Era tarde já quando eu voltava do trabalho , não que já estivesse acostumado com os horários tardios , de todos os dias . Hoje não era um dos piores dias , eu estava voltando da caçada satisfeito . Eram só dois wendigos (um humano que se tornou uma criatura sobre natural após ter comido a carne humana por muito tempo, nesse período em que se alimentava de carne humana ele ia adquirindo habilidades como, escalar em árvores, farejar, audição mais aguçada , etc ). Espero que aquela família que foi atacado por um desses hoje na floresta esteja bem. Depois da perda brusca dos meu pais a única coisa que tenho feito é caçar , esse era o negócio da família , para nós era normal , sair ao anoitecer é acabar com tudo que não fosse humano . Fazíamos isso por que acreditávamos que deveríamos deter algo, que as pessoas não acreditassem como as criaturas sobrenaturais. Desde 2010 eu viajo sozinho por ai, com meu Chevy Impala 67, minha única companhia, o carro que meu pai havia me deixado, não por que foi um presente, mais por que sua morte precoce fez com que viesse a ser meu . O dia em que eu odeio me lembrar, hoje me dá fortes enxaquecas, estávamos em Kansas, Lawrence num caso. Pessoas estavam sendo drenadas, ou seja, com certeza havia vampiros por ali. Meu pai ‘’ farejou ‘’ o ninho onde estavam, era um galpão velho e abandonado, minha mãe estava conosco, nossa entrada foi sorrateira, tínhamos facões e seringas com sangue de homem morto, decapitação para vampiro era o que funcionava. Quando fomos vasculhar o lugar percebemos que estava, com no mínimo de vinte vampiros , nos esperando , era uma armadilha.

Puxei meu facão estávamos em posição, eles atacaram, algumas cabeças rolaram pelo chão, mais eram muitos, meus pais foram adiante me empurrando para trás, os vampiros nos cercaram, parecia o fim. Minha mãe tentava lutar de toda forma que podia, mais os vampiros agora estavam segurando ela e meu pai. Eu estava a uma distância deles, agora atrás de algumas caixas de madeira. Eu sabia que deveria fazer alguma coisa, os vampiros nem olhavam para mim, mais o imprescindível foi meu pai, olhar para mim com o rosto suado e os olhos lacrimejados, e sibilar ‘’ corra ‘’ .

Depois do breve aviso de meu pai , o sangue suga puxou o facão de sua mão inerte , e com um movimento rápido vi a cabeça do meu pai caída ao chão , aterrorizado , vi minha mãe berrar , e percebi que ela tinha sido a próxima , não podia mais ajudá-los , eu me virei e antes que fosse notado eu corri , o mais rápido que pude . Quando cheguei ao carro, dei a partida e fugi dali, como um covarde .

Quando voltei a controlar meus pensamentos, percebi que a dor e a amargura já estavam presentes. O sentimento de satisfação havia desaparecido. Eu estava com meu carro estacionado a frente de um motel era ali que ia passar a noite, nunca tive uma casa fixa, sempre vivemos de um estado e outro eu e antes minha família . Eu estava em Oklahoma, e provavelmente migraria para outra cidade no dia posterior, então decidi fazer o check – in e ir descansar.

A luz do sol que já brilhava, entrava pela janela, e batia em meu rosto, olhei para o relógio e já era 06: 30. Decidi levantar e arrumar minhas coisas, e me aprontar para partir. Havia três chamadas perdidas no meu celular, e uma mensagem de voz, era do Luke. ‘’ Percy tenho um caso pra você em Indiana, cara atende o celular ‘’ . Estava no silencioso, e eu não percebera que ele tinha me ligado, não retornei devia estar dormindo. Pensei em ligar quando estivesse a caminho de Indiana. Luke era um amigo próximo que me ajudará a sobreviver nos últimos anos, eu devia muita coisa a ele, éramos quase irmãos. Estava de saída , a estrada seria longa , passei num café , e comprei torta e cerveja para viajem , liguei meu rádio e dirigi por 4 horas .

Quando passei pela a entrada da cidade, liguei para Luke .

– O caso, sobre o que?

– Acho que é Lobisomem, está na lua cheia , cara .

– Vou verificar o corpo da vitima, se estiver sem coração vamos ter certeza , te ligo depois .

Havia chegado a pericia do corpo, fui falar com a medica legista que estava revirando papeis.

– Bom dia , agente especial Bones , gostaria de dar uma olhada no ‘’ cadáver ‘’ . Mostrei a ela minha falsa identificação .

A moça se virou defronte a mim e disse:

– Annabeth Chase , o FBI se interessando em uma anomalia, interessante . O corpo está aqui.

Ela me levou até uma espécie de gaveta de metal, onde o corpo ficava. Deslizou para fora a vitima, estava coberto com um pano branco , puxei até a altura do ombro esquerdo , e o homem de aparentemente 30 anos estava com um buraco no lugar do coração . Tirei as minhas conclusões, cobri o buraco com o pano.Sabia o que fazer, ficar de esguelha até o Lobisomem aparecer .

– Obrigado , doutora – disse para ela já saindo da sala .

– Por nada , boa sorte com o caso , não parece fácil .

Ela deu um leve sorriso, eu retribui educadamente. Já fora do estabelecimento, entrei no carro, fui até o lugar que Luke me passou o endereço da última morte , esperei até anoitecer , já era 00: 30 e nada havia acontecido. Quando uma movimentação me chamou a atenção eu estava estacionado próximo a uma casa grande e bonita , quando vi uma moça loira saindo do carro, fiquei esperando, ela seria a isca perfeita, peguei meu revólver, com balas de prata. Ela estava descuidada tirando caixas de dentro do carro. Quando ela se virou vi o seu rosto era a medica legista, percebi que não ela não era a isca perfeita, não sai do carro , aquele lugar estava marcado ali seria a próxima morte , Lobisomens sempre voltam pro mesmo lugar .

Enquanto observava ela parecia ter terminado, bateu o porta-malas, e pegou as últimas caixas do chão , quando o seu grito encheu a noite , sai do carro com rapidez , o vulto preto e assombroso tentava agarrá-la , eu corri , cheguei perto da cerca da casa , foi tudo tão rápido , ela estava caída no chão , ajoelhei diante dela , e por um segundo duvidei se ali havia vida .