O Amor não é Cego escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 6
Cruzando caminhos


Notas iniciais do capítulo

N/A: Desculpem a demora!

Sobre o capítulo...

Ela talvez se apaixone por alguém que não é cego, mas será que essa pessoa vai corresponder seus sentimentos... ou será ao contrário, ela não corresponderá aos sentimentos dele?

Isso vamos ver no seguimento.

O Sesshy é o resposável pelos cuidados do irmão problemático, e com seus estudos quase não tem tempo para pensar em sentimentos como, amor e paixão... mas isso pode mudar...

Até o próximo minhas queridas... Adoro vocês o/

beijos!!



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A preparação foi feita com muito carinho, tudo estava muito bonito e logo à noitinha os convidados começaram a chegar entre eles Miroku e Inu-Yasha, e também Sesshoumaru para a surpresa de todos.

O grupo foi parabenizar Rin, ela conhecia todos os presentes menos um.

Carinhosamente todos deram um abraço e um beijo carinhoso nela, mas antes do último o fazer ela arqueou uma sobrancelha.

- Quem é Você? Eu não conheço seu perfume.

- Perfume? – Curioso Sesshoumaru estranhou o que a garota disse.

Inu-Yasha aproximou-se e disse a garota num tom muito alegre.

- Esse é meu irmão mais velho, Sesshoumaru.

- Prazer Sesshoumaru, eu sou Rin.

Ela deu um caloroso abraço nele e após sentou-se para conversar com o grupo.

Sesshoumaru saiu de perto do grupo e foi para perto da árvore, muito curioso com a reação estranha da garota.

- Obrigado por terem vindo, mas cadê o Sesshoumaru, eu não estou sentindo a presença dele.

- Ah ele não gosta muito de ficar conversando em grupo, ele sempre foi assim. - Inu-Yasha explicou.

- Ele me pareceu muito serio, o tom de voz dele inspira seriedade e frieza...

- Caramba Rin-chan você tem um ouvido muito bom! – Miroku ficou boquiaberto com os dons da garota que corou e sorriu sem graça.

A comemoração estava quase no final, e quando o bolo começou a ser distribuído, Rin preocupou-se com seu mais novo e distante amigo.

- Kagome, aonde o Sesshoumaru esta, eu vou levar esse pedaço de bolo para ele...

- Rin não quer que eu leve?

- Não precisa se preocupar eu faço isso, basta me dizer onde ele esta.

- Ele esta sentado aos pés da Arvore sagrada, virado para a saída do templo.

- Obrigada Kagome, eu vou lá e volto logo.

A garota saiu muito sorridente, e foi ate onde o rapaz estava; ela conhecia bem o caminho.

Ao chegar perto dele, ele se levantou e a fitou tentando encontrar o olhar dela que parecia perdido, como da vez que a viu debaixo daquela arvore de sakura.

- Você esta ai?

- Sim bem em sua frente, não esta me vendo?

- Eu vim trazer-lhe um pedaço de bolo, já que estava longe, eu pensei que gostaria.

A garota estendeu as mãos, e ele pegou o que tinha nelas.

- Porque não vai para onde estamos conversando, a festa esta animada e...

- Desculpe, mas eu prefiro ficar aqui, esta muito agitado lá dentro...

- Rin!!! – Sango gritou de longe já correndo para encontrá-la.

- Estou aqui Sango. Eu vou indo, se quiser entrar será bem vindo.

Ele observou a garota se afastar, indo à direção onde Sango estava vindo, e ao se encontrarem entrou na casa.

Sesshoumaru olhou suas mãos e viu o bolo, após olhou novamente para a casa, imaginando o porquê de aquela garota ser tão estranha, nunca o olhava nos olhos, e andava parecia nas nuvens sem direção aparente, conhecia as pessoas por perfumes.

- Ela conhece pessoas por cheiro, então ela é cega...

- Sim, ela é cega, mas não parece não é?

- Inu-Yasha há quanto tempo esta ai?

- Cheguei agora, vim saber se ainda estava aqui.

- E onde mais estaria?

- Nossa que humor heim. Vamos embora daqui a alguns minutos, estou um pouco cansado, as aulas estão sendo desgastante. – Disse Inu-Yasha esticando os braços para o alto, espreguiçando-se.

- Aquela garota me pareceu um tanto estranha, mas julgando pelos padrões dos costumes daqui, parecia normal...

- Ela é normal, só perdeu a visão...

Sesshoumaru olhou o irmão com um olhar muito frio, e depois começou a andar em direção as escadarias do templo.

-Ei aonde vai?

- Você não disse que iríamos embora daqui a alguns minutos...

- Não vai se despedir de ninguém?

Sesshoumaru olhou para frente e desceu, deixando o irmão sem resposta. Acostumado com tais reações, ele seguiu para a casa para despedir-se de todos. Após fazê-lo desceu as escadarias correndo, onde nos pés desta, Sesshoumaru esperava que, ao vê-lo deu a partida.

- Você demorou.

- Sim eu tive que explicar esse seu difícil temperamento para a Rin, pois ela queria saber o porquê que não foi se despedir dela.

Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha e uma expressão de surpresa pôde ser vista em seu rosto.

- O que? Você acha que todo mundo nunca iria te notar?

- Não é nada disso seu idiota...

- Então o que é?

- Ela nem me conhece direito e já me trata como seu amigo. – Disse o rapaz acelerando o veiculo, para chegar mais rápido em casa.

- Ela me tratou assim também, parece que não tinha nenhum amigo antes, só pessoas que eram... Cegas como ela. Acho que as pessoas não tratam bem pessoas como ela, por isso ela aprende gostar de quem a trata bem.

- Isso é muito ruim para ela.

- Porque diz isso?

- Porque como ela vai saber se a pessoa esta ou não sendo sincera.

- Acho que ela deve perceber quando a pessoa não esta sendo sincera, ela me disse que você era um tanto frio, só pelo som de sua voz.

- Ela disse isso, disse que sou uma pessoa fria?

- Ela disse que pelo tom de sua voz, você era muito serio, pois tinha um tom frio.

Ele revirou os olhos e após parou num sinal, que ao ficar verde continuou o percurso.

Na casa de Kagome, estava tudo tranqüilo, após a festa acabar, os amigos delas foi embora, e depois de ambas tomarem um demorado banho, se recolheram, pois no dia seguinte, elas iriam visitar o tumulo dos pais de Rin.

Ao clarear do dia Kagome foi a primeira e se levantar, seguindo para o quarto de Rin, deparou-se com uma cena um tanto estranha. Rin estava deitada de lado com um pequeno espelho nas mãos.

- Rin... – Tocou a para acordar, e vagarosamente ela abriu os olhos.

- Kagome... que horas são? – Perguntou sentando-se na cama.

- Quase oito. O que estava fazendo com esse espelho nas mãos?

A garota baixou a cabeça, e ainda segurando o objeto com um tom muito triste explicou.

- Eu... queria poder saber como sou de verdade, queria ver minha imagem no espelho...

Uma lagrima solitária rolou no rosto da garota, e Kagome muito triste com o que ouviu, não deixou sua emoção desabrochar, pois não queria deixar a garota mais triste ainda. Pensando assim, abraçou a prima, e a consolou com doces palavras amigas.

- Não fique assim, eu sei que deve ser difícil viver em um lugar onde todos são diferentes... mas onde vive, aqui conosco, nos te amamos como é...

- Kagome... – Ela afastou-se do abraço e pegou nas mãos de Kagome. - ... Eu nunca vou ter uma pessoa... acho que ninguém se aproximaria de mim, quer dizer eu pareço uma garota normal, mas quando souberem que sou... cega...

- Rin, você diz um namorado?

- É... eu acho que não sendo normal nunca poderei ter uma pessoa...

- Não, isso não é verdade, não pense assim. Claro que vai ter um namorado um dia, e ele será especial, te amará como é, e não exigirá que enxergue para ficar com você...

- Kagome... Obrigada...

- Vamos tomar café, temos que ir ver seus pais.

- É verdade, vamos.

Após essas ultimas palavras, Rin guardou o espelho na gaveta do criado mudo, e se levantou, indo em direção a seu armário para escolher uma roupa.

Kagome desceu, deixando-a a vontade para se trocar.

Rin pois um vestido leve de tecido delicado, com flores miúdas sob um fundo rosa claro. Ficou muito elegante pois ela tinha o corpo muito bonito.

Ao descer surpreendeu a todos, pois havia muito tempo que não usava uma roupa tão alegre como aquela.

- Bom dia para todos!

- Bom dia minha querida, como passou a noite?

- Muito bem titia. Ummm pelo cheiro esta fazendo panquecas.

- Sim, e você quer com mel?

- Não, eu prefiro sem por favor. E a Kagome?

- Ela ainda esta se arrumando.

Nesta hora a garota desceu as escadas, deixando clara sua presença.

- Falando nela... – olhou a mãe sorridente para Kagome.

- Estavam falando de mim?

- Ah sim, eu perguntava se ainda não tinha descido.

- É que eu tomei um banho, por isso demorei.

Depois de terem desjejuado, as duas garotas saíram. Elas caminharam ate certa distancia ate pararem em um ponto de ônibus, onde pegariam para o cemitério da cidade.

A caminho de lá...

- Eu as vezes fico triste em pensar que... na próxima semana terei que comemorar meu aniversario. – Comentou Kagome um tanto angustiada. – Foi no mesmo dia que seus pais morreram.

- Kagome, isso não foi culpa sua porque pensar desse jeito.

- Você perdeu seus pais nesse dia eu fico sem jeito de comemorar...

- Pode parar, você ficou quase doze anos sem comemorar seu aniversario por causa de mim, e depois isso não é justo. Eu quero que façamos uma festa bem bonita, e que todos compareçam.

- Rin, você mudou muito... esta mais...

- Madura, pode ser, mais eu me sinto uma criança quando algum garoto se aproxima.

- Garoto?

- É, na minha escola, os garotos vem me cumprimentar e eu fico tão sem jeito, sinto meu rosto esquentar de vergonha.

- Umm, isso é serio... Chegamos, vamos descer.

- Claro...

Caminharam por mais alguns metros ate chegarem ao local. Ao chegarem, Kagome deixou a em frente as lapides, e saiu por alguns instantes.

Do outro lado do cemitério, Inu-Yasha e Sesshoumaru estavam, observavam duas lapides.

Kagome os avistou, e ficou surpresa, indo ao encontro deles, para cumprimentá-los.

- Inu-Yasha, Sesshoumaru, como tem passado?

- Kagome – Começou Inu-Yasha. – O que veio fazer aqui?

- Inu-Yasha, sua pergunta é muito idiota, o que uma pessoa vem fazer num cemitério? – Perguntou em tom de sarcasmo.

- Não Sesshoumaru, eu vim trazer a Rin, os pais dela estão sepultados aqui... – Kagome indicou onde a Rin estava, e os dois olharam para avistá-la.

- Os... pais dela estão mortos? – Inu-Yasha arregalou os olhos surpreso com o que ouviu.

- Não idiota eles estão enterrados por opção, você tem cada pergunta heim?

Kagome abafou uma risada nas mãos após olhou-o e perguntou.

- E vocês, quero dizer...

- Meu pai esta enterrado aqui... – Inu-Yasha começou, mas logo recebeu um frio olhar de Sesshoumaru e calou-se diante a isso.

- Er... desculpe, eu vou indo tenho que voltar logo.

- Estão indo para casa? – Sesshoumaru perguntou acompanhando Kagome.

- Não idiota estão indo ao mercado fazer compras. – Inu-Yasha se sentiu vingado nesta hora, e um reprovador e nervoso olhar o fitou.

- Como adivinhou Inu-Yasha? – Sorriu Kagome muito surpresa.

Sesshoumaru olhou-o dessa vez muito satisfeito com o que Kagome disse e um sorriso escapou de seus lábios. Kagome percebeu o embaraço de Inu-Yasha e também sorriu, mas simpaticamente, com uma gota ao lado de seu rosto.

- Não se esqueça que é sempre você quem faz perguntas idiotas Inu-Yasha. – Se divertiu Sesshoumaru com o embaraço do irmão que com uma veia saltada na testa, irritadiço cruzou os braços frente ao corpo e começou a andar mais rápido.

- Ora... Ele sempre consegue, mas uma hora ele vai ver.

- Nossa, como ele fica nervoso fácil.

- Ele é um idiota...

- Ai Sesshoumaru porque esta sempre dizendo que ele é um idiota?

- Porque ele fica nervoso fácil, e eu me divirto com isso.

- Se diverte, puxa quando te conheci parecia ser tão serio...

- Sou serio nas horas certas, sei que sempre que nos vimos no cemitério ele fica deprimido então eu faço isso para o distrair.

Ao chegarem perto de Rin, esta logo identificou o perfume e foi logo cumprimentando.

- Sesshoumaru, como tem passado?

- Estou bem. Inu-Yasha vamos logo tenho que estudar, o vestibular será semana que vem.

Sesshoumaru manobrou o carro, e parou no portão do cemitério, onde os três conversavam, mas logo entraram, e no caminho por onde percorriam, Sesshoumaru de vez em quando olhava Rin pelo retrovisor, de certa forma a garota tinha um encanto, e ele estava admirando isso disfarçadamente.

- Semana que vem é o aniversario da Kagome, vão comparecer não é?

- Rin pare com isso...

- Nos vamos sim não é Sesshoumaru? – Animou-se Inu-Yasha.

- Não sei, tenho que estudar muito...

-Sesshoumaru, todo mundo sabe que antes de uma prova longa devemos relaxar, e um dia antes dela... – Comentou Rin sorridente.

- Mas a minha não é uma prova qualquer.

- Eu sei, o vestibular é muito cansativo e estressante. - Continuou ela.

- Como sabe disso Rin, você nunca fez um. – Surpreendeu-se Kagome.

- Eu fiz um simulado, mas o resultado ainda não saiu.

- Certo, chegamos! – Sesshoumaru anunciou as duas.

Rin saltou primeiro e tateando a lateral do carro; chegou ate a janela e tocou o rapaz que ficou surpreso.

- Não deixe de ir, vai ser legal...

Ele sentiu as mãos da garota apertar suavemente seu braço, um toque muito amigo, que deixou o rapaz sem jeito de dizer não.

- Eu... vou pensar, tenho uma semana para pensar nisso.

Despedindo se Kagome afastou Rin do carro e eles se foram.

 

 

Continua...


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