O Amor não é Cego escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 2
A vida da menina




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Após terem tirado os dois corpos do carro, os homens presentes puderam ver a criança, estava deitada de bruços no banco de trás, mas muito machucada, havia sangue por todo lado. Cuidadosamente, eles foram abrindo caminho entre as ferragens e resgataram a criança, que por perder muito sangue estava pálida.

Muito rápido eles a puseram na ambulância e a levaram ao hospital mais próximo, onde a colocaram no centro de terapia intensiva.

Ela estava com traumatismo craniano, sem contar com os vários ossos quebrados por todo o corpo. Os médicos não estavam com esperanças, pois o estado dela era crítico.

Do hospital ligaram para o número que estava com a mãe da menina, e a família Higurashi, foi rapidamente para o hospital. Todos estavam muito tristes com o acontecido, a senhora Higurashi ficou em estado de choque, pois tinha perdido a irmã de uma forma muito trágica, e sua sobrinha estava à beira da morte.

Ela juntou toda a sua coragem e foi ver Rin, sua sobrinha de apenas cinco anos de idade.

- Doutor, como ela esta?

- Eu sinto muito, mas se ela sobreviver vai ser por muita sorte, ela esta muito fraca e apesar de nossos esforços ela talvez não resista esta noite.

Muitas lágrimas, muita dor, muito sofrimento naquela família.

Mas o que o medico disse não aconteceu, Rin conseguiu vencer a noite após o acidente, e os médicos começaram a ter esperanças.

Após um mês decorrido ao acidente Rin foi para outro lugar do hospital, um lugar onde inspirava menos cuidado que antes, pois os médicos ficaram confiantes, pois seu estado tinha melhorado muito.

Todos os dias a senhora Higurashi ia ao hospital, e levava consigo sua filha de seis anos, Kagome, que apesar de ser uma criança, era muito esperta e sabia o que tinha acontecido, e como Rin ficou sozinha ela sabia que teria que ajudar sua mãe cuidar da menina.

- Senhora Higurashi, precisamos conversar!

- Claro doutor, pode dizer.

- Rin recobrou os sentidos, esta falando já...

- Ahh!!! - A mãe de Kagome admitiu um brilho muito forte no olhar, pois esperava por isso com muita ansiedade.

- Sim... Mas...

- O que!? – Um semblante muito preocupado tomou a face antes alegre da senhora.

- Ela aparentemente perdeu a visão, nos fizemos exames, mas não encontramos a causa aparente do porque da cegueira.

- Meu Deus, ela esta cega?

- Pode ser pelo trauma do acidente, e se for por isso um dia talvez volte a enxergar normalmente.

Lágrimas muito solitárias desceram no rosto da jovem senhora.

O médico mostrando-se muito amigo, pois as mãos nos ombros dela e continuou.

- Agradeça a Deus por ela não ter ficado com nenhuma seqüela do traumatismo craniano que teve, poderia ter ficado paralítica ou como uma criança desordenada, mas esta bem conversando, brincando ate posso dizer, mas só reclama de estar “no escuro”. Ela vai ser uma pessoa normal depois que superar o trauma.

- Mamãe, - Chamou Kagome puxando a barra da saia da mãe. - A Rin não vai mais ver?

- Vai minha querida, depois que se recuperar.

Após conversar com Kagome a senhora Higurashi e a menina foram ate o quarto de Rin, para falar com ela pela primeira vez depois do acidente.

Rin estava um tanto animada e a senhora Higurashi ficou muito satisfeita, mas uma pergunta da menina fez com que ele ficasse realmente muito triste.

- Tia onde esta a mamãe e o papai?

Ela sentou-se na cadeira próximo do leito e pegou naquelas pequenas mãozinhas, ainda muito arranhadas do acidente, e começou a contar a menina o acontecido.

Explicou que os pais dela haviam ido para o céu, e que ficariam muito tristes se ela também estivesse lá.

- Então eles estão felizes por eu ter ficado aqui com a senhora? – Foi à pergunta da menina.

- Sim minha querida, eles estão muito felizes por você ficar comigo e com sua prima Kagome.

Foram palavras duras de se dizer, mas aliviantes também, pois Rin iria sofrer muito mais se soubesse muito tarde. Se caso a cegueira fosse mesmo causada pelo trauma, a notícia dada logo se integraria a isso, e não causaria algum outro efeito na menina, um efeito retardado. E ela poderia superar tudo, junto com o trauma do acidente.


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Notas finais do capítulo

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