James E Lily - Ultimo Ano escrita por Aspenblood


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, isso aqui demorou, mas chegou. Eu estou de férias! O que quer dizer que eu provavelmente postarei mais. Provavelmente.



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– Ele apareceu. Olha só Remus – Sirius cutucou Remus com o cotovelo e ele se ergueu para ver o mapa. Estivera cochilando.

O ponto que indicava “James Potter”se movia em direção a cozinha de Hogwats e logo depois, começou a subir pela Grande Escadaria.

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James subiu a enorme escada, sem vontade alguma de encontrar seus amigos. Tinha certeza que ao menos Remus teria procurado seu nome no Mapa.

Deu um suspiro. A última coisa que queria era se encontrar com eles e ter que explicar onde estivera a tarde toda. Suas mãos coçaram para voltar a se sentar no piano e voltar a tocar.

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Lily viu James passar por ela, sem aparentemente notá-la. Estava com os ombros caídos e parecia triste e deprimido. Sentiu algo apertar-lhe o coração. Mesmo que não gostasse dele, sentiria isso por qualquer um.

James subiu os degraus da Grande Escadaria sem sequer olhar para trás. Ele subia e Lily o seguia curiosa.

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Deixando os detalhes da extensa caminhada deles por Hogwarts, direi somente uma coisa: James não pegou atalho algum. Talvez seu subconsciente tivesse impedido-o de fazer isso por ter percebido Lily atrás dele, ou simplesmente por não querer chegar a Torre da Grifinória. Talvez sequer fizesse isso.

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James entrou na Torre de Astronomia. Jogou sua mochila em um canto e se sentou de costas para a porta, abraçando os joelhos e com o queixo apoiado sobre eles.

Lily chegou pouco depois, levemente ofegante. James estava perfeitamente imóvel, fitando o nada.

– James... - Lily disse baixinho

– Eu não quero interagir com outras pessoas agora.

– James... - ela se aproximou dele, hesitante

– Por favor... Só... Me deixe sozinho - ele disse sussurrando

Lily se sentou ao lado dele e apoiou a cabeça no ombro dele.

– Oh. Que desagradável - James sussurrou para si mesmo e bateu com a testa nos joelhos.

Lily soltou um risinho e se aproximou mais dele.

– Não carregue o mundo sozinho, James. Você não está sozinho - ela disse baixinho, com os olhos fechados.

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James a encarou, surpreso. Nunca pensara que Lily lhe diria uma palavra... Boa? Não... Doce? Que não fosse de condenação?
Um indício de sorriso se pronunciou em seus lábios, mas logo desapareceu. No entanto, aquela felicidade momentânea não saiu de seus olhos, nem de sua mente.

Seu subconsciente estava inacreditavelmente feliz. Ela o chamara de James pela primeira vez. Não do eterno Potter.

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James realmente não queria acordar Lily. Se levantou e pegou-a nos braços, com seu casaco por cima de seu corpo, como um cobertor. Ajeitou o cachecol ao redor do pescoço e pegou sua mochila e a de Lily. Saiu da Torre de Astronomia, com o desejo de que o Filch não os achasse nem que Lily acordasse.

Entrou na Sala Comunal com Lily ainda nos braços. Jogou sua mochila em um canto e subiu com ela para o dormitório feminino.

As camas estavam todas ocupadas, com as cortinas cerradas e James suspirou aliviado. Colocou Lily em sua cama, fechou o cortinado e foi para o seu dormitório.

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– Onde você estava? – disse Remus, colocando seu livro de lado e se levantando, junto de Sirius.

– Eu... – ele mordeu o canto do lábio

– Você estava com a Lily, não é? – disse Sirius levemente inclinado para ele, fungando.

– Ei... – James se afastou com o rosto vermelho – Assim você parece ainda mais com um cachorro, Almofadinhas.

Remus riu. James sorriu e entrou no banheiro, esperando conseguir esquentar o corpo.

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Esperou os outros dormirem. Quando ouviu Sirius se remexendo e parou de ouvir as páginas do livro que Remus estava lendo, ele se levantou.

James colocou um casaco azul-marinho até os joelhos por cima da blusa do pijama, com os fechos na lateral esquerda, na linha da orelha. Colocou uma calça preta e o cachecol verde. Pegou os sapatos, a capa e saiu.

Do lado de fora da Torre da Grifinória, James colocou os sapatos. Tinha que encontrar a sala de novo. Cobriu-se com a capa e foi até a tapeçaria de Barnabás, o Amalucado, onde tinha visto a porta antes.

A porta dita, não estava lá. Uma maciça parede de pedra, sem fissuras, ocupava seu lugar. Ele suspirou. Sentou-se e encostou na peça, como tinha feito antes e esperou.

A parede continuou lisa. James se levantou e bateu na parede, frustrado. A pedra não se moveu. Começou a andar na frente da tapeçaria, esfregando os olhos por baixo dos óculos.

Fechou os olhos por um momento e quando os abriu, a porta estava ali novamente. James suspirou aliviado. Uma pequena parcela de seu peso saiu dos seus ombros. Ele abriu a porta e novamente viu o piano. Sorriu para si mesmo sob a capa e praticamente saltitou até o banquinho.

Passou a mão cuidadosamente pelo tampo do piano e o abriu, revelando as teclas de marfim e ébano. Sorriu para si de felicidade. Seu pequeno refúgio. Ou o piano, aprendido pela mãe, ou o violino, aprendido pelo pai. Dobrou a capa e colocou-a no chão ao lado do banquinho.

Estendeu as mãos e começou a tocar, uma música puxando a outra, dedilhando rapidamente, os dedos voando sobra as teclas. Não sabia quando foi que adormeceu, mas acordou com o rosto prensado contra as teclas, o sol despontando no céu e a saliva escorrendo pelo canto da boca.

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Lily não se lembrava de ter ido para o dormitório. Apenas de seguir James e... Oh. Meu. Deus. O que eu fiz ontem? Eu não flertei com ele de novo, certo? Pensou.

– Ei. Marlene? – chamou abrindo a cortina

Não houve resposta. Claro que não. Eles estariam treinando nesse sábado...

Lily gemeu e se levantou. Não acreditava que James tinha marcado um treino em pleno sábado.

Colocou um suéter azul escuro e calças jeans. As botas facilitariam seu trabalho de andar pela neve, e seu gorro branco era... Quentinho.

Sentou se na arquibancada para observar o time treinando. Várias outras garotas também estavam ali, conversando baixinho entre si e olhando para o apanhador.

– Olá – disse Remus ao seu lado

Lily se assustou. Não tinha visto-o chegar. Remus estava com um casaco marrom escuro e o cachecol da Gfifinória. Carregava um livro debaixo do braço e sentou-se ao lado dela.

Ele esticou as pernas, com a calça preta rasgada em um joelho e desfiando nas pontas, onde um tênis surrado cobria seu pé. Lily olhou para Remus. Ele estava de olhos fechados e um raio de sol iluminou seu rosto. Foi levemente engraçado.

– Então... Veio ver o nosso Pontas? – ele disse com os olhos fechados e um sorriso nos lábios

– Nosso? – ela ergueu uma sobrancelha e fechou os olhos também, quando o sol a atingiu.

– É. Por falar nisso, cara Lily, qual é o cheiro da sua amortentia – ele disse se virando para ela.

– Torta de caramelo, pergaminho novo, menta e pinheiro – ela enumerou sem olhar para ele – Por quê?

– Você sabe de quem é a tal menta e pinheiro? – ele perguntou inocentemente

Lily ergueu uma sobrancelha e abriu um olho, fitando-o desconfiada.

– Por que diabos você quer saber?

– Porque – ele disse devagar – Se você descobrir de quem é esse cheiro, James, você pode me falar, James, e eu tenho certeza de que o James vai ficar feliz.

– Eu nunca disse que gostava do Potter – protestou corando e voltando sua atenção ao sol.

– É verdade – ele admitiu – No entanto, todos sabem que é verdade e ...

Remus, infelizmente, foi drasticamente interrompido. Lily usara seu próprio livro para bater em sua cabeça, ao mesmo tempo em que as garotas próximas soltavam uma exclamação.

Lily olhou para o campo. James tinha recebido um balaço nas costas e voava livre, leve e solto pelos ares, enquanto a vassoura caia no gramado. Ela desceu as escadas correndo, tropeçando e quase rolando por elas.

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James tinha recebido um balaço por estar demasiado absorto em observar Lily Jane Evans conversar com Remus. Na verdade, observara tudo nela; como o rosto de inclinava levemente para trás e recebia a luz do sol, as sombras que faziam em seu rosto, os cabelos ruivos por baixo do gorro...

E assim, recebeu um belo balaço.

Voou pelo ar, sentindo-se como na primeira vez que experimentara uma vassoura. Rolou e viu o céu nublado, até o momento em que caiu no chão.

O ar de seus pulmões fora totalmente expelido e ele fechou os olhos por um momento, tentando respirar. Sentiu uma mão extremamente gelada segurar seu rosto e abriu um olho. Um borrão vermelho era tudo o que ele conseguia ver.

– Você está bem? –a voz de Lily parecia distante

– Acho que eu estou bem agora – ele disse tentando fazer o rosto dela entrar em foco

Lily revirou os olhos corada e se afastou dele.

– Ei. Onde você vai? – James disse com a fala embolada

– Bem... –ela disse com um sorrisinho sarcástico – Já que você está melhor, pode se levantar sozinho, não?

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O cheiro de pinheiro e menta ainda estava no cérebro de Lily quando ela se sentou para estudar. O que, obviamente, não a deixou estudar. Não com o cérebro embaralhado.

Desistiu e fechou o livro. Resolveu voltar para o treino deles.

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– Marlene? – Lily disse abrindo a porta do vestiário.

O treino já tinha acabado quando ela voltou para o campo, então tentou o vestiário.

Sentiu mãos em suas costas lhe empurrarem para frente e alguém dando um risinho. Ouviu a porta se fechando e o clique de uma tranca. A água de um chuveiro parou de correr.

Lily sentiu-se corar e começou a suar frio. Engoliu em seco. Não podia estar acontecendo com ela. James saiu de uma porta anexa, esfregando o cabelo com a toalha.

Vestia apenas a calça preta e os tênis. O cinto pendia aberto para fora das presilhas, e ele não parecia estar com frio. Andava calmamente em direção a Lily, sem vê-la, ainda esfregando a toalha na cabeça.

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Eu poderia dizer que Lily ficara deslumbrada com os músculos de James, mas ela no momento negaria até a morte. No momento. Mas isso não quer dizer que ela não tenha ficado. Ou quer?

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James tinha músculos bem definidos pelo quadribol. Foi até o armário e colocou a blusa, fato que Lily agradeceu internamente. Ele olhou para ela, com os olhos semicerrados.

– Lily? Lily, é você?

– Ah... Oi? – ele franziu a testa depois sorriu

– O que veio fazer aqui? Achei que não gostasse de Quadribol. – ele parou por um momento antes de continuar - Também suponho que não tenha vindo me ajudar a achar meus óculos... – sorriu corando suavemente

– Eu vim procurar a Marlene

– Ah. Mas o treino já acabou há séculos. Eu tenho que guardar as bolas, então sempre demoro um pouco mais, mas a Marlene... Geralmente ela é até uma das primeiras a sair daqui – ele soltou uma risada – Mas já que está aqui, pode me ajudar?

Lily soltou o ar. Foi até a cabine anexa por onde James tinha saído e voltou rapidamente.

Logo, os dois estavam se movendo rapidamente pelo vestiário, a procura de um óculos.

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James achava q tinha visto seus óculos. O sol tinha entrado por uma das janelinhas e agora refletia em alguma coisa. Ele andou rapidamente até lá, sua única pista de onde podia estar. E acabou por esbarrar em Lily.

– Merda, merda... Me desculpe, eu não queria cair em cima de você, foi um acidente, eu juro, eu apenas tropecei, por favor não me mate

– Caia em cima de mim novamente e eu juro que... – Lily sentia cheiro de pinheiro e menta

– Sinto que devo dizer-lhe, que seu rosto parece estar em chamas – James a interrompeu sorrindo e se levantou estendendo a mão para ela também.

Lily olhou para trás, para onde James estava olhando antes e viu os óculos dele em cima de um dos armários. Pegou-o e colocou no rosto.

– Nossa, Potter. Sua visão é mesmo uma merda, hein? – começou a rir. James corou e pegou seus óculos, mostrando a língua para ela, que riu.

– Bom. Vamos agora? Eu estou com fome...

Ele foi até a porta e girou a maçaneta. A porta não abriu.

– Ah... Estamos trancados aqui.

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– Ei. Eu já disse. Se eles quisessem que nós saíssemos, não teriam fechado a porta com magia – James disse. Ele estava encostado na parede, ao lado da porta e mexia com a varinha, murmurando palavras em voz baixa.

Lily por outro lado, não conseguia ficar parada. Andava na frente dele, tremendo levemente de frio. James se levantou e a segurou pela mão, preocupado.

– Você está bem? Você não está com uma cara boa...

– Eu... Estou bem. Só cansada. E com frio. Parece que este será um grande dia...

– Aqui, você pode... Dividir o cachecol comigo – ele disse corando

– Hummm... Tem certeza? Eu achei que...

– Se ficarmos juntos – ele disse impaciente - não sentiremos tanto frio. Eu li em um livro... Tanto faz. Só cale a boca e pegue-o – sorriu para ela e puxando a pela mão, eles se sentaram no chão, ao lado da porta.

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– O que você está fazendo? – disse Lily com olhos fechados

Lily estava muito próxima a James, por eles estarem dentro de um mesmo cachecol.

– O que?

– Isso – ela apontou para a mão dele que segurava a varinha

– Ah. Isso. Eu só estou treinando um feitiço. Sabe, o Patrono. Mas eu... Não consigo achar... Lembranças suficientemente boas...

Lily olhou para ele. James encarava as mãos.

– Olha... Você tem que... Achar algo que... Que... Que lhe traga felicidade, entende? – ele ergueu levemente a cabeça. Lily viu que uma lágrima escorria por seu rosto, solitária.

– Oh. Mas eu já tenho isso – sussurrou, apertando a mão dela. Ele ergueu a cabeça e a beijou.

James não esperava que Lily fosse beijá-lo de volta. Mas ela o empurrou, apoiando as mãos no chão atrás dele.

James sentiu o chão frio em suas costas, quando perdeu o equilíbrio e caiu de costas no chão, perdendo o ar. Ouviu Lily rir, e ajeitou os óculos, fuzilando-a com os olhos.

– Eu nunca pensei que seria pego da maneira que você me pegou – sorriu e Lily ficou vermelha.

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– Ei tem uma janela ali – disse James

– O que? Você vem aqui, praticamente todo dia, e não sabia daquela janela? – murmurou Lily

Era aquele tipo de janela pequena que fica quase encostada no teto, de vidros grossos e empoeirada.

– Vamos. Suba no meu ombro – James jogou o cachecol no chão e se agachou em baixo da janelinha

– O-O que? – Lily ficou vermelha – Além disso, você não vai me aguentar.

– Ah – James murmurou impaciente – Venha logo. Ou nós vamos ficar presos aqui. Eu estou com fome sabia? Eu vou aí te buscar então – acrescentou com um sorriso maroto

– Certo – murmurou a contragosto – Mas se você me deixar cair...

– Oh. Eu nem sonharia com isso – disse com falso medo. Lily riu e bateu na cabeça dele, subindo em seus ombros

James se levantou com cuidado, enquanto Lily lutava para se manter equilibrada. Ela abriu a janela e se jogou por ela, para a liberdade

– Aresto Momentum – gritou antes de cair no chão. Parou próxima ao chão e depois caiu, com força.

Foi até a porta do vestiário espanando a roupa suja de grama e abriu a porta.

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– Você tem que ter paciência, James... Você... Sabe o que significa, certo? – disse Remus

– É obvio que eu sei o que significa – disse impaciente

– Só não parece – murmurou Marlene

Eles estavam sentados na Sala Comunal, e James e Remus estavam jogando Xadrez.

Sirius chegou ofegante na Sala, pulando pelo buraco do retrato com o cachecol ondulando.

– Lily está saindo com um cara – ele disse entre uma respiração e outra – Achei que vocês deviam saber – e se sentou em uma poltrona.


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Notas finais do capítulo

Ah. Um aviso. Eu vou viajar dia 19/12 então eu vou tentar postar o máximo de capitulo antes disso, para compensar. Okay?
Pessoas. Cadê os Reviews?