The Power Of Love escrita por Alice Prince


Capítulo 20
Capítulo 20 O Bicho-Papão


Notas iniciais do capítulo

Gente esse capitulo esta praticamente idêntico ao livro. Por que, eu achei necessário e tudo o mais, apenas tem algumas observações da Alice.

Espero que gostem, isso vai ser mais para vocês lembrarem do livro, mas tudo bem vamos lá.



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POV: Alice

Quando chegamos para nossa primeira aula de Defesa contra as Artes das Trevas, o professor Lupin ainda não havia chegado à sala, então todos nos sentamos, tiramos os livros, penas e pergaminhos da mochila como de costume, e estávamos conversando quando o professor chegou finalmente. Ele sorriu para todos e colocou sua maleta surrada na escrivaninha. Ele continuava mal vestido, mas agora aparentava estar mais saudável do que no dia do trem, era como se ele tivesse comido duas refeições reforçadas.

—Boa tarde —ele cumprimentou—Por favor, guardem todos os livros de voltas nas mochilas. Hoje teremos uma aula prática. Os senhores só vão precisar das varinhas.

Harry, Rony, Hermione e eu nós entreolhamos assim como outros na sala, nós nunca tínhamos tido uma aula prática de Defesa contra as Artes das Trevas, isso ser pela aula que tivemos no ano anterior que o professor soltou aqueles diabretes pela sala toda.

— Certo, então — disse o professor Lupin, quando todos estavam prontos. — Queiram me seguir.

Estávamos muito intrigados, mas interessados, nos levantamos e o seguimos para fora da sala. Ele nos levou por um corredor deserto e virou um canto, aonde a primeira coisa que vimos foi o Pirraça, o poltergeist, flutuando no ar de cabeça para baixo, e entupindo com chicletes o buraco da fechadura mais próxima. Sabe ele não é chato, bom pelo menos comigo não, eu até que gosto um pouquinho dele, mas bem pouco mesmo.

Pirraça não ergueu os olhos até o professor chegar perto; então, agitou os dedos dos pés e começou a cantar.

— Louco, lobo, Lupin — entoou ele. — Louco, lobo, Lupin...

Grosseiro e intratável como era quase sempre, Pirraça em geral demonstrava algum respeito pelos professores. Todo mundo olhou na mesma hora para o professor para poder ver qual seria sua reação àquilo; para surpresa de todo mundo, ele continuou a sorrir.

— Eu tiraria o chicle do buraco da fechadura se fosse você, Pirraça — disse ele gentilmente. — O Sr. Filch não vai poder apanhar as vassouras dele.

Filch era o zelador de Hogwarts, mal-humorado, um bruxo frustrado que travava uma guerra constante contra os estudantes e, na verdade, contra Pirraça também. Eu nunca gostei muito dele, acho que foi por isso que comecei a ajudar Fred e Jorge com suas brincadeiras para chatear Filch.

Mas Pirraça não deu a mínima atenção às palavras do professor a não ser para respondê-las com um ruído ofensivo e alto feito com a boca. Definitivamente agora também não gosto dele.

O professor deu um breve suspiro e tirou a varinha. Haha se ferrou Pirraça.

— Este é um feitiçozinho útil — para gente por cima do ombro. — Por favor, observem com atenção.

Ele ergueu a varinha até a altura do ombro.

Uediuósi!— e apontou para Pirraça.

Com a força de uma bala, a pelota de chicle disparou do buraco da fechadura e foi bater certeira na narina esquerda de Pirraça, virou de cabeça para cima e fugiu a grande velocidade, xingando. Não posso me esquecer deste feitiço, nunca.

— Maneiro professor — exclamou Dino Thomas admirado.

— Obrigado, Dino — disse o professor tornando a guardar a varinha. — Vamos prosseguir?

Recomeçamos a caminhada, toda a turma agora olha para o professor com respeito. Lupin nos conduziu por um segundo corredor e parou bem à porta da sala de professores.

— Entrem, por favor — disse ele, abrindo a porta e se afastando para podermos passar.

A sala dos professores. Era uma sala comprida, revestida com painéis de madeira e mobiliada com cadeiras velhas e desaparelhadas, estava vazia, exceto por um ocupante, meu pai, ele estava sentado em uma poltrona baixa e ergueu os olhos para nós enquanto entravamos. Seus olhos brilhavam e ele tinha um arzinho de desdém em volta da boca. Exceto quando olho em minha direção, seu rosto ficou calmo, mas de uma forma diferente como se ele estivesse me procurando ou algo assim. Quando professor Lupin entrou e fez menção de fechar a porta, meu pai falou.

— Pode deixá-la aberta, Lupin. Eu prefiro não estar presente.

E, dizendo isso, se levantou e passou pela turma, as suas vestes negras se enfurnando às suas costas. À porta, ele girou nos calcanhares e disse a Lupin.

— Provavelmente ninguém o alertou, Lupin, mas essa turma tem Neville Longbottom. Eu o aconselharia a não confiar a esse menino nada que apresente dificuldade. A não ser que a senhorita Granger se incumba de cochichar instruções ao ouvido dele.

Neville ficou escarlate. Harry olhou aborrecido para ele. E como eu estava nesta situação? Bom digamos que estava com vontade de pisar no pé do meu pai pra ele calar a boca, afinal Neville é meu amigo. Mas por outro lado eu não queria falar com ele, pelo menos não agora. Então permaneci quieta.

O professor Lupin ergueu as sobrancelhas.

— Pois eu pretendia chamar Neville para me ajudar na primeira etapa da operação, e tenho certeza de que ele vai fazer isso admiravelmente—talvez isso tenha sido melhor que pisar no pé dele, por que cá entre nós a cena não seria “legal”.

A cara de Neville ficou, se isso fosse possível, ainda mais vermelha. Meu pai revirou os lábios num trejeito de desdém, e antes de sair me lançou o olhar: falo com você depois.

— Agora, então — disse o professor Lupin, nos chamou para o fundo da sala, onde não havia nada exceto um velho armário em que os professores guardavam mudas limpas de vestes (eu acho). Quando o professor se postou a um lado, o armário subitamente se sacudiu, batendo na parede.

— Não se preocupem — disse ele calmamente porque alguns alunos tinham pulado para trás, assustados (Menos eu, que já sabia o que poderia ter ali. Por que meu gostava de DCTA). — Há um bicho-papão ai dentro—Eu sabia.

A maioria dos garotos parecia achar que isso era uma coisa com o que se preocupar. Neville lançou ao professor um olhar de absoluto terror e Simas Finnigan estava mirando o puxador, que agora sacudia barulhentamente, com apreensão.

— Bichos-papões gostam de lugares escuros e fechados — informou o professor — Guarda-roupas, o vão embaixo das camas, os armários sob as pias... Eu já encontrei um alojado dentro de um relógio de parede antigo. Este aí se mudou para cá ontem à tarde e perguntei ao diretor se os professores poderiam deixá-lo para eu dar uma aula prática aos meus alunos do terceiro ano. Então, a primeira pergunta que devemos nos fazer é, o que é um bicho-papão?

Hermione levantou a mão. Quando é que isso não acontece.

— É um transformista — respondeu ela.— É capaz de assumir a forma do que achar que pode nos assustar mais.

— Eu mesmo não poderia ter dado uma definição melhor — disse professor Lupin, e o rosto de Hermione se iluminou de orgulho. Ela não perdia uma.

— Então o bicho-papão que está sentado no escuro aí dentro ainda não assumiu forma alguma. Ele ainda não sabe o que pode assustar a pessoa que está do lado de fora. Ninguém sabe qual é a aparência de um bicho-papão quando está sozinho, mas quando eu o deixar sair, ele imediatamente se transformará naquilo que cada um de nós mais teme. Isto significa que temos uma enorme vantagem sobre o bicho-papão para começar. Você já sabe qual é, Harry?

Essa eu queria ver, era quase impossível tentar responder a uma pergunta com Hermione do lado.

— Hum... Porque somos muitos, ele não vai saber que forma tomar.

— Precisamente — concordou o professor e Hermione baixou a mão, parecendo um pouquinho desapontada. — É sempre melhor estarmos acompanhados quando enfrentamos um bicho-papão. Assim, ele se confunde. No que deverá se transformar, num corpo sem cabeça ou numa lesma carnívora? Uma vez vi um bicho-papão cometer exatamente este erro, tentou assustar duas pessoas e se transformou em meia lesma. O que, nem de longe, pode assustar alguém. O feitiço que repele um bicho-papão é simples, mas exige concentração. Vejam, a coisa que realmente acaba com um bicho-papão é o riso. Então o que precisam fazer é forçá-lo a assumir uma forma que vocês achem engraçada. Vamos praticar o feitiço sem as varinhas primeiro. Repitam comigo, por favor... Riddikulus!

Riddikulus — todos repetimos.

— Ótimo — aprovou o professor — Muito bem. Mas receio que esta seja a parte mais fácil. Sabem, a palavra sozinha não basta. E é aqui que você vai entrar Neville.

O guarda-roupa recomeçou a tremer, embora não tanto quanto Neville, que se dirigiu para o móvel como se estivesse indo para a forca. Nem sei para tanto medo.

— Certo, Neville — disse o professor — Vamos começar pelo começo: Qual, você diria, que é a coisa que pode assustá-lo mais neste mundo?

Os lábios de Neville se mexeram, mas não emitiram som algum.

— Não ouvi o que você disse Neville, me desculpe — disse Lupin animado.

Neville olhou para os lados meio desesperado, como que suplicando a alguém que o ajudasse, depois disse, num sussurro quase inaudível.

— O professor Snape!

Quase todo mundo riu. Mas acho que a risada que destacou foi a minha. Sinceramente quem teria medo do meu pai?

Até Neville sorriu como se pedisse desculpas. Lupin, porém pareceu pensativo.

— Professor Snape... Hummm... Neville, eu creio que você mora com a sua avó?

— Sim... Moro — disse Neville, nervoso. — Mas também não quero que o bicho-papão se transforme na minha avó.

— Não, não, você não entendeu — disse o professor, agora rindo. — Será que você podia nos descrever que tipo de roupas a sua avó normalmente usa?

Neville fez cara de espanto, mas mesmo assim disse.

— Bem... Sempre o mesmo chapéu. Um bem alto com um urubu empalhado na ponta. E um vestido comprido... Verde, normalmente... E às vezes uma raposa.

— E uma bolsa?

— Vermelha e bem grande.

— Certo então — disse o professor — Você é capaz de imaginar essas roupas com clareza, Neville? Você consegue vê-las mentalmente?

— Consigo — respondeu Neville, hesitante, obviamente imaginando o que viria a seguir. Coitado.

— Quando o bicho-papão irromper daquele guarda-roupa, Neville, e vir você, ele vai assumir a forma do professor Snape. E você vai erguer a varinha... Assim... E gritar "Riddikulus"... E se concentrar com todas as suas forças nas roupas de sua avó. Se tudo correr bem, o professor Bicho-papão-Snape será forçado a vestir aquele chapéu com o urubu, aquele vestido verde e carregar aquela enorme bolsa vermelha—Eu não quero ver isso será...traumatizante.

Houve uma explosão de risos. O guarda-roupa sacudiu com maior violência.

— Se Neville acertar, o bicho-papão provavelmente vai voltar à atenção para cada um de nós individualmente. Eu gostaria que todos gastassem algum tempo, agora, para pensar na coisa de que têm mais medo e imaginar como poderia fazê-la parecer cômica...

— Todos prontos? — perguntou o professor— Neville, nós vamos recuar, assim você fica com o campo livre, está bem? Vou chamar o próximo a vir para frente... Todos para trás, agora, de modo que Neville tenha espaço para agitar a varinha...

Todos recuamos, e nos encostamos nas paredes, deixando Neville sozinho ao lado do guarda-roupa. Ele parecia pálido e assustado, mas enrolara as mangas das vestes e segurava a varinha em posição.

— Quando eu contar três, Neville — avisou Lupin, que apontava a própria varinha para o puxador do armário. — Um... Dois... Três... Agora!

Um jorro de faíscas saltou da ponta da varinha do professor e bateu no puxador. O guarda-roupa se abriu com violência. Pude ver meu pai saindo do armário (meu Merlin isso foi, estranho de dizer) os olhos faiscando para Neville que recuou, de varinha no ar, balbuciando silenciosamente. Meu pai avançou para ele, apanhando alguma coisa dentro das vestes.

— R... R.. Riddikulus! — esganiçou-se Neville.

Ouviu-se um ruído que lembrava o estalido de um chicote. Papai tropeçou; usava um vestido longo, enfeitado de rendas e um imenso chapéu de bruxo com um urubu carcomido de traças no alto, e sacudia uma enorme bolsa vermelho-vivo.

Agora só tenho um desafio. Não rir da cara dele no meio da nossa conversa. Isso será muito difícil.


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Notas finais do capítulo

Bom foi isso.
Vou avisar aqui por que não sei se vou postar outro amanha então.
Eu vou passar uma semana ou um pouco mais eu acho vou partir no sábado, fora de casa, vou ir para onde Judas perdeu as botas, e lá não tem internet :(
Mas prometo dar uma super andada na fic quando voltar ok
Se esse for nosso ultimo encontro quero desejar um feliz natal e um bom ano novo para vocês, e tudo de bom até lá gente miiiiiiiiiiiiiiiiiiiilll bjss Alice