Kaoru terminava de fazer seus exercícios no fim da tarde em seu quarto. Até que alguém na porta a interrompeu.

      – Pode entrar... – Disse a mesma, ainda voltada para a folha de exercícios.

      – Amor... – Shirou ainda estava abatido e com enormes olheiras.

Rapidamente Kaoru levantou-se, indo até o namorando, o recebendo com um beijo carinhoso.

      – Amor, que bom ver você... Como foi a conversa com seus pais? – A mesma perguntou.

Shirou sentou-se na cama, ficara alguns minutos em silêncio. Parecia ainda confuso e angustiado com tudo que acontecia em sua vida. Um turbilhão de coisas atingia sua cabeça, e aquilo parecia que ia enlouquecê-lo.

      – Eles falaram... Minha mãe não pode ter filhos... Por isso me adotaram... Em um orfanato dos Estados Unidos! – Ponderou.

      – Verdade? E vocês? Entenderam-se? – Kaoru indagou novamente.

      – Mais ou menos... Eu só exigir sabe o paradeiro dos meus pais verdadeiros –

      – Você sabe que isso pode entristecê-los, não sabe? –

      –... Eu sei... Mas eles deveriam ter pensando nisso antes de esconderem as coisas de mim! – Retrucou o garoto de cabelos loiros.

      – É... Acho que você tem razão... –

         Misaki terminava de arrumar seu quarto. Era algo insuportável para ele, odiava ter que colocar as roupas na gaveta. E pra que forrar a cama se vai dormir de novo? Sempre fazia a mesma pergunta para sua mãe. Até que seu celular sobre a cama o chamou com o toque da música ‘Bad Romance’ de Lady Gaga.

      – Fale, Yushiro... –

      – Vai vim pra cá que horas? Não esquece o torneio de vídeo game que fizemos... – Lembrou Yushiro do outro lado da linha.

      – Estou só terminando de arrumar minhas coisas e logo estarei ai, tá bom? – Falou Misaki, largando algumas blusas dentro da gaveta de qualquer jeito.

      – MISAKI, DESCE AQUI! – Gritou sua mãe.

      – Que besteira eu fiz desta vez? – Pensou, enquanto descia as escadas.

Ao chegar ao final da escada, deparou-se com alguém que não esperava ver por um bom tempo. Não conseguiu disfarçar a total surpresa.

      – Vovó...?! –

      – MATHEEEEEEEUUS! – Gritou Madalena, soltando as malas e agarrando seu neto.

      – Ah, mamãe... Cansei de dizer que o nome dele é Misaki... – A mãe de Misaki caminhou até a cozinha.

      – Como você está, amor? Sentiu saudades da sua avó? – Indagou a senhora, arrumando os cabelos castanhos de Misaki, enquanto o mesmo continuava sem palavras.

      – Estou bem... E... E a senhora? – O garoto perguntou, tentando deixar um sorriso no rosto.

       – Você não sabe o que eu trouxe pra você... Vem cá! – A velha puxou Misaki até a sala.

Madalena usava um vestido roxo, com a estampa de flores amarelas... Indiscreta sempre como fora.  Seus cabelos castanhos estavam presos com um enfeite em formato de flor. Talvez fosse pra combinar com o vestido.

A mesma colocou um DVD, e uma imagem surgiu na televisão. Um grande carro alegórico colorido passava por uma avenida, em volta deles várias pessoas fantasiadas, tão coloridas como o carro.

      – O que é isso? – Indagou o garoto, franzino a sobrancelha.

      – Não sabe? Nem parece brasileiro... É um desfile de escola de samba que tem no carnaval, você não deve se lembrar porque era muito pequeno quando esteve lá... – Madalena disse.

      – Vovó, desculpe comentar, mas... Pensei que a senhora só viria ano que vem... –

      – Sua mãe não te disse? Ela decidiu que passaríamos o natal juntas esse ano... Até acho melhor... Nunca havia passado o natal desse País, deve ser divertido! – Falou a velha.

      – Ah, sim... Que adorável... – Ironizou Misaki.

      – O que é isso? Um monte de mulheres seminuas! – Assustou-se o pai de Misaki ao entrar na sala.

      – Deixa de ser bichinha... Vai me dizer que nunca viu isso antes? –

      – Mas respeito ao meu marido, mamãe... – Falou a mãe de Misaki, ao entrar na sala com uma bandeja com bolinhos doce e refresco.

      – Bom... A conversa está muito boa, mas combinei de dormir na casa de Yushiro... – Misaki levantou-se.

      – Ah, amor... Que pena, íamos nos divertir vendo esse vídeo... Enfim, mande um abraço pra aquele seu amigo esquisito... – Falou Madalena.

      – Ô se íamos... E meu amigo não é esquisito, vovó... – Misaki pegou o casaco e logo em seguida saiu.

         Yushiro terminava de colocar o jogo no vídeo game. Até que Misaki chegou, o mesmo logo entrou após a porta ser aberta pela empregada.

      – Demorou, hein! – Reclamou o garoto de olhos verdes.

      – Adivinha quem apareceu por lá... Minha avó! Argh, odeio natal – Misaki sentou-se no sofá.

      – Verdade? HAHAHAHA... Meus pêsames, amigo! – Yushiro brincou.

         Assim chegara a noite, ambos se divertiam com o jogo, às vezes discutiam, mas logo em seguida tudo parecia normal.

      – Está com sede? Vou pegar refrigerante pra gente... – Yushiro encaminhou-se até a cozinha.

Misaki esperava seu amigo no sofá, o mesmo estava sentado sobre um dos pés. Seu all star amarelo estava largado ao lado do sofá. Misaki sempre dormia na casa de Yushiro, já estava acostumado com tudo aquilo, e tinha intimidade o bastante para ficar daquele jeito.

      – Misaki? Não sabia que passaria a noite aqui... – Comentou Tenshin, saindo da cozinha.

O mesmo trajava apenas uma calça larga branca. Todo o resto de seu corpo estava despido, e em sua mão direita segurava um copo de água.

      – Te... Tenshin san! Espero que não se incomode... Eu e Yushiro... – Misaki ficara levemente constrangido com a presença do milionário.

      – Claro que não... Sinta-se em sua casa! – Tenshin se aproximou, deixando Misaki mais sem jeito.

Misaki não conseguia conter, mais seus olhos imploravam para admirar o corpo de Kusanagi.  Seu corpo ficara trêmulo e suava somente com a presença e o calor de Tenshin por perto. Pelo tecido da calça de Kusanagi ser fina, facilmente era percebido o volume que seu membro proporcionava por trás daquele tecido. Aquilo deixava Misaki se contorcendo de tanto desejo.

      – Você está bem, Misaki kun? – Tenshin sorriu de forma maliciosa.

      – Na... Nada... – Ruborizou com o sorriso safado do rapaz a sua frente.

Propositalmente, Tenshin deixara a água cair sobre a bermuda de Misaki. Fazendo o garoto se exaltar com tão incidente repentino.

      – Desculpe-me, Misaki... Deixe que eu seque... – Tenshin pegara um pano sobre a mesa.

      – Ow... Tu... Tudo bem, Tenshin san... A- Acidentes acontecem... Não precisa se preocupar... Err... – Misaki nunca ficara tão vermelho como naquele momento.

Kusanagi ajoelhou-se a frente do garoto, com um pano laranja começara a acariciar levemente a bermuda de Misaki por cima do membro do mesmo. Tudo aquilo despertava uma louca excitação no jovem, fazendo o mesmo ficar a cada momento mais vermelho. Agora era impossível esconder sua ereção, já que seu membro pulsava para escapar da bermuda cinza que usava. Tenshin, percebendo tal situação, deixou escapar um olhar um tanto quanto pervertido.

      – Acho que molhou muito... Melhor eu lhe emprestar outra roupa – Levantou-se, fazendo Misaki levantar-se junto.

      – O que houve? – Indagou Yushiro, ao chegar à sala com os dois copos de refrigerante em mãos.

      – Nada... Só derrubei água no seu amigo, mas logo arranjo uma bermuda pra ele... – Comentou Tenshin, subindo as escadas, enquanto Misaki ia logo atrás, com a mão discretamente a frente de seu membro, tentando esconder a ereção.

         Chegando ao quarto, Tenshin logo abrira sua gaveta de roupas. Logo arranjou uma bermuda seca para Misaki, dando-a para o mesmo em seguida.

      – Com licença... Vou me trocar... – Disse Misaki, indo até o banheiro.

      – Não precisa se preocupar... Troque-se aqui, não tem vergonha, não é mesmo? Afinal, o que você tem, eu tenho... – Falou Tenshin falsamente sem maldade.

      – A-Aqui?! – Corou novamente o garoto – Tudo... Tudo bem! – Misaki abaixou a bermuda lentamente. Seu rosto permanecera inclinado para baixo, tamanha era a vergonha.

Logo Misaki estava apenas de cueca boxer preta e blusa azul escura. O volume em sua cueca acusava que o mesmo estava extremamente excitado. Tenshin sorriu com o resultado que conseguira sobre o garoto. Aproximou-se do mesmo, com a mão direita, encostou levemente no membro de Misaki sobre o pano da cueca.

      – Tenshin san!?  – Assustou-se Misaki, arregalando os olhos e ficando mais corado.

      – O que foi? Você quer tanto isso quanto eu... Não quer? – Sussurrou no ouvido de Misaki, fazendo a excitação do mesmo aumentar.

      – Mas... Mas... – Antes que Misaki falasse, suas palavras foram interrompidas pelos lábios de Kusanagi. Agora ambos se beijavam, e Misaki retribuía com todo seu desejo.

A mão ousava de Tenshin escorregou pra dentro da cueca de Misaki, agora o mesmo sentia o membro super excitado e quente em suas mãos. Kusanagi começara então masturbá-lo lentamente enquanto ainda o beijava de forma carinhosa.

Misaki apenas soltava leves gemidos a cada toque de seu amado. Até que Tenshin descera por vez a cueca do garoto. Apesar de Misaki espantar-se, continuou calado e observando as ações do mesmo.

O multimilionário, após beijar o garoto, abaixou-se lentamente até ficar de joelhos. Novamente voltara masturbar Misaki, agora com o membro do mesmo a sua frente. Adorava observar o garoto enquanto dava prazer ao mesmo. Repentinamente, passou a língua sobre a cabeça do membro de Misaki, fazendo o mesmo soltar um gemido um pouco mais alto. Logo depois enfiara todo o pênis de Misaki a sua boca, fazendo os movimentos circulares e observando o garoto gemer de excitação.

      – Ten-Tenshin san... AHH! – Gemia – Não dá mais… Tenshin san… Não dá… Eu… AAAAHH! –

Um liquido branco escorreu lentamente no canto dos lábios de Tenshin, mas antes que pingassem ao chão, o mesmo passara a língua. Ainda mantinha seu sorriso safado e um tanto quanto sedutor. Já Misaki parecia nunca ter experimentado uma coisa como aquela.

      – Você é louco... – Sussurrou Misaki com um sorriso tímido após Tenshin levantar-se.

      – MISAKI, VEM LOGO, PORRA! – Gritou Yushiro.

      – Vai lá, antes que ele venha aqui em cima... – Falou Tenshin, dando um beijo carinhoso no garoto.

Misaki rapidamente vestiu-se e desceu as escadas, tentando esconder qualquer coisa que fizesse Yushiro desconfiar.

Tenshin tomava um banho, encostou-se a parede enquanto a água morna caia sobre seu corpo esbelto. Por um momento sorriu lembrando-se do que acabara de fazer.