Se passaram cinco anos depois que ele partira e Sam prometera a si mesma que nunca tiraria aquela pulseira e foi o que fez, agora com 17 anos ainda usava a pulseira.

Mas desde aquele dia as coisas mudaram, sua mãe e seu pai começaram a piorar nas brigas, não era gritos e sim tapas. Os vizinho chamaram a polícia uma vez e quase que as duas garotas tiveram que ir para um orfanato. Seus pais se separam um ano antes, mas como sua mãe estava sem dinheiro, continuaram a morar na mesma casa.

Há uma semana atrás, eles foram ao juiz, pois Pam já tinha o dinheiro suficiente para se mudar daquela cidade, por vontade de Melanie ela ficaria com o pai, já que dera o maior chilique na frente de todos, dizendo que não podia abandonar sua vida por uma estupidez dos pais, então Sam teria que se mudar, até que não achara uma má ideia, pois agora poderia recomeçar sua vida.

Estava no quarto arrumando suas coisas, quando escutara passos se aproximando do quarto, e logo Melanie e suas amigas entraram no quarto, ela continuaram a rir fingindo que Sam não estava no quarto.

_Pelo menos agora, teremos uma cama extra no meu quarto, e vamos poder fazer milhares de festa do pijama - disse uma das amigas dela.

_Sim, sempre quis fazer uma, mas tive complicações - Melanie continuou.

Sam apenas revirou os olhos e continuara a dobras suas roupas e colocar na mala, queria ter certeza que não deixaria nada para sua irmã destruir depois.

_Seria muito ruim se você tivesse que se mudar Mel, iríamos sentir sua falta.

_Claro que não, eu não iria abandonar minha vida para ir para uma outra cidade.

_Ainda bem, você consegue se livrar das coisas.

_Eu consigo tudo o que quero, simples assim.

Sam terminara de guardar suas coisas e deu mais uma rápida olhada no seu guarda-roupa e em sua escrivaninha para ter certeza de que não estava faltando nada.

_Pode deixar que tudo que tiver seu aqui, vai para o lixo irmãzinha - Melanie soltou seu veneno para cima da irmã.

_Claro, só não se esqueça de ir junto para o lixo.

Pegou suas malas e saiu do quarto, tinha duas malas que deixara mais cedo na sala e então só levou mais duas que estavam faltando e juntou com as outras.

_Estou pronta.

_Ótima, vá se despedir do seu pai, enquanto converso com a Mel - respondeu sua mãe.

Sam entrou no antigo quarto dos seus pais e vira seu pai sentado na cama, de costas para a porta.

_Pai? - ela chamou.

_Pode vir - ele respondeu sem se virar.

Sam sentou-se ao lado dele na cama e o abraçou.

_Vou sentir sua falta - ela disse.

_Também vou pequena, mas sua mãe quis assim, confesso que queria que ficasse, seria muito melhor do que ter a Mel aqui, essa garota não sabe fazer nada a não ser mandar mensagens e se divertir.

_Boa sorte com isso, terá que aprender a fazer as coisas sozinho.

_Já estou me preparando, mas não sei se estou exatamente pronto para isso.

_Não queria que isso estivesse acontecendo, mas você e a mamãe que chegaram a esse ponto.

_Eu tentei, mas ela começou a me trair e eu não suportei a ideia.

_Gostaria de poder fazer algo, mas não consigo pensar em nada.

_Não se preocupe.

_Tem certeza que vai ficar bem?

_Vou tentar, qualquer coisa te ligo.

_Prometo que pego o primeiro avião que vier para cá.

_Tudo bem, te amo pequena.

_Também te amo, pai.

Sam abraçou mais forte seu pai e o soltou depois de alguns minutos.

_Preciso ir. Tchau.

_Tchau.

Sam saíra do quarto e encontrara a mãe perto de suas malas esperando por ela.

_Até que enfim, achei que iria ficar ai.

_Mas já voltei, agora vamos.

Sam pegara suas malas e com um pouco de dificuldade levara tudo para fora, onde o táxi já as esperava. Sam e sua mãe colocaram as malas no porta malas que estava aberto e entraram no carro logo em seguida, indo direto para o aeroporto.

No aeroporto, não demorou muito até que pudessem embarcar no avião, em poucos minutos suas malas estavam guardadas e elas sentadas em suas poltronas, esperando o avião decolar.

E então assim que o avião começou a andar, Sam apenas colocou seus fones de ouvido e se acomodou mais na poltrona a ponto de dormir.

[...]

Sam acordou sendo chocalhada pela mãe, abriu os olhos, mas se arrependeu no mesmo momento quando começaram a doer, fechou mais uma vez e esperou mais um pouco, até que os abriu completamente e dessa vez sem dificuldade.

_Ai, o que foi? Será que não pode apenas dizer, “ei Sam, acorde” – imitou a voz da mãe na última frase.

_Eu tentei, eu passei os últimos dez minutos da minha vida tentando ser educada e carinhosa para ter acordar, mas não resolveu.

_Que seja, mas por que está me acordando?

_Primeiramente, bem-vinda em Seattle  e segundo porque chegamos e todos já saíram do avião, e se não sairmos agora, vamos para a outra cidade.

_Ótimo – disse se levantando.

_Estive a um ponto de te deixar sozinha aqui.

_Faça o que quiser!

_Olha o jeito que fala comigo garota!

Sam não respondeu, apenas pegou suas malas e desceu do avião, sendo seguida pela sua mãe.

_Você não sabe em que casa vamos ficar, então poderia me esperar – Sam parou de andar, esperando sua mãe se aproximar até ela.

Assim que saíram do aeroporto, Pam ficou olhando para a rua, procurando alguém táxi, mas não encontrava nada.

_O que tanto procura, mãe?

_O táxi, deveria estar aqui.

_Acho que você deve ter esquecido de ligar para ele.

_Claro que não.

_Tem certeza? – Pam pareceu pensar um pouco.

_Tudo bem, agora que perguntou de novo, não tenho tanta certeza.

_Era de se esperar.

_Olha tem um táxi ali – Pam começou a abanar a mão e em poucos segundo o táxi parou perto delas.

Pam pegou mostrou suas malas e o motoristas desceu, abrindo o porta malas, onde deixaram as malas e entraram no carro, Pam lhe deu o endereço e logo chegaram a nova casa em que morariam e que Sam agora tinha certeza que era a partir daí que iria recomeçar sua vida.