ajudo. -ele foi colocar o outro bebê no berço e veio me ajudar com a outra.

Eu já estava dando o seio para o Thony quando um grupo barulhento invadiu o quarto.

— Como eles estão?

— Quero ver!

— Posso pegar?

— Primeiro, silêncio. -o Dylan parou eles no meio do caminho.

— Ok. -pareciam criancinhas sendo repreendidas.

Vi a Sam, Dean, minha mãe e a mãe do Dylan.

— A Saphira e a Alicia disseram que vão pegar o primeiro voo que tiver para cá. -minha mãe informou.

— O mesmo com o Reece e o Noah. -dessa vez foi a Sam.

— Provavelmente vão trazer os outros junto. - o Dean sorriu.

— Posso pegar eles? - Dona Helen, minha sogra, foi a primeira a vir até mim.

— Claro. -ofereci o bebê no meu colo para ela pegar- Diga Oi para a vovó, Thony. 

— Tão lindo... É a sua cópia, Dylan!

— Eu quero também! -foi a vez da Dona Izabella.

— A Ally está no berço, mãe. -avisei.

— São a cara do pai. -meu marido comentou, todo orgulhoso.

— Pelo menos são lindos. Olha essas bochechas do Thony! -a loira foi ver o bebê.

— Se parecesse comigo, também seriam lindos. -resmunguei.

O Dylan veio até mim, sentando ao meu lado, pegou uma mão minha entre as suas e beijou minha testa.

— Estou orgulhoso de você por ser essa mulher forte, linda e maravilhosa, por ter carregado nossos filhos, por ter aceitado aquela minha proposta louca de ser minha namorada de mentira e ter ficado comigo até hoje. Posso passar dias te agradecendo, mas contente-se em saber que eu amo você, e principalmente a família que construímos. Obrigada. -sorriu, me beijando.

— Também estou feliz por termos continuados juntos depois de tanto tempo, por ser a mãe dessas duas crianças lindas e por ter você como meu marido. Amo você, Dylan Thompson. -o abracei.

— Peguem eles. 

Encarei o grupo, que rapidamente nos entregou os bebês, tirando uma série de fotos em família. Logo foram embora quando o Thony ameaçou chorar, dizendo que iriam nos visitar em casa com o resto da família.

— Bem-vindos, meus amores. -beijei a cabeça de cada um dos bebês, vendo o quanto estavam fofos naqueles macacõeszinhos vermelhos, e a Ally com aquela tiara na cabeça.

— Simplesmente perfeitos. -o moreno comentou, pegando a Ally para colocar no berço, depois repetindo o processo com o Thony.

— Sim. -sorri.

— Agora você tem que descançar porque logo, logo eles acordam com fome e amanhã vamos para casa.

— E você?

— Vou ficar de olho neles mais um pouco.

— Obrigada.

— Eu que agradeço, minha ruiva, por ter me feito pai desses dois.

— Só podia ser você.

— Eu sei -desdenhou- agora vá dormir.

— Certo, certo.

Essa era só mais uma fase nas nossas vidas. Nossa família.


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Notas finais do capítulo

Os últimos dos últimos capítulos.
Até o próximo!



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