Gritos Fulminantes escrita por Isabela


Capítulo 9
Capítulo 9- Dando adeus


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, eu não estava tão inspirada para escrever. E a preguiça bateu na porta então... vim postar hoje ;)
Espero que gostem
#Pessoasvãomorrer



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POV Alex

Gritos e muito desespero, algo certamente acontecia com meus amigos, porém eu corria sem rumo pelo primeiro andar em busca de alguém importante, alguém que com tanta dificuldade eu havia conquistado sua confiança. Uma garota baixa e estressada que costumava sentar sozinha no recreio e chorar às escondidas. Eu iria voltar para a escola junto a ela, iria de qualquer maneira.

Fui ao encontro dos restos do que antes seria um policial, mas agora era somente algo esmagado no chão; muitas mortes estavam acontecendo em tão pouco tempo, havia passado apenas algumas horas e muitos de nossos companheiros haviam sido assassinados de maneira cruel por dois assassinos sedentos por sangue. Corri o mais rápido que pude sem saber aonde procurar, passei por uma, duas, três lojas velhas e empoeiradas, o shopping era maior do que parecia sendo visto por fora. Max, meu amigo, será que ele ainda estava vivo? Eu não poderia saber. Um alto barulho de motosserra havia me arrepiado, mas eu não poderia parar agora.

Um grito feminino vindo de algum lugar, o grito de Myranda ecoava por todo o shopping, estavam a torturando e eu não poderia fazer nada. Pequenas lágrimas brotaram de meus olhos, dizer que homem não chora é idiotice total. Mas eu chegaria até ela de algum jeito.

POV Lena

Havia sangue por toda a parte, tanto em nossas roupas quanto pela área ao redor. Max estava cortado no chão em uma grande poça de sangue; eu segurava os soluços e me mantinha firme, mas sentia uma grande raiva subir a cabeça. Eles não poderiam estar fazendo isso com a gente, era muita crueldade. Estávamos presos a horas e sendo caçados como animais. Mary, Arthur, o policial, Max todos mortos em menos de um dia. Quem seria o próximo? Abracei Alice, ela estava em transe; por pouco ela não havia sido morta por uma serra elétrica.

- Vai ficar tudo bem- Falei baixo quase que para mim mesma

- Não vai ficar tudo bem!- Gritou Alexa- Eles não vão parar!

- Precisamos nos manter calmos, estamos quase lá!- Disse Max

- Calmos?! CALMOS?! Estamos sendo mortos um a um!!- Berrou Alexa

- Calma Alexa, você está muito nervosa!- Disse Bianca

- E você?! Não estava nervosa não?? Você sumiu por meia hora!! Aonde você estava?!- Perguntou Alexa

- E-eu...

- Gente, para! Parem de brigar!- Disse Alice afastando as duas

- É, vocês não estão raciocinando direito, estamos quase lá!- Disse Mark um pouco mais animado

Bianca havia mesmo sumido por um bom tempo. Talvez estivesse com medo e tivesse fugido ou procurado uma saída, mas não importava, pois estávamos quase lá. Poderíamos escapar se corrêssemos e achássemos a saída de emergência.

- Vamos, o assassino escapou novamente. Quanto ao Max, não podemos fazer nada e sim sobrevivermos por ele- Disse Johnny olhando para o corpo imóvel de um antigo amigo

Encarei Johnny, ele estava agindo muito insensivelmente desde a decisão de procurar ou não a Myranda. Eu estava brava com ele por isso, mas ao mesmo tempo sentia-me agradecida por ele ter me salvado, portanto decidi não brigar com ele e agir normalmente.

POV Matthew

Fomos seguindo pelo terceiro andar assim que usamos o elevador. De acordo com Max a saída estava um pouco longe, considerando que o shopping era extenso. Paramos em um banheiro, não íamos a um desde o incidente com Marlena o que a deixou bem apreensiva.

- Tudo bem, não tem nenhum palhaço aqui agora- Disse Johnny sorrindo

- Hunf, como se eu tivesse com medo- Ela respondeu virando a cara

Ela estava com medo, dava para ver por sua aparência pálida. Seus cabelos cacheados pareciam sem vida e ela tremia muito. Usamos rapidamente os banheiros e continuamos indo o mais rápido possível para a saída. Pensei nos gritos de Myranda, não podíamos voltar agora, mas pediríamos ajuda o mais rápido possível.

Peguei umas barrinhas de cereal guardadas em minha bolsa e as ofereci para todos, estávamos já a um tempo sem comer.

- Obrigada, me sinto mais calma agora- Disse Alexa devorando uma barrinha de morango

- É boa- Disse Nancy

Por mais que estivéssemos chegando, eu tinha a impressão de que estávamos ficando sem tempo e além disso sentia que estávamos sendo vigiados.

POV Myranda

Estava frio, muito frio. Eu sentia todo meu corpo gelado, uma grande dor vinha de minhas pernas perfuradas várias vezes. A dor era agoniante, mas não o suficiente para me matar. Cater ria como nunca com sua cara pálida e ridícula. Era tudo tão ridículo, ser morta por alguém tão patético.

- É só isso que tem?- Perguntei a desafiando

Eu poderia parecer louca estando a provocando, mas eu não estava nem ligando. Eu queria escapar, não iria morrer assim de um jeito tão patético; iria ver meus amigos e Alex e sairia rindo desses assassinos idiotas. Não que não estivesse com medo, eu estava assustada e arrepiada de estar acorrentada e em um lugar tão escuro, mas eu tinha a vontade de viver, ela me mantinha viva. A vontade de ver a todos, eles haviam fugido provavelmente, mas buscariam ajuda e me tirariam daqui.

- Acha mesmo que podem te salvar?- Perguntou Cater sorrindo

- Eles vão me salvar!- Eu disse alto e firme

A dor fazia minha voz sair um tanto aguda

- Não vão salvar nem a si próprios com a surpresinha que preparei para eles! Hahaha não fazem ideia

Seu rosto frio havia começado a despertar um grande temor dentro de mim. E se ela estivesse certa? E se todos estivessem prestes a serem mortos? Uma chave de fenda foi acertada em meu braço. Gritei muito e meus olhos lacrimejaram, eu tinha de ser forte por todos, teria de sair dali mesmo sozinha. E novamente, mas no outro braço. Gotas de sangue escorriam para minha roupa não mais limpa como antes, suor escorria de minha testa. Eu talvez estivesse aguentando de mais.

- Já cansou- Perguntou a ruiva rindo

- N-não, i-isso não dói!- Eu gritei

- Por quanto tempo vai bancar a durona??

Lembrei-me de quando era pequena, da minha juventude, sempre faziam essa mesma pergunta para mim, porém me machucavam muito mais com socos e chutes antes de eu ter conhecido Alex. Meu maior companheiro desde sempre. Gritei ao sentir a chave de fenda perfurando meu tornozelo. Eu tentava de todo jeito me soltar das correntes, mas era impossível. Meu corpo já estava todo machucado e meus pulsos ardiam por estarem presos, mas eu iria aguentar, certamente iria.

POV Mark

Estávamos chegando e por mais estranho que pareça não havia ninguém para nos impedir.

- Está tudo muito quieto- Comentou Pietra

- Bem suspeito- Disse Alice

Andamos mais devagar e encontramos ao canto uma pequena porta de emergência. Estava aberta como se quisessem que saíssemos.

- Vamos- Disse Matthew

- Espera- Eu disse- Está suspeito, parecem querer que entremos.

- Só há um meio de descobrir- Disse Alexa já entrando

- Espera!- Disse Lena

Mas Alessa já havia adentrado a escuridão, após isso entramos sem discutir e a porta se fechou sozinha. Estava muito escuro.

- Droga! Não dá para ver nada!!- Disse Lena

- Eu tenho uma lanterna- Disse Matthew acendendo uma pequena luz

- Dá para usar os celulares também- Disse Johnny acendendo seu iphone

- Para onde vamos? São escadas, por onde é a saída?- Perguntou Pietra

Não sabíamos para que lado era a saída, então decidimos ir descendo para vermos se chegávamos à garagem. Fomos descendo rapidamente sem olhar para trás.

POV Alice

Estava tudo escuro e assustador, Nancy que nem eu também ficou assustada, nós detestávamos lugares escuros.

- J-já estamos chegando?- Arrisquei perguntar

Lena me encarou com expressão de “ Óbvio que não, sei lá!” e continuei andando com dificuldade pelo escuro. Foi quando escutei um barulho de passos vindos de cima e vi um rosto pálido e cheio de sangue, berrei alto e não sei como escorreguei em algo molhado e vermelho, tropecei em um degrau e caí no vão da escada, vários andares abaixo.

Sabe como é ver sua vida passar em frames? Não é nada divertido. Lembrei-me de toda a infância feliz que tive ao lado de meus amigos da escola e de minha melhor amiga Lena, de tantos aniversários divertidos que tive com todos eles e minha família curta, mas agradável e aconchegante e também lembrei de meus amigos atuais, pessoas divertidas que estavam sendo testadas a cada minuto pela morte e havia chegado talvez a minha hora. Ri amargamente da situação em que estava, mas depois sorri pensando em coisas boas que haviam me acontecido. Caí em algo duro, em degraus de cimento e algo em mim estalou, uma dor me preencheu e senti meu corpo enrijecer e meu pescoço estalou. Caí duramente no chão e tudo se apagou.

- ALICEE!!!!!!!!

POV Myranda

Pensava que as coisas não poderiam piorar, no entanto ao ver Cater pegar um estilete maior que qualquer um que já havia visto, tremi toda e me preparei para o pior. Foi quando senti a estilete perfurar minha barriga e desmaiei com a dor.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam ansiosos para o próximo (mesmo que demore kkk)
Bjão e quanto mais review mais rápido eu posto!